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Thais Freire de Oliveira

Marcos Santos de Souza

Gestão de Manutenção Hospitalar em um Hospital Municipal da Cidade do


Rio de Janeiro

Monografia apresentada ao Curso de


Graduação em Engenharia Civil da
Universidade Estácio de Sá, como
requisito parcial à obtenção do título de
Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Eduardo Klatt Mattos, Engenheiro Civil

Rio de Janeiro
2018
Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)

O48g Oliveira, Thais Freire de


Gestão de manutenção hospitalar em um município da cidade do
Rio de Janeiro. / Thais Freire de Oliveira; Marcos Santos de Souza. -
Rio de Janeiro, 2018.1.

124 f. il.; 30 cm.

Inclui 1 CDROM

Trabalho Monográfico (Bacharelado em Engenharia Civil) -


Universidade Estácio de Sá, 2018.1.

Bibliografia: f.95-98

1.Gestão. 2. Manutenção. 3.Hospital.

II. Título.

690
CDD
Dedico esse trabalho a minha família que
esteve sempre ao meu lado, em especial a
minha mãe Ana Lúcia e ao meu pai Erasmo.
Dedico esse trabalho a minha mãe Lucinéia por
me educar e me transformar em um cidadão
com imenso caráter, aos meus irmãos, a
família Cruz Camarinha e em especial ao meu
amigo Tiago Camarinha que me possibilitou o
início de tudo. A todos que direta ou
indiretamente fizeram parte da minha vivência
acadêmica e profissional.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por ter me guardado e me guiado até este


momento, agradeço incondicionalmente a minha família em especial aos meus pais
Ana Lúcia Martins e Erasmo Freire, por terem me educado e me mostrado o
caminho certo pelo qual seguir, agradeço ao meu noivo Thiago Brant que sempre
me apoiou e esteve ao meu lado, a minha tia Conceição que por um período me
ajudou financeiramente a realizar o meu sonho de me formar, aos meus amigos de
turma, ao meu anjo da guarda Ricardo Chaves que eu sempre pude contar e que me
ajudou muito na elaboração deste trabalho, a minha amiga Barbara Ann, a
engenharia da SPDM que agregou muito na minha vida profissional, aos meus
professores, em especial ao professor Eduardo Klatt que aceitou ser orientador
deste trabalho.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me dar saúde e sabedoria em minha jornada, a todos os


meus professores pelo conhecimento que me foi transmitido durante esses anos
acadêmicos, ao professor Eduardo Klatt por compartilhar seus conhecimentos
acadêmicos, profissionais e pelas consultorias prestadas nas duvidas do dia a dia e
por aceitar a me orientar na elaboração desse trabalho, aos colegas e amigos sem
os quais o percurso durante a faculdade não seria tão agradável e nem faria o
mesmo sentido, em especial a Thais Freire pela amizade construída e por
compartilhar mais esse momento da minha vida.
“Determinação, coragem e auto-confiança são fatores decisivos para o sucesso. Se
estamos possuídos por uma inabalável determinação, conseguiremos superá-los.
Independentemente das circunstâncias, devemos ser sempre humildes, recatados e
despidos de orgulho.”
Dalai Lama
RESUMO

OLIVEIRA, T. F; SOUZA, M. S. Gestão de Manutenção Hospitalar em um Hospital


Municipal da Cidade do Rio de Janeiro. 124 f. Monografia, Universidade Estácio
de Sá, 2018.

Este trabalho aborda a importância de uma boa gestão de manutenção em um


ambiente hospitalar da rede pública. Foram abordados os conceitos e definições dos
tipos de manutenção, anomalias construtivas, gestão de manutenção, conceito 5S e
as principais normas regulamentadoras para elaboração de um plano de
manutenção. Realizou-se um estudo de caso específico em um Hospital Municipal,
situado no Rio de Janeiro, apresentando de forma prática a eficácia e importância da
manutenção preventiva e corretiva na edificação. Tem-se como objetivo analisar a
implantação de um sistema de gestão de manutenção, identificar seus possíveis
problemas, causas, propor soluções e avaliar seus resultados.

Palavras-chave: Gestão. Manutenção. Hospital.


ABSTRACT

OLIVEIRA, T. F; SOUZA, M. S. Gestão de Manutenção Hospitalar em um Hospital


Municipal da Cidade do Rio de Janeiro. 124 f. Monografia, Universidade Estácio
de Sá, 2018.

This work discusses the importance of a good management of maintenance in a


hospital environment of the public network. Approached along this work the concepts
and definitions of the types of maintenance, constructive anomalies, maintenance
management, concept 5S and the main regulatory standards for the preparation of a
maintenance plan. A study carried out for the specific case in a Municipal Hospital,
located in Rio de Janeiro, presenting in a practical way the effectiveness and
importance of preventive and corrective maintenance in the building. It has as
objective to analyze the implementation of a maintenance management system,
identify their possible problems, causes, proposing solutions and evaluate its results.

Keywords: Management. Maintenance. Hospital.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Técnicas/ atividades do gerenciamento da manutenção .......................... 26


Figura 2 - Imagens de infiltrações ............................................................................. 28
Figura 3 - Imagem de vandalismo causado por terceiros .......................................... 28
Figura 4 - Imagem de enchente ................................................................................ 29
Figura 5 - Desgaste de revestimento e corrosões em tubulação .............................. 30
Figura 6 - Diagrama de tipos de manutenção ........................................................... 32
Figura 7 - Programa 5S ............................................................................................. 38
Figura 8 - Fluxograma de aplicação de estratégias ................................................... 43
Figura 9 - Cenário Favorável para a melhoria dos resultados no Brasil .................... 44
Figura 10 - Aumento na demanda de internações em 2014 no Brasil ....................... 46
Figura 11 - Redução de desperdícios ....................................................................... 49
Figura 12 - Vista superior do Hospital Municipal no Rio de Janeiro .......................... 51
Figura 13 - Organograma do setor de engenharia .................................................... 54
Figura 14 - Tela inicial pra a solicitação de serviços de manutenção predial ............ 56
Figura 15 - Tela posterior para a solicitação de serviços de manutenção predial ..... 57
Figura 16 - Planilha de dados de solicitação de serviços .......................................... 57
Figura 17 - Atalhos em tela para a solicitação de serviços de manutenção .............. 58
Figura 18 - Modelo de ordem de serviço – predial .................................................... 59
Figura 19 - Telas do aplicativo e código QR.............................................................. 60
Figura 20 - Área administrativa do setor de engenharia de manutenções ................ 61
Figura 21 - Layout anterior da área administrativa e após a adequação ................... 62
Figura 22 - Local destinado à montagem das oficinas .............................................. 63
Figura 23 - Layout das oficinas de marcenaria, serralheria e refrigeração ................ 64
Figura 24 - Utilização de carrinhos para o transporte de materiais nos setores ........ 66
Figura 25 - Organização do setor de almoxarifado ................................................... 67
Figura 26 - Organização do setor de engenharia clínica ........................................... 67
Figura 27 - Resumo estatístico de solicitação de serviços prediais .......................... 70
Figura 28 - Resumo estatístico dos setores de execução de serviços ...................... 70
Figura 29 - Resumo estatístico de solicitação de serviços de refrigeração e
climatização............................................................................................................... 72
Figura 30 - Algumas das manutenções realizadas pela equipe de refrigeração e
climatização............................................................................................................... 74
Figura 31 - Quadro de análise de otimização com os índices MTTR e MTBF .......... 75
Figura 32 - Resumo estatístico de solicitação de serviços de engenharia clínica ..... 76
Figura 33 - Tubulações com isolamento térmico subdimensionado apresentando
condensação ............................................................................................................. 77
Figura 34 - Instalações internas depredadas ............................................................ 78
Figura 35 - Cobertura da edificação .......................................................................... 88
Figura 36 - Sistema de aquecimento por placas fotovoltaicas .................................. 88
Figura 37 - Chillers do sistema de climatização ........................................................ 88
Figura 38 - Central de gases medicinais ................................................................... 89
Figura 39 - Boillers de aquecimento de água ............................................................ 89
Figura 40 - Refeitório ................................................................................................. 89
Figura 41 - Corredores internos ................................................................................ 90
Figura 42 - Corredores internos dos setores clínicos ................................................ 90
Figura 43 - Sistema de monitoramento / câmara mortuária ...................................... 90
Figura 44 - Elevadores sociais e de serviço .............................................................. 91
Figura 45 - Subsolo da edificação ............................................................................. 91
Figura 46 - Geradores de energia ............................................................................. 91
Figura 47 - Cabine primária e transformadores de energia ....................................... 92
Figura 48 - Recepções da clínica geral e visitantes .................................................. 92
Figura 49 - UTI pediátrica e auditório ........................................................................ 92
Figura 50 - UTI pediátrica e auditório ........................................................................ 93
Figura 51 - Estacionamento interno .......................................................................... 93
Figura 52 - Entrada da emergência vermelha e corredor da emergência verde ....... 93
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Significado dos cinco sensos do programa 5S ........................................ 38


Quadro 2 - Quadro de profissionais contratados ....................................................... 53
Quadro 3 - Cálculo de redução de consumo por retrofit por lâmpadas LED. ............ 82
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Representação gráfica de redução de consumo de água (m³/dia) .......... 80


Gráfico 2 - Representação gráfica de redução de consumo de energia ................... 81
Gráfico 3 - Representação gráfica com a quantidade de ordens de serviços
executadas - Dez/17 X Mai/18 .................................................................................. 83
Gráfico 4 - Representação gráfica de percentual do tipo de manutenção realizada –
Dez/17 X Mai/18 ........................................................................................................ 84
Gráfico 5 - Representação gráfica com as quantidades de ordens de serviço
executadas durante o período de gestão .................................................................. 84
Gráfico 6 - Representação gráfica de percentual dos tipos de serviços da engenharia
predial ....................................................................................................................... 85
Gráfico 7 - Representação gráfica de percentual de equipamentos atendidos pela
engenharia de refrigeração e climatização ................................................................ 85
Gráfico 8 - Representação gráfica de comparativo dos tipos de manutenções
executadas na engenharia clínica – Dez/17 X Mai/18............................................... 86
Gráfico 9 - Representação gráfica de recursos disponibilizados para a manutenção
.................................................................................................................................. 86
Gráfico 10 - Representação gráfica de percentual de redução de consumo – Dez/17
X Mai/18 .................................................................................................................... 87
Gráfico 11 - Representação gráfica com a comparação lucro X déficit do setor de
manutenções ............................................................................................................. 87
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ABRAMAN Associação Brasileira de Manutenção

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

ART Anotações de Responsabilidade Técnica

CAU Conselho de Arquitetura e Urbanismo

CC Centro Cirúrgico

CME Centro de Máquinas de Esterilização

CREA Conselho Regional de Engenharia e Agronomia

CTI Centro de Terapia Intensiva

CTQ Centro de Tratamento a Queimados

DIVISA Diretoria de vigilância Sanitária

EAS Estabelecimentos Assistenciais de Saúde

IBAPE Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia

NBR Norma Brasileira

NIR Núcleo Interno de Regulação

OS Ordem de Serviço

Regulamento Técnico para Planejamento, Programação,


RDC Elaboração e Avaliação de Projetos Físicos de
Estabelecimentos Assistenciais de Saúde

