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ENTREVISTA COM NICOLÁS MORÁS

“Queda do Bolsonaro deixaria o


caminho livre para Soros no Brasil”
Diego Hernandez 30 de Abril de 2020 às 16:09
Repórter investigativo argentino afirma que o magnata globalista
Georges Soros está de olho no país e faz de tudo para enfraquecer
o atual presidente
A situação atual gerada pela pandemia da Covid-19 está sendo explorada
pelo magnata globalista George Soros para impulsionar seus negócios e sua
agenda “progressista”, e a América Latina parece estar no centro de sua atenção.
Soros está de olho no Brasil, e articula para enfraquecer ao governo Bolsonaro,
pois sua queda significa, para ele, ter o caminho livre no país.
Quem afirma isso é Nicolás Morás, um jornalista investigativo da
Argentina, que recentemente divulgou a informação de uma possível ligação
telefônica de Soros ao presidente Alberto Fernández, na qual o lobista teria
oferecido auxílio financeiro de 20 bilhões de dólares e ajuda na negociação de
dívidas.
Mas nada é de graça. Em troca, o governo argentino deverá prorrogar
indefinidamente a quarentena, liberar o aborto, impulsionar uma reforma
educativa que contemple transversalmente a questão de gênero, ceder o
monopólio da energia elétrica no país e desestabilizar, na medida do possível, o
governo Bolsonaro.
A fonte de Morás é uma pessoa do entorno mais próximo do presidente
argentino. O vídeo em que ele divulga esse “furo” já tem quase um milhão de
visualizações.
A reportagem do Brasil Sem Medo conversou com Morás, que há anos
pesquisa as pegadas de Soros na Argentina e em 2018 deu a conhecer a lista dos
“aliados confiáveis” do magnata no país, a partir de um documento interno da
Open Society Foundation. Para surpresa de muitos, seus operadores
compreendiam todo o espectro político nacional. Eis nossa conversa:
Diego Hernández: Você noticiou que a decisão do presidente
Alberto Fernández, de prorrogar indefinidamente a quarentena na
Argentina, era resultado de uma ligação do Georges Soros ao
mandatário…
Nicolás Morás: Sim, houve um diálogo entre eles, via telefônica, na última
terça-feira, 7 de abril, que relatei recentemente em um vídeo. Esse dia Fernández
tinha marcada, às 18 horas, uma videoconferência com todos os governadores
para comunicar o fim do confinamento em massa, mas o destino dos argentinos
mudou uma hora antes, quando o presidente atendeu uma ligação inesperada.
Era Soros.
Diego Hernández: O que eles conversaram?
Nicolás Morás: Até agora, sabe-se que Soros propôs ao presidente conseguir
um crédito barato e outras facilidades para lidar com a iminente falência da
economia argentina. A oferta pode resumir-se a quatro pontos: 1) obter o
adiamento do pagamento da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI)
por um período mínimo de 5 anos; 2) interceder na negociação com credores
privados, comprando os títulos dos relutantes; 3) instalar no país uma planta
industrial da Grifols, empresa farmacêutica especializada em hemoderivados,
que está desenvolvendo um plasma anticoronavírus, e da qual Soros é acionista;
4) conseguir uma nova linha de crédito em torno de 20 mil milhões de dólares a
ser desembolsada em 2021 para salvar as contas do Estado.
Diego Hernández: De onde viria o crédito?
Nicolás Morás: Segundo minha fonte, o financiamento dependeria de eleições
nos Estados Unidos. No primeiro cenário, se Joe Biden vencer, será
implementado através do FED. Num segundo cenário, se Donald Trump for
reeleito, o empréstimo virá de um esforço conjunto entre o FMI, o Banco Mundial
e um consórcio de empresários “filantrópicos". O próprio Soros poderia adiantar
5 bilhões ainda neste ano.
Diego Hernández: Em troca de quê?
Nicolás Morás: Como contrapartida, Soros exigiu cinco condições: a
depreciação dos ativos argentinos ao mínimo possível, por duas vias, a
desvalorização da moeda e o prolongamento do isolamento total (lockdown), que
resultará numa paralisia econômica da nação; e a concessão do monopólio de
energia elétrica para a Breakthrough Energy Coalition, empreendimento dele,
Bill Gates, Mark Zuckerberg e Jeff Bezos, e outros. Assim como a liberalização do
aborto antes do fim do ano; impulsionar uma reforma educacional sob a égide da
Open Network University, com uma forte abordagem feminista; e que o governo
argentino contribua para desestabilizar ao governo Bolsonaro. Ninguém pode
afirmar com certeza que Fernández aceitou essa proposta de Soros, embora
muitas de suas decisões nos últimos dias nos levem a acreditar que sim.

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