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Boletim
Árcade

Uma Fanzine de
SKADY

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Editorial
A Daemon Magazine cresceu e originou uma série
de fanzines gêmeas. O Boletim Árcade é uma
destas fanzines gêmeas.
Aqui, discutiremos regras, locais, aventuras e
materiais diversos para Arcádia, um dos mais
espetaculares mundos do universo daemon.
Nesta primeira edição, apresento:

Ouro e Prata em Hi-Brazil

Uma aventura para mestres e jogadores iniciantes.

O Básico de Arcádia
Saiba do que se trata Arcádia.

Bolsões
Dois bolsões para Arcádia.

Put Out The Fire

Nova aventura e monstros.

Raça do Mês
Uma nova raça aos personagens jogadores.

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Ouro & Prata
Em Hi-Brazil
Esta é uma aventura para 4 a 6
personagens de 1o Nível. Para joga-
la, é necessário o livro “Hi-Brazil”,
lançado pela editora Daemon. Para
comprar, acesse o site da editora
(www.daemon.com.br).
A história deve começar em San Paolo,
em alguma taverna da zona leste,
quando um velho de barbas brancas vêm
até os personagens (sem mais nem
menos) e lhes diz:
Olá. Sou Autran, o minerador. Soube que
existe uma mina de ouro e prata
clandestina nas proximidades da cidade!
E soube que mulheres e crianças
trabalham de graça por lá. Pois bem.
Ajudem-me a destruir a entrada daquela
mina, e impedir a extração dos minerais.
Se questionado sobre seus motivos, o
velho dirá que sua filha de onze anos
está sendo forçada a trabalhar lá, e que
seu objetivo é resgata-la e livrar os
outros que estão trabalhando de graça.
Caso os personagens aceitem, continue.
Caso eles queiram algum prêmio em
dinheiro, ou não aceitem, pare por aqui.
Eles não são heróicos o suficiente para
esta aventura.
Cena 1
O caminho em direção da mina é
bastante grande, e só pode ser
percorrido a pé, pois o bosque que leva
até la é muito fechado para que cavalos
consigam passar.
Em duas ou três horas, os personagens
devem chegar a um ponto especial: a
cabana. Neste ponto, o velho que os
acompanhava até a mina, pede para
descansar e beber um pouco de água.
Durante o descanso, os personagens
certamente notarão uma cabana muito
velha, cuja madeira já está quase podre.
É possível ver que uma vela está acesa
dentro da casa, e passos lentos podem
ser ouvidos através do ranger do
assoalho.
Se alguém quiser observar pela janela,
verá que á um jovem cavaleiro e doze
bandidos a mesa. Os bandidos
rapidamente pegam um grande pedaço
de carne que o cavaleiro levava em sua
sacola de mantimentos, e o devoram.
Em segundos, todos eles caem mortos.
O cavaleiro sai da casa nem se dá conta
dos personagens.
Se algum dos aventureiros quiser falar
com ele, o cavaleiro será muito gentil, e
lhes dará um pedaço de carne, falando:
Caso algum monstro lhes atacar por
aqui, joguem a ele este pedaço de carne
de urubu, que ficou envenenada quando
o dito urubu comeu a carne de um
dragão morto.
Dito isso, o cavaleiro pega a trilha e
desaparece.
Cena 2
Os personagens seguem o caminho
junto com o velho, até darem em um
grande lago, onde fica um barqueiro,
encarregado de levar as pessoas de um
lado para o outro.
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O barqueiro diz que já está cansado de ir
e voltar naquele lago, mas que levará os
personagens em respeito a eles. E
também diz que sem ele, os buracos nas
vidas dos personagens se fechariam.
Qualquer um que acertar um teste de
PER poderá perceber que o barco está
furado, e que afundará antes de chegar à
outra margem. Os que olharem mais
atentamente ao barqueiro perceberão
que ele é uma caveira.
Os personagens devem decidir nesse
ponto se vão lutar com o barqueiro ou se
vão saltar do barco. Seja como for, o
barqueiro se desfaz em pó assim que
leva um golpe.
Caso os personagens decidam saltar do
barco, terão todos de fazer um teste de
natação para não se afogarem, e outro
para chegarem à margem.
Caso eles decidam continuar
navegando no barco, mesmo depois do
barqueiro ter virado pó, perceberão que
o furo se fecha, e poderão chegar à outra
margem em questão de minutos.
Cena 3
Seguindo a viagem, os personagens
encontram na outra margem, uma
anaconda, que os atacará logo que
passarem por ela.
Caso alguém jogue o pedaço de carne a
cobra, ela o comerá e morrerá em
segundos. Se os personagens tiverem
muita dificuldade em acabar com ela, o
velho senhor fará um feitiço que matara
imediatamente o monstro.
Cena 4
Depois de algumas horas caminhando, a
mina é finalmente achada. O velho diz
aos personagens:
Peguem o máximo de lenha que vocês
puderem, e as enfileirem daqui até a
entrada da mina.
Assim que isto estejam feito, o velho
coloca uma substancia líquida na
madeira, e ateia fogo a ela.
Neste instante, ele dirá aos personagens
que vão até a entrada da mina e
polvilhem uma substancia negra na
ultima lenha da fileira.
O fogo se espalha pela lenha enfileirada
e atinge o pó negro em segundos. Os
personagens devem fazer um teste de
DEZ para escapar da explosão. Caso
alguém falhe no teste, recebe 3d6 pontos
de dano.
A entrada da mina está fechada.
Cena 5
Agora só resta libertar os trabalhadores,
aprisionados em uma grande casa de
madeira. Para isso, os personagens
terão de enfrentar o guarda da casa, um
Hobgoblin armado com uma espada
longa.
Desta vez, o velho não ajudará os
personagens, pois estará desamarrando
as correntes que prendem os
trabalhadores.
Cena 6
Se tudo tiver corrido bem, a viagem de
volta será muito mais simples que a de
ida. Os personagens devem andar um
pouco, e verão uma parede bem grande,
com uma porta de madeira aberta. Basta
entrar por essa porta e eles estarão de
volta à taverna de onde a aventura
começou. Como recompensa por sua
bravura, o velho da 70 gp a cada um do
grupo, e paga uma rodada de bebida a
todos que estão na taverna.
(Os monstros e animais citados se
encontram no bestiário do Hi-Brazil)
SKADY
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O Básico de
Arcádia
O Que é Arcádia?
Arcádia é organizada como um mundo
espiritual, na forma de bolsões. Quem
conhece a doutrina espírita
(principalmente livros como Céu e
Inferno e Livro dos Espíritos) sabe como
esses bolsões funcionam, mas para os
leigos, Arcádia funciona mais ou menos
como uma grande nuvem de matéria
espiritual com "buracos" nela, tão grande
como países ou pequenos como quadras
de futebol. Esses "bolsões" são ligados
por "estradas de tijolos amarelos" (quer
dizer, caminhos únicos entre elas) e
existem caminhos levando TODOS os
bolsões a TODOS os outros bolsões, só
que você precisa do mapa Astral correto
pra achar o caminho certo. Se você ficar
andando por ai, vai ficar passeando de
um lado pra outro pra sempre.
Existem, claro, áreas MUITO grandes
que já são percorridas tantas vezes que
se tornaram grandes massas de terra,
como a Velha Arcádia, a Nova Arcádia,
Hi-Brasil, as Terras do Oriente (que tem
esse nome não porque estão no oriente,
mas porque é assim que são
conhecidas!). Alem disso, existem
MARES conectando vários desses
pontos, e ILHAS nesses mares (Avalon,
Lilliput, Ilha da Caveira, Até mesmo a
Ilha dos garotos perdidos!).
Para saber o tamanho e a facilidade de
se chegar a um bolsão, basta calcular o
quão famoso o local em si é.
Chegar até o Castelo de Hogwarts ou
Tróia ou Camelot pode ser até simples
(ou não), desde que você tenha os
métodos. Chegar até Lilliput pode ser
mais complexo. Chegar até o castelo
onde mora a branca de neve pode ser
extremamente difícil...
Quanto mais obscura e confusa e cheia
de versões for uma lenda, mais difícil
será para um viajante chegar até a
localização dela. Primeiro você precisa
dos mapas certos (o que pode ser
