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Tipos de texto

OBS.: O texto dissertativo-argumentativo é marcado pelo uso de exemplos e


comparações, pela apresentação de dados e outros recursos utilizados para convencer o
leitor sobre certo ponto de vista.

O texto é predominantemente dissertativo, uma vez que se estrutura em


termos de apresentação de resultados e conclusões de estudos
realizados sobre o tema da sustentabilidade.CESPE
É marcado pela narração de fatos ou acontecimentos, reais ou imaginários. A narração
Narrativo

acontece em determinado lugar e tempo. Podemos identificar um enredo, personagens


e um narrador, possui sequências lógica e temporal. Frequentemente é marcada pelo
uso de verbos no tempo pretérito, mas nesse caso foi utilizado o presente do
indicativo. Conta uma história, ex. conto, novelas. (real ou fictícia). Vale destacar,
ainda, que possui fatos em sequência (progressão temporal), numa relação de causa e
efeito. Texto narrativo tem PENTE: Personagens * Espaço * Narrador * Tempo
* Enredo.
Caracteriza-se por meio de imagens ou palavras, seres, processos, cenas e lugares;
Descritivo

emprega termos com função adjetiva (adjetivos, locuções adjetivas, orações adjetivas)
e verbos de ligação; estabelece comparações (metáforas, por exemplo); faz
inferências a impressões sensoriais: cores, formas, gostos, cheiros, sons etc, ou seja,
uso de muitos adjetivos, pois consiste numa descrição detalhada que faz o leitor
imaginar o que é descrito, como se estivesse vendo uma fotografia. Entretanto,
utiliza-se em maior número as formas nominais do
verbo (gerúndio, particípio ou infinitivo). É classificada: Expressionista: A descrição
objetiva é marcada, predominantemente, pela linguagem denotativa, aproximando o
“objeto” da realidade, por substantivos concretos e por adjetivos pospostos;
Impressionista:  descreve o “objeto” de forma emotiva, fazendo uso
de adjetivos, locuções adjetivas, orações adjetivas e verbos de estado. A descrição
subjetiva é marcada, predominantemente, pela linguagem conotativa, por substantivos
abstratos e por adjetivos antepostos; Estática: autor e “objeto” estão parados, sem
movimentar-se. É semelhante a uma fotografia, em que o autor faz uma descrição
detida e atenta do “objeto” ou do lugar que observa; Dinâmica: enquanto o autor está
parado, o “objeto” descrito movimenta-se. É uma cena em movimento, a qual exige
muita concentração do observador; Física: O autor descreve traços físicos da
personagem: altura, cor dos olhos, cabelo, forma do rosto, do nariz, da boca, porte,
trajes; Psicológica: O autor apresenta o comportamento da personagem, seus hábitos,
atitudes e personalidade.
Tem o objetivo de explicar determinado tema de forma clara e objetiva. Informa e
(OBJETIVO)/INFORMATIVO
Dissertativo

esclarece o leitor através da exposição rigorosa e clara de um determinado assunto.


Classificação: Dissertativo-argumentativo: o autor não só discorre sobre determinado
assunto, mas também se posiciona sobre o assunto, tentando convencer, persuadir o
leitor a "aceitar" a ideia defendida no texto. São textos que expressam um juízo de
valor. Típicos exemplos desse tipo de texto são o editorial de jornal e o artigo de
opinião. Marcas: Verbos no presente. No texto dissertativo-argumentativo, a ordem
cronológica não é importante; Dissertativo – expositivo: o autor expõe uma
informação, uma teoria, um conceito, sem emitir sua opinião sobre o assunto. O
objetivo principal é de INFORMAR, e não convencer  o leitor. O texto dissertativo
expositivo trata de um tema determinado, analisando-o, explicando-o, interpretando-
o. É marcado pelo uso da linguagem denotativa, objetividade e impessoalidade.
Normalmente também possui introdução, desenvolvimento e conclusão.
Fornece o passo a passo, as instruções para que o leitor realize uma ação instrução.
Injuntivo

Usado para transmitir ordens, avisos, advertências ou prescrição de procedimentos.