SUS Sistema Único de Saúde


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 19
1.1 Contextualização ...................................................................................... 20
1.2 Situação problema .................................................................................... 20
1.3 Hipóteses .................................................................................................. 20
1.4 Meios de pesquisa .................................................................................... 21
1.5 Objetivo geral e objetivo específico .......................................................... 21
1.6 Justificativa e relevância do tema ............................................................. 22
1.7 Escopo do trabalho ................................................................................... 22
2 REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................ 23
2.1 Manutenção predial .................................................................................. 23
2.2 Manutenção hospitalar .............................................................................. 24
2.3 Engenharia clínica .................................................................................... 25
2.4 Indicadores de manutenção ...................................................................... 25
2.5 Anomalias construtivas ............................................................................. 27
2.5.1 Fatores endógenos ................................................................................... 27
2.5.2 Fatores exógenos ..................................................................................... 28
2.5.3 Fatores naturais ........................................................................................ 29
2.5.4 Fatores funcionais ..................................................................................... 29
2.6 Falhas ....................................................................................................... 30
2.6.1 Falhas de planejamento ............................................................................ 30
2.6.2 Falhas de execução .................................................................................. 30
2.6.3 Falhas operacionais .................................................................................. 31
2.6.4 Falhas gerenciais ...................................................................................... 31
2.7 Tipos de manutenção ............................................................................... 31
2.7.1 Manutenção corretiva não planejada ........................................................ 32
2.7.2 Manutenção corretiva planejada ............................................................... 32
2.7.3 Manutenção preventiva ............................................................................. 33
2.7.4 Manutenção preditiva ................................................................................ 33
2.7.5 Manutenção detectiva ............................................................................... 33
2.7.5.1 Autovistoria e sua importância .................................................................. 34
2.8 Modelos de manutenção ........................................................................... 34
2.8.1 Manutenção por equipe própria ................................................................ 35
2.8.2 Manutenção por terceiros ......................................................................... 35
2.8.3 Manutenção por equipe mista ................................................................... 36
2.9 Gestão de manutenção ............................................................................. 36
2.9.1 Programa 5S ............................................................................................. 37
2.10 Principais normas regulamentadoras ........................................................ 39
2.10.1 ABNT NBR 14037:2011 - Diretrizes para elaboração de manuais de uso,
operação e manutenção das edificações .................................................................. 39
2.10.2 ABNT NBR 5674:2012 – Manutenção de edificações – requisitos para o
sistema de gestão de manutenção ............................................................................ 40
2.10.3 Norma Nacional de Inspeção Predial ........................................................ 40
2.10.4 ANVISA – RDC 50:2002 ........................................................................... 41
3 METODOLOGIA ....................................................................................... 42
3.1 Metodologia dos tipos de manutenção ..................................................... 42
3.1.1 Manutenção corretiva ............................................................................... 44
3.1.1.1 Emergencial .............................................................................................. 44
3.1.1.2 Urgência.................................................................................................... 45
3.1.1.3 Prorrogável ............................................................................................... 45
3.1.1.4 Programada .............................................................................................. 45
3.1.2 Manutenção preventiva ............................................................................. 45
3.2 Gestão de manutenção de hospitais na rede pública ............................... 46
3.2.1 Metodologia para verificação de modelo de manutenção ......................... 47
3.3 Metodologia para serviços terceirizados ................................................... 47
3.4 Metodologia do programa 5S .................................................................... 48
4 ESTUDO DE CASO .................................................................................. 50
4.1 Local de estudo ......................................................................................... 50
4.2 Implantação de manutenção por equipe própria ....................................... 52
4.2.1 Implantação de manutenção de serviços terceirizados ............................ 55
4.3 Implantação do sistema de abertura de ordem de serviço ....................... 55
4.4 Colocando em prática os conceitos 5S ..................................................... 60
4.4.1 Aplicando o 5S nos fluxos de manutenção ............................................... 65
4.5 Identificação de equipamentos e serviços de manutenção ....................... 68
4.5.1 Manutenção corretiva:............................................................................... 68
4.5.1.1 Emergencial .............................................................................................. 68
4.5.1.2 Urgência.................................................................................................... 69
4.5.1.3 Prorrogável ............................................................................................... 69
4.5.2 Manutenção preventiva: ............................................................................ 69
4.5.2.1 Predial ....................................................................................................... 69
4.5.2.2 Climatização e refrigeração ...................................................................... 71
4.5.2.3 Equipamentos biomédicos ........................................................................ 75
4.6 Anomalias construtivas ............................................................................. 76
4.7 Falhas ....................................................................................................... 78
4.8 Política de redução de consumo ............................................................... 79
4.8.1 Água e esgoto ........................................................................................... 79
4.8.2 Energia elétrica ......................................................................................... 81
4.9 Indicadores ............................................................................................... 83
4.10 Imagens internas da edificação ................................................................ 88
5 CONCUSÃO ............................................................................................. 94
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 95
Anexo 1 – Check List de manutenção predial: elétrica .............................................. 99
Anexo 2 – Check List de manutenção predial: elétrica ............................................ 102
Anexo 3 – Check List de manutenção predial: hidráulica ........................................ 104
Anexo 4 – Check List de manutenção predial: refrigeração e climatização ............ 106
Anexo 5 – Procedimento Operacional Padrão - POP.............................................. 108
19

1 INTRODUÇÃO

As construções prediais fazem parte do contexto brasileiro, e em decorrência


do elevado número de edifícios é imprescindível que seja realizada a manutenção
deles, de modo a propiciar maior durabilidade e segurança. As instalações prediais
hidráulicas, elétricas, sanitárias, de incêndio e outras devem ser inspecionadas
periodicamente a fim de aprovisionarem maior segurança (Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia - CREA-RJ, 2016).
Nas edificações hospitalares, a manutenção é um item imprescindível para a
segurança dos pacientes e para a qualidade da assistência prestada à população,
além de exigir amplo conhecimento devido às suas particularidades como a
prevenções de infecções hospitalares, normas e fiscalizações pelos órgãos
competentes (Diretoria de Vigilância e Controle Sanitário – DIVISA-BH, 2001).
De tal modo, a manutenção é uma importante ferramenta que auxilia o setor
produtivo das empresas. Um dos fatores que define este status, é que
especialmente, colabora para a diminuição dos custos na garantia de qualidade dos
serviços e produtos e na ampliação da disponibilidade e credibilidade dos
equipamentos afiançando melhorias no tempo de uso desses serviços. Tal fato
implica novos e constantemente reconstruídos modelos tecnológicos, resultando no
atendimento das necessidades dos clientes (BRANCO FILHO, 2009).
Corroborando o que foi dito acima Castro (2007) enfatiza que sob o ponto de
vista do proprietário, a manutenção apropriada/preventiva em seu imóvel trará
diversos benefícios. Somado a isso, promoverá a valorização do bem no mercado
imobiliário, aumento da vida útil da edificação, melhor desempenho dos
equipamentos, conforto, segurança e economia para o proprietário e para todas as
pessoas que usam o edifício.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR 5462:1994
(Manutenção de edificações - Requisitos para o sistema de gestão de manutenção)
apresenta a manutenção como o ajuste de ações técnicas e administrativas,
compreendendo ainda a supervisão reservada a conservar ou recolocar um
componente em um estado no qual possa cumprir uma função requerida.
20

1.1 Contextualização

A proposta em questão tem a finalidade de abordar os principais assuntos


referentes à manutenção predial, sendo este um estudo de caso da aplicação de
metodologias na gestão da manutenção em um ambiente hospitalar público.

1.2 Situação problema

Foi iniciada uma nova gestão de manutenção predial e clínica de um hospital


público municipal com a finalidade de organizar os fluxos de serviços de
manutenção que não estavam sendo bem realizados (MARTINS, 2005).
Na mudança de gestão, todo o histórico de manutenções preventivas e
corretivas do hospital, havia sido apagado. Assim como os projetos de estruturas da
edificação, os manuais dos equipamentos e os controles de manutenção haviam
sumido.
Além das condições supracitadas, ainda existiam problemas com o aspecto
financeiro, que havia sofrido uma diminuição dos recursos aplicados para a área de
manutenção.
Com todo esse cenário descrito, é preciso gerir a edificação apresentando
uma gestão com responsabilidade e obtendo resultados positivos, mesmo diante das
dificuldades apresentadas (ABNT NBR 5674:2012 - Manutenção de edificações –
Procedimento).

1.3 Hipóteses

Existe, portanto, a necessidade de se constituir um sistema de manutenção


apto que atendam as necessidades e particularidades dessa edificação.
Então se estabelece a importância de uma boa gestão na manutenção, a fim
de realizar um planejamento adequado que seja possível antever anomalias e
realizar manutenções periódicas, com custo reduzido (ABNT NBR 5462:1994).
21

1.4 Meios de pesquisa

O trabalho será executado baseando-se em referências bibliográficas


pesquisadas em livros, sites, documentos e normas regulamentadoras como a ABNT
NBR 14037 (Diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação e manutenção
das edificações – Requisitos para a elaboração e apresentação dos conteúdos), a
ABNT NBR 5674, a ABNT NBR 15.575 (Edificações habitacionais – Desempenho) e
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) - Resolução da Diretoria
Colegiada nº 50 (RDC 50).
Posterior será realizada uma pesquisa de campo em um hospital da rede
pública repleto de particularidades, mostrando todo o processo de manutenção
elaborado, aplicado e vivenciado, com o objetivo de coletar informações de campo
para a melhoria de uma gestão.

1.5 Objetivo geral e objetivo específico

Este trabalho tem por objetivo geral analisar a implantação de um sistema de


gestão de manutenção em um hospital público, identificar seus possíveis problemas,
causas, propor soluções e avaliar seus resultados.
Os objetivos específicos têm por finalidade:
a) Apresentar os principais conceitos de manutenção preventiva e
corretiva;
b) Destacar que a ausência ou falhas da manutenção predial podem
prejudicar o bom funcionamento ou até mesmo impedir a utilização da edificação;
c) Medir e quantificar os serviços realizados e os insumos utilizados
através de controle de estoque e controle de ordens de serviço;
d) Executar metodologias organizacionais e de redução de consumo,
comparar os resultados obtidos após a aplicação das metodologias com os dados
obtidos anteriormente;
e) Sintetizar as mudanças positivas e executar treinamento com políticas
de melhoria contínua.
22

1.6 Justificativa e relevância do tema

Através desse trabalho de pesquisa, poder-se observar a importancia das


manutenções preventivas e corretivas em um hospital. O estudo torna-se relevante,
pois apresenta os principais problemas enfrentados na gestão da manutenção em
edificações públicas, principalmente em unidades de saúde.
Destaca-se ainda ser um assunto de grande importância ressaltando as boas
práticas de manutenção com foco nas principais normas que a norteiam.

1.7 Escopo do trabalho

O presente trabalho está estruturado nos seguintes capítulos: introdução,


referencial teórico, metodologia, estudo de caso e conclusão.
Na introdução foram apresentados contextos sobre a importância da
manutenção predial em ambientes hospitalares.
No referencial teórico serão apresentados os conceitos de manutenção
predial, hospitalar, engenharia clínica, indicadores de manutenção, anomalias e suas
classificações, os tipo de falhas de manutenção, os tipos de manutenção, a
classificação das equipes de manutenção (própria, mista e terceirizada), a gestão de
manutenção e o uso de instrumentos gerenciais como o programa 5S e as normas
regulamentadoras utilizadas para a elaboração de um plano de manutenção.
Na metodologia será realizada a identificação dos tipos de manutenção em
um ambiente hospitalar, a verificação de um modelo de manutenção sendo ele por:
equipe própria, equipe mista ou por equipe terceirizada, a metodologia para serviços
terceirizados e a aplicação do 5S em um ambiente hospitalar.
No estudo de caso será realizada a implantação da equipe própria e de
serviços terceirizados (mista), a implantação das OS - ordens de serviço, a aplicação
dos conceitos 5S nos serviços de manutenção, a identificação dos principais
equipamentos e serviços do hospital, a identificação de anomalias, a identificação de
falhas no gerenciamento das manutenções, uma política de redução de consumo, a
análise comparativa do início da gestão e a realidade atual, através de indicadores.
Na conclusão serão apresentados os resultados que se obteve com o estudo
em questão.
23

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Nestes últimos anos, tem sido bastante discutido no Brasil problemas


encontrados por equipes que trabalham na administração de hospitais, relativos ao
gerenciamento e manutenção dos serviços de engenharia hospitalar (MARTINS E
CALIL, 1990).
As atividades de manutenção ainda são vistas como um problema financeiro
de baixa prioridade, enquanto deveriam ser consideradas como um investimento,
retardando o envelhecimento e agregando valor ao produto imobiliário (CREA-PR,
2011).
Pelos dados da Associação Brasileira de Manutenção - ABRAMAN (1999), o
setor de manutenção hospitalar é considerado um dos setores que apresentam o
custo mais elevado, da ordem de 5 a 10% do faturamento em hospitais.

