Você está na página 1de 18

28/01/2019 Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra – Wikipédia, a enciclopédia livre

Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jaime VI & I (Edimburgo, 19 de junho de 1566 – Cheshunt, 27 Jaime VI & I
de março de 1625) foi o Rei da Escócia como Jaime VI e Rei da
Rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda
Inglaterra e Irlanda pela União das Coroas como Jaime I. Ele
reinou na Escócia desde 1567 e na Inglaterra a partir de 1603 até
sua morte. Os dois reinos eram estados soberanos individuais,
cada um com seu próprio parlamento, sistema judiciário e leis,
governados por Jaime em união pessoal.

Ele sucedeu ao trono escocês com apenas treze meses, logo após
sua mãe Maria da Escócia ter sido forçada a abdicar em seu
favor. Quatro regentes governaram o país durante sua
menoridade, que encerrou-se oficialmente em 1578, apesar dele
apenas ter assumido total controle de seu governo em 1583. Em
1603, ele sucedeu a Isabel I de Inglaterra como o monarca da
Inglaterra e Irlanda, reinando nos três países por mais 22 anos
até sua morte, em 1625, aos 58 anos, no período conhecido como
Era jacobita, em sua homenagem. Após a União das Coroas, ele
passou a viver na Inglaterra, voltando para a Escócia apenas em
1617 e se intitulando "Rei da Grã-Bretanha e Irlanda". Jaime foi
um grande defensor de um parlamento único para a Inglaterra e
Escócia. Durante seu reinado, começaram o Plantation de Ulster Rei da Escócia
e a colonização britânica da América. Reinado 24 de julho de 1567
a 27 de março de 1625
Com 57 anos e 246 dias, seu reinado na Escócia foi o mais longo
Coroação 29 de julho de 1567
da história. Ele realizou a maioria de seus objetivos em seu país
Predecessora Maria
natal, porém enfrentou grandes dificuldades na Inglaterra,
Sucessor(a) Carlos I
incluindo a conspiração da pólvora e vários conflitos com o
parlamento inglês. A "Era de Ouro" da literatura e dramaturgia
Regentes ver lista
do Período Elisabetano continuou sob Jaime, com escritores Rei da Inglaterra e Irlanda
como William Shakespeare, John Donne, Ben Jonson e Francis Reinado 24 de março de 1603
Bacon contribuindo para uma cultura literária florescente. O a 27 de março de 1625
próprio Jaime era um acadêmico talentoso, tendo escrito obras Coroação 25 de julho de 1603
como Daemonologie, The True Law of Free Monarchies e Predecessora Isabel I
Basilikon Doron. Ele patrocinou a tradução da Bíblia que foi Sucessor Carlos I
nomeada em sua homenagem: a Bíblia do Rei Jaime. Anthony
Weldon afirmou que Jaime tinha sido denominado "o tolo mais
Esposa Ana da Dinamarca
sábio da cristandade", um epíteto que desde então é associado
Descendência
ao monarca. Porém, desde o século XX, os historiadores
Henrique Frederico, Príncipe de Gales
revisaram a reputação de Jaime e o trataram como um rei sério e
Isabel da Boémia
ponderado. Margarida da Escócia
Carlos I de Inglaterra
Roberto, Duque de Kintyre
Maria de Inglaterra
Sofia de Inglaterra

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_VI_da_Esc%C3%B3cia_e_I_de_Inglaterra 1/18
28/01/2019 Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra – Wikipédia, a enciclopédia livre
Casa Stuart
Índice Nascimento 19 de junho de 1566
Infância Castelo de Edimburgo,
Nascimento Edimburgo, Escócia
Regências Morte 27 de março de
Reinado na Escócia 1625 (58 anos)
Casamento Casa Theobalds,
Caça às bruxas Cheshunt, Hertfordshire,
Terras Altas e Ilhas Inglaterra
Teoria da monarquia Enterro Abadia de Westminster,
Patrono literário Londres, Inglaterra
7 de maio de 1625
Reinado na Inglaterra
Ascensão Pai Henrique Stuart, Lorde
Início Darnley
Conspiração da pólvora Mãe Maria da Escócia
Rei e parlamento Religião Protestantismo
Casamento Espanhol Assinatura
Rei e igreja
Favoritos
Último ano
Legado
Títulos, estilos e brasões
Títulos e estilos
Brasões
Descendência
Árvore genealógica
Ancestrais
Referências
Bibliografia
Ligações externas

Infância

Nascimento
Jaime foi o único filho de Maria da Escócia e seu segundo marido Henrique Stuart, Lorde Darnley. Eram bisnetos de
Henrique VII de Inglaterra através de Margarida Tudor, irmã mais velha de Henrique VIII. O reinado de Maria foi
inseguro para ela e seu marido, ambos católico-romanos, enfrentando uma rebelião de nobres protestantes. Durante o
complicado casamento,[1][2] Henrique aliou-se secretamente aos rebeldes e conspirou para matar David Rizzio,
secretário da rainha, três meses antes do nascimento de Jaime.[3][4]

Jaime nasceu no dia 19 de junho de 1566 no Castelo de Edimburgo; como filho mais velho e herdeiro, ele
automaticamente recebeu os títulos de Duque de Rothesay e Príncipe da Escócia. Foi batizado Jaime Carlos em 17 de
dezembro durante uma cerimônia católica realizada no Castelo de Stirling. Seus padrinhos foram Carlos IX de França
(representado por João, Conde de Brienne), Isabel I de Inglaterra (representada por Francisco Russell, 2.º Conde de
Bedford) e Emanuel Felisberto de Saboia (representado pelo embaixador Filipe du Croc).[5] Maria não permitiu que
John Hamilton, Arcebispo de St Andrews, cuspisse na boca da criança, como era costume.[6] O entretenimento, criado
pelo francês Bastian Pagez, ofendeu os convidados ingleses, mostrando-os como sátiros com rabos.[7]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_VI_da_Esc%C3%B3cia_e_I_de_Inglaterra 2/18
28/01/2019 Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra – Wikipédia, a enciclopédia livre

Henrique foi assassinado em 10 de fevereiro de 1567 durante uma explosão em


Edimburgo, talvez vingança por Rizzio. Jaime assim herdou os títulos de Duque de
Albany e Conde de Ross. Maria era impopular e seu casamento em maio com Jaime
Hepburn, 4.º Conde de Bothwell, suspeito de assassinar Henrique, aumentou a
insatisfação.[8][9] Em junho de 1567, os rebeldes protestantes prenderam-na no
Castelo de Lochleven; ela nunca mais viu o filho. Foi forçada a abdicar em 24 de
julho de 1567 em favor de Jaime e nomear seu meio-irmão Jaime Stewart, 1.º Conde
de Moray, como regente.[10][11]

Regências
Jaime foi colocado aos cuidados do Conde e da Condessa de Mar, "para ser
conservado, amamentado e criado"[12] na segurança do Castelo de Stirling.[13][9] Foi
coroado Rei da Escócia com treze meses de idade por Adam Bothwell, Bispo de
Jaime em 1574. Orkney, na Igreja do Holy Rude em 29 de julho de 1567.[14] O sermão de coroação foi
pregado por John Knox. De acordo com as crenças religiosas da maior parte da
classe dominante escocesa, Jaime foi criado como membro da protestante Igreja da Escócia. O Conselho Privado
selecionou George Buchanan, Peter Young, Adam Erskine e David Erskine como preceptores ou tutores do jovem rei.[11]
Como tutor sênior de Jaime, Buchanan sujeitou o menino a agressões regulares, mas também colocou nele uma enorme
paixão pela literatura e aprendizado.[15] Buchanan tentou transformar Jaime em um rei protestante e temente a Deus,
alguém que aceitava as limitações da monarquia.[16]