Ele se caracteriza pelo emprego de verbos no imperativo. São exemplos de texto
injuntivo leis e artigos, bulas, placas de sinalização, edital de concurso, receita de
bolo, manual de instrução.
Baseado em fatos, linguagem denotativa e isento de subjetivismo e opiniões próprias.
Informativ
Trabalha no campo da divulgação de informações, fatos ou conhecimentos. Logo, a
origem das informações se dá por quem as detém. Todo informante supõe a existência
de um público interessado no conhecimento que ele possui. Todo texto informativo
supõe a existência de um conhecimento, que pode ser novo ou que precisa ser
recordado. Ex.: Jornais.
l.
Exp

A principal finalidade de um texto explicativo é explicar, esclarecer alguma coisa.


Subjetivo. Tem como finalidade o desenvolvimento de um tema, sendo composto por
Argument.

opiniões do autor. É baseado em argumentos que pretendem persuadir o leitor. É o


que se observa no texto "Discurso sobre o processo de discussão da reforma
universitária". Inicialmente, o autor introduz o assunto por meio do tópico frasal por
definição, conceituando a "educação para a transparência". Tipos: resenha: seu
objetivo é orientar o leitor de um jornal ou revista na escolha de filmes, livros, shows
musicais, peças teatrais, exposições e outros produtos culturais. Nela, o autor
desenvolve uma caracterização e uma avaliação dos aspectos positivos e negativos do
produto ou da obra através de fundamentação convincente, capaz de persuadir o
leitor.
É um gênero textual que pode oscilar por diversas Tipologias textuais, desde narração
Crônica

do tipo crônica a textos argumentativos. Algumas características: Linguagem


simples, variado e tenta expressar a intenção do autor; Tem tendência a abordar o
presente de um determinado grupo social; Apresenta relações do cotidiano; Relações
de subjetividade – intuito de fazer o leitor refletir; Pode possuir como traço a
intertextualidade, fazendo menção a outros fatos além do abordado no texto.
FABULA: São pequenas narrativas cujos personagens são geralmente animais
personificados. Não há datação, pois a mensagem transmitida na fábula não se restringe
a uma determinada época.
CRONICA: é uma narrativa histórica que expõe fatos que acontecem em nosso
cotidiano, em nosso dia a dia... Os autores desse tipo de texto costumam, de um modo
diferente (poético, digamos), descrever eventos, ora com intenção crítica, ora com
intenção poética. Características: o emprego da 1ª pessoa, o uso de oralidade na escrita,
toques de humor e a exposição da visão do cronista.

EXPOSITIVO-ARGUMENTATIVO: explica um assunto de modo atemporal com a


finalidade de esclarecê-lo de maneira objetiva, sem a intenção de persuadir (convencer)
o leitor. Principais características:
 Há emprego de linguagem clara e imparcial.
 Não há subjetividade/defesa de ponto de vista.
 Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão.
 Há emprego de verbos no presente do indicativo.
 Não visa convencer o leitor, mas simplesmente informá-lo de algum assunto.

Narrador onisciente é o que conhece todos os detalhes da história (o ambiente, o


enredo, os personagens etc.); esse narrador conta a história em 3ª pessoa, mas às vezes
permite algumas intromissões ao narrar em 1ª pessoa, revelando suas vozes interiores,
seu fluxo de consciência.

Intertextualidade:
O vocábulo "intertextualidade" possui como prefixo "inter", que significa "entre". Ou
seja, intertextualidade pressupõe a relação "entre textos". Ocorre quando o autor, ao
produzir seu texto, reproduz integralmente ou parcialmente outro texto já existente.
Exemplo: “O fundamento jurídico para a proteção dos animais, no Brasil, está no
artigo 255 da Constituição Federal, que incumbe o Poder Público de ‘proteger a
fauna, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função
ecológica, provoquem a extinção das espécies ou submetam os animais à crueldade’”.
Quando o autor do texto insere no seu texto um fragmento da Constituição Federal (que
evidentemente configura outro texto), fica caracterizada a intertextualidade. 

Gêneros: exercem uma função social específica, ou seja, ocorrem em situações


cotidianas de comunicação e apresentam uma intenção comunicativa bem definida.
Gênero são os "exemplos" de textos que são retirados de um tipo. Relaciona-se à
função, ao objetivo do texto. A observância dos títulos e da fonte (veículo material
onde se encontra o texto) é muito importante para se saber qual é o objetivo textual.