2.1 Manutenção predial

Segundo a ABNT NBR 5674:2012 manutenção predial é “o conjunto de


atividades a serem realizadas para conservar ou recuperar a capacidade funcional
da edificação e de suas partes constituintes de atender as necessidades e
segurança de seus usuários”.
Já a ABNT NBR 5462:1994, interpreta a manutenção como a “Combinação de
todas as ações técnicas e administrativas, incluindo as de supervisão, destinadas a
manter ou recolocar um item em um estado no qual possa desempenhar uma função
requerida”.
Manutenção predial pode ser definida, em linhas gerais, como “o conjunto de
atividades e recursos que garanta o melhor desempenho da edificação para atender
às necessidades dos usuários, com confiabilidade e disponibilidade, ao menor custo
possível” (GOMIDE, PUJADAS E NETO, 2006).
A realização de atividades de manutenção pode ser então considerada como
a reconstrução de níveis de desempenho perdidos, a fim de manter as condições de
uso, e tem como resultado imediato o prolongamento da vida útil do edifício em
função da estratégia de manutenção empregada. Dependendo da estratégia
utilizada, pode-se passar a gerenciar as atividades de manutenção não apenas
24

como uma resposta a problemas observados no edifício construído, mas também


como uma ação programada e preventiva de futuros problemas (FERREIRA, 2010).
A ausência da manutenção adequada em edificações é responsável por
anomalias das mais variadas, que por sua vez são causadoras de danos materiais e,
às vezes, pessoais. Esses danos são significativos e atingem não apenas ao
proprietário, mas também a sociedade em geral (Instituto Brasileiro de Avaliações e
Perícias de Engenharia - IBAPE, 2005).
Com o passar dos anos, os inconvenientes resultantes da inexistência de
atividades de manutenção preventivas e periódicas se tornam mais frequentes, e
ameaçam o sentimento de segurança dos usuários. A manutenção predial vai além
da questão de manter as edificações em bom estado. Questões legais, sociais,
econômicas, técnicas e ambientais, são algumas das muitas variáveis que estão
envolvidas no processo de manutenção (CREA-PR, 2011).

2.2 Manutenção hospitalar

Em edificações mais complexas, como é o caso de hospitais, a operação e


manutenção dos sistemas prediais assumem grande importância, pois
frequentemente as instalações são de grande porte, e os serviços que não podem
ser interrompidos para a realização de reparos quando da ocorrência de problemas
(RAMIREZ, CALDAS e SANTO JR, 2002).
Ramirez, Caldas e Santo Jr (2002), destacam também que em ambientes
hospitalares, falhas e mau funcionamento dos equipamentos médicos são
inadmissíveis e reflete na qualidade do apoio dos programas gerenciados pela
divisão de manutenção.
Segundo Lopes (1993) devido à característica das atividades desenvolvidas
no interior dos hospitais, as atividades de manutenção estão intimamente ligadas a
rigorosos critérios de higiene, analisando as particularidades das edificações
hospitalares, existem também componentes técnicos indispensáveis e
complementares que asseguram o controle de infecções:
a) Procedimentos: referentes às pessoas, utensílios, roupas e resíduos;
b) Arquitetônico: referente aos elementos construtivos, tais como padrões
de circulação, sistemas de transportes de materiais, equipamentos e resíduos
sólidos, sistemas de renovação e controle das correntes de ar, facilidade de limpeza
25

das superfícies e materiais; e instalações para a implementação do controle de


infecções.

2.3 Engenharia clínica

No Brasil a consciência da importância da engenharia clínica chegou por volta


da década de 80. Em 1986, o Ministério de Bem Estar e da Previdência Social
estimou que de 20 a 40% dos equipamentos médicos no Brasil não estavam
funcionando por falta de conserto, peças de reposição, suprimentos ou até mesmo
devido a instalações que nunca chegaram a ser realizadas (ARTHUR E
BOXERMAN, 1981).
A engenharia clínica pode ser compreendida a partir da descrição da função
do profissional que a exerce. Conforme definição do American College of Clinical
Engineering (ACCE, 1992) “O engenheiro clínico é aquele profissional que aplica e
desenvolve os conhecimentos de engenharia e práticas gerenciais às tecnologias de
saúde, para proporcionar uma melhoria nos cuidados dispensados ao paciente”.
De acordo com Antunes (2002), a engenharia clínica é uma área
multidisciplinar, que envolve o treinamento de pessoal, trabalha os profissionais para
agir nas interfaces entre os sistemas médicos, sistemas de comunicação e
tecnologias de informação. A atuação do engenheiro clínico nos estabelecimentos
assistenciais de saúde é de grande importância, pois poderá ajudar para o
desenvolvimento científico de novas tecnologias para a saúde, dar apoio técnico
para o gerenciamento e aquisição de novas tecnologias para o ambiente médico
hospitalar e oferecer suporte técnico à administração da unidade de saúde para uma
tomada de decisão segura.

2.4 Indicadores de manutenção

Os indicadores de manutenção possibilitam a tomada de decisão da forma


adequada, por isso são utilizados como ferramentas gerenciais.
A ABNT NBR 5674:2012 ressalta que a avaliação do sistema de manutenção
deve ser contínua, visando à eficiência das suas atividades. Essa estrutura prioriza
alguns aspectos como: satisfação do usuário, medida por meio de pesquisas de
26

opinião e taxa de sucesso das intervenções, medidas pela incidência de retrabalho


necessário.
Os indicadores devem acompanhar a performance da manutenção nos seus
processos principais e não aspectos particulares. Na Figura 1, é apontada uma série
de técnicas/atividades que são do interesse do gerenciamento da manutenção
(ABRAMAM, 2011):

Figura 1 - Técnicas/ atividades do gerenciamento da manutenção

Fonte: Adaptado pelos autores, 2018.

Segundo Almeida e Vidal (2008) a primeira etapa a ser desenvolvida é o


cadastro dos grupos disponíveis como: equipamentos, instalações e dependências
do complexo predial. Eles devem ser caracterizados quanto a sua localização, além
da referência quanto aos aspectos técnicos. Também devem ser observados quanto
a sua importância dentro do processo de serviços, verificando o desempenho e a
interferência de acordo com as necessidades da empresa.
27

Um dos relatórios mais simples e fáceis de verificação é o de não


conformidade, obtidos das ordens de serviço emitidas. A emissão poderá ser em
períodos mensais, trimestrais, semestrais ou em função da necessidade de
informações requeridas pelo gestor de manutenção. São indicadores desses
relatórios: a quantidade prevista e executada de manutenções, as reprogramadas e
as canceladas (ALMEIDA E VIDAL 2008).

2.5 Anomalias construtivas

Segundo o IBAPE (2011) as anomalias construtivas têm, basicamente, quatro


fontes originárias, sendo elas:
a) Fatores endógenos;
b) Fatores exógenos;
c) Fatores naturais;
d) Fatores funcionais.

2.5.1 Fatores endógenos

Os fatores endógenos ou internos são originados por irregularidades de


projeto, execução dos materiais utilizados ou pela combinação destes. Esses danos
devem ser corrigidos imediatamente. Os reparos, caso o imóvel esteja dentro do
prazo de garantia estabelecido pelo código do consumidor (5 anos),
são de responsabilidade do construtor (IBAPE, 2011). São exemplos: infiltrações,
trincas, portas empenadas (Figura 2).
O Art. 12 do Código Nacional de Defesa do Consumidor (CDC, 1990)
determina “reparação pelos danos causados aos consumidores por defeitos de
projeto, fabricação, construção, montagem de seus produtos, bem como
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos”.
28

Figura 2 - Imagens de infiltrações

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2015.

2.5.2 Fatores exógenos

Os fatores exógenos ou externos são provenientes devido à intervenção de


terceiros na edificação. Esses danos podem ameaçar a edificação seriamente,
devendo ser imediatamente corrigidos. Conforme Figura 3, são exemplos: danos
causados por obra vizinha, vandalismo (IBAPE, 2011).
No Código Civil (2002), art. 186 determina “aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda
que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.

Figura 3 - Imagem de vandalismo causado por terceiros

Fonte: G1 O Globo, 2017.


29

2.5.3 Fatores naturais

Os fatores naturais são oriundos da ação imprevisível da natureza, tais como:


enchentes, tremores de terra e etc. (Figura 4). Esses danos, muitas vezes, colocam
a edificação em risco e devem sofrer vistoria por profissional habilitado.
Sofrerão reparos por conta do proprietário (CASTRO, 2007, p. 12).

Figura 4 - Imagem de enchente

Fonte: Numi – Núcleo de Mindfulness, 2017.

2.5.4 Fatores funcionais

Provenientes do uso inadequado, da falta de manutenção e do


envelhecimento natural da edificação, tais como sujidades, desgastes dos
revestimentos e fachadas, encrustações, corrosões, pragas urbanas etc. (Figura 5).
A responsabilidade de reparação dos danos é do proprietário (VIANA, 2012).
30

Figura 5 - Desgaste de revestimento e corrosões em tubulação

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2016.

2.6 Falhas

Segundo o IBAPE (2013), as falhas de manutenção podem ser divididas em


quatro origens:

2.6.1 Falhas de planejamento

As falhas de planejamento estão relacionadas à falta de conhecimento do


responsável pela edificação em adequar-se a questões técnicas para obter o
desempenho esperado com a manutenção. Estas falhas são comuns em
condomínios residenciais, em que normalmente o síndico não possui conhecimento
ou é coagido pelos condôminos que optam em realizar intervenções menos
importantes (IBAPE, 2013).

2.6.2 Falhas de execução

As falhas de execução são consequência da contratação de empresas ou


autônomos não qualificados para o serviço, relacionada à proposta mais baixa, em
detrimento ao acervo técnico e experiência de cada uma. São as constantes
reformas que não resolvem o problema original, com várias empresas executando
serviços ineficientes e sendo rechaçadas sequencialmente devido aos erros. É
31

comum o uso de técnicas equívocas e intervenções paliativas com finalidade


estética (SILVA, 2015).

2.6.3 Falhas operacionais

As falhas operacionais são devido a erros de registro e controle dos sistemas


construtivos. Registrar as ocorrências em um condomínio é o primeiro passo para
conhecer suas condições. É louvável existir um livro de registros a fim de criar
obediência às periodicidades (MORAES et al., 2007)

2.6.4 Falhas gerenciais

As falhas gerenciais são consequência da falta de acompanhamento da


qualidade dos serviços de manutenção, ou seja, a manutenção apesar de prevista e
orçada não contempla resultados satisfatórios. Reformas que iniciam com um
orçamento previsto e acabam custando o dobro por conta de retrabalhos e utilização
de materiais inapropriados para a situação, assim como pagamentos realizados a
empresas que abandonam a obra são falhas gerencias comuns (IBAPE, 2013).

2.7 Tipos de manutenção

Manutenção pode ser definida como um conjunto de procedimentos e


tratativas que são realizados periodicamente, tendo como objetivo principal o pleno
funcionamento e garantir que todas as funções sejam desempenadas de forma
eficaz e com alta confiabilidade (ABRAMAN, 2011).
De acordo com Kardec e Nascif (2009), podem-se dividir os tipos de
manutenção de acordo com o diagrama da Figura 6:
32

Figura 6 - Diagrama de tipos de manutenção

Fonte: Kardec e Nascif, 2009.

2.7.1 Manutenção corretiva não planejada

Esse tipo de manutenção é caracterizado pela atuação das equipes de


manutenção em fatos que já ocorreram, sejam estes fatos desempenhos inferiores
ao almejado ou uma falha. Não há tempo para a preparação de componentes e nem
de planejar o serviço, isto é, manutenção corretiva não planejada é a correção da
falha de modo aleatório a fim de evitar outras consequências (BONIN, 1988).
Do ponto de vista do custo de manutenção, esse tipo tem custo menor do que
prevenir falhas nos equipamentos. Porém, pode causar grandes perdas por
interrupção da produção (WILLIANS e CASTELLA, 2001).