conseguido com sábios, magias ou
consultando arquivistas espirituais).
Depois, tem de seguir a jornada, que
pode levar horas, dias ou até meses...
Existem Reinos negros, habitados por
demônios, na fronteira de halzazee que
parecem com reinos de Ravenloft!
Existem também reinos paradisíacos,
que se assemelham a colônias de ferias
no Caribe... Basta saber os caminhos!
Existem reinos fechados, castelos
flutuantes, reinos submarinos, ligações
com portais para o Inferno...
É um labirinto muldimensional! Existem
TROCENTAS raças de goblins, elfos,
gnomos, anões diferentes... O Tempo e
o espaço não significam muito... Existem
bolsões no qual sempre que alguém
chega, ele revive a peça da Cinderela, e
todos os personagens repetem o mesmo
ato sempre, sem saber o que acontece.
Existem locais que estão na Idade
media, lendas da antiguidade e lendas
modernas (Hogwarts...) basta haver
gente acreditando nisso.
O espaço de Arcádia/Spiritum (que, no
fundo, no fundo, são a mesma coisa) é
praticamente infinito.
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Assim, encontramos novos deuses (dos
quais ninguém nunca ouviu falar),
incontáveis povos que nunca se
conheceram, compostos por 100, 200
pessoas... Até a terra Media pode estar
lá, com Sauron, Sarumam e Gandalf...
Pode-se passar anos, décadas ou
séculos em Arcádia e nunca encontrar
alguém que tenha ouvido falar em Jesus
ou Odin... Tem locais onde a Magia não
funciona, há locais onde gnomos
constroem mechas baseados em
maquinas de vapor... Há bazares árabes
sinistros, castelos fabulosos, príncipes
encantados...
A maioria dos habitantes de um bolsão
nunca saiu dele, por que não há
necessidade disso... Pessoas medievais
não tem necessidade de viajar ou
vontade de abandonar suas vilas, alem
disso, ha diversos perigos (lobisomens,
fantasmas, monstros de lendas...), por
isso, esses povos quase nunca se
misturam...
Arcádia X Trevas
Imaginem um mago milenar protegendo
o coração da Amazônia auxiliado por
uma raça de lobisomens desconhecida
(muitos grupos de exploradores já
sumiram por lá naquela região). Uma
aristocracia vampírica forte no triangulo
São Paulo, Rio de Janeiro e Minas
Gerais se confronta desde a oligarquia
cafeeira e hoje se encontra em declínio
pelo processo histórico. Demônios
realizando trabalho escravo no norte
como fachada para um plano de
destruição e domínio maior ainda. Anjos
Nimbus e Obscuri Nimbus batalhando
nas sombras de Brasília sob os olhos de
um poderoso principado que se encontra
de alguma forma debilitado há um
tempo. A misteriosa mensagem de
Aleijadinho em sua obra. Os maçons e o
Brasil no período imperial.
Arcádia existe e NÃO EXISTE para o
Trevas... O Trevas é um RPG de horror.
Ponto. Arcádia lida com uma dimensão
onírica, portanto sujeita a qualquer tipo
de semiplanos.
Se você estiver rolando uma campanha
de Trevas, não há a menor chance de
usar o Hi-Brazil nela.
Hi-Brazil é como Tormenta. Um mundo a
parte. Mas, ao mesmo tempo, os dois
livros compreendem um mesmo
universo... Como?
Imagine que Arcadia é composta por
camadas (ou "bolhas") de semiplanos,
umas próximas da terra, outras
afastadas, outras mais afastadas ainda,
outras tão distantes que é impossível
chegar nela diretamente da terra...
Fazendo uma comparação com AD&D,
seria como se existissem brumas dentro
das brumas do ravenloft, que o levassem
para OUTRO ravenloft dentro dele e
inacessível a menos que você estivesse
DENTRO do ravenloft, entendeu?
Esses planos-dentro-dos-planos podem
variar de acordo com a mentalidade de
CADA pessoa na terra... Existem
pessoas que poderiam acessar Hi-Brazil,
outras nunca saberão que ele talvez
exista... De qualquer modo, é impossível
criar um portal da Terra pra Hi Brazil
diretamente. Você teria PRIMEIRO de ir
a Arcádia e DENTRO de Arcádia, nas
regiões certas, acessar o portal para Hi-
Brazil, por que “Hi” é formado com
forma-pensamento de Arcádios, NÃO de
terráqueos!
O “Hi” é um produto da maneira como
“eles” enxergam a nossa realidade, da
mesma forma que Camelot de Arcádia
existe da maneira como “nós”
enxergamos a realidade deles. Sei que é
BEM complicado...
Assim sendo, se você tem uma
campanha de anjos ou demônios, com a
guerra celestial, magos e etc, esses
problemas NUNCA chegam perto de “Hi
Brazil”. O máximo que você pode ter é
um anjo que se cansou das guerras,
fugiu pra Arcádia. Depois de um tempo,
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ele vaga cada vez mais pro fundo de
Arcadia e menos pra superfície, até que
perde totalmente o contato com o mundo
"real". Nesse ponto, esse anjo já poderia
estar entrando em reinos de contos de
fadas (Rapunzel, branca de neve...), até
mesmo Hogwarts, mas não faz mais
diferença, por que ele se tornaria tão
afastado da realidade que não
conseguiria trazer esse mundo para a
realidade novamente... A tendência
desse personagem seria se afastar do
mundo tenebroso e passar a uma “nova”
realidade bem menos assustadora, mas
isso não faria diferença na Terra, por que
este anjo teria simplesmente
“desaparecido”, e ninguém se lembrará
dele.
Ele saberia da rebelião, de Lúcifer, mas
NINGUÉM mais saberia disso. Não faria
sentido para os outros.
Arcadia é um multiverso tão complexo
que é possível entrar tão profundamente
em seus domínios que um viajante
poderia reaparecer na Idade Media
quando voltasse, ou 100 anos no futuro,
ou na pré-história, se entrasse pelos
portais certos (ou errados).
Portanto, não há muita chance de
misturar “Hi” e “Trevas”... Hi Brazil é Hi-
Fantasy, Trevas é Horror. Hi Brazil é
medieval, atemporal, afastado do tempo
e espaço da terra. Trevas é horror
moderno.
Vou dar outro exemplo, que vai fundir
sua mente... Imagine que na Nova
Arcádia exista um castelo de um bruxo
que possui um quadro pendurado em
sua sala de estar. O quadro é mágico e
você pode literalmente "entrar" no quadro
com as palavras corretas. É um quadro
de uma floresta. DENTRO dessa floresta
desse quadro existe uma comunidade de
sátiros, que passa a existir em um
universo próprio por causa da magia do
quadro. Dentro da cabana do sátiro
feiticeiro, existe uma garrafa mágica que
tem uma cidade inteira dentro dela
(como Kandhor do Super-homem), com
homenzinhos vermelhos dentro (uns
10.000 habitantes...). Pois bem: na sala
do trono do rei do maior castelo desta
cidade existe um portal mágico que abre
pra um grande jardim florido, com uma
estrada de terra que sai do pátio interno
do castelo em direção as montanhas (e
nem sinal da garrafa ao redor). Se você
seguir esta estrada durante três dias, vai
chegar no mesmo castelo da onde nossa
historia começou. Que tal? Esher o
suficiente?
Outros
Esclarecimentos
Arcádia é dividida em Velha Arcádia e
Nova Arcádia.
Os Reinos da Velha Arcádia são:
Acadme, Erimanto, Calidon, Fegeo e
Ardennes.
Nidavellir, o reino dos anões se encontra
na Velha Arcádia, na região agreste, com
um clima frio.
Licaon foi o primeiro soberano da Velha
Arcádia, possibilitando a presença de
Vrykolakas e Lobisomens nos reinos.
A Ordem de Luvithy possui grandes
representantes no plano, estando bem
fundamentada, sendo vistas como
bruxas malignas no estilo daquela da
branca de neve e companhia...
Jotunheim, o lar dos gigantes
provavelmente fica em Velha Arcádia.
Grifos, hidras, centauros, sátiros, ninfas,
sereias, harpias e outras criaturas da
mitologia antiga habitam, em sua
maioria, a Velha Arcádia.
As Amazonas estão em Velha Arcádia.
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Os Reinos da Nova Arcádia são: Reino O ferro absorve as energias místicas (é
do Norte, Reino dos Elfos, Reino de uma lenda da Idade media). Não tem
Azan e Leónira e Avalon. explicação racional.

