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O Terceiro Templo: utopia ou sinal profético?

A destruição do Segundo Templo

De acordo com o livro do Rabino Joseph Telushkin "Jewish Literacy", no capítulo 67, Roma não
invadiu Israel à força. Eles foram convidados a vir à Israel para dar assistência ao rei Hircano II em
63 a C. para ajudá-lo a manter o trono contra seu irmão Aristóbulo, que convocou alguns de seus
seguidores para uma insurreição. Isto gerou uma guerra civil que trouxe grande preocupação a
Hircano. Roma tinha acabado de anexar a Síria, então Hircano pode ajuda a Roma. Eles ficaram
felizes em responder ao pedido, e isto torna Hircano pouco mais do que um fantoche.

O resultado dessa ação fizera Roma ser capaz de colocar no poder quem quer que eles quisessem,
tanto para reinar quanto para o sumo sacerdócio. Herodes, o Grande sucedeu Hircano em 37 a C. Ele
foi colocado no poder por César e foi duas vezes expulso de Israel por não ajudar o povo. Herodes e
César substituíram o sacerdote por alguém de sua escolha e que expressa a inimizade com Yeshua,
que foi manifesta quando Ele disse: "Minha casa será chamada de casa de oração, mas vós a
transformastes num covil de ladrões", e também porque o sumo sacerdote estava tão ansioso para
vê-lo ser executado.

No ano de 66 os judeus revoltaram-se contra Roma e venceram uma batalha decisiva contra o grande
exército romano. Isto foi catastrófico. Quando os romanos voltaram, eles eram aproximadamente
60.000 homens com tropas fortemente armadas e que virtualmente saquearam a terra de Israel e a
cidade de Jerusalém. Tochas atearam fogo ao Templo que queimou até ao chão, apenas restando o
Muro Ocidental (HaKotel), também conhecido como Muro das Lamentações. Isto é o que resta do
segundo Templo até o dia de hoje.
Muitos foram incitados por esta perda. Por volta do ano 100 d. C. os rabinos encontraram-se para
com[pilar a Mishnah, visando explicar os fatos testemunhais dos procedimentos e serviços do Templo e
responder as questões levantadas a respeito de como cumprir a Torah onde as respostas eram
obscuras. Exemplo dessa natureza seguem abaixo:

A Mishnah cobriu não somente como o Templo funcionou durante o tempo do sacerdócio, mas também
responder questões da seguinte natureza:

1) - Quando uma criança não esperava até o fim do Sabbath para nascer - como se ela tivesse escolha -
estão a mãe e a parteira quebrando o mandamento de descansar no Sabbath devido ao parto? A
resposta a esta questão é facilmente discernível. Se houver uma escolha, então um deve esperar até
depois do Sabbath, entretanto ninguém demonstrou como comunicar esta questão ao bebê.
2) - Uma outra não tão clara questão ocupa-se com as vacas leiteiras. Uma vaca leiteira está sendo
ordenhada todo o dia e não pode "pular" o sábado, somente porque você quer guardar o sábado.
Entretanto ordenhar uma vaca no Sabbath, enquanto considerado trabalho, está inutilizado pelo
mandamento que fala sobre mostrar misericórdia no Sabbath. Seria cruel o resultado de "pular" a
ordenha no sábado. Igualmente, se um animal cai num fosso ou num buraco no Sabbath deve ser
resgatado, ou então trará resultados danosos para a vida. Para muitos devotos judeus estas questões
precisam de soluções. O que parece ser para você um claro caso de reducionismo, não pareceria tão
claro quando considerados todos os fatos.
3) - O Yom Kippur (Dia da Expiação) é um dos mais sagrados dias no judaísmo. Nele somos
comandados a jejuar. A Torah diz-nos que todos os que não jejuarem no dia de Yom Kippur deverão ser
cortados do meio do povo. Uma questão emerge, considerando-se aqueles que estão doentes, por
exemplo, com diabetes. Aqueles que sofrem esta enfermidade não podem deixar de comer devido ao
tratamento e a natureza da situação. Os rabinos assim concluíram que aquelas pessoas que estiverem
doentes e que correrem o risco de complicações devido ao jejum foram liberadas do mandamento de
jejuar no Yom Kippur.

O livro de Hebreus, escrito para judeus messiânicos em função da destruição do Templo, e Também é
na mesma época começa declarando que Yeshua veio de maneira similar à dos profetas antes dele,
e que seu ministério é maior do que o dos profetas e dos anjos. Evidentemente, os crentes messiânicos
estavam gravitando na direção de qualquer doutrina disponível que pudesse preencher o vazio desta
perda.
Desde que o sumo sacerdote não estava mais disponível para preencher a função do profeta oracular;
doutrinas de anjos começaram a preencher as esperanças do povo. No capítulo 5 o escritor
(creio ser o rabino Shaul; isto é, Paulo), debate o trabalho do sumo sacerdote apontando para como
o Messias entrou no lugar santíssimo para o nosso próprio benefício, e ainda dizendo que Ele foi
sacerdote da ordem de Melquisedeque.

O capítulo 8 contém um sumário do que está sendo dito:8.1) - ORA, a suma do que temos dito é que
temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade,
8.2) - Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.
8.3) - Porque todo o sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; por isso era
necessário que este também tivesse alguma coisa que oferecer.