Tipos: são modelos abrangentes e fixos que definem e distinguem a estrutura e os


aspectos linguísticos de uma narração, descrição, dissertação e explicação.
 Tipo Argumentativo. Gênero: colunas de jornais, cartas de opinião, monografia.
 Tipo Narrativo. Gênero: contos, novelas, crônica
 Tipo Injuntivo. Gênero: receitas, manuais de instruções, bula de remédio.

Tipo textual x gênero textual:


Gênero: é instituído para cumprir uma função social específica e prevista, como as
cartas, que consistiam num dos principais meios de comunicação entre pessoas
distantes. 

Tipo: não tem uma função social específica, mas sim configura uma análise acerca da
construção, da lógica e da finalidade do texto.

Ou seja: a avaliação do gênero encontra-se na forma do texto (mesmo sem ler - só pelo
aspecto do texto -, pode-se identificar o gênero), enquanto a tipologia se encontra no
conteúdo. Exemplos:

Cantiga de roda: possui uma estrutura definida, configurando uma melodia com letra
simples e infantil, facilitando a assimilação, sendo composta com objetivo de
proporcionar brincadeiras de roda, em que as pessoas dançam de mãos dadas. 
 
Bula de remédio: texto confeccionado com o objetivo social de fornecer as
informações necessárias para que as pessoas usem corretamente os medicamentos. 
 
Argumentação: não se trata de um gênero textual, mas sim de uma tipologia textual. A
argumentação se estrutura no emprego de recursos linguísticos encadeados para o
convencimento do leitor acercas construções opinativas coerentes. Não contém uma
forma específica, podendo fazer parte de teses, crônicas ou qualquer outro texto em que
haja a defesa de um determinado ponto de vista. 
 
Crônica: é um texto pequeno, de vida curta, que possui como missão social tratar de
fatos do cotidiano. 
 
Entrevista: Trata-se de um texto cuja função social é a veiculação de informações.
Configura um texto marcado pela oralidade efetuado pela interação de duas pessoas.
Obviamente se faz necessária a presença de entrevistador e entrevistado. 

Escolas literárias:
 Trovadorismo: teve início no século XII e caracteriza-se pelo teocentrismo
(visão cristã de mundo que considera Deus o centro de todas as coisas) e pela
produção oral das cantigas trovadorescas: cantigas líricas (de amor e de amigo) e
cantigas satíricas (de maldizer e de escárnio).
 Classicismo: Teve seu auge no século XVI e caracteriza-se pelo
antropocentrismo (o homem no centro de todas as coisas), pelo renascentismo, pela
valorização das conquistas humanas, pela busca da felicidade terrena, pelo
predomínio da razão sobre a emoção, etc. Exemplos de representantes do
Classicismo: Miguel de Cervantes, Shakespeare, Camões, etc.
 Arcadismo: Também conhecido como Neoclassicismo, teve início no século
XVIII. Caracteriza-se pela idealização da vida no campo (ambiente bucólico) e pelo
resgate de temas clássicos, como a fuga da urbanização, a valorização das coisas
simples e do tempo presente (carpe diem), etc. Exemplos de representantes do
Arcadismo: Santa Rita Durão, Bocage, Tomás Antônio Gonzaga, etc. 
 Simbolismo: Teve início no fim do século XIX e caracteriza-se pelo
positivismo, cientificismo (adoção do método científico), subjetividade,
religiosidade, pessimismo, resgate de temas do Romantismo, etc. Exemplos de
representantes do Simbolismo: Cruz e Sousa, Augusto dos Anjos...
CUIDADO!
O lirismo é uma característica, e não uma escola literária. O conceito de lirismo envolve
a subjetividade, a expressividade, os sentimentos do autor. Segundo Abaurre (Português
- Contexto, interlocução e sentido, volume 1, página 29): O gênero lírico define-se,
portanto, como aquele em que uma voz particular — o eu lírico (ou eu poemático)  —
manifesta a expressão do mundo interior, ou seja, fala de sentimentos, emoções e
estados de espírito. O termo "lírico" vem do costume de cantar os poemas
acompanhados pela lira, um instrumento musical de cordas. Assim, o Lirismo não é
uma escola literária, mas sim uma característica ou um gênero literário.

Obs.:
Domínio discursivo constitui uma esfera da atividade comunicativa e indica instâncias
discursivas, portanto, pode-se falar em domínio discursivo acadêmico, não abrangendo
o gênero em particular, mas dando origem a vários deles, conforme o fragmento, que
pode ser considerado do gênero artigo científico do tipo textual dissertativo.

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