O Reino do norte possui a cidade-estado MARCELO DEL DEBIO

Faerum, governado por Titânia e (Adaptado e organizado Por Skady)
Oberon. É de lá que vêm a Corte Seelie
e os elfos lá existentes são mortais. A

Clock
Escola Cabalística de Luft é influente em
Faerum.

O Reino dos Elfos é chamado Alfheim.

fica localizado no meridional de Nova
Arcádia, fazendo fronteira com Nidavellin
(o Reino dos Anões). Em Alfheim as
casas e cidades, além de estradas são
nas copas das árvores.
Work
Os elfos são imortais, mas esqueça os
elfos do Tolkien. Os elfos parecem mais Cenário Cyberpunk para
com aqueles duendes 3/4 do tamanho de Daemon, e um dos maiores
humano, com orelhas bem pontudas,
bem fraquinhos e ágeis. Os elfos que
Net-Books já feitos no Brasil.
parecem com os do Tolkien são O futuro da humanidade é se
chamados Sulfidos e são BEM raros. refugiar em uma metrópole
A presença de Avalon na Nova Arcádia chamada “Reduto”, na qual
cria especulações sobre a existência de impera a criminalidade e o
druidas, como Ordem Mística desejo inconseqüente pela
fundamentada, no plano. O corpo de
Arthur está em Avalon. violência.
Os elfos mortais que vagam por Arcádia
são conhecidos como Elfos Selvagens.
Inspirado na obra prima de
Halzazee é a fronteira entre Arcádia e Stanley Kubrick, “A Laranja
Ark-a-nun. É o reino mais distante de
Arcádia, e marcado por montanhas com
Mecânica”.
enormes geleiras.
EM BREVE NO SITE DA
Em halzazee habitam elfos negros,
duergars, orcs, goblinóides e outras EDITORA DAEMON:
criaturas cruéis, como dragões, www.daemon.com.br
demônios e trolls. Há uma variação
vampírica élfica chamada Sckahais.
Camelot está em Nova Arcádia Para novas notícias:
gurpsi@ig.com.br
Arcádia está fora da Roda dos Mundos,
ela tira magia da própria Roda.