Em 1568, Maria fugiu de sua prisão, levando a vários anos de violência esporádica. O Conde de Moray derrotou as
tropas da antiga rainha na Batalha de Langside, forçando Maria a fugir para a Inglaterra, onde acabou sendo presa por
Isabel. Em 23 de janeiro de 1570, Moray foi assassinado por James Hamilton.[17] O próximo regente de Jaime foi seu
avô paterno, Mateus Stewart, 4.º Conde de Lennox, que um ano depois foi fatalmente ferido na entrada do Castelo de
Stirling por apoiadores de Maria.[18] Seu sucessor, o Conde de Mar, "pegou uma doença veemente" e morreu no dia 28
de outubro de 1572. A doença de Mar ocorreu após um banquete no Palácio de Dalkeith, oferecido por Jaime Douglas,
4.º Conde de Morton.[19]

Morton, que assumiu o cargo de Mar, mostrou-se de diversas maneiras o mais eficiente dos regentes de Jaime,[20][21]
porém fez inimigos por sua capacidade.[22] Ele caiu em desgraça quando o francês Esmé Stewart, Lorde de Aubigny,
primo do pai de Jaime e futuro Conde de Lennox, chegou na Escócia e rapidamente se estabeleceu como o primeiro
favorito do rei.[23][24] Morton foi executado em 2 de junho de 1581, tardiamente acusado de envolvimento no
assassinado de Lorde Darnley. Em 8 de agosto, Jaime fez de Lennox o único duque na Escócia.[25] Então com quinze
anos, o rei permaneceria sob a influência de Lennox por mais um ano.[26][27]

Reinado na Escócia
Os calvinistas escoceses não confiavam em Lennox, mesmo ele sendo um protestante convertido, por perceberem
demonstrações físicas de afeição entre ele e o rei, alegando que Lennox "tentou levar o rei para a concupiscência
carnal".[22] Em agosto de 1582, naquilo que ficou conhecido como o Assalto de Ruthven, os condes protestantes de
Gowrie e Angus atraíram Jaime para o Castelo de Ruthven e o aprisionaram,[28] forçando Lennox a fugir da Escócia.
Jaime assumiu um controle cada vez maior do reino após sua libertação em junho de 1583. Ele forçou a aprovação dos
Atos Negros para afirmar a autoridade real sobre a Igreja da Escócia e denunciou as escritas de Buchanan.[29] Entre
1584 e 1603, Jaime estabeleceu um efetivo governo real e uma paz relativa entre os lordes; foi auxiliado habilmente por
John Maitland, que liderou o governo até 1592.[30] Uma comissão composta por oito homens, os Octavianos, trouxe
certo controle à péssima situação das finanças escocesas em 1596, porém teve oposição de interesses escusos. Ela foi
dissolvida depois que um tumulto em Edimburgo, iniciado por anti-católicos, ter forçado a corte a se estabelecer em
Linlithgow temporariamente.[31] Um último atentado contra a pessoa do rei ocorreu em agosto de 1600, quando Jaime
foi aparentemente atacado por Alexander Ruthven, irmão mais novo do Conde de Gowrie, na Casa Gowrie em Ruthven.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_VI_da_Esc%C3%B3cia_e_I_de_Inglaterra 3/18
28/01/2019 Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra – Wikipédia, a enciclopédia livre

Restaram poucas testemunhas oculares já que Ruthven era administrada por John
Ramsay, pajem de Jaime, e o conde foi morto na desordem. Dado a história dos
Ruthven e que eles deviam muito dinheiro ao rei, o relato de Jaime sobre o ocorrido
não foi universalmente aceito.[32]

Em 1586, Jaime assinou o Tratado de Berwick com a Inglaterra. Isso, aliado a


execução da sua mãe no ano seguinte, que ele achou um "procedimento absurdo e
estranho", ajudou a abrir o caminho para sua sucessão no outro país.[33] A rainha
Isabel I não era casada e também não tinha filhos, assim Jaime era seu provável
sucessor. Assegurar sua ascensão na Inglaterra tornou-se um dos pontos principais
de sua política.[34] Durante a crise da Invencível Armada em 1588, ele garantiu a
Isabel seu apoio como "seu filho natural e compatriota de seu país".[35]

Jaime em 1586.
Casamento
Durante sua juventude, Jaime foi elogiado por sua castidade já que
mostrava pouco interesse em mulheres. Após a perda de Lennox, ele
continuou a preferir a companhia masculina.[36] Entretanto, era necessário
um casamento adequado para reforçar sua monarquia, assim a escolha de
esposa caiu sobre Ana da Dinamarca, então com quatorze anos, filha do rei
protestante Frederico II da Dinamarca. Pouco depois do casamento por
procuração em Copenhague em agosto de 1589, Ana partiu para a Escócia
porém foi forçada a parar na Noruega por causa de tempestades. Jaime, ao
saber que a travessia havia sido interrompida, velejou para Leith com uma
comitiva de trezentas pessoas para buscar Ana pessoalmente,[37] naquilo
que o historiador David Harris Willson chama de "o único episódio
romântico de sua vida".[38] Os dois se casaram formalmente no Palácio do
Bispo em Oslo no dia 23 de novembro e retornaram para a Escócia em 1 de
maio de 1590, após paradas em Helsingør e Copenhague e um encontro com
Ana da Dinamarca, c. 1605. Tycho Brahe. De acordo com todos os relatos, Jaime inicialmente estava
encantado por Ana e nos primeiros anos de seu casamento sempre
demonstrava paciência e afeição.[39] O casal teve sete filhos que sobreviveram ao nascimento, três dos quais chegaram a
idade adulta.[40]

Caça às bruxas
A visita de Jaime a Dinamarca, um país familiar com caça às bruxas, pode tê-lo encorajado a estudar bruxaria,[41] que o
próprio considerava parte da teologia.[42] Depois de voltar para a Escócia, o rei compareceu aos julgamentos das bruxas
de North Berwick, a primeira grande caça às bruxas no país sob o Ato de Bruxaria de 1563. Várias pessoas, mais
notavelmente Agnes Sampson, foram condenadas de usar bruxaria para enviar tempestades contra o navio de Jaime. O
rei ficou obcecado pela ameaça que as bruxas representavam e, inspirado por seu próprio envolvimento, escreveu
Daemonologie em 1597, um trato que se opunha à prática de bruxaria e que serviu de base para Macbeth de William
Shakespeare.[43] Jaime supervisionou pessoalmente a tortura de mulheres acusadas de serem bruxas.[44] Depois de
1599, ele ficou mais cético.[45] Em uma carta escrita algum tempo depois ao seu filho Henrique, o rei parabeniza o
príncipe pela "descoberta acolá de uma pequena bruxa falsa. Rezo a Deus que sejais meu herdeiro em tais descobertas
... a maioria dos milagres hoje em dia mostram-se ilusões, e tu podes ver por este como os juízes devem ser cautelosos
em acusações de confiança".[46]

Terras Altas e Ilhas

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_VI_da_Esc%C3%B3cia_e_I_de_Inglaterra 4/18
28/01/2019 Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra – Wikipédia, a enciclopédia livre

A dissolução forçada do Senhorio das Ilhas por Jaime IV em 1483 levou a agitações na costa oeste. Apesar do rei ter
subjulgado o exército organizado das Hébridas, ele e seus sucessores não tinham a vontade ou a habilidade para prover
formas alternativas de governo. Dessa forma, o século XVI ficou conhecido como linn nan creach ("o tempo de
ataques").[47] Além disso, os efeitos da reforma religiosa estavam demorando a impactar a Gàidhealtachd, criando um
calço religioso entre essa área e os centros de controle político no Cinturão Central.[48] Em 1540, Jaime V viajou pelas
Hébridas, forçando chefes de clãs a acompanhá-lo. Seguiu-se um período de paz, porém os clãs logo estavam em
desacordo novamente.[49] Durante o reinado de Jaime VI, foi completada a tranformação da imagem das Hébridas
como berço do cristianismo escocês para uma em que seus cidadãos eram considerados bárbaros sem leis. Documentos
oficiais descrevem o povo da região como "sem o conhecimento e temor de Deus", que estavam propensos a "todos os
tipos de crualdades bárbaras e bestiais".[50] A língua gaélica escocesa, falada fluentemente por Jaime IV e
provavelmente Jaime V, ficou conhecida na época de Jaime VI como "erse" (irlandês), implicando natureza era
estrangeira. O parlamento concluiu que ela era a principal causa das deficiências das Terras Altas, tentando aboli-
la.[49][50]