No capítulo 9, o escritor debate as coisas que eram encontradas no lugar santo do Templo. E vai
adiante.

Em cerca de 230 d. C., os rabinos encontraram-se novamente para resolver mais complicações sobre as
práticas apropriadas da Torah com a falta do Templo e vários outros aspectos do judaísmo. Os rabinos
discutiram os prós e os contras e chegaram a algumas conclusões. Todo o processo está gravado no
"Talmude de Jerusalém". As duas maiores escolas da época, Shammi e Hillel estavam envolvidas nas
discussões com a segunda e terceira gerações de estudantes, de rabinos famosos tais como Simeão, o
Justo. Na comunidade judaica tradicional, os fariseus trouxeram-nos as traduções orais e foram
responsáveis por conduzir-nos através destes dilemas.

O Talmude de Jerusalém foi muito importante para TODOS os judeus que viveram em Israel, mais
durante a diáspora, quando os judeus foram impelidos de sua terra natal, como então poderíamos criar
um nível de vidas "separadas" que nos identificassem com os judeus? Como poderiam judeus da Polônia
reconhecerem os judeus do Texas? Como saberíamos quando celebrar as festas? Deveríamos nós
observar o início do Sabbath e dos feriados sincronizados com Jerusalém e o calendário judaico ou
devemos nós usar o calendário local e as datas locais para observar estes dias?

Em cerca de 500 d. C. os rabinos acharam necessário um novo encontro para esclarecer as áreas
obscuras que diziam respeito a o que fazer na Diáspora. O processo foi o mesmo usado pelo Talmude de
Jerusalém, e todas as coisas foram sendo estupidamente registradas como antes, mas desta vez isto
chama-se "Talmude Babilônico", porque muitas das questões tinham a ver com a dispersão dos judeus
de sua terra natal. O termo "Galuf" refere-se aos judeus que não viviam em Israel e regulava a vida dos
judeus na Diáspora.

A razão primária para escrever-se o Talmude é para responder-se à ausência do Templo.


O livro de Hebreus responde a destruição e a tendência no judaísmo messiânico acerca de diversas
doutrinas, por causa da destruição do Templo. Se os judeus messiânicos foram afetados tão
profundamente pela perda do Templo, seria ridículo assumir que não tenha tido efeito nos cristãos
gentios este fato. A natureza das conseqüências da perda do Templo para os gentios messiânicos não é
tão difícil de ser observada por olhos treinados, mas isso foi aparentemente providencial, pois a mão de
Deus estava guiando ambos, judeus e gentios messiânicos através desta perda. É duvidoso que muitas
das "modernas" tradições cristãs seriam como são hoje em dia se o Templo e o sacerdócio tivessem
sobrevivido.

Estamos esperando o dia quando o Templo será reconstruído e novamente os sacrifícios serão
oferecidos sobre o altar santo. Se isso pertencesse ao passado, a Mishnah seria uma ferramenta inválida
neste processo de reconstrução, não apenas do Templo mas também do sacerdócio. Naquele glorioso
dia, Deus reinará sobre nós, e também sobre toda a terra. Todas as nações virão ao Senhor para adorá-
lo em Jerusalém e participar da Festa dos Tabernáculos. O leão morará com o cordeiro e a criança
brincará sobre a toca da áspide. Nenhum mal virá a ninguém em HaOlam Habah (a era do porvir).

O Futuro que nos aguarda

Tudo o que foi exposto mostra-nos que sempre houve e sempre haverá um encaminhamento da parte
do Senhor da história da humanidade a fim de Sua Palavra tenha um pleno cumprimento.
O Eterno vê as coisas como fatos consumados! Para Ele não existem passado, presente e futuro. Tudo é
um eterno presente. Por isso Ele que já conhece o fim de todas as coisas, tem hoje nos dado o privilégio
de vivermos no ápice da história da humanidade! Este é o tempo no qual o Eterno estará restaurando
todas as coisas a fim de que seja possível o cumprimento daquilo que nos foi deixado em Sua Palavra!

O Templo é parte fundamental da Escritura e exerce também um papel muito rico na


cultura bíblica e judaica. Sendo assim nós cremos que está havendo uma preparação
da parte do Senhor a fim de que a Mesquita da Cúpula Dourada deixe de existir no local
conhecido pelos judeus como "Monte do Templo". E quando isso acontecer, então será
reconstruído o Templo de Jerusalém. Para ali afluirão pessoas de todas as partes do
mundo a fim de cultuarem ao Eterno D-us de Israel! Este será mais um dos momentos
marcantes na história do povo de Israel, que se alegrará muito por ter novamente a
oportunidade de ter restaurado o sacerdócio e os sacrifícios!

E quando isso acontecer, nós que temos entendimento sobre estas coisas deveremos clamar por nossas
vidas, pois o filho da perdição, o homem do pecado, então se manifestará e se apresentará como o
Mashiach (Messias)!
O que ocorrerá então? Neste momento já terá tido início o tempo que conhecemos como "Grande
Tribulação"!
Esperamos que no limiar deste tempo Yeshua venha buscar seu povo a fim de livrá-lo de muitos outros
sofrimentos e também do Anticristo!
Que o Eterno nos dê condições de compreendermos a Sua Palavra!
Baruch Há Shem!
Bendito seja o Nome!

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