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1.

Identifique o valor histórico e profético dos assuntos abaixo mencionados, que


foram abordados nas escolas bíblicas dominicais, enfatizando o aspecto bíblico
doutrinário:
a) Fé sem ruídos
b) Fé e Vida
c) Fé – O elo perdido

A) Na experiência de Ezequias vemos historicamente um fato que determinou a vida de


um rei de Israel, cujo tempo de vida estava determinado sob a certeza de que
morreria em breve. Quando Ezequias recebe a mensagem do profeta, ele pôde saber
que sua vida, sua história estava contada pelo limite do tempo do homem, tempo
este que nenhum ser vivo, mortal, pode se desvencilhar. Porém a mensagem que o
profeta levou, mensagem esta que era da Eternidade, provocou uma mudança, que
tiraria a vida de Ezequias de dentro do plano terreno temporal, que a razão pode
entender. Os limites físicos impostos pela temporalidade e fragilidade do homem
tornam impossíveis que este transponha as medidas que está inserido (altura,
largura, profundidade, tempo), porém a Palavra que vem da Eternidade não está
subjugada a estes mesmos limitantes, pois transcende as medidas humanas e
racionais e tem a eficácia para mudar a história do homem (Hebreus 4:12). Porém
entre o locutor, aquele que produz e direciona a mensagem (Deus), e o interlocutor,
aquele que deve recebê-la, há um processo de Codificação e Decodificação da
mensagem, e entre as duas partes pode haver a influência de um ruído, as diversas
informações e dificuldades, que distorce a mensagem. Porém, quando a mensagem
é recebida sem que os ruídos interfiram, há uma mudança na história do homem, lhe
acrescentando vida, assim como na vida de Ezequias, hoje recebemos a mensagem
do Senhor através do Espirito Santo, e se recebermos esta mensagem com clareza,
atentos a mensagem filtrando os ruídos externos, da mesma forma será
acrescentado a nós a vida eterna.

B) O conhecimento racional que busca entender a vida, como as ciências biológicas,


tentam desde sua origem entender como a vida é formada e se desenvolve,
buscando a origem ou essência da vida. Apesar de haverem hipóteses como a
abiogênese, que teoriza sobre a formação de vida a partir de matéria não viva, o
mundo observável racional apenas pode entender que aquilo que o homem, e a
própria natureza cria são originados daquilo que já existe, e a física determina que a
quantidade de energia (logo também matéria) de um sistema fechado sempre
resulta em 0, não há criação ou perda de energia ou massa, conforme a Lei de
Lavoisier. Porém naquilo que é eterno, oriundo da Obra Redentora, apenas a Palavra
do Senhor é capaz de criar do nada, “Pela fé entendemos que os mundos foram
criados pela palavra de Deus; de modo que o visível não foi feito daquilo que se vê.”
Hebreus 11:3. A Fé nos faz entender que o invisível, eterno, é a fonte da criação e
que a Palavra do Deus onipotente é o que sustenta todas as coisas, “O qual, sendo o
resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas
as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos
nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas;” Hebreus 1:3.

C) O homem, em seu princípio no Éden, pôde desfrutar de um elo direto, uma ligação
intima com Deus, sendo capaz de conversar diretamente com o seu criador, porém a
desobediência o fez perder este elo, o distanciando do projeto eterno e colocando-o
debaixo dos grilhões da temporalidade. Deste momento em diante, o homem
perdeu sua referência absoluta, não tendo mais qualquer parâmetro que fosse
eterno, infindável ou imutável para apoiar seu entendimento, e vemos na própria
ciência a necessidade de estabelecer referenciais relativos para o estudo de qualquer
caso. Na cinemática, parte da física que estuda o movimento, são necessários os
pontos de referência no espaço para que se possa determinar, por exemplo, a
distância entre dois pontos, e consequentemente o deslocamento, velocidade,
aceleração. Além da referência espacial, também é necessário a referência temporal,
um instante de tempo inicial, uma medida padrão de quantidade ou qualquer forma
que torne possível mensurar estas medidas. E a necessidade de referência é tão
arraigada na vida científica que muitas definições são criadas para que as referências
sejam o mais próximo o possível de estáticas, imutáveis, condição esta que é
impossível, quando por exemplo é definido que o metro, unidade de comprimento, é
o equivalente a uma certa barra de platina (material com baixíssima dilatação)
guardada a condições praticamente perfeitas de temperatura, ainda assim o
comprimento desta barra se modifica (em micrometros por ano), da mesma forma
que definindo o segundo como um certo número de ciclos do átomo de césio 133,
mesmo sendo esse um elemento altamente estável, a periodicidade destes ciclos
mudam de acordo com o ambiente. Mas em Deus há a imutabilidade perfeita que o
referencial absoluto eterno apenas pode proporcionar, “Porque eu, o SENHOR, não
mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.” Malaquias 3:6. Quando o
homem retorna para a obediência aos preceitos imutáveis do Senhor, ele pode
reestabelecer este elo de ligação através da Fé, que o garante uma referência certa e
imutável, e lhe transporta para uma nova dimensão de vida e entendimento,
dimensão esta que é eterna e transpõe os limites humanos do tempo e do espaço.

Richard Lucas Furtado de Mendonça, obreiro na Igreja do Assentamento Califórnia,


Açailândia – MARANHÃO, sob o ministério do Pastor Sérgio.

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