Foi nessa situação que em 1598, Jaime VI autorizou os "Cavalheiros Aventureiros de Fife" para civilizar a "mais bárbara
Ilha de Lewis". o rei escreveu que os colonizadores deveriam agir "não por acordo" com os habitantes locais, mas "por
extirpação". A chegada deles em Stornoway foi um sucesso, porém os colonizadores foram expulsos por forças locais
comandadas por Murdoch e Nel MacLeod. Uma nova tentativa foi feita em 1605 com o mesmo resultado, porém a
terceira em 1607 obteve mais sucesso.[50] Os Estatutos de Iona foram promulgados em 1609, fazendo com que chefes
de clã enviassem seus herdeiros para serem educados em escolas protestantes e de língua inglesa nas Terras Baixas,
apoiassem ministros protestantes nas paróquias das Terras Altas, banissem os bardos e regularmente se reportassem a
Edimburgo para responder por suas ações.[51] Assim começou um processo "especificamente destinado a extirpar a
língua gaélica, a destruição de sua cultura tradicional e a supressão de seus portadores".[52]

Nas Ilhas do Norte, Patrício Stewart, 2.º Conde de Orkney, resistiu aos Estatutos de Iona, acabando preso.[53] Seu filho
Roberto liderou uma rebelião mal sucedidada contra Jaime, e tanto o conde quanto seu filho foram enforcados. Sua
propriedades foram confiscadas e as ilhas de Órcades e Shetland anexadas.[54]

Teoria da monarquia
Jaime escreveu The True Law of Free Monarchies e Basilikon Doron
entre 1597 e 1598, discutindo a base teológica da monarquia. No
primeiro, afirma o direito divino, explicando que por razões bíblicas
os reis são seres superiores a outros homens, apesar de "a maior
bancada ser a mais escorregadia de se sentar".[55] O texto propõe
uma teoria absolutista para a monarquia, em que um rei pode impor
novas leis pela prerrogativa real, porém também deve ter atenção
para a tradição e a Deus, que "incitaria flagelos por agrado para a
punição de reis perversos".[56] Basilikon Doron, escrito como um
livro de instruções para o príncipe Henrique Frederico, então com
quatro anos, fornecem um guia prático para ser rei.[57] O trabalho é Páginas título de The True Law of Free
considerado como muito bem escrito e o melhor exemplo da prosa de Monarchies e Basilikon Doron.
Jaime.[58] Seu conselho sobre os parlamentos, que entendia apenas
como a "corte chefe" do rei, prenuncia suas dificuldades com os comuns da Inglaterra: "Não realize Parlamentos",
aconselha a Henrique, "porém pela necessidade de novas Leis, que seria mas que raramente".[59] Em True Law, Jaime
mantém que o rei possui seu reino como um senhor feudal possui seu feudo, pois reis surgiram "antes de quaisquer
propriedades ou classificações de homens, antes de quaisquer parlamentos serem realizados, ou leis criadas, e por eles a
terra era distribuída, que no início eram totalmente deles. E assim segue-se a necessidade de que reis sejam os autores e
cumpridores da lei, e não as leis dos reis".[60]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_VI_da_Esc%C3%B3cia_e_I_de_Inglaterra 5/18
28/01/2019 Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra – Wikipédia, a enciclopédia livre

Patrono literário
Nas décadas de 1580 e 1590, Jaime preocupou-se em promover a literatura na Escócia. Sua dissertação, Some Rules
and Cautions to be Observed and Eschewed in Scottish Prosody, publicada em 1584 quando ele tinha dezoito anos, era
tanto um manual poético quanto a descrição da tradição poética do escocês, sua língua nativa, aplicando princípios da
Renascença.[61] Também fez provisões estatuárias para reformar e promover o ensino da música, vendo os dois
interligados.Jack, R.D.S. «Scottish Literature: '1600 and All That' » (https://web.archive.org/web/20120211125608/htt
p://www.arts.gla.ac.uk/ScotLit/ASLS/RDSJack.html#). Association for Scottish Literary Studies. Consultado em 11 de
setembro de 2013. Arquivado do original (http://www.arts.gla.ac.uk/ScotLit/ASLS/RDSJack.html) em 11 de fevereiro
de 2012 Para a prossecução desses objetivos, foi patrono e chefe de um círculo de poetas e músicos jacobitas escoceses,
a Banda de Castália, que incluía indivíduos como William Fowler e Alexander Montgomerie, posteriormente um dos
favoritos do rei.[62] Jaime, ele mesmo um poeta, ficava feliz em ser visto como um membro do grupo.[63] No final da
década de 1590, sua defesa da tradição escocesa ficou um pouco prejudicada pelo prospecto cada vez maior de herdar a
coroa inglesa;[64] alguns de seus poetas da corte passaram a anglicizar suas escritas, indo com ele para Londres depois
de 1603.[65] Seu papel característico como um participante ativo e patrono na corte escocesa fez dele uma importante
figura na poesia e dramaturgia renascentista inglesa, que chegaria ao auge durante seu reinado. Entretanto, seu
mecenato para a estilística de sua própria tradição esocesa, uma tradição que incluia seu predecessor Jaime I, ficou
esquecida.[66]

Reinado na Inglaterra

Ascensão
Já que Isabel I era a última descendente de Henrique VIII, Jaime foi visto como o
provável herdeiro do trono inglês através de sua bisavó Margarida Tudor, a irmã
mais velha de Henrique. Começando em 1601, nos últimos anos da vida de Isabel,
certos políticos ingleses, notavelmente o ministro chefe sir Robert Cecil,[67]
corresponderam-se secretamente com Jaime a fim de preparar uma transição sem
grandes problemas.[68][69] Em março de 1603, com a rainha claramente morrendo,
Cecil enviou a Jaime um rascunho de proclamação de sua ascensão ao trono inglês.
Isabel morreu nas primeiras horas de 24 de março e Jaime foi proclamado rei em
Londres no mesmo dia.[70][71] Deixou Edimburgo em 5 de abril, prometendo
retornar a cada três anos (uma promessa que não manteve), e progrediu lentamente
para o sul. Lordes locais receberam-no com pródiga hospitalidade, e o rei ficou
maravilhado pelas riquezas de sua nova terra e súditos. Jaime afirmou estar
A União das Coroas foi
"trocando um sofá de pedra por uma profunda cama de penas". Na casa de Cecil em
simbolizada no emblema
heráldico de Jaime, com a Hertfordshire, Casa Theobalds, tamanha era sua admiração que ele comprou a
rosa de Tudor cortada na propriedade no local, chegando na capital depois do funeral de Isabel.[70][72] Seus
metade pelo cardo escocês novos súditos amontoavam-se para vê-lo, aliviados que a sucessão não desencadeara
e encimados pela coroa. inquietações ou invasões.[73] Ao entrar em Londres no dia 7 de abril, Jaime foi
cercado por uma grande multidão.[74]

Sua coroação ocorreu em 25 de julho, com alegorias elaboradas criadas por poetas dramáticos como Thomas Dekker e
Ben Jonson. Apesar de um surto de peste ter restringido as festividades,[75][76] "as ruas pareciam pavimentadas com
homens", como escreveu Dekker, "barracas em vez de mercadorias ricas foram expostas com crianças, caixilhos abertos
cheios de mulheres".[77]

Porém, o novo reino de Jaime tinha seus problemas. Monopólios e taxas tinham gerado um sentimento generalizado de
injustiça, e os custos de uma guerra na Irlanda tornaram-se um grande peso para o governo. Na época da sucessão, a
Inglaterra devia uma quantia de 400 mil libras.[78]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_VI_da_Esc%C3%B3cia_e_I_de_Inglaterra 6/18
28/01/2019 Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra – Wikipédia, a enciclopédia livre

