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"Israel é o maior perigo para a paz mundial"

Sessenta por cento dos europeus vê Israel como o maior perigo para a paz mundial.
Foi o que mostrou uma pesquisa de opinião realizada pela União Européia com a
participação de 7.500 pessoas de 15 países-membros da UE (500 de cada país).
Em segundo e terceiro lugar apareceram o Irã e os Estados Unidos, seguidos pela
Coréia do Norte, pelo Afeganistão e pelo Iraque. Em relação a Israel, a metade dos
europeus crê que os cinco milhões de judeus do Estado de Israel são uma ameaça
maior para a paz no mundo do que seus vizinhos árabes, que somam 500 milhões
de habitantes e nos últimos anos tentaram acabar com Israel através de diversas
guerras de agressão. Desse modo, cinqüenta por cento dos europeus concordam
com os muçulmanos, que afirmam ser Israel o demônio do mundo.

O Ministério do Exterior de Israel reagiu indignado à publicação dos resultados


negativos da pesquisa, que prejudicam ainda mais a imagem de Israel perante o
mundo. "Por que, afinal, uma pesquisa dessas foi feita? E por que a União Européia
publicou os resultados?" No Ministério do Exterior e no gabinete do primeiro-ministro
de Israel supõe-se que a UE deseja arruinar a imagem do Estado judeu.
Diferentemente do que ocorre nos países muçulmanos ou na Coréia do Norte, Israel
se vê confrontado com um perigoso terrorismo.
Mas essa realidade não foi mencionada na
pesquisa. Simplesmente perguntou-se às
pessoas qual país elas consideravam a maior
ameaça para a paz no mundo. "O fato da UE ter
apresentado apenas uma lista de quinze países
foi uma tática desonesta e influenciou de antemão
os entrevistados", afirmaram funcionários do
Ministério do Exterior. Um porta-voz do Vaticano
condenou a publicação da pesquisa da UE,
classificando-a de anti-semitismo maldoso.

Terrorismo é legal; combatê-lo é ilegal

O ministro israelense para Assuntos Judeus na


Diáspora, Natan Sharansky, avalia que aumentam
as evidências de que a crítica política dos
O que teria motivado os europeus
europeus oculta uma postura anti-semita. "Os
a assumirem essa posição
europeus, que tanto se empenham pelos direitos antiisraelense seriam as
humanos no mundo inteiro, finalmente deveriam constantes imagens de soldados
coibir a lavagem cerebral contra Israel e o israelenses armados presentes nos
territórios palestinos e o
denegrimento do Estado judeu nos países controverso muro de segurança ao
árabes", declarou Sharansky. redor dos territórios autônomos
palestinos.
Para o Centro Simon Wiesenthal de Los Angeles,
a pesquisa é um sinal de que a mídia européia fez um "bom trabalho" e alcançou
seus objetivos nos muitos anos em que passou condenando Israel. O que teria
motivado os europeus a assumirem essa posição antiisraelense seriam as
constantes imagens de soldados israelenses armados presentes nos territórios
palestinos e o controverso muro de segurança ao redor dos territórios autônomos
palestinos. A luta de Israel contra o terrorismo passou a ser considerada pelos
europeus como evidente agressão ao povo palestino, enquanto o terrorismo é
apresentado como legítimo e justificado.
Cartão amarelo para Israel

Conforme o Dr. Alon Li’al, os europeus repreenderam Israel com um cartão


amarelo, como ocorre nos jogos de futebol. "Devemos nos perguntar se os
europeus realmente nos odeiam ou se eles têm medo de nós porque representamos
uma ameaça à paz mundial", disse o Dr. Li’al, que foi diretor-geral do Ministério do
Exterior no governo de Barak. Na sua opinião, os europeus têm medo. Esse medo,
porém, não deveria tê-los induzido a usar truques políticos contra Israel. "Para
estabelecer a paz sempre são necessárias duas partes interessadas. Mas o mais
importante "parceiro" de Israel, Yasser Arafat, o chefe da OLP, foi excluído da
pesquisa da UE", declarou o Dr. Li’al. "Em 1994 os europeus recompensaram Arafat
com o prêmio Nobel da Paz e agora ele foi mais uma vez honrado pela UE. O
arquiteto da presente onda de violência não foi mencionado na pesquisa e, assim,
foi poupado." (israel heute - http://www.beth-shalom.com.br)

Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, fevereiro de 2004.

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