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1) Rejeição da cruz. Há uma certa tendência de estabelecer a oposição entre a pessoa de
Deus e o sofrimento. Todo sofrimento e sacrifício pessoal é rejeitado por muita gente que
se diz cristã. Em grande parte do mundo evangélico existe uma “busca frenética de
felicidade imediata”. Como dizem alguns: “Quem tem Jesus não sofre mais”. Por essa
razão, muitos fogem da igreja, pois querem evitar sofrimento. O desafio da comunhão com
o próximo implica em sofrimento!
3) Rejeição de autoridade. Há gente que não quer fazer parte da igreja, por não aceitar
submeter-se a nenhuma autoridade. Muitas são as pessoas que não querem prestar contas da
vida a ninguém. Só procuram alguém que aceite sua maneira de pensar. São pessoas muito
críticas, que só não criticam a si mesmas. Sentem-se donas da verdade, sendo escravos de seus
próprios interesses pessoais.
4) Consumismo da Fé. Muitos hoje vêem a igreja, e o próprio evangelho, como uma
mercadoria a ser consumida. Não têm compromisso e procuram igrejas como um cliente. Em
alguns casos, há aqueles que costumam freqüentar diversas igrejas. Numa “consomem” a boa
mensagem do culto. Noutra “compram” o louvor mais “animado”, e ainda numa terceira
“desfrutam” da escola bíblica para adquirir mais informações. Tais pessoas não se vêem como
servos que devem doar-se para o Reino. Querem apenas ser agradadas. Não enxergam o
conceito de corpo, de coletividade; não podem ver que a obra de Deus é sustentada pelo
esforço de todos.
O Novo Testamento é claro quando afirma a necessidade da igreja local, expressão concreta
da igreja universal. A epístola aos Efésios e as pastorais são textos que falam com
profundidade da igreja e devem ser estudadas com muita atenção. Os escritos
neotestamentários enfatizam a igreja enquanto reunião dos salvos em Cristo. Juntos adoram a
Deus, estudam sua Palavra, edificam-se, proclamam a salvação, desenvolvem seus dons e
manifestam o amor ao próximo.
Do ponto de vista de Deus, o cristão sem igreja é um herege. A oração cristã por excelência é o
“Pai Nosso” e não o “Pai Meu”. O próprio Jesus enfatizou a importância do grupo (Mt 18.19-
20) quando afirmou que está presente entre “dois ou três reunidos em seu nome”. Como é
possível perdoar o outro se me isolo? Como posso desenvolver o meu dom espiritual sozinho?
Como fazer missões sem a comunidade da fé? Como crescer espiritualmente sem fazer parte
de uma igreja? Cristão sem igreja é um absurdo! A verdade é que por trás de uma crítica feroz
contra a Igreja escondem-se a avareza, a arrogância, o ódio, a insubmissão, a falta de perdão, o
comodismo, a frieza espiritual ou algum pecado oculto.
"... Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos
encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia." Hebreus
10. 25 (NVI).