Início
Apesar da transição ter ocorrido sem problemas e o povo tê-lo acolhido, Jaime
sobreviveu a duas conspirações durante seu primeiro ano de reinado, a Conspiração
Católica e a Conspiração Principal, que levou às prisões de indivíduos como Henry
Brooke, 11.º Barão Cobham e sir Walter Raleigh. Aqueles que esperavam uma
mudança no governo com Jaime ficaram decepcionados quando o rei manteve o
Conselho Privado de Isabel, como havia secretamente planejado com Cecil, porém
Jaime rapidamente adicionou seu apoiador Henry Howard, o sobrinho Thomas
Howard e cinco nobres escoceses ao conselho. Nos primeiros anos de seu reinado, o
dia a dia do governo era gerenciado por Robert Cecil junto com Thomas Egerton,
quem Jaime posteriormente nomeou como Lorde Chanceler, e Thomas Sackville,
que continuou como Lorde do Tesouro. Assim, o rei estava livre para se concentrar
em questões maiores, como uma forma de criar uma união maior entre a Inglaterra e
a Escócia e assuntos internacionais, além de aproveitar seus passatempos, como a
caça.[79]
Jaime c. 1603–09.
Jaime queria construir a partir da união pessoal das coroas inglesa e escocesa e
estabelecer um único país com um único monarca, parlamento e conjunto de leis,
um plano que gerou oposição nos dois reinos.[80] "Acaso Ele não nos fez tudo em uma ilha", disse o rei ao parlamento
inglês, "rodeado de um mar e de si mesmo, por natureza indivisível?". Porém, em abril de 1604, os comuns recusaram
por motivos legais seu pedido para ser chamado de "Rei da Grã-Bretanha".[81] Em outubro do mesmo ano, ele assumiu
o título por proclamação ao invés de por estatuto, apesar de sir Francis Bacon ter afirmado que ele não podia usá-lo em
"qualquer procedimento legal, instrumento ou garantia".[82]

Nos assuntos internacionais, Jaime foi mais bem sucedido. Nunca tendo entrado em guerra contra a Espanha, dedicou-
se a encerrar a longa Guerra Anglo-Espanhola; em agosto de 1604, devido a uma habilidosa diplomacia por parte de
Cecil e Henry Howard, um acordo de paz foi assinado entre os dois países, e Jaime celebrou com um grande
banquete.[83] Porém, a liberdade de adoração dos católicos na Inglaterra continuou a ser um grande objetivo para a
política espanhola, criando dilemas constantes ao rei, desconfiado internacionalmente por reprimir os católicos
enquanto internamente encorajado pelo Conselho Privado a mostrar menos tolerância.[84]

Conspiração da pólvora
Na noite do dia 4 para o 5 de novembro de 1605, na véspera da Cerimônia de Abertura do Parlamento da segunda
sessão de Jaime, o católico Guy Fawkes foi descoberto nos porões do prédio do parlamento. Ele estava cuidando de uma
pilha de madeira não muito longe de 36 barris de pólvora, com que ele pretendia explodir o parlamento no dia seguinte
e causar a destruição de, nas palavras do próprio Jaime, "não apenas… de minha pessoa, da de minha esposa e também
da posteridade, mas também de todo o órgão do estado em geral".[85] A sensacional descoberta da Conspiração da
Pólvora, como ficou conhecida, despertou um sentimento de alívio nacional, que Cecil explorou para extrair o maior
subsídio do parlamento com exceção de um garantido por Isabel I. Fawkes e os outros implicados na conspiração foram
executados.[86]

Rei e parlamento
A cooperação entre Jaime e o parlamento após a Conspiração da Pólvora foi atípica. A sessão anterior de 1604 moldou
as atitudes de ambos pelo resto do reinado, apesar das dificuldades iniciais terem acontecido por incompreensão mútua
e não por animosidade.[87] Em 7 de julho de 1604, o rei furiosamente suspendeu o parlamento depois de não conseguir
apoio para subsídios financeiros e a união total da Inglaterra e Escócia. "Não vou agradecer onde sinto que não merece

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_VI_da_Esc%C3%B3cia_e_I_de_Inglaterra 7/18
28/01/2019 Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra – Wikipédia, a enciclopédia livre

agradecimento", ele afirmou em seu discurso de encerramento, "…Eu não sou de tal ações como para louvar os tolos…
Vocês verão quantas coisas não fizeram bem… Gostaria que fizessem uso mais modesto de sua liberdade a tempo para
vir".[88]

Enquanto o reinado de Jaime continuava, seu governo enfrentou pressões financeiras cada vez maiores, parcialmente
pela inflação rastejante, mas também pela libertinagem e incompetência financeira da corte de Jaime. Em fevereiro de
1610, Cecil propôs um esquema, conhecido como o Grande Contrato, onde o Parlmento, em troca de concessões reais,
garantiria a quantia de seicentas mil libras para pagar as dívidas do rei além de uma subvenção anual de duzentas mil
libras.[89] As negociações espinhosas que se seguiram tornaram-se tão prolongadas que o rei eventualmente perdeu a
paciência e dissolveu o parlamento em 31 de dezembro. "Seu maior erro", disse a Cecil, "tem sido a de que você nunca
deve atrair mel de fel".[90][91][92] O mesmo padrão se repetiu com o chamado "Parlamento Apodrecido" de 1614, que
ele dissolveu depois de apenas nove semanas quando os comuns hesitaram em dar-lhe o dinheiro que queria.[93][94]
Jaime então reinou sem parlamento até 1621, empregando oficiais como o empresário Lionel Cranfield, que eram
astutos o bastante para arrecadarem e economizarem dinheiro, vendendo títulos e outras honras, muitos criados para
tal propósito, como fontes alternativas de renda.[95]

Casamento Espanhol
Outra fonte em potencial de renda era a perspectiva de um dote espanhol com um
casamento entre Carlos, Príncipe de Gales, e a infanta Maria Ana de Espanha.[96] A
política do Casamento Espanhol, como foi chamada, também era atrativa para Jaime
como um modo de manter a paz com a Espanha e evitar custos extras com uma
guerra.[97] A paz podia ser mantida com as negociações ativas e pela consumação do
casamento – o que pode explicar porque Jaime manteve as negociações por quase
uma década.[98]

A política era apoiada por Henry e Thomas Howard e outros ministros e diplomatas
de tendências católicas – juntos conhecidos como Partido Espanhol – porém não
tinham a confiança dos protestantes. Quando sir Walter Raleigh foi libertado da
prisão em 1616, ele foi procurar ouro na América do Sul com claras instruções de
Jaime para não entrar em conflitos com a Espanha.[99] A expedição foi um grande
fracasso e seu filho foi morto lutando contra os espanhois.[100][101] Quando Raleigh
Jaime c. 1606.
voltou para a Inglaterra, Jaime mandou executá-lo, gerando indignação no público,
que era contra o apaziguamento com a Espanha.[102] A política de Jaime foi
prejudicada ainda mais com o início da Guerra dos Trinta Anos, especialmente depois de seu genro Frederico V, Eleitor
Palatino, ter sido expulso em 1620 da Boémia pelo católico Fernando II, com tropas espanholas invadindo ao mesmo
tempo o território natal de Frederico, a Renânia. Jaime finalmente convocou um parlamento no ano seguinte para
financiar uma expedição militar a fim de ajudar seu genro.[103] Por um lado, os comuns garantiram subsídios
inadequados para financiar operações militares sérias ao auxílio de Frederico,[104][105] por outro – lembrando dos
lucros conseguidos com os ataques navais de Isabel contra os carregamentos de ouro espanhol – declararam uma
guerra diretamente contra a Espanha. Em novembro de 1621, liderados por sir Edward Coke, os comuns vieram com
uma petição pedindo não apenas uma guerra contra a Espanha mas também que Carlos se casasse com uma
protestante, reforçando as leis anti-católicas.[106] Jaime categoricamente disse-lhes para não interferirem nas questões
da prerrogativa real ou poderiam tomar punições,[107] que os fez publicar uma declaração protestando por seus
direitos, que incluiam a liberdade de expressão. Pressionado por Jorge Villiers, 1.° Duque de Buckingham e o
embaixador espanhol Diego Sarmiento de Acuña, Jaime arrancou o protesto do livro de registros e dissolveu o
parlamento.[108]

