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Com alta da tarifa, consumidor migra para mercado livre nel ES erg ES
04-12-2015
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A explosão das tarifas de energia este ano, que superou 50% de aumento em 2015 em CZ Estados
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como Minas Gerais e São Paulo, está acelerando o movimento de
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migração de consumidores industriais e comerciais do mercado cativo (das distribuidoras) erg o livre,
BR em busca de preços mais baixos.
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De acordo com a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), 700nol empresasL)estão em processo de migração, o equivalente a um aumento de
quase 40% do total de consumidores no ambiente livre hoje. O processo de migração para o mercado livre dura em média seis meses. Mas a Câmara de
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Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) já começa a ver os sinais desse movimento. “Como tendência para este segmento, temos a sinalização de 329 processos de
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adesão de consumidores livre e especiais em vista, sendo que 266 estão previstos para serem efetuados até março de 2016″, afirmou a CCEE, em nota. De acordo com a
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Empresa de Pesquisa Energética (EPE), em 2014, o mercado livre totalizou 119,5 mil gigawattshora (GWh), cerca de 25% do mercado total de energia no Brasil.
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Segundo a Abraceel, existem ainda 14 mil consumidores com condições legais de migraremZE para o ambiente livre, o que pode elevar essa parcela do mercado para
46%. Segundo cálculos das comercializadoras de energia, a diferença de preços do mercado
w) livre para o mercado cativo é de pelo menos 15%, dependendo do setor de
consumo, podendo chegar a mais de 20%.
Outro benefício, apontam as comercializadoras, é a previsibilidade do custo mensal de energia. Outro fator de estímulo a migração foi aprovado esta semana pela
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Tratase de novo regulamento da autarquia que desobriga os novos consumidores a comprarem medidor específico para
este fim, que custava cerca de R$ 30 mil. “Isso economiza em R$ 40 milhões o custo total de migração dos 700 clientes em andamento”, destaca Reginaldo Medeiros,
presidente executivo da Abraceel. CCEE vê sinais de aumento na migração com 329 processos de adesão de consumidores livres.
A Comerc, uma das maiores comercializadoras do país, registrou, apenas no período de julho a novembro, 163 pedidos de migração para o mercado livre. O número é
quase seis vezes superior ao total registrado nos primeiros seis meses, de 28 migrações, demonstrando o efeito do aumento das tarifas das distribuidoras neste ano.
“Com o realismo tarifário deste ano, tivemos o reajuste extraordinário e a aplicação das bandeiras tarifárias. As empresas começaram a sentir na pele o impacto do
aumento do custo da energia”, afirma Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc. Devido ao aumento da demanda, a Comerc está expandindo suas operações e
contratando 30 novos funcionários, totalizando um contingente de 135 pessoas. A companhia está montando em Bento Gonçalves (RS) seu quarto escritório no país.
Hoje, a Comerc faz a gestão do consumo de energia de 250 empresas. Até março de 2017, serão adicionadas outras 205 a carteira da comercializadora, considerando as
companhias que migrarão para o mercado livre neste prazo. Desde que começou a operar, em 2002, a Comerc estima que a economia gerada pelos seus clientes que
migraram para o mercado livre alcança R$ 4,8 bilhões.
Outra empresa do setor, a Compass, está registrando a migração de 40 empresas este ano, número dez vezes superior que o observado em 2013 e 2014. “Tem até
restaurante migrando para o mercado livre”, diz Paulo Mayon, diretor da comercializadora.
Os sinais de aquecimento da migração têm atraído inclusive as grandes elétricas verticalizadas do país, como o grupo CPFL, que atua em praticamente em todos os
elos da cadeira do setor elétrico. “Observamos esse movimento de migração do mercado cativo para o livre em todo o país”, diz o presidente da CPFL Brasil,
comercializadora do grupo, Daniel Marrocos. Segundo ele, os resultados da migração vão aparecer com maior clareza nos dados da CCEE a partir de janeiro do ano que
vem. “É um movimento de longo prazo. As tarifas no cativo vão permanecer elevadas e o livre tem oferecido soluções atrativas. O movimento de migração tende a se
expandir. A diferença nos preços varia de distribuidora para distribuidora e do perfil do consumidor, mas fica na ordem de 15% a 20%”, explica ele. Segundo o
executivo, o movimento está focado no “consumidor especial’ (consumidor com demanda mínima de 500 quilowatts e que compra energia de fontes renováveis, com
exceção de hidrelétricas), onde ainda existe um número grande de unidades no mercado cativo. “Agora trabalhamos com o setor de serviços e comércio, temos
universidades, hospitais, redes de varejo de médio e pequeno porte”, conta Marrocos.
O presidente da CPFL Brasil destaca que outra demanda dos clientes é por eficiência energética. “Os clientes vêm com uma demanda de uma melhor gestão [da
energia]. É um benefício duplo para o consumidor”, conclui.
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