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Dois Bolsões
para Arcádia
Technotown
“Um lugar onde viver é uma verdadeira
arte erudita! Enquanto as águas tocam a
favela da maré, a Technet segue com
seus planos de dominação. E aquele que
criou todo esse lugar hoje está deus
sabe onde! Homens covardes de terras
covardes. Mas segundo eles, Technon
vai voltar a cidade da maré”.
Há sem dúvida, muitos mares entre os
bolsões de Arcádia. E nesses mares
existem ilhas. Algumas bonitas, como no
caso de Technotown.
A ilha de Technotown é constituída de
uma grande selva de clima tropical, com
muitos lagos, rios e cachoeiras e ao
leste, de um pequeno deserto de clima
quente até o anoitecer, e frio até o
amanhecer.
Uma beleza estonteante. O azul
turquesa cobre as terras enquanto o
verde esmeralda se propaga pelo resto.
Até o deserto é belo. Apesar de
pequeno, reflete uma liberdade como
poucos lugares conseguem fazer.
O tamanho da ilha não é nada
surpreendente. Nenhuma medição foi
feita, mas deve ter o tamanho da ilha de
Cuba no caribe centro-americano.
Suas paisagens mais marcantes são o
Oásis do mármore, um grande Oásis no
deserto, onde se instalou Zadig, o rei do
mármore e construí lá mesmo seu
enorme castelo árabe, onde moram 1001
pessoas e 1001 gênios, além de seu
consultor Serendibe, sábio das arábias, a
fábrica de Technotown, com sua
chaminé mestra, uma enorme cuspidora
de fumaças e o reduto de Anka, uma
casa bastante grande, construída a base
de espessas paredes revestidas por
diversos materiais sempre fortes e
resistentes. É bem verdade que há na
Technotown uma enorme praia que
abriga inúmeras palafitas interligadas por
pontes intrincadas e caminhos de difícil
acesso. Essa é a cidade da Maré, de
onde a água chega perto as luas cheias
e as palafitas quase tocam o mar nos
dias de maré alta.
Apesar da beleza, Technotown têm
passado por problemas graves, que vão
dos Tecnons aos rebeldes. Mas vou falar
mais sobre eles logo.
História
Há muitos anos, quando a ilha era uma
porção de terra com alguns oásis no
meio, Technon foi residir por lá. Ficou
descontente com as coisas e criou
florestas, rios, cachoeiras e trouxe uma
caravana de Elfos e Meio-Elfos de nova
Arcádia para lá morar. E eles foram.
Como Technon era insuportavelmente
paranóico e esquizofrênico, foi embora
de lá quando uma ameaça surgiu. Era
Yuri, senhor da tecnologia que trouxe
seu povo, os Tec-Orks.
Anos se passaram e a ilha, como era de
se esperar, evoluiu tecnologicamente,
mas ao mesmo tempo permaneceu em
um passado quase medieval de um lado
foram os Tec-Orks com suas armas de
fogo e seus sensores de detecção, e de
outro, na cidade da maré, os elfos
mágicos, com seus livros de bruxaria e
suas espadas e arcos, sempre com
intimidade em relação ao mar.
Com as sobras da fabrica de
Technotown, comandada pelos Tec-
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Orks, que produz equipamentos para
reparar casas e partes biônicas, os elfos
evoluíram também, criando espadas
envoltas por pequenos e resistentes fios
energéticos, capazes de desferir grandes
descargas elétricas ao tocar objetos
condutores, revolveres de madeira e
ferro, armados com flechas de aço que
viajam a uma velocidade incrível e
tanques de guerra de madeira e
blindagem de bronze, movidos ao
combustível “Sonsgost” dos O’trech, um
grupo de gnomos da cidade da Maré. A
engenharia élfica passou a ser
impressionante.
Enquanto isso, os Tec-Orks vivem
tranqüilamente administrando a Technet,
uma rede de informações tecnológicas
entre dois bolsões próximos
comandados também pelos Tec-Orks.
Esses oprimem o pobre povo da Cidade
da maré, em uma guerra terrível, que já
dura anos.
Não podemos nos esquecer dos
templários da casa-reduto Anka, um
grande bando organizado de
motoqueiros (as motos são
rudimentares, parecidas com bicicletas
modernas, mas cheias de fios
desencapados e tanques de
combustível). Usam espadas elétricas e
armaduras de alumínio, fortes, mas
leves. Eles lutam com afinco junto com
as forças élficas, usando seus artefatos
para serem os agentes especiais desse
lugar.
Sonsgost, o liquido que move o mundo
Os O’trech de Technotown
desenvolveram um liquido vermelho,
explosivo, a base de plantas e do óleo
usado pelos Tec-Orks. Esse perigoso
liquido alimenta as velozes motos, os
potentes tanques e os temíveis tratores
da força élfica e do poderio Anka.
O problema, é que se uma velocidade
constante for barrada por algum
obstáculo ou por uma freada brusca, o
liquido pode se superaquecer,
explodindo o veiculo com uma força
tremenda. Por isso se usam armas que
disparam caixas fechadas de madeira,
contendo o combustível, que ao cair no
chão ou colidir em algum corpo, causam
uma grande explosão.
A grande Guerra
Os Tec-Orks querem acabar com os
elfos para uma maior mobilidade na ilha,
e os elfos querem acabar com os Tec-
Orks para poderem viver em paz.
Grandes ações são realizadas para
invadir o complexo metropolitano da
Cidade dos Tec-Orks, a fábrica, mas por
seus diferentes níveis, os militares elfos
se perdem. O mesmo ocorre com a
cidade da Maré, onde os orks são
surpreendidos por emboscadas e
caminhos que acabam no meio do nada.
A água é nociva aos Tec-Orks, por isso
grandes mangueiras são desenvolvidas
para mata-los.
A guerra está empatada. 4000 já
morreram, 1500 Tec-Orks e 2500 elfos.
Recentemente os templários de Anka
conseguiram uma mansão protegida de
ataques de mísseis, e de lá comandam
as operações élficas.
É bom lembrar que os elfos têm a magia
ao seu lado, e isso conta bastante.
Os implantes
Os elfos desenvolveram uma tecnologia
com o lixo Tec-Ork: Revestem seus
membros originais com braceletes de
ferro e outros artefatos mecânicos,
conseguindo tirar deles mais do que eles
podem oferecer.
Há também os óculos de ampliação da
visão. Os elfos podem enxergar muito
mais longe com eles. Há também os
árticos, implantes no fêmur que fazem
pular quase 10 metros de altura e andar
a velocidades incríveis.
Invente seus implantes. Por aqui, tudo
pode ser criado desde que se consiga
retirar o material do lixão e não ser
atingido por sentinelas.
Território amplo
A floresta é tanto território dos elfos e
dos orks. A diferença é que os elfos se
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dão bem com os animais. Se uma guerra perigosas granadas elétricas, que
ocorrer na selva, os elfos derrotarão com quando soltas na água criam maremotos,
facilidade qualquer um que se oponha. explosões e raios que põe em risco a
Há uma ameaça na floresta: os cidade da Maré.
monstros. Vão de cocatrizes a basilíscos,
passando por gorilas e leões gigantes. Yuri
A guerra só acontece por causa de Yuri
Território Neutro Malacquevox, um deus tecnológico
O deserto não é de ninguém. Está lá, frustrado, doido para se vingar sua rede
parado como sempre, sem nada além do de comunicações na ilha próxima aos
oásis de mármore. bolsões que ele comanda.
Ninguém ousa entrar nesse oásis e Yuri é um cientista louco. Passa anos em
todos preferem ficar longe do deserto. É seu laboratório, criando e aperfeiçoando
mais seguro. seus queridos equipamentos, sempre
estanhos e diferentes de tudo que
As frentes élficas conhecemos.
Os elfos guerreiros formaram vinte
tropas diferentes, cada uma Tec-Orks
especializada em uma arma ou tipo de E o melhor: Os jogadores podem ser
combate, seja com espada ou armas de desta raça! Os Tec-Orks são
fogo. Como os Tec-Orks são mais robôs aparentemente robôs de ferro azulado ou
com vontade própria que seres vivos, os cinzento, mas a verdade é que eles
elfos costumam usar armas de água ou nascem, crescem e morrem como
fogo, capazes de enferrujar e deixar os qualquer ser orgânico. Possuem dentro
circuitos do Tec-Ork em pane ou queimar do corpo, uma massa redonda com
seu óleo rapidamente. pouco mais de 30 cm de diâmetro
A mais poderosa frente élfica é a dos chamada “cérebro”. Muitos fios de cobre
Unons, meio-elfos ciborgues de grande ligam esse cérebro a todas as áreas do
poder de fogo, equipados com carros corpo (o que permite que eles tenham
(rudimentares, com tanques de sensibilidade a dor, temperatura...). Para
combustível e ferro por todo lado, fios e os movimentos serem realizados, um
mais fios, circuitos e rodas dentadas por tubo de óleo é colocado na nuca deles.
toda à parte) e tanques de guerra O tubo deve ser recarregado a cada 100
(versões maiores e melhores armadas horas, ou o Tec-Ork entrara em pane e
do que carros, parecendo caminhonetes ficará paralisado.
grandes). Tem personalidade, gostam de musica e
Elfos lutam bem com revolveres e arcos, de brigas, comem raspas de diversos
e otimamente com espadas. metais e bebem mercúrio liquido,
possuem inteligência e livre arbítrio e
Frentes Tec-Orks não possuem sexo (sempre que um Tec-
São três frentes Tec-Orks ativas. A de Ork morre, dois novos saem por sua
defesa, que protege a cidade Fábrica nuca e ficam adultos aos 5 anos).
com suas armas de fogo e lança-
chamas arrasadores, a das Tec-Orks
florestas, que fazem uma barreira Custo: 4 pontos.
contra os elfos, lutando com Idade inicial: 1d6+2 (vivem apenas 25 anos).
motos e carros velozes, Atributos: FR + 3, CON +3, DEX –2
equipados com armas de tiro, e Vantagens: Podem escolher entre 2 pontos no
os invasores, que espreitam a aprimoramento “cibernéticos” (veja mais em
Cidade da Maré, com seus INVASÃO, ANIME RPG) ou Armas de fogo 2.
sabres flamejantes e suas IP natural 5.