No início de 1623, Carlos e Villiers decidiram agir por conta própria e viajar para a Espanha em segredo, a fim de
ganhar Maria Ana diretamente, porém a missão foi um enorme fracasso.[109] Ela detestou Carlos e os espanhois os
confrontaram com termos que incluiam as leis anti-católicas aprovadas pelo parlamento. Mesmo com um tratado sendo

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_VI_da_Esc%C3%B3cia_e_I_de_Inglaterra 8/18
28/01/2019 Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra – Wikipédia, a enciclopédia livre

assinado, o príncipe e o duque voltaram para a Inglaterra em outubro e rapidamente renunciaram ao acordo, alegrando
muito o povo inglês.[110] Desiludidos, os dois ignoraram a política espanhola de Jaime e pediram um casamento francês
e uma guerra contra o império de Habsburgo.[111] Para arrecadarem os fundos necessários, eles prevaleceram sobre o
rei para convocar outro parlamento, que se reuniu em fevereiro de 1624. Pela primeira vez, o grande sentimento anti-
católico dos comuns ecoou na corte, onde o controle da política estava saindo de Jaime e passando para Carlos e
Villiers,[112] que pressionaram o rei para declarar guerra e planejaram a destituição de Cranfield quando este se opôs
aos planos por causa dos custos.[113] O resultado do parlamento foi ambíguo: Jaime se recusou a declarar guerra, porém
Carlos acreditava que os comuns estavam comprometidos a financiar uma guerra contra a Espanha, uma situação que
contribuiu para seus problemas com o parlamento durante seu próprio reinado.[114]

Rei e igreja
Após a Conspiração da Pólvora, Jaime sancionou severas medidas para controlar os
católicos ingleses não-conformistas. Em maio de 1606, o parlamento aprovou a Lei
de Recusa Papispa, que forçaria todos os cidadãos a prestar um juramente de
lealdade negando a autoridade do papa sobre o rei.[115] Jaime foi conciliatório com
os católicos que prestaram o juramento,[116] tolerando o catolicismo secreto até
dentro de sua corte. Henry Howard, por exemplo, era secretamente católico e foi
recebido de volta na Igreja Apostólica Romana em seus últimos meses.[117] Ao
assumir o trono inglês, Jaime, suspeitando de que iria precisar do apoio dos católicos
da Inglaterra, garantiu ao Conde de Northumberland, simpatizante da antiga
religião, de que não perseguiria "ninguém que seja discreto e prestativo, mas uma
obediência externa à lei".[118][119]

Na Petição Milenar de 1603, o clero puritano exigiu, entre outras coisas, a abolição
da confirmação, alianças de casamento e o termo "padre", e que o uso da touca e Jaime c. 1620.
sobrepeliz torna-se opcional.[120] Jaime inicialmente foi rigoroso na aplicação da
conformidade, induzindo um sentimento de perseguição entre muitos
puritanos;[121][122][123] mas expulsões e suspensões tornaram-se menos frequentes enquanto o reinado proseguia.[124]
Como resultado da Conferência de Hampton Court em 1604, uma nova tradução e compilação dos livros aprovados da
Bíblia foram encomendados para resolver questões das diferentes traduções. A Versão do rei Jaime (ou Tiago), como
ficou conhecida, foi completada em 1611 e é considerada uma obra prima da prosa jacobita,[125][126] ainda sendo
amplamente usada.[125]

Na Escócia, Jaime tentou levar a igreja escocesa "tão próxima quanto possível" da Igreja Anglicana para reestabelecer o
episcopado, uma política que enfrentou grande oposição dos presbiterianos.[127] Em 1617, pela única vez desde que
assumira o trono inglês, Jaime voltou para a Escócia na esperança de implementar os rituais anglicanos. Os bispos do
rei impuseram seus Cinco Artigos de Perth à Assembleia Geral no ano seguinte, mas as decisões receberam amplas
resistências.[128][129][130] Jaime deixaria a igreja da Escócia dividida em sua morte, criando uma fonte de problemas
para seu filho.[131]

Favoritos
Durante toda sua vida Jaime teve relações próximas com cortesãos masculinos, causando debate entre os historiadores
sobre suas naturezas. Depois de sua ascensão na Inglaterra, sua atitude pacífica e acadêmica contrastava com o
comportamento belicoso e sedutor de Isabel, algo indicado pelo epigrama contemporâneo Rex fuit Elizabeth, nunc est
regina Jacobus ("Isabel era o rei, agora Jaime é a rainha").[132] Alguns de seus biógrafos concluem que Esmé Stewart
(posterior Duque de Lennox), Roberto Carr (depois Conde de Somerset) e Jorge Villiers (depois Duque de Buckingham)
eram seus amantes.[133][134] A restauração do Apethorpe Hall, realizada entre 2004 e 2008, revelou uma passagem
anteriormente desconhecida ligando os quartos de Jaime e Villiers.[135] Outros afirmam que as relações não eram

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_VI_da_Esc%C3%B3cia_e_I_de_Inglaterra 9/18
28/01/2019 Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra – Wikipédia, a enciclopédia livre

sexuais.[136] O Basilikon Doron de Jaime lista a sodomia como um crime que "estais
no dever de consciência nunca perdoar", e Ana da Dinamarca deu à luz sete filhos do
rei, além de sofrer pelo menos três abortos e ter dois natimortos.[137][138]

Quando Robert Cecil morreu em 1612, houve poucas lamentações por aqueles que
brigavam para assumir o poder agora vacante.[139] Até sua morte, o sistema
administrativo elisabetano sobre o qual ele presidia continuava a funcionar com
relativa eficiência; depois, entretanto, o governo de Jaime entrou em um período de
declíneo e descrédito.[140] A morte de Cecil deu ao rei a noção de governar em
pessoa como seu próprio Ministro de Estado, com Carr assumindo muitas das
funções de Cecil. Porém, a inaptidão de Jaime de comparecer de forma próxima às
questões oficiais expôs o faccionalismo do governo.[141]

Jorge Villiers, c. 1625.


O partido de Henry Howard logo tomou controle de grande parte do governo e sua
patronagem. Até o poderoso Carr, pouco preparado para as responsabilidades que se
colocaram sobre ele, e frequentemente dependente de seu amigo íntimo sir Thomas Overbury para ajuda na papelada
governamental,[142] caiu no campo de Howard após começar um caso com a casada Francisca Howard, de quem Jaime
ajudou a conseguir a anulação do casamento para poder se casar com Carr.[143] Porém, no verão de 1615, surgiu que
Overbury, que morreu no dia 15 de setembro de 1613 na Torre de Londres, onde estava à pedido do rei,[144][145] foi
envenenado.[146][147] Entre aqueles condenados pelo assassinato estava Francisca e Roberto Carr, o último já tendo
sido substituído como favorito do rei por Villiers. Jaime perdoou Francisca e comutou a sentença de Carr,
eventualmente perdoando-o em 1624.[148] A implicação do rei em tal escândalo provocou muitas conjunturas públicas e
literárias, além de manchar a corte de Jaime com uma imagem de corrupção e depravação.[149] A subsequente queda
dos Howard deixou Villiers sem oponentes em 1619 como a figura suprema do governo.[150][151]

Último ano
Por volta dos cinquenta anos de idade, Jaime começou a sofrer cada vez mais de artrite, gota e cálculo renal.[152][153]
Perdeu os dentes e bebia muito.[152][154] Durante seu último ano de vida, com Villiers tendo consolidado seu controle
sobre Carlos para garantir seu próprio futuro, o rei estava frequentemente muito doente, se transformando numa figura
cada vez mais periférica e raramente visitando Londres.[155][156][157] Uma teoria diz que Jaime podia estar sofrendo de
porfiria, uma doença de que seu descendente Jorge III do Reino Unido exibiu sintomas. Jaime descreveu sua urina ao
médico Théodore de Mayerne como sendo "coloração vermelho escuro de vinho Alicante".[158] Alguns especialistas não
aceitam essa teoria: Jaime já tinha cálculo renal, que pode levar sangue até a urina e fazê-la ficar avermelhada.[159]