2.7.2 Manutenção corretiva planejada

Neste caso o sistema e constituído por instruções, listas e detalhamento de


tarefas e de recursos necessários ao seu cumprimento, constitui-se em uma
sistemática dentro do escopo da manutenção. Um método que tem como propósito
33

permitir a máxima disponibilidade, confiabilidade e desempenho dos equipamentos e


sistemas por ele abrangidos, através da otimização dos recursos disponíveis para a
manutenção. As atividades de manutenção são conduzidas através de uma
estrutura organizacional com vários níveis de operação, considerando as demais
atividades da organização, execução das tarefas de manutenção é descentralizada,
cabendo a cada indivíduo a responsabilidade pelo cumprimento da tarefa que lhe foi
atribuída e a cada nível de operação do sistema são controladas, de forma a
assegurar a realimentação da informação requisitos. (PINTO e XAVIER, 2001).

2.7.3 Manutenção preventiva

A manutenção preventiva tem a finalidade de anteceder as falhas em


períodos pré-determinados conforme planejado tem o objetivo de reduzir a
probabilidade de falha ou degradação total do sistema (BEZZERA, 2000).
Segundo a ABNT NBR 5674:2012 (p.08) manutenção preventiva é
caracterizada por serviços cuja realização seja programada com antecedência
priorizando as solicitações dos usuários, estimativas da durabilidade esperada dos
sistemas, elementos ou componentes da edificação em uso, gravidade e urgência, e
relatórios de verificações periódicas sobre o seu estado de degradação.

2.7.4 Manutenção preditiva

A manutenção preditiva em edifícios tem a mesma finalidade que a


manutenção preventiva, que têm por objetivo “A execução da manutenção no
momento adequado, antes que o equipamento apresente falha, e tem a finalidade de
evitar a falha funcional ou as consequências desta” (MOUBRAY, 1997).
Ainda segundo Moubray (1997) essa manutenção é baseada num
planejamento de inspeções periódicas dos elementos que compõe a edificação.

2.7.5 Manutenção detectiva

O termo manutenção detectiva começou a ser referenciado na década de


1990. “É um tipo de manutenção efetuada em sistemas de proteção buscando
detectar falhas ocultas ou não perceptíveis às equipes de operação e manutenção”
34

(PINTO, 2001 apud CASTELLA, 2001). Essa é a política adotada quando o processo
possui subconjuntos nos quais é praticamente impossível detectar falhas antes que
elas ocorram, buscando eliminar falhas ocultas por meio de testes periódicos no
sistema.
Sendo assim, a atenção quanto ao atendimento contínuo às exigências
previstas em normas pertinentes se faz imprescindível. Estabelecido pela ABNT
NBR 15.575 o processo de autovistoria é um meio pelo qual é possível verificar
pendências, situações insatisfatórias e potenciais riscos futuros.

2.7.5.1 Autovistoria e sua importância

A Inspeção predial deve ser entendida como uma avaliação técnica do


“estado de conformidade de uma edificação”, com base nos aspectos de
desempenho, vida útil, segurança, estado de conservação, manutenção, utilização,
operação, observando sempre o atendimento às expectativas dos usuários
(SIQUEIRA, LARA et al., 2012).
A obrigação da realização da vistoria técnica é do responsável pelo imóvel. A
vistoria técnica periódica deverá ser realizada com intervalo máximo de cinco anos,
para verificar as condições de conservação, estabilidade e segurança e garantir a
execução das medidas reparadoras (Lei Estadual - RJ nº 6.400 de 2013 e Lei
Complementar Municipal - RJ nº 126 de 2013).
A vistoria técnica periódica é uma espécie de inspeção predial que deve ser
efetuada por engenheiro, arquiteto ou empresa legalmente habilitada nos devidos
conselhos profissional que elaborará um laudo técnico atestando as condições de
conservação, estabilidade e segurança da edificação (CREA-RJ, 2016).
A Lei Estadual – RJ nº 6400/2013, no âmbito estadual, e a Lei complementar
Municipal – RJ nº 126/2013, no âmbito municipal, tornaram obrigatória a realização
de vistorias técnicas periódicas pelos responsáveis por imóveis existentes no
município do Rio de Janeiro.

2.8 Modelos de manutenção

Segundo Nepomuceno (1989) a área de atuação da organização dos modelos


de manutenção visa à prestação de serviços com alta eficiência, custos reduzidos e
35

qualidade elevada, além de possibilitar um controle amplo sobre materiais,


ferramentas, dispositivos, planejamento do pessoal, evitando tempo ocioso e
atendendo às demais exigências de uma organização de forma o mais próxima
possível da perfeição. Seja para atender às necessidades identificadas na entidade,
seja baseada em uma filosofia preestabelecida, a concepção adotada para a
organização do setor pode atingir resultados satisfatórios.
A organização de um modelo de manutenção é dividida em: manutenção por
equipe própria, manutenção por terceiros e manutenção por equipe mista.

2.8.1 Manutenção por equipe própria

Define-se como mão de obra direta ou própria, a contratação de funcionários


pela própria construtora, ela monta as suas equipes de obra com pedreiro,
carpinteiros, serventes e demais profissionais no setor da construção civil, que gera
um vínculo empregatício direto com os trabalhadores (FARIA, 2008).
De acordo com Limmer (1997) em relação à mão-de-obra, todos os
trabalhadores são devidamente registrados com contratos de experiência por até 90
dias. Isso pode ser relativamente bem visto por parte dos gestores, uma vez que,
terminado o prazo de experiência, nenhuma multa contratual lhes seria devida, caso
a empresa não tivesse interesse em permanecer com a mesma equipe de trabalho.
Por outro lado, isso pode causar insatisfação, insegurança por parte dos
empregados, o que poderia resultar em improdutividade, funcionários desmotivados
que acabariam procurando outra empresa para prestar seus serviços. A empresa
por sua vez, teria que recrutar novos funcionários, treiná-los, e esperar que esses se
adaptem à sua rotina de trabalho.

2.8.2 Manutenção por terceiros

Para Paiva e Souza (2012), a terceirização é um processo de gestão pelo


qual se repassam algumas atividades para terceiros, com os quais se estabeleceu
uma relação de parceria, ficando a empresa concentrada apenas em tarefas
essencialmente ligadas ao negócio em que atua.
Kardec e Nascif (2009, p. 213) citam algumas condições básicas que as
empresas devem seguir para terceirizar:
36

a) Definir quais atividades pode ser terceirizado, com cuidado especial para
atividades-fim e estratégicas que envolvam a manutenção;
b) Verificar a existência no mercado de empresas prestadoras de serviço ou
possíveis empresas que podem ser desenvolvidas;
c) Objetivar resultados de médios e longos prazos e não apenas redução de
custo no curto prazo;
d) Estabelecer relações de parceria; - Procurar a melhoria contínua de
resultados, com ganhos divididos entre as partes;
e) Estabelecer indicadores de resultados nas áreas de qualidade,
atendimento, custo, segurança, moral e meio ambiente;
f) Ter como premissa o crescimento tecnológico do prestador de serviço.

A terceirização, portanto, proporciona instrumentos de gestão capazes de


melhorar o desempenho das organizações e, na maior parte das vezes, promove
melhoramentos na qualidade com diversidade, redução de custos, flexibilidade
organizacional e melhor administração de tempo do negócio (ELIAS, 2007).

2.8.3 Manutenção por equipe mista

Segundo Nepomuceno (1989), a manutenção mista, também denominada


integrada ou combinada, é obtida da fusão dos dois tipos básicos de organização da
manutenção, a manutenção por equipe própria e a manutenção por terceiros,
aproveitando-se as vantagens que cada uma oferece.

2.9 Gestão de manutenção

A gestão de manutenção consiste em todas as atividades necessárias para a


realização bem-sucedida do serviço de manutenção em si, desde objetivos,
estratégias, ferramentas e responsabilidades. O gerenciamento da manutenção
predial foi criado para que os objetivos impostos sejam cumpridos de forma eficaz e
para isso é essencial o planejamento e avaliação dos procedimentos, redução de
custos e cumprimento de prazos (MOTTER, 2004).
A ABNT NBR 5674:2012 estabelece uma série de parâmetros e medidas para
gestão de manutenção, abordando a tipologia da edificação, o uso efetivo desta,
37

tamanho e complexidade do espaço utilizado, incluindo questões relacionadas à


localização e implicações do entorno. Além disso, a norma ainda assinala que na
organização da gestão dos sistemas de manutenção devem estar previstas
informações quanto à infraestrutura material, financeira, técnica e de recursos
humanos, apta a atender diferentes tipos de manutenção necessários.
Outros requisitos exigidos pela norma nesta questão competem em preservar
as características originais da edificação e prevenir a perda de desempenho
decorrente da degradação de seus sistemas, elementos ou componentes (ABNT
NBR 5674: 2012).
Conforme Pinto e Xavier (2001, p. 25), o uso de instrumentos gerenciais que
o homem de manutenção tem a sua disposição, como por exemplo, as ferramentas
de qualidade, por serem somente ferramentas, por si só não garantem qualidade,
porém a aplicação correta destas ferramentas pode levar a excelentes resultados.

2.9.1 Programa 5S

Um programa de qualidade inicia-se pela implantação de um programa de 5S


(organização, ordenação, limpeza, asseio/higiene, disciplina), que pode ser definido
como uma estratégia de potencializar e desenvolver as pessoas para pensarem no
bem comum, atingindo os seguintes resultados (PINTO E XAVIER, 2001, p. 163):
a) Melhoria da qualidade;
b) Redução de custos;
c) Melhoria do atendimento ao cliente;
d) Moral do grupo;
e) Aumento da segurança pessoal e das instalações.

Segundo Tavares (1999, p. 55 e 56) o programa 5S constitui-se de práticas


originárias do Japão, que derivam de cinco palavras que se iniciam com a letra S em
japonês, palavras estas que têm os seguintes significados como demonstra o
Quadro 1.
38

Quadro 1 - Significado dos cinco sensos do programa 5S

Senso Japonês Inglês Português Significado

Organizar o que precisamos


Senso de
1º Seiri Sorting efetivamente, conforme certos
utilização
princípios ou regras.

Organização das coisas de maneira


Senso de
2º Seiton Systematyizing que possam ser acessadas e
ordenação
utilizadas o mais rápido possível.
Significa adquirir o hábito de sempre
Senso de manter limpo e em ótimo estado de
3º Seiso Sweeping
limpeza conservação os ambientes dos
quais se utiliza.
Manter as condições de trabalho
favoráveis à saúde física e mental,
4º Seiketsu Sanitizing Senso de saúde ou seja, o uso de padronização no
ambiente físico de trabalho,
formação de hábitos.
A autodisciplina, ou seja, estimular
as pessoas a realizarem o seu
Senso de trabalho
5º Shitsuke Selfdisciplining
autodisciplina corretamente e assumirem
responsabilidade pelos seus
resultados.
Fonte: Kojo e Bradalize, 2005. Adaptado pelos autores, 2018.

O programa 5S (Figura 7) deve ser implantado com a participação e


envolvimento de todos os níveis hierárquicos. Segundo Pinto e Xavier (2001, p.
177), a experiência indica que por maiores que sejam os esforços dos escalões
inferiores, quando o programa não é abraçado pela alta administração, suas
chances de sucesso e perenidade são baixas.

Figura 7 - Programa 5S

Fonte: Guia dos significados, 2018.


39

2.10 Principais normas regulamentadoras

As principais normas utilizadas para a elaboração de um plano de


manutenção são:
a) ABNT NBR 14037 (manual de uso, operação e manutenção das
edificações);
b) ABNT NBR 5674 (manutenção de edificações)
c) Norma Nacional de Inspeção Predial
d) ANVISA - RDC 50 (regulamento técnico para planejamento,
programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos
assistenciais de saúde).

