Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Direito do Consumidor
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Responsabilidade civil nas relações de consumo -
continuação
Risco do empreendimento
[...]
Note que seguros de vida também não exprimem a ideia do risco integral.
O que acontece é que estamos entrando na força contratual. Exemplo de seguro de
vida em que não haverá o dever de indenizar: a empresa oferece um seguro de
vida, e aquele que contrata dolosamente omite que é portador de uma doença.
Risco integral? Não. Ou seja, a empresa que foi fraudada não terá que pagar a
indenização securitária.
O seguro tem muito a ver com o risco. Quanto maior o risco, maior o
prêmio. O que é mesmo o prêmio no seguro? Não é o “prêmio” que você recebe em
decorrência do sinistro, isso é a indenização. Prêmio, na verdade, é o valor que o
segurado paga à seguradora. Cuidado com a possibilidade de confusão de termos.
O que o segurado ganha é indenização e não prêmio. Dentro do contrato de seguro
existe uma relação consumerista. Seguro de vida pago pelo Cesar Cielo deve ser
bem pequeno, afinal, o cara está com boa saúde. Mas e o seguro pago pelo Jô
Soares? O risco para a empresa é um pouquinho maior. Consequência disso é o
seguinte: Dona Clotilde, já idosa, paga um determinado seguro há 20 anos, e
reclama que o preço só aumenta! A insatisfação é até legítima, mas o débito
também: risco vai aumentando com o avançar da idade!
Dona Clô está em sua casa, e liga o liquidificador. A lâmina, que deveria
permanecer dentro daquela jarra, sai voando como um pirocóptero e degola-a. É
risco adquirido, porque o produto apresenta um defeito. O dano decorrido desse
defeito não é legitimamente esperado por Dona Clotilde. Então, quando há um
defeito, quando este defeito provoca um dano, o risco não é mais inerente, mas
adquirido. O risco adquirido gera responsabilidade civil. E aqui partimos para
outro ponto.
Dever de segurança
Vamos adiante.
Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as
vítimas do evento.
Observações:
1. O responsável real
2. O responsável presumido; e
3. O responsável aparente.
http://notasdeaula.org/dir8/direito_consumidor_13-09-11.html 5/9
05/02/2019 Direito do Consumidor 13/09/11
[...]
Duas teorias.
produto que apresentar defeito for da Sony, um fornecedor muito bem conhecido,
com funcionamento no Brasil, então não se poderá mitigar a responsabilidade
subsidiária do fornecedor aparente.
Risco do desenvolvimento
http://notasdeaula.org/dir8/direito_consumidor_13-09-11.html 8/9
05/02/2019 Direito do Consumidor 13/09/11
Estou trabalhando com a culpa. Mas já sabemos que existe a culpa simples
e a culpa presumida. O que significa dizer que a culpa, no caso, é presumida? Se
digo que a responsabilidade civil do profissional liberal é subjetiva mas a culpa é
presumida, significa que há inversão do ônus da prova. Baseia-se na teoria da
culpa, mas, se a obrigação do profissional liberal for uma obrigação de resultado,
trata-se de culpa presumida. Se for uma obrigação de meio, é culpa simples, sem
inversão do ônus da prova. Lembrem-se dos conceitos de obrigação de resultado e
obrigação de meio.
http://notasdeaula.org/dir8/direito_consumidor_13-09-11.html 9/9