No início de 1625, Jaime foi tomado por uma série de ataques de artrite, gota e desmaios, ficando seriamente doente em
março com calafrios e então com um derrame. Jaime VI & I morreu na Casa Theobalds no dia 27 de março durante um
violento ataque de disenteria, com Villiers ao seu lado.[160]Willson 1963, pp. 445–47 Seu funeral, um evento magnífico
e desorganizado, ocorreu em 7 de maio.[161][162] O bispo John Williams de Lincoln pregou o sermão, dizendo que "Rei
Salomão morreu em Paz, quando já tinha vivido por volta de sessenta anos… e assim você sabe o fez Rei Jaime".[163]

Jaime foi enterrado na Abadia de Westminster. A posição exata da tumba ficou perdida por vários séculos. No século
XIX, após a escavação de muitas das sepulturas sob o chão, seu caixão foi encontrado na sepultura de Henrique
VII.[164]

Legado
A morte de Jaime foi muito lamentada. Mesmo com suas falhas, ele manteve grande afeição no seu povo, que desfrutou
de uma paz ininterrupta e taxas comparativamente mais baixas durante a Era Jacobita. "Como viveu em paz", escreveu
Thomas Erskine, "também morreu em paz, e rezo a Deus que nosso rei [Carlos I] possa segui-lo".[165] Erskine rezou em
vão: no poder, Carlos e Villiers sansionaram uma série de imprudentes expedições militares que terminaram em
derrotas humilhantes.[166] Jaime frequentemente negligenciou as tarefas de governo em favor de passatempos de lazer,
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_VI_da_Esc%C3%B3cia_e_I_de_Inglaterra 10/18
28/01/2019 Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra – Wikipédia, a enciclopédia livre

como a caça; sua posterior dependência em favoritos homens numa corte


cheia de escândalos minou a imagem respeitada da monarquia construída
com cuidado por Isabel I.[167] De acordo com uma tradição que surgiu com
historiadores anti-Stuart no século XVII, o gosto de Jaime pelo absolutismo
político, sua irresponsabilidade financeira e o cultivo de favoritos
impopulares estabeleceu as fundações da Guerra Civil Inglesa. Jaime
colocou no filho sucessor uma crença fatal no direito divino dos reis, junto
com um desdém pelo parlamento, que culminou com a execução de Carlos e
a abolição da monarquia.[168]

Nos últimos trezentos anos, a reputação do rei sofreu de descrições pouco


favoráveis por sir Anthony Weldon, quem Jaime tinha expulso e escreveu
dissertações sobre o rei na década de 1650.[168] Outros relatos anti-Jaime
escritos na mesma década incluem Divine Catastrophe of the Kingly Family
of the House of Stuarts, de sir Edward Peyton, History of Great Britain,
No teto da Banqueting House, Peter
Being the Life and Reign of King James I, de Arthur Wilson, e Historical Paul Rubens representou Jaime
Memoirs of the Reigns of Queen Elizabeth and King James, de Francis sendo levado aos céus por anjos.
Osborne.[169] A biografia de 1956 escrita por David Harris Willson continua
essa hostilidade.[170] Nas palavras da historiadora Jenny Wormald, o livro de Willson era um "espetáculo
surpreendente de um trabalho cujas páginas proclamavam o ódio cada vez maior de seu autor contra o sujeito".[171]
Porém, desde Willson, a estabilidade do governo de Jaime na Escócia e o início de seu reinado na Inglaterra, além de
suas visões relativamente esclarecidas sobre religião e guerra, valeram-lhe uma reavaliação que resgataram sua
reputação das críticas.[172]

Em seu reinado, o Plantation de Uster começou por protestantes ingleses e escoceses e a colonização da América foi
iniciada com a fundação de Jamestown em 1607.[173] Cuper's Cove, Terra Nova, veio em seguida em 1610. Nos 150 anos
seguintes, a Inglaterra lutaria contra a Espanha, Países Baixos e França pelo controle do continente. Ao lutar por algo
maior que apenas uma união pessoal entre Inglaterra e Escócia, Jaime ajudou a estabelecer as fundações de um único
estado soberano britânico.[174]

Títulos, estilos e brasões

Títulos e estilos
Na Escócia, seu título era "Jaime Sexto, Rei da Escócia" até 1604. Estilo de tratamento de
Ele foi proclamado "Jaime Primeiro, Rei da Inglaterra, França e Jaime VI & I
Irlanda, Defensor da Fé" em Londres no dia 24 de março de
1603.[175] Em 20 de outubro de 1604, Jaime emitiu uma
proclamação em Westminster mudando seus títulos para "Rei da
Grã-Bretanha, França e Irlanda, Defensor da Fé, etc."[176] O
título não foi usado em estatutos ingleses, porém era usado em
proclamações, moedas, cartas, tratados e na Escócia.[177]

Brasões
Monograma real de Jaime
Como rei da Escócia, Jaime portava o antigo brasão de armas da
Escócia: or, um leão rampant goles armado e linguado azure Estilo Sua Graça (na Escócia)
dentro de um duplo treassure goles. Os suportes são dois Sua Majestade (na Inglaterra)
unicórnios argente armados, crinados e de cascos proper,

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_VI_da_Esc%C3%B3cia_e_I_de_Inglaterra 11/18
28/01/2019 Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra – Wikipédia, a enciclopédia livre

empanturrados com uma coronete or composta de cruzes patée e flores-de-lis com uma corrente também or afixada
passando entre as patas dianteiras e reflexa nas traseiras. O timbre era um leão goles sejant affrontée, imperialmente
coroado or, segurando em uma pata uma espada e na outra um cetro ereto e proper.[178]

A União das Coroas da Inglaterra e Escócia sob Jaime foi simbolizada heraldicamente ao combinar seus brasões,
suportes e emblemas. A disputa de como os brasões deveriam ser combinados, e qual reino tomaria precedência, foi
resolvida tendo brasões diferentes em cada país.[179]

O brasão usado na Inglaterra era: esquatrelado, I e IV, esquatrelado 1º e 4º azure, três flores-de-lis (pela França) e 2º e
3º goles, três leões passant guardant or em pala (pela Inglaterra); II or, um leão rampant dentro de um tressure goles
(pela Escócia); III azure, uma harpa or com cordas argente (pela Irlanda, sendo essa a primeira vez que a Irlanda foi
incluida no brasão real).[180] Os suportes eram um leão rampant guardant or imperialmente coroado e o unicórnio da
Escócia. O unicórnio substituiu o dragão vermelho de Cadwaladr, que foi introduzido pelos Tudor. O timbre e lema
inglês foram mantidos. O compartimento tinha a rosa de Tudor com trevo e cardo enxertados na mesma haste.[179]

Seu brasão na Escócia passou a ser: Esquatrelado, I e IV Escócia; II Inglaterra e França; III Irlanda, com a Escócia
tomando precedência em relação a Inglaterra. Os suportes eram o unicórnio da Escócia imperialmente coroado
segurando um estandarte azure com uma cruz saltire argente (Cruz de Santo André) e um leão coroado segurando uma
lança similar com um estandarte argente e uma cruz goles (Cruz de São Jorge). O timbre e lema escocês foram
mantidos; seguindo a tradição, o lema In defens foi colocado acima do timbre.[179]

Como emblemas reais, Jaime usava a rosa de Tudor, o cardo (pela Escócia, usado pela primeira vez por Jaime III) a
rosa de Tudor cortada na metade pelo cardo encimadas pela coroa real, a harpa (pela Irlanda) e a flor-de-lis (pela
França).[180]

Brasão de armas de Brasão de armas de Brasão de armas de


Jaime VI da Escócia Jaime I de Inglaterra de Jaime VI da Escócia de
(1567–1603) (1603–1625) (1603–1625)

Descendência
Jaime e Ana da Dinamarca tiveram sete filhos que sobreviveram ao
nascimento, três dos quais chegaram na idade adulta:[181]