2.10.1 ABNT NBR 14037:2011 - Diretrizes para elaboração de manuais de uso,


operação e manutenção das edificações

A entrega dos manuais de uso e operação das edificações tem como função
ressaltar que a durabilidade de uma edificação está ligada, não só aos fatores
relacionados ao projeto e execução da obra, mas também ao correto uso e
manutenção, principalmente a manutenção preventiva. Portanto, é importante
realizar esforços conjuntos no sentido de mudar a cultura da falta de cuidados e
atenção rotineiros com a edificação (ABNT NBR 14037:2011).
Esta norma tem como seu Objetivo informar aos proprietários e ao
condomínio as características técnicas da edificação construída, descrever
procedimentos recomendáveis e obrigatórios para a conservação da vida útil de
projeto, informar e orientar os usuários com relação às suas obrigações no tocante à
realização de atividades de manutenção, assim como prevenir a ocorrência de
falhas ou acidentes por falta de informação. Além de contribuir para que a edificação
atinja a vida útil (ABNT NBR 14037:2011).
40

2.10.2 ABNT NBR 5674:2012 – Manutenção de edificações – requisitos para o


sistema de gestão de manutenção

A metodologia da norma é desenvolvida através da apresentação de um


fluxograma de documentos e detalhamento das etapas de trabalho, incluída a
indicação da documentação necessária a serem produzidos para implantação do
plano, seus respectivos controles e condições para o seu arquivamento, sempre sob
a responsabilidade direta de proprietários ou síndicos (ABNT NBR 5674:2012).
Destaca-se que mesmo as edificações mais antigas, anteriores à ABNT NBR
5674:2012, devem adequar ou criar seus programas de manutenção, visando à
preservação das características originais da edificação, sem embargo da
necessidade de reformas ou modernização das mesmas ao longo dos tempos, em
atendimento à necessidade dos usuários em relação às inovações tecnológicas e
exigências do próprio mercado imobiliário para os respectivos produtos disponíveis e
em uso regular.
Em sua introdução a norma ressalta a importância da manutenção declarando
ser inconcebível do ponto de vista sustentável e econômico que uma edificação seja
descartada ao atingir baixos níveis de desempenho em consequência da falta de
manutenção predial.
Em seu escopo é estabelecido que a norma é responsável por definir os
requisitos para a gestão do sistema de manutenção de edificações (ABNT NBR
5674:2012).

2.10.3 Norma Nacional de Inspeção Predial

O conceito de inspeção predial foi introduzido no Brasil no ano de 1999,


através de um trabalho técnico apresentado no Congresso Brasileiro de Avaliações
e Perícias de Engenharia - COBREAP, após esta data, os estudos sobre o tema
foram aprofundados, novas técnicas foram introduzidas e algumas adaptações
foram realizadas, com o objetivo de adequar a Inspeção Predial às necessidades do
nosso mercado (IBAPE, 2012).
Para fins de padronizar a inspeção predial, no ano de 2001, o IBAPE/SP
lançou a primeira norma técnica sobre o tema, proporcionando ao profissional
responsável pela elaboração do serviço, um balizador das atividades a serem
41

executadas. A aplicação dessa norma foi amplamente difundida no meio técnico


pericial, com excelentes resultados. Desde seu lançamento a Norma de Inspeção
Predial, sofre constantes atualizações, a fim de acompanhar a evolução do mercado.
As inspeções prediais deverão ser realizadas apenas por profissionais,
engenheiros e arquitetos, devidamente registrados no CREA e no Conselho de
Arquitetura e Urbanismo (CAU) e dentro das respectivas atribuições profissionais,
preferencialmente membros do IBAPE, treinados e capacitados.

2.10.4 ANVISA – RDC 50:2002

Dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento, programação,


elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de
saúde.
Segundo a ANVISA todos os projetos de estabelecimentos assistenciais de
saúde (EAS) deverão obrigatoriamente ser elaborados em conformidade com as
disposições desta norma. Devem ainda atender a todas outras prescrições
pertinentes ao objeto desta norma estabelecidas em códigos, leis, decretos,
portarias e normas federais, estaduais e municipais, inclusive normas de
concessionárias de serviços públicos. Devem ser sempre consideradas as últimas
edições ou substitutivas de todas as legislações ou normas utilizadas ou citadas
neste documento.
Desta forma, quaisquer alterações de layout, adequações e reformas devem
ser realizadas de acordo com a norma, dentre elas:
a) As construções novas de estabelecimentos assistenciais de saúde de
todo o país;
b) As ·áreas a serem ampliadas de estabelecimentos assistenciais de
saúde existentes;
c) As reformas de estabelecimentos assistenciais de saúde já existentes e os
anteriormente nos destina.
42

3 METODOLOGIA

A proposta do estudo em questão caracterizou-se como sendo uma prática


para gestão de manutenção de um hospital público.
Após o início da gestão de manutenção, o primeiro passo a ser adotado em
qualquer edificação nova e desconhecida, é a inspeção visual.
Segundo Oliveira (2002) a inspeção visual é um método subjetivo executado
com uso da visão auxiliada ou não por instrumentos óticos.
Nessa inspeção visual, é verificada toda a edificação do local, assim como os
equipamentos e elaborado um relatório técnico inicial apontando os problemas e
particularidades encontrados no local. Com esse relatório, é possível identificar
aonde deverá iniciar as manutenções.
Após essa identificação, alguns procedimentos foram adotados como:
a) Metodologia para identificação dos tipos de manutenção em um
ambiente hospitalar;
b) Metodologia para verificação de um modelo de manutenção sendo eles
por: equipe própria, equipe mista ou por equipe terceirizada;
c) Metodologia para serviços terceirizados;
d) Metodologia para o conceito 5S aplicado no ambiente hospitalar.

3.1 Metodologia dos tipos de manutenção

Dentre as funções da manutenção hospitalar (predial e clínica), está a


segurança hospitalar, sendo os serviços realizados relacionados diretamente à
eficiência operacional.
Desta forma, a previsão e detecção de falhas ou defeitos coíbem interrupções
e gastos desnecessários, permitindo o funcionamento adequado da edificação, que
reflete no atendimento aos pacientes e que dependem do adequado funcionamento
das instalações e equipamentos para terem bom atendimento e tratamento,
conforme mostrado em fluxograma apresentado na Figura 8.
43

Figura 8 - Fluxograma de aplicação de estratégias

Fonte: Elaborado pelos autores, 2018.

As mudanças e evoluções tecnológicas dos últimos anos na área da saúde


fizeram da gestão tecnológica dos equipamentos e instalações, assumirem cada vez
mais importância diante dos problemas enfrentados para preservação de seus ativos
operacionais, com qualidade, segurança, disponibilidade e custos compatíveis.
No entanto, a manutenção ainda é vista em segundo plano, o que faz com
que as manutenções corretivas ocorram com maior frequência no ambiente
hospitalar, ou seja, ao invés da mentalidade ser relativa a prevenir a quebra do
equipamento, por exemplo, a manutenção preventiva é descartada e apenas é
realizada a manutenção corretiva após a quebra do equipamento. Tal fato aumenta
o custo de reparo e principalmente paralisa o funcionamento de um setor e a
prestação do serviço à população por longos períodos de tempo.
Kardec e Nascif (2009, p. 57) sugerem um cenário próspero, conforme Figura
9, para onde devem caminhar as práticas de manutenção, com crescimento da
manutenção preditiva e detectiva, decréscimo na preventiva e grande redução na
corretiva não planejada.
44

Figura 9 - Cenário Favorável para a melhoria dos resultados no Brasil

Fonte: Kardec e Nascif, 2009.

3.1.1 Manutenção corretiva

Numa gestão de edificações públicas, nem sempre há condições financeiras


para a execução de todas as manutenções corretivas que se fazem necessárias e
muitas vezes é necessário optar por qual deverá ser executada em primeiro plano.
Desta forma, foram subdivididas as prioridades de manutenção hospitalar em:

3.1.1.1 Emergencial

Os serviços emergenciais são aqueles que devem ser executados de


imediato, assim que a manutenção for notificada, pois envolve risco de vida humana,
riscos ao meio ambiente, riscos de danos ao patrimônio da empresa e risco de perda
de medicamentos ou insumos.
45

3.1.1.2 Urgência

Os serviços de urgência são os serviços corretivos que podem se tornar de


emergência, por isso não há necessidade do atendimento imediato, o executante
pode terminar algum serviço que está realizando para que posteriormente vá
atender um serviço de urgência. Porém o tempo de atendimento não deve ser
demorado, sendo utilizado o bom senso.

3.1.1.3 Prorrogável

É o nível mais baixo de prioridades quando definidos por palavras e é usado


para serviços que podem ser executados ou não, sem que existam problemas para
o hospital, exemplo:
a) Manutenções em equipamentos que não façam parte de processos
principais e sua parada não cause nenhum desconforto aos usuários;
b) Equipamentos que estão fora de operação.

3.1.1.4 Programada

São classificados como programados, todos os serviços que se referem ao


plano de manutenção preventiva ou até mesmo intervenções solicitadas com o
auxílio de análises de manutenção, porém quando necessitam a aquisição de
componentes para substituição e correto funcionamento.

3.1.2 Manutenção preventiva

Será realizado um plano de manutenção com: elaborações de check-list


(ANEXO 1 ao 4) para monitoramento dos serviços prediais e de equipamentos de
refrigeração e climatização que possuem maior número de chamados de reparo,
cronograma semanal para execução desses serviços e acompanhamento de
fiscalização sobre eles, que é observado no próximo capítulo deste trabalho.
46

3.2 Gestão de manutenção de hospitais na rede pública

A grande maioria dos hospitais da rede pública de saúde dispõe de


manutenção prestada por empresas terceirizadas, sendo essa modalidade de
serviço a mais utilizada na Brasil.
Devido à crise ocorrida na economia nacional, cresce a cada dia a migração
de pacientes dos planos de saúde particular para o SUS (sistema único de saúde),
Figura 10, o que por consequência superlota os hospitais.
Essa crescente demanda faz com que recursos antes disponibilizados para
manutenção, sejam remanejados para a maior compra de insumos e medicamentos
para atendimento aos pacientes.

Figura 10 - Aumento na demanda de internações em 2014 no Brasil

Fonte: S&T Consultoria em saúde, 2015.

A prática da manutenção brasileira, ainda está focada em consertar o que


está quebrado, sem a disponibilização de recursos necessários à implantação de
plano de atividades particularizado, o que faz com que a manutenção seja um dos
setores onde a diminuição da verba seja vista com normalidade.
47

3.2.1 Metodologia para verificação de modelo de manutenção

Foi iniciada uma análise para verificação de quais seriam as alternativas para
a implantação do setor de manutenções, de forma a reduzir custo e aumentar a
eficácia dos serviços. As opções seriam a permanência da manutenção terceirizada,
ou mudanças para o modelo de manutenção própria ou mista, sendo analisadas as
vantagens e desvantagens de cada tipo:
a) Manutenção por equipe própria: Vantagens: disponibilidade continua de
pessoal, flexibilidade, familiaridade. Desvantagens: necessidade de equipe
diversificada, possível falta ou ociosidade de pessoal, falta de especialização,
eventual congestionamento de serviços.
b) Manutenção por terceiros: Vantagens: evita formação de equipes
próprias grandes e diversificadas, solução em caso de acumulo de serviços, maior
eficácia e flexibilidade, transferência de responsabilidade. Desvantagens: presença
de pessoal desconhecido, carência de vínculos, rotatividade, dispêndio com
treinamento.
c) Manutenção por equipe mista: Em que os serviços rotineiros são
atribuições do pessoal próprio e serviços específicos ou especializados de terceiros,
em que os casos são bem definidos, de complementação e que não interfiram muito
no desempenho da instituição.

