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M a t e r i a l de l e it ur a o br i g a t ór i a . Au l a 0 1 .

Pós Graduação – Direito de Família e Sucessões.

Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula ministrada dia


28/08/2017.

Aspectos do Novo Código de Processo Civil.

Regras da avaliação: será presencial, com duas opções de

datas.

Artigo ou monografia: após o termino da pós tem seis meses

para entregar o trabalho. Artigo no mínimo de 12 laudas.

Conteúdo programático: Família e Sucessões.

 F AM Í L I A

 Novo CPC.

 Formatos familiares contemporâneos.

 Declaração de filiação socioafetiva .

 Multiparentalidade.

 União homoafetiva .

 Reconhecimento e extinção de União estável .

 Judicialização da união homoafetiva .

 Parentesco.

 Alimentos: ação de alimentos, execução de alimentos,


revisional de alimentos, exoneração de alime ntos.

 Esponsais (promessa de casamento) .

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 Casamento: impedimentos, anulação, causas


suspensivas, habilitação matrimonial, efeitos do
casamento (sociais e pessoais).

 Culpabilidade na separação, divórcio : consensual e


litigioso.

 Efeitos patrimoniais: regime de bens, pactos


antenupciais.

 Contrato de União estável: como fazer as cláusulas.

 Contrato de namoro.

 Dissolução da sociedade conjugal .

 Filiação: investigação de paternidade e negatória de


paternidade.

 Guarda: compartilhada e guarda unilateral .

 Alienação parental.

 Adoção.

 Poder familiar.

 Tutela e Curatela.

 SUCESSÕES

 Ordem de vocação.

 Inconstitucionalidade do artigo 1790 .

 Renúncia.

 Indignidade.

 Deserdação.

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 Sucessão testamentária.

 Inventário.

 Partilha.

 Sonegação.

 Colação.

 Procedimento de inventário.

 Arrolamento sumário.

 Arrolamento comum.

 Inventário extra judic ial.

 ITCM.

 Laboratório de família e sucessões de audiência e pecas


processuais: Inicial e Contestação.

 Metodologia.

 Didática.

 D I R E I T O D E F AM Í L I A

 Aspectos do Novo Código de Processo Civil.

 Ações de alimentos e interesse da criança e do

adolescente.

O novo Código de Processo Civil excluiu as ações de

alimentos, estas serão tratadas por legislação especial

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5478/1968; e ações de versam sobre crianças e adolescentes

estão disciplinadas na lei 8069/1990 ECA.

O CPC mudou as formas de cobrança dessas ações de

alimentos, execução de alimentos.

Art. 693. As normas deste Capítulo aplicam -se


aos processos contenciosos de divórcio,
separação, reconhecimento e extinção de união
estável, guarda, visitação e filiação.

Parágrafo único. A ação de alimentos e a que


versar sobre interesse de criança ou de
adolescente observarão o procedimento previsto
em legislação específica, aplicando -se, no que
couber, as disposições deste Capítulo. (Grifo
nosso).

As ações de alimentos 5478/68, e ações que

envolva criança e adolesc ente 8069/90, segue a legislação

especial. Por exemplo, o recurso de Apelação numa ação

revisional de alimentos, o prudente é contar dias corridos ,

pois, a lei não fala nada sobre prazo e nem sobre recesso

forense. Mesmo sendo a apelação tratada pelo CPC.

 Ação de Separação e Divórcio .

Com a Emenda Constitucional 66/2010 que alterou o artigo

226 §6 da CF, se discutiu a existência ou não do instituto da

separação judicial. Antes da Emenda Constitucional, poderia


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ocorrer o divórcio direto se respeitado o prazo de dois anos

de separação de fato , ou a conversão de separa ção judicial

em divórcio (divórcio indireto) que necessitava de pelo menos

um ano da separação judicial. Com a EC houve uma

supressão da Figura da Separação, assim entende alguns

juristas. Contudo, a EC diz PODERÁ, sendo uma faculdade e

não uma obrigação. O que entende é que agora não existe

mais prazo para o divórcio e nem para a separação

judicial. Assim, por exemplo, pode casar hoje e divorciar

amanhã.

Art. 226. A família, base da sociedade, tem


especial proteção do Estado. (...)

§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo


divórcio. (...) (Grifo nosso).

Na s e p a r a ç ã o ju d i c i a l l i t i g io s a d a p a r a d i s c u t i r
culpa, o que reflete na perda de direitos.

Art. 1.704. Se um dos cônjuges separado s


judicialmente vier a necessitar de alimentos, será
o outro obrigado a prestá -los mediante pensão a
ser fixada pelo juiz, caso não tenha sido
declarado culpado na ação de separação judicial.
(Grifo nosso).

Parágrafo único. Se o cônjuge declarado culpado


vier a necessitar de alimentos, e não tiver
parentes em condições de prestá -los, nem aptidão
para o trabalho, o outro cônjuge será obrigado a
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assegurá-los, fixando o juiz o valor


indispensável à sobrevivência.

Separação por culpa perda dos alimentos sociais, perda

do direito do uso do sobrenome, usucapião familiar do imóvel

na parte do conjugue que abandona r o lar, artigo 1240 -A CC.

A separação não dissolve o casamento, apenas cessa os

efeitos.

Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois)


anos ininterruptamente e sem oposição, posse
direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano
de até 250m² (duzentos e cinquenta metros
quadrados) cuja propriedade divida com ex -
cônjuge ou ex -companheiro que abandonou o lar,
utilizando-o para sua moradia ou de sua fa mília,
adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não
seja proprietário de outro imóvel urbano ou
rural.

O divórcio dissolve o casamento, alguns doutrinadores

entendem que pode também no divórcio discutir culpa.

Mesmo com a EC 66/10, o NCPC trata ex pressamente do

instituto da separação judicial, inclusive de forma consensual,

como segue.

Art. 731. A homologação do divórcio ou da


separação consensuais , observados os requisitos
legais, poderá ser requerida em petição assinada
por ambos os cônjuges, da qual constarão:
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I - as disposições relativas à descrição e à


partilha dos bens comuns;

II - as disposições relativas à pensão alimentícia


entre os cônjuges;

III - o acordo relativo à guarda dos filhos


incapazes e ao regime de visitas; e

IV - o valor da contribuição para criar e educar


os filhos.

Parágrafo único. Se os cônjuges não acordarem


sobre a partilha dos bens, far-se-á esta depois de
homologado o divórcio, na forma estabelecida
nos arts. 647 a 658. (Grifo nosso).

 Reconhecimento e extinção de União Estável.

A União Estável está no NCPC, anteriormente só ha via o

dispositivo de direito material (Código Civil), seguindo o Rito

Ordinário, com o NCPC. A união estável é tratada nas ações

de família do artigo 693 CPC.

 Ações de Guarda.

Guarda compartilhada, guarda unilateral, alteração,

modificação de guarda, todos estes institutos segue m o Rito

do Ordinário do NCPC.

Caracteriza-se como ato ou efeito de guarda, sendo a

responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres

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do pai e da mãe, e unilateral a exercida por apenas um deles.

Que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder

familiar dos filhos comuns.

 Ações de Visitação.

Regulamentação de visitas, modificação de visitas também

segue o rito do Novo Código de Processo Civil. O artigo 1589

preceitua o direito de convivência, que garante ao pai/mã e

intervir, com eficiência, na f ormação do filho, não se limita a

um mero direito de visita .

 Ações de Filiação.

Negatória de paternidade, investigação de paternidade, ação

declaratória de filiação sócio afetiva, pai e mãe é quem cria e

não quem forneceu o material genético. Julgado do STF com

repercussão geral entende que não é mais possível sobrepor

o pai biológico, e sim manter os dois, pois , não há distinção

entre os pais/mães sócio afetivo e biológico .

 Mediação e conciliação.

A mediação e conciliação é uma forma de solução de conflitos

na qual uma terceira pessoa, neutra e imparcial, facilita o

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diálogo entra as partes, para que elas construam, com

autonomia e solidariedade, a melhor solução para o problem a.

Nas ações de família é essencial a mediação e a conciliação,

contudo, não existe uma estrutura judicial adequada para

atender o disposto no artigo 694 CPC. Pode as partes pedir em

a suspensão do processo, para realizar medição privada.

Art. 694. Nas ações de família, todos os


esforços serão empreendid os para a solução
consensual da controvérsia, devendo o juiz
dispor do auxílio de profissionais de outras áreas
de conhecimento para a mediação e conciliação.

Parágrafo único. A requerimento das partes, o


juiz pode determinar a suspensão do processo
enquanto os litigantes se submetem a mediação
extrajudicial ou a atendimento multidisciplinar.

Mediação e conciliação é um nicho de mercado a

ser explorado na área da advocatícia. Quando funcionar como

mediador não pode atuar como advogado na causa.

É obrigatório à audiência de conciliação no rito

ordinário em matéria de Família, e o não comparecimento de

uma das partes configura ato atentatório a dignidade da

justiça sob pena de multa.

As partes devem estar acompanhadas por seus advogados em

audiências de mediação e de conciliação , sob pena de


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nulidade do processo. Existe comarcas que o mediador não

deixa o advogado entrar, a lei garante a presença do

advogado. Não se discute mérito em audiência de mediação e

conciliação, quem julga o méri to é o juiz.

Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o


caso, tomadas as providências referentes à tutela
provisória, o juiz ordenará a citação do réu para
comparecer à audiência de mediação e
conciliação, observado o disposto no art. 694.

§ 1o O mandado de citação conterá apenas os


dados necessários à audiência e deverá estar
desacompanhado de cópia da petição inicial,
assegurado ao réu o direito de examinar seu
conteúdo a qualquer tempo.

§ 2o A citação ocorrerá com antecedência mínima


de 15 (quinze) dias da data designada para a
audiência.

§ 3o A citação será feita na pessoa do réu.

§ 4o Na audiência, as partes deverão estar


acompanhadas de seus advogados ou de
defensores públicos.

O mandato de citação não necessita estar acompanhado de

cópia da petição inicial (contra fé), para evitar o vazamento

de informações contidas no processo.

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A citação será feita na pessoa do réu, para evitar

citação por AR, deverá ser feita por oficial de justiça para

evitar nulidade do processo.

Bons Estudos!!! Prof.ª. Adriana Aparecida Duarte.

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