1. Henrique Frederico (19 de fevereiro de 1594 – 6 de novembro de


1612). Morreu aos 18 anos provavelmente de febre tifoide.[182]
2. Isabel (19 de agosto de 1596 – 13 de fevereiro de 1662). Casou-se
com Frederico V, Eleitor Palatino, com descendência.
3. Margarida (24 de dezembro de 1598 – março de 1600). Morreu com 1
ano de idade.
4. Carlos (19 de novembro de 1600 – 30 de janeiro de 1649). Casou-se
com Henriqueta Maria de França, com descendência. Jaime, Ana e sua progenitura.
5. Roberto (18 de janeiro de 1602 – 27 de maio de 1602). Morreu com 4
meses.[183]
6. Maria (8 de abril de 1605 – 16 de dezembro de 1607). Morreu aos 2 anos de idade.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_VI_da_Esc%C3%B3cia_e_I_de_Inglaterra 12/18
28/01/2019 Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra – Wikipédia, a enciclopédia livre

7. Sofia (junho de 1607). Morreu dois dias depois de seu nascimento.[184]

Árvore genealógica
Henrique
VII Isabel de
da Iorque
Inglaterra

Henrique João
VIII Margarida Stewart,
da Tudor 3.º Conde
Inglaterra de Lennox

Mateus João
Isabel I
Jaime V Margarida Stewart, Stewart,
da
da Escócia Douglas 4.º Conde 5.º Lorde
Inglaterra
de Lennox de Aubigny

Jaime Henrique Esmé


Stewart, Maria da Stuart, Stewart,
1.º Conde Escócia Lorde 1.º Duque
de Moray Darnley de Lennox

Jaime VI &
I

Ancestrais

Referências
1. Guy 2004, pp. 236–37, 241–42, 270.
2. Willson 1963, p. 13.
3. Guy 2004, pp. 248–50.
4. Willson 1963, p. 16.
5. Willson 1963, p. 17.
6. Donaldson 1974, p. 99.
7. Melville, James (1827). Memoirs of his own life. [S.l.]: Bannatyne Club. pp. 171–72
8. Guy 2004, pp. 312–13.
9. Willson 1963, p. 18.
10. Guy 2004, pp. 364–65.
11. Willson 1963, p. 19.
12. Stewart 2003, p. 27.
13. Stewart 2003, p. 33.
14. Croft 2003, p. 11.
15. Croft 2003, pp. 12–13.
16. Croft 2003, pp. 13, 18.
17. Spottiswoode, John (1851). History of the Church in Scotland. 2. Edimburgo: Oliver & Boyd. p. 120
18. Croft 2003, p. 13.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_VI_da_Esc%C3%B3cia_e_I_de_Inglaterra 13/18
28/01/2019 Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra – Wikipédia, a enciclopédia livre

19. Melville, James (1827). Memoirs of his own life. [S.l.]: Bannatyne Club. pp. 248–49
20. Stewart 2003, p. 45.
21. Willson 1963, pp. 28–29.
22. Croft 2003, p. 15
23. Lockyer 1998, pp. 11–12.
24. Stewart 2003, pp. 51–63.
25. Stewart 2003, p. 63.
26. Lockyer 1998, pp. 13–15.
27. Willson 1963, p. 35.
28. Stewart 2003, p. 66
29. Croft 2003, pp. 17–18; Willson 1963, pp. 39, 50
30. Croft 2003, p. 20
31. Croft 2003, pp. 29, 41–42; Willson 1963, pp. 121–124
32. Croft 2003, p. 45; Stewart 2003, p. 154; Willson 1963, pp. 126–130
33. Croft 2003, p. 22
34. Lockyer 1998, pp. 29–31; Willson 1963, p. 52
35. Croft 2003, p. 23
36. Croft 2003, pp. 23–24
37. Stewart 2003, pp. 107–110
38. Willson 2003, p. 85
39. Willson 1963, pp. 85–95
40. «King James I of England, and VI of Scotland > Descendants» (http://www.royalist.info/execute/descendants;jsessi
onid=D9FCD17F8B1E737A50C1413D3ED6D94C?person=264). Royal List. Consultado em 7 de setembro de
2013
41. Croft 2003, p. 26
42. Willson 1963, p. 103
43. Keay 1994, p. 556; Willson 1963, pp. 103–105
44. Keay 1994, p. 556
45. Croft 2003, p. 27; Lockyer 1998, p. 21; Willson 1963, pp. 105, 308–309
46. Akrigg 1984, p. 220; Willson 1963, p. 309
47. Hunter 2000, pp. 143, 166
48. Hunter 2000, p. 174
49. Thompson 1968, pp. 40–41
50. Hunter 2000, p. 175
51. Hunter 2000, p. 176
52. MacKinnon 1991, p. 46
53. Croft 2003, p. 139; Lockyer 1998, p. 179
54. Willson 1963, p. 321
55. Willson 1963, p. 131
56. Croft 2003, pp. 131–133
57. Willson 1963, p. 133
58. Croft 2003, pp. 134–135; Willson 1963, p. 132
59. Croft 2003, p. 133
60. Willson 1963, p. 132
61. Jack 1988, pp. 126–27.
62. Jack, R.D.S. (1985). Alexander Montgomerie. Edimburgo: Scottish Academic Press. pp. 1–2
63. Jack 1988, p. 125.
64. Jack 1988, p. 137.
65. Spiller, Michael (1988). «Poetry after the Union 1603–1660». In: Craig, Cairns. The History of Scottish Literature. 1.
Aberdeen: Aberdeen University Press. pp. 141–52
66. Jack 1988, pp. 137–38.
67. Croft 2003, p. 48.
68. Lockyer 1998, pp. 161–62.
69. Willson 1963, pp. 154–55.
70. Croft 2003, p. 49.
71. Willson 1963, p. 158.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_VI_da_Esc%C3%B3cia_e_I_de_Inglaterra 14/18
28/01/2019 Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra – Wikipédia, a enciclopédia livre

72. Willson 1963, pp. 160–64.


73. Croft 2003, p. 50.
74. Stewart 2003, p. 169.
75. Stewart 2003, p. 172.
76. Willson 1963, p. 165.
77. Stewart 2003, p. 173.
78. Croft 2003, pp. 50–51.
79. Croft 2003, p. 51.
80. Croft 2003, pp. 52–54.
81. Willson 1963, p. 250.
82. Willson 1963, pp. 249–52.
83. Croft 2003, pp. 52–53.
84. Croft 2003, p. 118.
85. Stewart 2003, p. 219.
86. Croft 2003, p. 64.
87. Croft 2003, p. 63.
88. Croft 2003, p. 62.
89. Croft 2003, pp. 75–81.
90. Croft 2003, p. 80.
91. Lockyer 1998, p. 167.
92. Willson 1963, p. 267.
93. Croft 2003, p. 93.
94. Willson 1963, p. 348.
95. Willson 1963, p. 409.
96. Willson 1963, pp. 348, 357.
97. Schama, Simon (2001). A History of Britain. II. Nova Iorque: Hyperion. p. 59
98. Kenyon, J.P. (1978). Stuart England. Harmondsworth: Penguin Books. pp. 88–89
99. Willson 1963, pp. 369–70.
100. Croft 2003, p. 104.
101. Willson 1963, pp. 372–73.
102. Willson 1963, pp. 374–77.
103. Willson 1963, pp. 408–16.
104. Lockyer 1998, p. 148.
105. Willson 1963, p. 417.
106. Willson 1963, p. 421.
107. Willson 1963, p. 422.
108. Willson 1963, p. 423
109. Croft 2003, pp. 118–119; Willson 1963, pp. 431–435
110. Croft 2003, p. 120
111. Croft 2003, pp. 120–121
112. Krugler 2004, pp. 63–64
113. Croft 2003, p. 125; Lockyer 1998, p. 195
114. Croft 2003, p. 126
115. Stewart 2003, p. 225.
116. Willson 1963, p. 228.
117. Croft 2003, p. 162.
118. Akrigg 1984, pp. 207–08.
119. Willson 1963, pp. 148–49.
120. Willson 1963, p. 201.
121. Croft 2003, p. 156.
122. Stewart 2003, p. 205.
123. Willson 1963, pp. 201, 209.
124. Croft 2003, p. 158.
125. Croft 2003, p. 157.
126. Willson 1963, pp. 213–15.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_VI_da_Esc%C3%B3cia_e_I_de_Inglaterra 15/18
28/01/2019 Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra – Wikipédia, a enciclopédia livre