3.3 Metodologia para serviços terceirizados

Cabe à coordenação de manutenções a incumbência de realizar a


fiscalização de todos os contratos referentes aos serviços de manutenção e
fornecimento de produtos relativos ao abastecimento dos sistemas por ele mantidos.
A função de fiscal deve recair, preferencialmente, sobre servidores que
tenham conhecimento técnico ou prático a respeito dos bens e serviços que estão
sendo adquiridos/prestados, sendo essa a maior dificuldade encontrada nas
fiscalizações dos serviços terceirizados. Geralmente, os serviços terceirizados são
relativos à mão-de-obra especializada, e que detém maior conhecimento técnico do
que a fiscalização, dificultando a avaliação da correta prestação dos serviços
contratados. Cabe à fiscalização executar as tarefas a seguir:
48

a) Observar quando necessário, se a contratada providenciou junto ao


CREA as anotações de responsabilidade técnica (ART), referentes ao objeto do
contrato e especialidades pertinentes, nos termos da Lei n° 6.496, de 1977;
b) Paralisar ou solicitar que seja refeito qualquer serviço que não tenha
sido executado em conformidade com o plano ou programa de manutenção, norma
técnica e qualquer disposição oficial aplicável ao objeto do contrato;
c) Solicitar a substituição de materiais e equipamentos que sejam
considerados defeituosos, inadequados ou inaplicáveis aos serviços;
d) Solicitar a realização de testes, exames, ensaios e provas necessárias
ao controle de qualidade dos serviços ou produtos objeto do contrato;
e) Emitir termo de recebimento dos serviços executados pela contratada,
salvo quando tratar de pequenos serviços, caso em que a atestação da própria
fatura caracterizará o recebimento.

3.4 Metodologia do programa 5S

A aplicação dessa metodologia traz benefícios, como aumento da


produtividade, redução de despesas, melhor aproveitamento dos instrumentos à
disposição, melhoria na qualidade dos serviços e atendimentos, além de uma
maior satisfação da equipe de trabalho.
Em busca da redução de desperdícios (Figura 11), foi organizada uma
listagem com situações que serão verificadas no estudo de caso, a fim de reduzi-las:
a) Processamento: realização de etapas desnecessárias ou incorretas;
b) Movimentação: colaboradores realizando movimentação
desnecessária;
c) Estoques: estoques maiores que o mínimo necessário;
d) Produção em excesso: produção além da necessidade do próximo
cliente ou produção;
e) Espera: tempo de espera por material ou informação;
f) Detecção de defeitos e a descoberta de suas causas são
fundamentais, assim evitando um retrabalho;
g) Transporte: movimentação desnecessária de produtos ou peças.
49

Figura 11 - Redução de desperdícios

Fonte: Smart Consultoria Jr, 2016.


50

4 ESTUDO DE CASO

Foi iniciada uma nova gestão das manutenções predial e clínica de um


hospital municipal na cidade do Rio de Janeiro, RJ, bairro Santa Cruz com a
finalidade de organizar os fluxos de manutenção que não estavam sendo realizados.
Alguns procedimentos foram adotados com o início da nova gestão, como:
1º Após a realização de análise para verificação de qual seria o melhor
modelo de manutenção no hospital, foi iniciado a implantação.
2º Foi realizada a implantação das OS por meio de um programa criado pelo
setor de engenharia;
3º Foram adotados os conceitos 5S nos serviços de manutenção;
4º Foi elaborada uma lista com os principais equipamentos e serviços do
hospital sendo separados em tipos e grau de manutenção;
5º Foram identificados anomalias no hospital e realizados paliativos para elas;
6º Foram identificadas e corrigidas as falhas no gerenciamento das
manutenções;
7º Foi adotada uma política de redução de consumo;
8º Foi realizada uma análise comparativa da situação no início da gestão e a
realidade atual, através de indicadores.

Tais procedimentos serão explicados no decorrer deste trabalho.

4.1 Local de estudo

O Hospital fundado em 1974 passou por uma reforma após um incêndio que
destruiu parte da estrutura da edificação. Após o término da sua reforma em 2012, o
Hospital foi entregue a prefeitura da cidade do Rio Janeiro que entregou a gestão da
unidade a uma OS (Organização Social) para administração.
O Hospital possui um total de 24.672,54 m² de área construída e conta com
uma infraestrutura de onze pavimentos, distribuídos conforme setores a seguir:
a) 369 leitos, sendo: centro de terapia intensiva (CTI) adultos, neonatal,
pediátrico, centro de tratamento a queimados (CTQ), maternidade, psiquiatria,
clínica médica, pediatria, ortopedia, 39 leitos de emergência (salas amarelas e
vermelhas).
51

b) Salas de cirurgia e diagnóstico: 7 salas de cirurgia geral, ortopédica,


bucomaxilofacial e neurológica, 3 salas de parto cirúrgico, 3 salas de raio-x, sala de
tomografia, 3 salas de ultrassonografia,1 sala de endoscopia adulto e infantil, 1 sala
de colonoscopia, eletrocardiografia, eco cardiografia, laboratório de exames.
c) Salas de apoio: cozinha industrial e refeitório, rouparia, morgue, núcleo
interno de regulação (NIR), cartório, farmácia, central de máquinas de esterilização
(CME), almoxarifado, hemoterapia, saúde ocupacional, documentação médica, sala
de manutenção e estacionamento.

O local é totalmente climatizado, possui três geradores com capacidade para


atender a demanda de toda a edificação, rede de gases, estação de tratamento de
esgoto, sistemas de combate a incêndio, sistema de monitoramento, elevadores,
sistema de aquecimento solar e outros. A Figura 12 demonstra a localização do
Hospital.

Figura 12 - Vista superior do Hospital Municipal no Rio de Janeiro

Fonte: Google/maps, 2018.


52

4.2 Implantação de manutenção por equipe própria

Após analise na metodologia para definição de um modelo de manutenção, foi


definido que seria adotado o modelo de manutenção por equipe mista, aonde seria
evitado a ociosidade de pessoal e rotatividade. Foi analisado também o custo com
mão-de-obra e material de cada tipo de manutenção. A manutenção por equipe
mista apresentou no total um custo de quase 40% a menos que os outros tipos.
Após essa definição do tipo de manutenção que seria adotada no hospital, foi
iniciado o processo de implantação da equipe própria.
1º Foi realizado o levantamento da equipe, ferramentas e insumos
necessários para o início dos serviços, posteriormente sendo enviado para o setor
de RH e o setor de Compras, aonde foram realizadas as contratações de pessoal e
a compra de algumas ferramentas e insumos.
2º Foi realizado as desterceirização dos serviços com o início da equipe
própria.
3º Foi filtrado quais seriam os serviços de manutenção que demandavam
manutenção especializada de empresas credenciadas pelos fabricantes que seriam:
a) Elevadores;
b) Chillers (sistema de climatização - HVAC);
c) Sistemas de combate a incêndios;
d) Rede de gases medicinais;
e) Geradores e cabine primária (manutenção anual);
f) Estação de tratamento de esgoto (gerenciamento e monitoramento);
g) Limpeza de caixas de esgoto e gordura;
h) Análise da qualidade da água;
i) Desratização e desinsetização;
j) Tomografia;
k) Calibração de equipamentos biomédicos.

Desta forma, todos os outros serviços referentes a manutenções prediais,


climatização e engenharia clínica serão executados pela equipe própria de
manutenção. A equipe é composta por trinta profissionais de diversas
especialidades (Quadro 2) a fim de atender todas as demandas do hospital,
conforme descrições a seguir:
53

Quadro 2 - Quadro de profissionais contratados

PROFISSIONAL REGIME QUANTIDADE

Coordenador de
40 h 1
manutenção
Auxiliar administrativo 40 h 2
Técnico de Edificações 40 h 1
Eletricista (baixa tensão) 40 h 1
Eletricista (alta tensão) 12 x 36 h 5
Bombeiro hidráulico 40 h 1
Bombeiro hidráulico 12 x 36 h 2
Serralheiro 40 h 1
Pedreiro / pintor 40 h 1
Marceneiro / estofador 40 h 1
Técnico em telefonia e
40 h 1
CFTV
Auxiliar de manutenção 40 h 6
Técnico em refrigeração 40 h 1
Mecânico em refrigeração 12 x 36 h 2
Tecnólogo em sistemas
40 h 1
biomédicos
Técnicos eletrônicos 40 h 2
Auxiliar técnico eletrônico 40 h 1
TOTAL 30

Fonte: RH da empresa. Adaptado pelos autores, 2018.

É importante mencionar que a equipe supracitada é a de trabalho interno do


hospital, sendo esta apoiada pelo núcleo de engenharia da empresa (coorporativo),
composto pela direção técnica, engenheiros civis, elétricos e clínicos e arquiteto,
conforme organograma (Figura 13) descrito a seguir:
54

Figura 13 - Organograma do setor de engenharia

Fonte: Núcleo de engenharia da empresa. Adaptado pelos autores, 2018.


55

4.2.1 Implantação de manutenção de serviços terceirizados

Atualmente existem algumas empresas contratadas para a prestação de


serviços mensais, tais como manutenção dos sistemas de oxigênio medicinal e
óxido nítrico, fornecimento de gases medicinais, fornecimento de gás GLP e
manutenção de elevadores. Outros serviços terceirizados são contratados para
execução temporária ou de um determinado serviço pontual como a manutenção
preventiva dos geradores e chillers, retirada de resíduos de caixas de esgoto e
gordura com caminhão a vácuo, manutenção em bombas d’agua, manutenção
preventiva em sistema de ar comprimido e vácuo, entre outros.

4.3 Implantação do sistema de abertura de ordem de serviço

Com a desterceirização dos serviços de manutenção predial e clínica,


ocorreram também às perdas dos sistemas de abertura de ordens de serviços e de
dados indicadores utilizados pelas empresas anteriores. As empresas contratadas
disponibilizavam sistemas próprios para emissão de ordens de serviço, cadastro de
equipamentos e outros dados.
Diante do cenário de redução de custos, não foi disponibilizado verba para a
aquisição de licença de softwares de gestão de manutenção. Para a solução do
problema, foi criado um “sistema” para a abertura de chamados através da
plataforma Google, utilizando-se as ferramentas de elaboração de formulários e
planilhas on-line gratuitas.
Tal ferramenta possibilita a elaboração de um link de formulário totalmente
customizado (Figuras 14 e 15), no qual as respostas e informações geradas pelos
clientes são enviadas imediatamente para uma planilha (Figura 16), também on-line,
onde podemos customizar em formato Excel.
Os acessos aos formulários de solicitação de serviços e às planilhas de
controle são liberados apenas aos colaboradores internos através dos e-mails
cadastrados, sendo os mesmo apenas liberados no modo visualização, sem a
possibilidade de efetuarem edições nos mesmos.
56

Figura 14 - Tela inicial pra a solicitação de serviços de manutenção predial

Fonte: Google.docs/forms, 2018.


57

Figura 15 - Tela posterior para a solicitação de serviços de manutenção predial

Fonte: Google.docs/forms, 2018.

Figura 16 - Planilha de dados de solicitação de serviços

Fonte: Google.docs/forms, 2018.


58

Foi realizada a instalação de atalhos (Figura 17) para os links do formulário


em todos os computadores do hospital e elaborado um procedimento operacional
padrão - POP (ANEXO 5) com as orientações necessárias para a abertura de
chamados para todos os tipos de serviço, sendo disponibilizado em pasta pública no
servidor interno.

Figura 17 - Atalhos em tela para a solicitação de serviços de manutenção

Fonte: Computadores internos do Hospital, 2018.

Devido ao hospital dispor de um quadro de mais de 2000 funcionários, foi


necessário realizar algumas adaptações nas OS (ordem de serviço) para atender
todos os profissionais, até os que tinham dificuldades em acessar o computador. Foi
disponibilizado também ajuda dos auxiliares administrativos de manutenção, para
orientação com a realização das OS.
Com os dados inseridos automaticamente na planilha, é realizada a inserção
de outros dados como data e horário de conclusão de serviço, profissional executor
e prioridade do serviço. Com isso, é possível ter todas as informações necessárias
para a emissão de relatórios de indicadores.
A planilha do Google funciona conforme o formato Excel, a geração das
ordens de serviço (Figura 18) ocorre de forma automática através de fórmulas
aplicadas em outras abas da mesma planilha.
Foram necessários dois meses para a correta implantação do “sistema”,
sendo elaboradas algumas revisões para a correção de alguns problemas e
melhorias operacionais. O sistema gratuito possibilita a geração de todos os dados
que um software convencional fornece, possibilitando até mesmo o controle de
dados de inventário, MTTA (average de tempo de atendimento), MTTR (average de
59

tempo de execução), MTBF (average de tempo de última ocorrência) e tempo de


disponibilidade de operação dos equipamentos.