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O’ Trech
Basicamente são gnomos, como os
demais encontrados por toda à parte em
Arcádia, mas adoram inventar e criar
coisas para os elfos. Criaram o Sonsgost
e os carros élficos, além da lâmpada,
armas de fogo, espadas elétricas e
armaduras de alumínio (resistentes como
aço, leves como papel).
Lugares de interesse
A Ilha possui alguns pequenos pontos de
interesse, como o lixão, onde são
jogados os detritos Tec-Orks e o Campo
de Batalha, um vulcão inativo que serve
como campo de batalha para algumas
brigadas élficas e Tec-Orks. As praias da
ilha são fabulosas, lugares onde a beleza
é capaz de enlouquecer uma pessoa
comum.
Altimas
“Uma estranha terra se esconde atrás de
uma espessa bruma azulada, às vezes
brilhante. Caminhei um pouco por este
lugar, um vale belíssimo, cheio de
verde., com alguns belos animais, e um
clima frio, cortante, gélido e delicioso.
Um largo rio corta as montanhas que se
dividem em dois lados. A neve caia aos
poucos, mas não em todos os lugares.
Há algumas léguas havia uma aldeia,
quem sabe, a única daquele pequeno
mundo. Lá, ainda não nevava, apesar de
possivelmente estar frio. Antes de
constatar mais alguma coisa, fui
carregado por um grupo de feras. Não
sei seus nomes, mas percebi que aquela
realmente não era o único lugar povoado
daquele lugar. Havia uma cidade
também”.
Altimas é um bonito bolsão próximo a
velha Arcádia. A geografia desse lugar é
traiçoeira, assim como seus habitantes,
em sua esmagadora maioria, homens-
cervo. Possui uma enorme cordilheira de
montanhas que se estende em duas
fileiras separadas por um largo rio que
nasce no topo da montanha Azul e
deságua no lago dos Ursos.
Não é um bolsão grande, tendo a
extensão de uma cidade grande (com
menos de 400000 habitantes), mas
surpreende pela beleza das arvores e da
vegetação que cobre as montanhas
(algumas cobertas por neve também).
Sua vida animal é pouco rica, tendo
algumas dezenas de variedades de
peixes, poucas aves, não mais que seis
espécies diferentes e alguns cervos,
renas, cabras, coelhos, lobos e ursos de
variedades diferentes (algumas exóticas
como o urso listrado e o lobo de duas
cabeças), além dos rumores de um
bando de tigres brancos e rajados que se
escondem pelas montanhas.
É habitado por poucos humanos que se
aglutinaram em uma aldeia com poucos
habitantes, algumas casas, padarias e
plantações, além de um pequeno castelo
de posse de um nobre doido, povoado
por animais raros e monstros
adestrados.
Há também a cidade de Morc, reduto dos
homens-cervo, cravada na montanha
Selena, com suas fortalezas e torres
altas, capazes de suportar toda uma
nação de exemplares dessa espécie.
História
Foi fundada por Pan, Deus grego dos
Sátiros, Fadas e Centauros.Para
construir esse bolsão, precisou da ajuda
de Baco, que o fez em troca de um
presente especial: Todos os anos, o
bolsão de Altimas deve produzir mil
caixas do melhor queijo que pode existir
no mundo. Caso esse queijo não for
produzido e enviado a Baco, este fará de
tudo para devastar o bolsão.
Para a produção, Pan criou uma nova
raça baseada nos Sátiros. São os
Homens-cervo. (Veja a ilustração na
página acima). Estes dariam tudo de si
para produzir as mil caixas de queijo.
Trouxe pra cá, cabras de qualidade
inestimável, capazes de produzir o
melhor leite que se poderia querer.
12
 BA
Ergueu toda uma cidade, com caldeirões
e potes, cercas e barris, tonéis e
caldeiras. Criou uma sociedade voltada a
produção.
Morc
A cidade dos homens-cervo passa o ano
em polvorosa. Do dia 1o de abril ao dia
30 de dezembro, metade da população
está trabalhando na produção do queijo.
A outra metade, ou está fazendo a
patrulha ou está trabalhando no sustento
da cidade. Claro que há também aqueles
que decidem se aventurar em outros
bolsões, ou por lá mesmo.
Morc é uma bela cidade de modo geral.
Apesar das engrenagens e construções
para que o leite seja transformado em
queijo, a aparência da cidade é linda.
Arvores e alamedas, lagos e espelhos
d’água, moinhos e campos verdejantes,
torres e estradas de paralelepípedo,
morrinhos e lamparinas e casas
belíssimas (todas com dois andares),
verdes, amarelas, marrons e azuis.
Homens-cervo transitam pelas ruas,
compram livros e retratos bebem o doce
vinho e, claro, comem queijo, mas sem
excessos.
As 10:00 da manhã, todos se levantam
para o trabalho. Geralmente vão as
casas de queijo ou vendas, onde fazem
comida, queijo ou ajudam em serviços.
Trabalhar antes das 10:00 é crime, e
exige que uma multa de 10 ouros (10
peças de ouro) seja paga. O trabalho
acaba entre as 6:00 da tarde até as 9:00
horas da noite dependendo da função.
Essa rotina tem uma pequena pausa aos
sábados e domingos, onde ninguém
precisa trabalhar (considerados pontos
facultativos) e uma grande pausa no dia
31 de dezembro, quando o queijo é
entregue a Baco, que vem pessoalmente
até a cidade para checar as coisas. O
trabalho só recomeça após o fim do
inverno, em Abril, quando as cabras
voltam a produzir leite. No dia 22 de
fevereiro, a cidade recebe o festival do
queijo, onde as sobras da produção são
distribuídas e servidas com iguarias e
ervas amargas.
O período entre o fim de dezembro e o
começo de abril, é chamado de férias
coletivas, onde os trabalhadores do
queijo não precisam trabalhar (apenas
durante a ultima semana, fazendo
ajustes nas máquinas). Os demais
trabalhadores vão ao serviço apenas as
quintas e sextas. Nesse período a cidade
é abastecida pela comida produzida
pelos humanos da aldeia.
A aldeia humana
Há também, no extremo norte, uma
aldeia com mil humanos e suas casas.
Lá, o se trabalha durante 10 meses
apenas para abastecer Morc.
O prefeito, Lucio Marlene é um gordo
diabético frustrado emocionalmente, que
não manda nada, apenas obedece o
prefeito de Morc, Pan.
A aldeia possui apenas uma pousada, a
fada de Lucio, pertencente ao próprio
prefeito. Lá já se hospedaram grandes
heróis, como o próprio Jason.
Idéias para Aventuras
Foi roubada a engrenagem de uma das
máquinas de fazer queijo! Pode estar
sob guarda de um grupo contrário a
produção, dentro das montanhas!
Um dragão do gelo passou a se
hospedar na montanha Azul, congelando
a nascente rio que corta o bolsão. Em
breve todos os peixes vão morrer!
Grandes tigres atrozes estão rondando a
aldeia humana. Lucio paga bem.
Fugiram basilíscos gigantes do castelo
do lorde louco da aldeia humana! Eles
estão indo para Morc!
Os homens-cervo
Homens-cervo
Custo: 1 ponto.
Idade inicial: 2d10+4
Atributos: FR + 1, DEX –1
Vantagens: Têm como armas naturais,
os chifres, que causam 1d6 pontos de
dano.
13
 BA
Com respeitável porte físico e cultural, os
homens-cervo constituem um pequeno
povo cheio de orgulho e patriotismo, que FAÇA SEMPRE O
sempre valoriza a cultura e a força.
Em geral, são alegres, vivendo bem, pois DOWNLOAD DAS
criaram uma organizadíssima sociedade
com padrões comunistas. Não há rico FANZINES:
nem pobre, mas sim aquele que subiu e
o que não subiu na escala do trabalho.
Os que sobem, ou conseguem isso por
dedicação ou talento. Os que não INVASÃO SCI-FI
sobem, ou escolheram o serviço errado
ou não estão se dedicando. &
Dão grande valor ao prefeito e Deus
desse Bolsão, Pan. DAEMON MAGAZINE
Sua vida é longa, chega aos cem anos, e
como sua medicina é natural e evoluída,
curam doenças com sutileza e facilidade,
prolongando suas vidas até quando TODAS FANZINES DE
acharem que seu corpo resiste. Encaram
a morte com naturalidade. É o fim de
todos mesmo...
SKADY
O chefe da casa geralmente é o membro
mais velho, independente se homem ou
mulher. Sempre respeitam os mais www.casadonecromante.com
velhos e não tem divergências sociais
em relação ao sexo do individuo.
Tecnologicamente estão em no patamar
da velha Grécia, a não ser pelos
www.daemon.com.br
aparelhos que prestam para preparar o
queijo, com suas enormes engrenagens
vitorianas.
SKADY