127. Croft 2003, p. 164.


128. Croft 2003, p. 166.
129. Lockyer 1998, pp. 185–86.
130. Willson 1963, p. 320.
131. Croft 2003, p. 167.
132. Hyde, H. Montgomery (1970). The Love That Dared Not Speak its Name. Londres: Heinemann. p. 43–44
133. Young, Michael B. (2000). King James and the History of Homosexuality. Nova Iorque: New York University Press.
ISBN 978-0-8147-9693-1i
134. Bergeron, David M. (1991). Royal Family, Royal Lovers: King James of England and Scotland. Columbia:
University of Missouri Press
135. Graham, Fiona (5 de junho de 2008). «To the manor bought» (http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/magazine/74364
09.stm). BBC. Consultado em 7 de outubro de 2013
136. Lee, Maurice, Jr. (1990). Great Britain's Solomon: James VI and I on His Three Kingdoms. Urbana: University of
Illinois Press
137. Weir, Alison (1996). Britain's Royal Families: The Complete Genealogy. Londres: Random House. pp. 249–51.
ISBN 0-7126-7448-9
138. Lockyer 1998, pp. 19, 21.
139. Willson 1963, p. 269.
140. Willson 1963, p. 333.
141. Willson 1963, pp. 334–35.
142. Willson 1963, p. 349.
143. Lindley 1993, p. 120.
144. Lindley 1998, p. 145.
145. Willson 1963, p. 342.
146. Barroll 2001, p. 136.
147. Lindley 1998, p. 146.
148. Croft 2003, p. 91.
149. Davies 1959, p. 20.
150. Croft 2003, pp. 98–99.
151. Willson 1963, p. 397.
152. Croft 2003, p. 101.
153. Willson 1963, pp. 378, 404.
154. Willson 1963, p. 379.
155. Croft 2003, pp. 101, 126–27.
156. Lockyer 1998, p. 174.
157. Willson 1963, p. 425.
158. Röhl, John C.G.; Warren, Martin; Hunt, David (1998). Purple Secret: Genes, "Madness" and the Royal Houses of
Europe. Londres: Bantam Press. ISBN 0-593-04148-8
159. Dean, Geoffrey (2002). The Turnstone: A Doctor's Story. Liverpool: Liverpool University Press. pp. 128–29
160. Croft 2003, pp. 127–28.
161. Croft 2003, p. 129.
162. Willson 1963, p. 447.
163. Croft 2003, pp. 129–130.
164. Stanley, Arthur (1886). Westminster Abbey. Londres: John Murray. p. 499
165. Croft 2003, p. 130
166. Stewart 2003, p. 348
167. Croft 2003, p. 129
168. Croft 2003, pp. 3–4; Lockyer 1998, pp. 1–4
169. Lindley 1993, p. 44
170. Croft 2003, p. 6; Lockyer 1998, p. 4
171. Wormald, Jenny (2004). «James VI and I (1566–1625)». Oxford University Press. Oxford Dictionary of National
Biography. doi:10.1093/ref:odnb/14592 (https://dx.doi.org/10.1093%2Fref%3Aodnb%2F14592)
172. Croft 2003, pp. 1–9, 46
173. Croft 2003, p. 146
174. Croft 2003, p. 67
175. Velde, François. «James VI and I (1603)» (http://www.heraldica.org/topics/britain/brit-proclamations.htm#James1).
Heraldica.org. Consultado em 14 de outubro de 2013
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_VI_da_Esc%C3%B3cia_e_I_de_Inglaterra 16/18
28/01/2019 Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra – Wikipédia, a enciclopédia livre

176. Velde, François. «Proclamation concerning the Kings Majesties Stile, of King of Great Britaine, &c. Westminster, 20
Oct 1604.» (http://www.heraldica.org/topics/britain/britstyles.htm#1604). Heraldica.org. Consultado em 14 de
outubro de 2013
177. Willson 1963, pp. 252–253
178. Pinches 1974, pp. 159–60.
179. Pinches 1974, pp. 168–69
180. Brooke-Little, J. P. (1978). Boutell's Heraldry. Londres: Frederick Warne. pp. 213, 215. ISBN 0-7232-2096-4
181. Stewart 2003, pp. 140, 142
182. Stewart 2003, p. 248
183. Barroll 2001, p. 27; Willson 1963, p. 452
184. Croft 2003, p. 55; Stewart 2003, p. 142; Willson 1963, p. 456
185. «King James I of England, and VI of Scotland» (http://www.royalist.info/execute/ancestors?person=264).
Ancestors. RoyaList. Consultado em 6 de setembro de 2013

Bibliografia
2
Akrigg, G. P. V. (ed.) (1984). Letters of King James VI
Krugler, John D. (2004). English and Catholic: the
& I. Berkeley & Los Angeles: University of California
Lords Baltimore in the Seventeenth Century.
Press. ISBN 0-520-04707-9
Baltimore: Johns Hopkins University Press. ISBN 0-
Barroll, J. Leeds (2001). Anna of Denmark, Queen of 8018-7963-9
England: A Cultural Biography. Filadélfia: University of
Pinches, John Harvey & Rosemary (1974). The Royal
Pennsylvania. ISBN 0-8122-3574-6
Heraldry of England. Slough: Hollen Street Press.
Croft, Pauline (2003). King James. Basingstoke & ISBN 0-900455-25-X
Nova Iorque: Palgrave Macmillan. ISBN 0-333-61395-
Lindley, David (1993). The Trials of Frances Howard:
3
Fact and Fiction at the Court of King James. [S.l.]:
Davies, Godfrey (1959). The Early Stuarts. Oxford: Routledge. ISBN 0-415-05206-8
Clarendon Press. ISBN 0-19-821704-8
Lockyer, Roger (1998). James VI and I. [S.l.]:
Donaldson, Gordon (1974). Mary, Queen of Scots. Longman. ISBN 0-582-27961-5
Londres: English Universities Press. ISBN 0-340-
MacKinnon, Kenneth (1991). Gaelic – A Past and
12383-4
Future Prospect. Edimburgo: The Saltire Society.
Guy, John (2004). My Heart is My Own: The Life of ISBN 0-85411-047-X
Mary Queen of Scots. Londres & Nova Iorque: Fourth
Stewart, Alan (2003). The Cradle King: A Life of
Estate. ISBN 1-84115-752-X
James VI & I. Londres: Chatto and Windus. ISBN 0-
Hunter, James (2000). Last of the Free: A History of 7011-6984-2
the Highlands and Islands of Scotland. Edimburgo:
Thompson, Francis (1968). Harris and Lewis, Outer
Mainstream. ISBN 1-84018-376-4
Hebrides. Newton Abbot: David & Charles. ISBN 0-
Jack, R. D. S. (1988). «Poetry under King James VI». 7153-4260-6
In: Craig, Cairns (ed.). The History of Scottish
Willson, David Harris (1963). King James VI & I.
Literature. 1. Aberdeen: Aberdeen University Press
Londres: Jonathan Cape. ISBN 0-224-60572-0
Keay, John & Julia (1995). Collins Encyclopaedia of
Scotland. Londres: HarperCollins. ISBN 0-00-255082-

Ligações externas
Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra (http://www.royal.gov.uk/HistoryoftheMonarchy/KingsandQueensoftheUnited
Kingdom/TheStuarts/JamesI.aspx) (em inglês) na página oficial da monarquia britânica
Jaime VI da Escócia & I de Inglaterra
Casa de Stuart
19 de junho de 1566 – 27 de março de 1625
Sucedido por
Carlos I

Precedido por
Maria

Rei da Escócia
24 de julho de 1567 – 27 de março de 1625
Precedido por
Isabel I

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_VI_da_Esc%C3%B3cia_e_I_de_Inglaterra 17/18
28/01/2019 Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra – Wikipédia, a enciclopédia livre

Rei da Inglaterra e Irlanda


24 de março de 1603 – 27 de março de
1625

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Jaime_VI_da_Escócia_e_I_de_Inglaterra&oldid=53552857"

Esta página foi editada pela última vez às 06h33min de 10 de novembro de 2018.

Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de
utilização.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_VI_da_Esc%C3%B3cia_e_I_de_Inglaterra 18/18

Você também pode gostar