Figura 18 - Modelo de ordem de serviço – predial

Fonte: Google.docs/forms, 2018.

É importante salientar que os clientes são os colaboradores dos setores


internos que têm acesso ao formulário somente através de senha e e-mails
cadastrados, o que possibilita a localização e monitoramento de possíveis inserções
de dados incorretos.
60

Devido ao sistema ter funcionalidade on-line e trabalhar por intermédio de


links de internet, foi criado um aplicativo de celular (Figura 19) com as mesmas
funcionalidades do sistema instalado nos computadores, onde além de facilitar a
inserção de chamados de manutenção, também é possível solicitar avaliações
mensais e a inserção de outras funcionalidades como lista de ramais do hospital,
entre outras, sendo tudo elaborado e disponibilizado de forma gratuita.

Figura 19 - Telas do aplicativo e código QR

Fonte: Fabricadeaplicativos.com.br, 2018.

Devido às particularidades e diferenças existentes entre manutenção predial e


manutenção de equipamentos hospitalares, o sistema foi dividido em dois, sendo um
exclusivo para engenharia predial e climatização e outro exclusivo para engenharia
clínica.

4.4 Colocando em prática os conceitos 5S

Foi adotado o conceito 5S para organização do espaço físico do setor de


engenharia.
61

Inicialmente a engenharia de manutenção obtinha uma área de trabalho de


aproximadamente 77,00 m², composta por três salas administrativas, almoxarifado,
bancada de trabalho da engenharia clínica e um hall comum a todas as salas.
Como há dois tipos de prestação de serviço (engenharia predial e clínica),
foram adotados dois pontos do conceito 5S: Systematyizing (senso de ordenação) e
Sweeping (senso de limpeza). O espaço foi subdividido (Figura 20 e 21) a fim de
melhorar o atendimento das demandas de serviço.

Figura 20 - Área administrativa do setor de engenharia de manutenções

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2018.


62

Figura 21 - Layout anterior da área administrativa e após a adequação

Fonte: Engenharia de manutenções, 2018.

Com o início da equipe própria e principalmente devido à ampliação das áreas


de atuação como serralheria, refrigeração e marcenaria, se fez necessária à busca
por novos espaços. Serviços esses que demandam espaço amplo para a realização
de soldagens, pois apresentam fortes ruídos devido aos equipamentos.
Havia uma enorme dificuldade de espaço físico para a guarda de
equipamentos inoperantes e para o abrigo de mobiliários e equipamentos a serem
descartados.
Em uma gestão de edificações públicas, nada pode ser descartado sem que
antes ocorra a baixa no inventário e liberação para descarte. O problema é que esse
processo de baixa e autorização para descarte demora mais que um ano para
ocorrer, o que faz com que o hospital tenha que dispor uma área para o correto
abrigo desse material. Dificilmente nos projetos de unidades hospitalares, é
realizada a projeção deste depósito, e quando o mesmo é incluso em projeto, as
dimensões especificadas não atendem à demanda gerada.
Para a execução das oficinas de refrigeração, marcenaria e serralheria, foi
disponibilizado o local de uma antiga capela (Figura 22). Local esse que se
63

encontrava inutilizado devido a modificações nas políticas das funerárias. Esse


espaço já abrigava diversas sobras de materiais de manutenção predial deixados
pela gestão anterior.

Figura 22 - Local destinado à montagem das oficinas

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2018.

Foi realizada a adequação do espaço conforme layout (Figura 23) a fim de


atender as necessidades dos serviços de marcenaria, serralheria e refrigeração.
64

Figura 23 - Layout das oficinas de marcenaria, serralheria e refrigeração

Fonte: Engenharia de manutenções, 2018.

Foram disponibilizadas mais três salas localizadas no térreo da edificação,


sendo essas utilizadas para os fins descriminados abaixo:
Depósito 01 (9,00 m2): Abrigo de materiais de manutenção estrutural e
pintura, tais como placas de gesso acartonado, tintas e solventes, agregados de
cimento, placas de forro removíveis e outros materiais de mesma natureza.
Depósito 02 (70,00 m2): Abrigo de mobiliários danificados em condições de
reparo, no aguardo de tempo e peças para reposição.
Depósito 03 (35,00 m2): Abrigo de equipamentos biomédicos inoperantes no
aguardo de peças para reposição.
Está em estudo um local para a execução do depósito 04, o qual abrigará
equipamentos biomédicos operantes para a reposição imediata a todos os setores
65

do hospital, sendo este localizado no interior do 1º andar, local onde abrigam as


emergências e demandam maiores necessidades de reposição de equipamentos.

4.4.1 Aplicando o 5S nos fluxos de manutenção

Foi realizado o monitoramento dos bombeiros hidráulicos e eletricistas


durante três dias a fim de mapear e analisar os desperdícios oriundos dos fluxos,
uma vez que as duas modalidades de serviço (elétrica e hidráulica) são as mais
solicitadas. Foi possível identificar diversos desperdícios, conforme elencados a
seguir:
a) Perda de 40 minutos em média na fila dos elevadores no início da
manhã, devido à priorização do uso dos elevadores pelos serviços de rouparia e
alimentação;
b) Perda de tempo para a retirada de materiais no almoxarifado localizado
no térreo e retorno aos setores onde os serviços eram executados;
c) Espera para o acesso a alguma enfermaria devido ao horário de banho
ou procedimentos em pacientes;
d) Falta de materiais específicos em estoque e a sobra de outros com
pouca utilização;
e) Serviços realizados de forma inadequada, gerando retrabalho e
aumentando o consumo de insumos.

Foram identificados os desperdícios supracitados e elaborado as seguintes


soluções:
a) Os profissionais somente iniciavam os serviços nos pavimentos
superiores após o horário de transporte da rouparia e serviços de nutrição diária, e
durante esse período executavam serviços no térreo e outras funções como
arrumação e organização dos setores adotados no programa 5S;
b) Para evitar que os profissionais tivessem a necessidade de vir buscar
materiais no almoxarifado a todo o momento, foram adquiridos carrinhos (Figura 24)
de transporte, onde os profissionais trafegam com um estoque padrão que é reposto
sempre no final do dia;
66

Figura 24 - Utilização de carrinhos para o transporte de materiais nos setores

Fonte: Engenharia de manutenções, 2018.

c) Os funcionários de manutenção ficavam parados na enfermaria


esperando o horário de realização de banhos e procedimentos para executar os
serviços. Para corrigir esse desperdício de tempo, os funcionários foram orientados
a realizar serviços em outras áreas, como: corredores, halls, escadas de serviço e
organização interna (Figuras 25 e 26);
d) Devido à falta de conhecimento em materiais de construções por parte
dos compradores (administrativos), alguns produtos eram comprados erroneamente.
Para corrigir esse problema, o setor de manutenção passou a realizar os
orçamentos de materiais e posterior enviava aos compradores para compra correta
dos produtos.
e) Foi ampliada a fiscalização sobre a execução dos serviços com a
realização de rondas diárias para verificação das tarefas executadas no dia. Isso
evita a execução de retrabalho de serviços mal feitos.

Tais aplicações estão sendo realizadas com os profissionais de outras áreas


de atuação como marceneiro, pintor, serralheiro e técnicos e mecânicos de
refrigeração a fim de reduzir os desperdícios e melhorar a qualidade da prestação
dos serviços.
O desafio maior será alcançado quando ocorrer à implantação do processo de
melhoria contínua, porém os processos devem ser implantados paulatinamente para
que não ocorra sobreposição de ideias e para que os profissionais tenham o tempo
de adaptação e melhorias nos processos já implantados.
67

Figura 25 - Organização do setor de almoxarifado

Fonte: Engenharia de manutenções, 2018.

Figura 26 - Organização do setor de engenharia clínica

Fonte: Engenharia de manutenções, 2018.


68

4.5 Identificação de equipamentos e serviços de manutenção

Foi elaborada uma lista com os principais equipamentos e serviços do


hospital, sendo realizada uma análise de criticidade com a avaliação em diversos
aspectos, conforme descrição abaixo:

4.5.1 Manutenção corretiva:

4.5.1.1 Emergencial

a) Problemas com compressores de ar comprimido ou rede de gases,


pois na ocorrência de falhas ou de inoperância desses equipamentos, colocamos em
risco as vidas de todos os pacientes que se encontram respirando por auxílio de
aparelhos de ventilação mecânica, o que em média trata-se de 35 vidas;
b) Problemas em equipamentos de refrigeração ou climatização das
câmaras frias de gêneros alimentícios ou de medicamentos, que causam a perda de
medicamentos e alimentos;
c) Inoperância da estação de tratamento de esgotos, fazendo com que o
hospital descarte efluentes hospitalares diretamente na rede da concessionária. Tais
efluentes caracterizam-se como possíveis veículos de disseminação de inúmeros
microrganismos patogênicos, além de apresentar grandes concentrações de
contaminantes utilizados por serviços de saúde, que são excretados pelas vias
urinária e fecal de pacientes. Sendo assim, quando não tratados são importantes
contaminantes dos recursos hídricos.

Para minimizar o tempo de inoperância de equipamentos como os


supracitados, foram criados rotinas de monitoramento diárias dos desempenhos dos
mesmos, assim sendo possível verificar a diminuição de desempenho e
consequentemente atuar na aquisição de um componente para execução da
manutenção corretiva antes mesmo da inoperância do equipamento, o que faz com
que esse serviço se torne de urgência. Em algumas situações aceita-se que a
equipe faça reparos improvisados, mas seguros, ou dentro de critérios mais fracos
de qualidade devido à criticidade da situação.
69

É preciso cuidado diário para não deixar que os serviços que são
classificados como emergências se tornem uma constante, pois é um sinal de que a
maneira com que a manutenção está sendo administrada pode não ser a mais
correta possível.

4.5.1.2 Urgência

a) Problemas apresentados nos geradores de energia, pois existem três


geradores no hospital, há uma margem de segurança em que nos permite utilizar
apenas um ou dois geradores para o atendimento emergencial;
b) Problemas apresentados em equipamentos biomédicos que tenham
reposição imediata, sendo esses podendo ser reparados no dia posterior por
exemplo.

4.5.1.3 Prorrogável

Atualmente não está sendo realizada a manutenção nos equipamentos que


receberam esse tipo de classificação devido à falta de disponibilidade de verba.

4.5.2 Manutenção preventiva:

4.5.2.1 Predial

Para a implantação da política de manutenção preventiva, foi iniciada a


elaboração de check-list (ANEXO 1, 2, 3 e 4) para o monitoramento dos principais
sistemas, tais como os geradores, central de gases medicinais, chillers e
abastecimento de água.
Posteriormente foram analisados os indicadores (Figuras 27 e 28) das
manutenções ocorridas no período de trabalho das empresas terceirizadas a fim de
verificar as áreas principais que deveríamos atuar preventivamente e obter
resultados em curto prazo.
70

Figura 27 - Resumo estatístico de solicitação de serviços prediais

Fonte: Google.docs/forms, 2018.

Figura 28 - Resumo estatístico dos setores de execução de serviços

Fonte: Google.docs/forms, 2018.