Quantum
Novo net-book de Skady sobre Monstros de Bolso em um
futuro sombrio. Em Quantum, é possível enfrentar os mais
diversos treinadores de monstros, do conde Drácula a
Hércules da mitologia Grega!
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14

Put out the fire
Aventura
Put out the Fire é uma das aventuras
que inaugura um novo gênero de
aventuras: É atemporal e não possui
um cenário favorecido. Você pode
usar essa aventura tanto em uma
campanha moderna de horror gótico
quanto em uma aventura medieval. A
aventura é tão genérica que nem
mesmo a magia é um elemento
determinante. A aventura pode ser
jogada tanto em cenários cheios de
magia quanto em cenários sem magia
nenhuma.
Recomendo um grupo de 4 a
personagens de 6o nível.
Aventura
Nossa aventura começa em um grande
deserto. Caso você jogue em Tormenta,
um cenário altamente recomendado, o
deserto pode ser o Deserto da Perdição.
Se você joga em Trevas, Invasão,
Arkanum ou qualquer outro jogo que se
situe na terra, em qualquer período da
história, o deserto pode ser o Deserto do
Saara. No caso de Hi-Brazil, substitua
desertos por cordilheiras de montanhas
ou qualquer outro lugar que possa
esconder uma Pirâmide.
Estando os personagens principais no
deserto (veja a tabela lateral caso você
não consiga bolar nenhum motivo para
tal), os mesmos avistarão ao longe uma
tempestade de areia. A tempestade se
move muito rapidamente, e qualquer
tentativa de fugir dela será falha. Assim
que os personagens forem engolidos
pela areia, descreva o seguinte
parágrafo a eles:
BA
Seus corpos são arrastados por alguns
minutos. A forte tempestade os sacode e
os lança para longe enquanto vocês
tentam desesperadamente respirar.
Tentativas e mais tentativas são
desperdiçadas. Logo, todos ficam
inconscientes enquanto as bravas e
brasis areias do deserto carregam suas
carcaças por uma longa distância. Muito
tempo depois, talvez algumas horas, ou
até dias, vossos corpos se reanimam e
decidem colaborar. Todos começam
gradativamente a recobrar a consciência.
6 Aparentemente, o Sol acaba de nascer,
mas a temperatura é amena. Vocês
estão fora da rota. Estão perdidos em
algum lugar do deserto...
Qualquer tentativa de rastrear o local ou
se localizar será em vão. Todos os
equipamentos do grupo estarão
quebrados ou perdidos, e, mesmo se
houver um personagem que conheça o
deserto inteiro, este não saberá onde
está. Os personagens estão sem beber
água há muito tempo, e, se não beberem
logo, entrarão em colapso e morrerão.
Considere que cada duas horas depois
do fim da tempestade de areia causará
1d3 de dano em cada um dos
personagens.
Jogo Exemplo
Segue-se dois pequenos exemplos da
mesma aventura, em cenários diferentes.
A aventura começa quando o grupo de
Magos Medievais arruma uma bela
encrenca com o dragão que estavam
tentando saquear. Para escapar do
15
 BA
dragão, correm para as docas de
Malpetrim, e entram, com auxilio da
magia “Invisibilidade” num grande navio.
Depois de percorrer uma grande parcela
de mar, pegam uma caravana que passa
pela grande savana e entra no deserto.
Nesse momento, a tempestade de areia
os manda para longe. Os magos tentam
se localizar com auxilio de magias, mas
nenhuma delas funciona...
Alguns investigadores sobrenaturais
rastreiam um demônio nas proximidades
do Cairo, pra onde vão com seu jatinho
particular. Chegando lá, percebem que o
demônio provavelmente fugiu para o
deserto. Ao ir atrás dele, são
interceptados pela tempestade.
Estranhamente seus rastreadores e
sinalizadores estão destruídos... Parece
que se perderam...
Cena 1
Agora que os personagens estão
completamente confusos, coloque
algumas miragens em seu caminho (veja
a coluna lateral). Assim, a medida que
correm atrás das miragens, vão
chegando mais próximos de um grande
monumento, que pode-se observar a
distância: Uma Pirâmide muito bonita,
absolutamente simétrica, adornada com
faixas longas de ouro. Para chegar até a
pirâmide, os personagens demorarão
entre 4 a 6 horas.
A Pirâmide possui uma pequena
abertura e um corredor que se prolonga
até um saguão. O corredor é estreito,
apenas duas pessoas podem passar por
vez. Caso os personagens não entrem
de uma vez só, um bando de cobras do
deserto (coluna lateral) os cercará até
que entrem.
Cena 2
Logo que os personagens entram, a
entrada é fechada. A iluminação é
precária, feita através de alguns raios de
Tabela 1.0 (Miragens)
Após algumas horas no meio do Deserto, os
personagens começam a ter alucinações. A
cada meia hora, todos devem fazer dois testes
difíceis de WILL. Caso acerte os dois, não vê
miragens, mas caso acerte apenas um ou
nenhum, começará a ter alucinações. Jogue 1d6
para determinar o tipo de alucinação. As
alucinações sempre levarão o personagem para
perto da Pirâmide. Não conte aos jogadores o
propósito deles estarem fazendo testes. Assim
será uma surpresa quando eles descobrirem que
estão vendo miragens.
1 Mulheres bonitas chamam pelos Personagens
2 Um Oásis muito bonito.
3 Um lago deslumbrante.
4 Um banquete apetitoso.
5 Um diamante do tamanho de uma casa.
6 Um casebre que exala um cheiro delicioso.
Tabela 1.1 (Cobras do Deserto)
Cobras do Deserto
Uma espécie terrível de cascavel, com
oito metros de comprimento. São
extremamente ameaçadoras quando
colocam sua dentadura afiada em
exibição. Os personagens devem fazer
um teste difícil de WILL, sendo que no
caso de uma falha, correrão
rapidamente para o primeiro lugar que
puderem. No caso de ficarem para
combater, logo perceberão como as
cobras são fracas e morrem facilmente.
Andam em bandos de 1d10 indivíduos.
FR 10 CON 10 DEX 10 AGI 10
INT 4 WILL 8 PER 12 CAR 1
PV 10 IP 1
Ataques: #2. Mordida 60% (1d6),
enforcamento 30% (1d3).
sol que entram pelas frestas e
rebatem em monumentos reluzentes.
A partir daí, deixe os personagens
livres para explorar a Pirâmide.
16
 BA
Observações: Todos os equipamentos
dos personagens estão quebrados (a
não ser as armas brancas), portanto, a
iluminação precária da pirâmide sempre
lhes trará um redutor de – 20% em todos
os testes que envolvam visão.
Nenhuma magia funciona nos domínios
da pirâmide. Poderes de fé ainda
funcionam, mas com efeitos mínimos e o
dobro de custo em Pontos de Fé.
Uma boa idéia para melhorar a
iluminação seria acender fogo com a
fricção gravetos e palha (que deve ser
colocada entre as frestas da pirâmide).
Retirar um bloco de pedra para fugir da
pirâmide não é possível a não ser que a
soma das formas de todos os membros
do grupo seja 200 ou mais.
A Pirâmide
Porta Lacrada: Para abrir esta porta, é
necessário um teste normal de Arrombar.
Não é possível abrir essa porta com
17
 BA
força bruta. Caso dois testes seguidos
falhem, a porta não pode ser aberta.
Portas Geminadas: Estas portas só
podem ser abertas se um mistério for
solucionado: depois de uma das três
alavancas (a do meio). Entre as portas,
há um belo diamante azul que vale muito
dinheiro.
Portas Secretas: Só podem ser
identificadas com um teste difícil de PER,
e este teste é permitido apenas a
aqueles que decidirem procurar portas
secretas. Uma vez encontradas, exigem
um teste de FR para serem abertas.
Caso dois testes sejam feitos e ambos
falhem, a porta torna-se impossível de
abrir.
1 de Observar. Caso ambas as portas
O Saguão de Entrada. Esta sala está
repleta de grandes armários e ânforas
cheias de ovos e farinha mofadas. Há
também, um lindo chafariz cheio de
água. A água está suja e barrenta, efeito
da estagnação, mas, no escuro e na
sede, dificilmente pode-se enxergar isso.
Aqueles que beberem a água recebem
um dano de 2d6.
Aqueles que decidirem procurar bem
poderão encontrar algumas moedas de
ouro maciço (3d10) escondidas em uma
pilha de ataduras e pergaminhos
ilegíveis.
Há duas portas lacradas nessa sala.
Uma delas leva a sala 3, o que
constituiria um caminho muito simples
até o sarcófago principal. A outra leva a
um caminho mais complicado. Estas
duas portas são muito simples de abrir
(mas apenas estas: Com um teste
simples de FR ou Arrombar).
2–9
Há três enormes alavancas nesta sala. A
primeira delas, dourada, tem a seguinte
escritura em cima: Abra o caminho para
a Vida posterior. A segunda é vermelha e
diz: Abra o caminho para o Paraíso. A
terceira, amarela, diz: Nem tudo é o que
parece ser.
Na verdade, a primeira ativa uma
armadilha. Um grande buraco se abre no
chão e engole os personagens que
falharem em um teste de AGI. Estes
sofrem 1d10 de dano.
A Segunda abre as portas geminadas.
A Terceira acorda uma série de Múmias
Comuns que atacarão imediatamente os
personagens.
3
A sala dos gatos. Há várias estátuas de
gatos e múmias de gatos neste
aposento. Caso os personagens se
interessem em vasculhar as estátuas,
encontrarão dois rubis e duas safiras em
um dos gatos. Isso exige um teste difícil
secretas sejam inutilizadas, uma série de
flechas será disparada pela parede. São
3d6 flechas sendo que cada uma tem
30% de chances de acertar os
personagens. As que acertam os
personagens causam 1d6 de dano.
4
A sala das mil e uma noites. Nesta sala
estranhamente iluminada, uma bela
donzela vestida em trapos vai tentar os
personagens a uma noite de amor.
Aqueles que falharem em um teste de
WILL vão aceitar (a não ser que sejam
mulheres). A noite de amor restaura
completamente os danos sofridos pelos
personagens e saciam a sede por 12
horas. A donzela vai sumir em fumaça se
levar qualquer golpe de qualquer
personagem. Há camas espalhadas por
este quarto, destinadas aqueles que
querem apenas dormir e não participar
da bacanal.
5
Este aposento possui um pequeno
banheiro, que só é possível acessar a
partir da área 2, e que não guarda nada,
18
 BA
e um pequeno armário quadrado. Quem
decidir ler os pergaminhos do armário vai
despertar uma horda de escaravelhos,
que atacarão e caçarão até matarem
todos ou serem mortos.
6 seguida as múmias são envolvidas por
O Sarcófago final. Nesse aposento, cinco
múmias atacarão os personagens assim
que eles entrarem. Caso mexam nos três
sarcófagos (os retângulos), três múmias
maiores atacarão. Caso não mecham,
apenas uma múmia vai atacar. Descreva
a seguinte cena caso os personagens
derrotem as múmias e a múmia maior.
Um bloco enorme da pirâmide se
desprende. Este bloco revela uma saída
deste sarcófago. [Perguntem aos
jogadores se eles querem sair. Caso
queiram, continue]. Vocês
estranhamente voltam a rota e seus
equipamentos estão todos restaurados.
Logo que olham para trás, vêem a
pirâmide Arder em fogo azul. Logo se
desfaz em areia...
Neste momento, a aventura termina.
7 morto por um.
Quarto da provação. Nesta sala, uma
fonte de água corrente jorra límpida.
Todos que beberem da água vão
despertar os escaravelhos da sala 5, que
virão atrás dos personagens. Caso os
personagens já tenham matado os
escaravelhos, o triplo de escaravelhos
aparecerá.
8 de lá é cortando a pele ou atacando mesmo
Sala dos espetos. Nesta sala, há
milhares de espetos mortais no chão.
Aquele que cair, sofre 3d10 de dano.
Para se livrar da queda, os personagens
devem fazer testes de Saltar para ir de
um quadradinho branco para outro. Uma
falha faz com que o personagem caia.
Monstros usados na aventura
MÚMIAS
Múmias são cadáveres conservados através
de formulas magníficas, como a sucção por
meio de canudos a vácuo das vísceras. Em
ataduras. Sua aparência é assustadora e seu
cheiro é ainda pior. As múmias que atacam
nesta aventura pertencem a dois tipos: As
comuns e as Maiores.
Comuns
FR 13 CON 13 DEX 9 AGI 10
INT 1 WILL 12 PER 12 CAR 1
PV 13 IP 2
Ataques: #2. Pancada 30% (2d6),
Enforcamento 20% (2d10).
Maiores
FR 18 CON 18 DEX 11 AGI 12
INT 10 WILL 14 PER 14 CAR 4
PV 18 IP 5
Ataques: #3. Pancada 30% (2d6),
Enforcamento 20% (2d10), Gases Venenosos
30% (2d6).
ESCARAVELHOS
Besouros enormes que atacam em bandos de
3d10. Não tem forças maiores não ser o de
devorar e o de penetrar na pele. Matar um
escaravelho é quase tão fácil quanto ser
FR 2 CON 1 DEX 1 AGI 16
INT 1 WILL 1 PER 19 CAR 1
PV 2 IP 6
Ataques: Podem dar mordidas (que é
considerado um ataque só de todo o grupo),
com 20% de chance de acerto (3d6 de dano)
e penetrar na pele caso consiga um acerto
em um teste de penetrar (10%). Quando
penetra na pele causa 1d6 de dano por turno
que lá permanece. O único jeito de arranca-lo
com ele dentro do corpo. Cortar a pele causa
1d6 de dano ao personagem. Um ataque
contra o escaravelho que esteja dentro do
corpo causa o mesmo dano causado ao
escaravelho, no personagem.
SKADY
19
 BA

RAÇA DO MÊ S

Nellie Long-Arms
Origem Mitológica: Os demônios da água tem origem nas lendas de Yorkshire, um
condado bastante famoso da Grã-Bretanha. É conhecido também como Peg'o the Well e
Greenteeth. Recentemente, J.K Rowling adaptou esse ser mitológico, criando os
Grindylows (Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban).

Raridade: São raros em toda Arcádia, a não ser no plano elemental da água, onde
vivem em grandes colônias, nas quais são absolutamente comuns.

Descrição: Animaizinhos diabólicos, que vivem em lagos e pântanos sujos. Não passam
de 90 centímetros. Sua pele, viçosa e coberta por pequenas escamas, é verde-pústula,
mas já foram noticiadas variações entre azul marinho e verde-musgo. Têm dois
chifrinhos pontiagudos acima dos olhos. São perversos, de humor muito inconstante.
Atacam vilas humanas durante a noite, e comparecem a todos os velórios, apenas para
assustar as famílias. Vivem, quando muito, 50 anos.

Vantagens: Podem respirar e se movimentar normalmente sob água.

Desvantagens: Para cada dia, além de uma semana, que ficarem fora d'água, perdem
dois pontos de vida, só recuperados quando submergem por duas horas ou mais.

Atributos Médios (Modificadores)

FR 8 (-2), CON 9 (-1), DEX 12 (+2), AGI 16 (+6), INT 10 (-), WILL 9 (-1), PER 10 (-),
CAR 6 (-4).

20