71

Conforme pode ser verificado nas figuras acima, podem-se avaliar as


demandas críticas e os setores críticos através dos dados obtidos pelo sistema
gratuito, o que possibilita focar em áreas estratégicas a fim de se obter melhores
resultados. Desta forma foi possível verificar que as áreas de hidráulica e elétrica
necessitavam de um maior quantitativo de mão-de-obra, assim como o pavimento
térreo e o 5º pavimento demandariam maior tempo de reparo.
Através dos indicadores também foi possível verificar o tempo que os
profissionais levavam para a execução dos reparos e o tempo em que demoravam
na fila do elevador para vir buscar materiais por exemplo. Com essas informações foi
possível justificar a diretoria a compra de carrinhos para que os profissionais
abrigassem materiais e não necessitassem perder tempo em vir buscar no
almoxarifado localizado no térreo.
Com essas informações, foram elaboradas as rotinas de manutenções
preventivas e check-list de elétrica e hidráulica (ANEXO 1, 2 e 3), criando um
cronograma semanal de manutenção preventiva nas áreas de elétrica, hidráulica,
marcenaria e telefonia/CFTV, onde são avaliados e reparados itens como:
a) Hidráulica: Descargas, torneiras, rabichos ou sifões com vazamento,
ralos obstruídos, bacias sanitárias entupidas, registros ou válvulas com problemas.
b) Elétrica: Revisão em todos os quadros elétricos, verificação das
tomadas e interruptores, verificação de transformadores de energia, troca de
lâmpadas e reatores.
c) Telefonia/CFTV: Ramais telefônicos, tomadas RJ11 e RJ45, pontos de
antena externa, câmeras de monitoramento e sistema de radiofonia.
d) Marcenaria: Armários de escritório, portas, dobradiças, fechaduras,
puxadores, mobiliários de estar e mobiliários hospitalares como camas e leitos.

4.5.2.2 Climatização e refrigeração

Foi realizado o mesmo trabalho com a coleta de dados para análise dos
indicadores de demanda (Figura 29), conforme podemos verificar a seguir:
72

Figura 29 - Resumo estatístico de solicitação de serviços de refrigeração e climatização

Fonte: Google.docs/forms, 2018.

Foi verificado que as maiores incidências de chamados eram relativas aos


equipamentos hidrônicos, até mesmo porque a quantidade de setores com esse tipo
de equipamento é a maioria, porém os setores críticos como os CTI adulto,
pediátrico, neonatal, CTQ, CC (centro cirúrgico) e outros são atendidos pelos
equipamentos de ar central. Desta forma foi necessário avaliar o impacto na
assistência aos pacientes, além do atendimento as normas.
O Ministério da Saúde, através da Portaria 3523, estabelece que todos os
sistemas de climatização devem estar em condições adequadas de limpeza,
manutenção, operação e controle, exigindo verificações e limpezas periódicas nos
componentes tais como: bandejas, serpentinas, umidificadores, ventiladores, filtros e
dutos. A mesma portaria estabelece que os responsáveis pelos sistemas de
climatização, devem implantar e manter um plano de manutenção de operação e
controle (PMOC), contendo a descrição das atividades a serem desenvolvidas, a
periodicidade das mesmas e as recomendações a serem adotadas em situações de
falha dos equipamentos.
Após análise das condições de todos os setores, foi priorizada a manutenção
nos equipamentos do CC, uma vez que das sete salas de cirurgia existentes,
73

apenas uma delas apresentava climatização adequada, tendo em algumas situações


sido verificado médicos realizando cirurgias em temperaturas acima de 34ºC.
Após a solução desses problemas, foi iniciada a identificação de todos os
equipamentos de ar-condicionado, bebedouros, geladeiras e câmaras frias, sendo
posteriormente elaborado um cronograma de manutenção preventiva. Tal
cronograma foi elaborado levando-se em consideração o tempo de realização da
manutenção preventiva em cada equipamento e as dificuldades de execução dentro
das enfermarias e setores sempre com sua lotação máxima. Foi realizada conversa
com os coordenadores de cada setor e o agendamento dos serviços conforme
cronograma elaborado em conjunto.
Os serviços de manutenção preventiva nesses equipamentos levaram
aproximadamente dois meses para serem concluídos, tendo obtido um ótimo
resultado de melhoria na qualidade do ar e nas temperaturas internas das
enfermarias.
Como as enfermarias abrigam em sua maioria cinco pacientes, uns sentiam
frio enquanto outros reclamavam de calor, mesmo estando no mesmo ambiente, o
que gerava um alto índice de reclamações ou solicitações para mudança da
temperatura nas salas. Para a solução deste problema, incluímos no POP (ANEXO
5) as temperaturas ideais a serem mantidas em todos os setores e câmaras frias do
hospital em acordo com as normas.
Após a manutenção preventiva nos hidrônicos e splits, foi iniciada a
manutenção preventiva nos fancoils dos ares centrais, realizando a limpeza química,
instalação de filtros tipo manta, substituição de rolamentos, polias, correias, mancais
e alguns outros componentes necessários para o correto funcionamento dos
equipamentos.
Paralelamente a essas manutenções (Figura 30), foram realizados as
medições de polias, mancais, rolamentos e outros componentes de desgaste
natural, elaborando uma planilha com a identificação de cada equipamento e seus
respectivos componentes. Tal planilha é utilizada para subsidiar a compra de peças
sobressalentes para estoque e substituição imediata, uma vez que setores críticos
não podem ficar sem climatização a mercê da realização do processo de compra e
espera de peças. Com isso, foram reduzidos em aproximadamente 95% as chances
de inoperâncias dos equipamentos por falta de componentes de desgaste natural.
74

Foi elaborado um check-list (ANEXO 4) de monitoramento diário de


temperatura nas câmaras frigoríficas e mortuárias, sendo estas visíveis e disponíveis
para fiscalização.

Figura 30 - Algumas das manutenções realizadas pela equipe de refrigeração e climatização

Fonte: Engenharia de manutenção, 2018.


75

4.5.2.3 Equipamentos biomédicos

A manutenção preventiva dos equipamentos biomédicos é a mais complexa


dentro de um ambiente hospitalar, devido a estarem ligadas diretamente à
realização dos exames diagnósticos e à manutenção de vidas.
São utilizados os dados obtidos no início da equipe própria, tais como: os
setores que mais solicitam serviços, quais os equipamentos que apresentam
maiores problemas, a criticidade dos aparelhos. Com os dados obtidos desde o
início da gestão, foi possível realizar monitoramentos por índices (Figura 31) de
MTTA (average de tempo de atendimento), MTTR (average de tempo de execução),
MTBF (average de tempo de última ocorrência) e tempo de disponibilidade de
operação dos equipamentos.

Figura 31 - Quadro de análise de otimização com os índices MTTR e MTBF

Fonte: Total Qualidade, 2013.

Além das manutenções preventivas, os equipamentos biomédicos têm a


particularidade de terem que passar por calibrações por empresas especializadas e
com equipamentos credenciados e normatizados, desta forma esses serviços
precisam ser realizados através de contratos com empresas especializadas.
76

Figura 32 - Resumo estatístico de solicitação de serviços de engenharia clínica

Fonte: Google.docs/forms, 2018.

Após a análise dos dados (Figura 32) foi possível a avaliação dos setores
críticos, desta foi elaborado rondas diárias iniciadas as 7:00hs nos setores em
questão: CC, CTI adulto, pediátrico e neonatal, CTQ e CME.
O hospital dispõe de mais de 1800 equipamentos biomédicos, desde os mais
simples como aparelhos de pressão aos mais complexos como o tomógrafo, sendo
todos eles devendo passar por manutenção preventiva conforme periodicidade
descrita em seus manuais.
Como o foco do presente trabalho é a implantação da equipe de manutenção
e o estudo de equipamentos hospitalares é muito extenso, além de ser ligado
diretamente a engenharia clínica, não prolongaremos o item em questão.

4.6 Anomalias construtivas

Foram encontrados diversos problemas oriundos de fatores endógenos.


Alguns erros de projeto como a climatização das salas de emergência vermelha e
amarela, e o isolamento térmico subdimensionado das tubulações de água gelada
77

do sistema de climatização (Figura 33) do hospital são os mais graves, porém


existem alguns mais simples como erros de layout.
Os problemas mais graves oriundos de fatores endógenos têm alto custo de
manutenção, pois demandam a paralização de setores para a realização do reparo e
alto custo de materiais, sendo estes devendo ser reparados após a execução da
obra/reforma da edificação, em critério de garantia dos serviços.

Figura 33 - Tubulações com isolamento térmico subdimensionado apresentando condensação

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2018.

Problemas oriundos por fatores exógenos ou externos são comuns nas


edificações públicas, uma vez que se trata de problemas oriundos de terceiros. As
instalações hidráulicas e elétricas sofrem depredação diariamente, sejam por
pacientes, acompanhantes e até mesmo por funcionários internos.
O vandalismo (Figura 34) é um fator considerável em relação ao custo dos
serviços de manutenção, assim como o furto, que também ocorre com frequência no
hospital. Para a diminuição desses tipos de manutenção, foram elaboradas
estratégias como a utilização de produtos fabricados em PVC ao invés de metal,
relocação de câmeras de monitoramento para locais estratégicos, substituição de
lâmpadas eletrônicas por lâmpadas tubulares, e algumas outras modificações que
impactaram na diminuição dessas manutenções.
78

Figura 34 - Instalações internas depredadas

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2018.

4.7 Falhas

Durante todo o processo de planejamento e implantação da equipe própria,


ocorreram algumas falhas, porém as mesmas serviram para correção dos fluxos de
trabalho e para melhoria dos processos, sendo:
a) Falhas de planejamento: Como não havia indicadores, as manutenções
iniciais foram planejadas de forma equivocada, atendendo a setores e a serviços
não emergenciais. Para a correção, foram inseridos no sistema as ordens de serviço
executadas pelas empresas terceirizadas no período de dezembro a abril, criando
assim um histórico que possibilitou a emissão de relatórios indicadores mais
precisos. Desta forma, foi elaborado um plano de manutenção mais bem definido.
b) Falhas de execução: Devido ao curto período de tempo para a
aquisição dos materiais iniciais, foram realizadas as compras de alguns materiais de
baixa qualidade ou de fabricante não compatível com a edificação. Posteriormente
79

foi corrigido o problema, o setor de compras foi orientado com as especificações


necessárias e foi realizada a troca dos materiais comprados erroneamente.
c) Falhas operacionais: Inicialmente ocorreram algumas falhas nos
serviços de refrigeração e climatização devido à falta de um procedimento
padronizado de temperaturas em diversos setores. Foi realizada a correção dessas
falhas, foi elaborado um POP (ANEXO 5) onde constam as temperaturas a serem
respeitadas em cada setor do hospital, sendo essa em acordo com as normas do
Ministério da saúde, através da Portaria 3523.
d) Falhas gerenciais: Ocorreram algumas falhas gerenciais relativas à
falta de fiscalização durante a execução de alguns serviços, devido a ter sido
depositado um excesso de confiança em alguns profissionais. Como a gestão de
pessoas é um dos problemas mais difíceis de ser solucionado devido as
características pessoais de cada um, após algumas tentativas ineficazes de
mudança do cenário, a gestão optou pelo desligamento de alguns profissionais.

4.8 Política de redução de consumo

Visando a economia nas faturas de energia elétrica, água e esgoto, foi


iniciado a identificação e o monitoramento das causas dos desperdícios de energia
elétrica e água.

4.8.1 Água e esgoto

Com o início da política de manutenções preventivas diárias nas descargas,


torneiras, registros e rabichos já foram possíveis verificar uma redução de
aproximadamente 12% no consumo de água (fev-mar).
Em seguida, foi verificada a pressão da água nas torneiras, principalmente
nos pavimentos mais baixos que eram altas, o que impacta diretamente no aumento
do consumo de água. Isso se deve devido à altura da edificação e o peso d’agua
dos reservatórios superiores localizados na cobertura da edificação.
Após a identificação, foi realizada a instalação de redutores de pressão em
todas as torneiras dos pavimentos: térreo, 1º, 2º e 3º, por apresentarem maior
pressão e consequentemente um maior desperdício.
80

Após um mês (mar-abri) dessas instalações, foi verificada a redução de 15%


no consumo de água, conforme Gráfico 1.

Gráfico 1 - Representação gráfica de redução de consumo de água (m³/dia)

Consumo de água 2017/2018


(m³/dia)
250 225,20
200 167,81
150
100
50
0
Dez Jan Fev Mar Abri Mai

Fonte: Faturas mensais da concessionária, 2017/2018. Elaborado pelos autores, 2018.

Devido a um valor teto mensal para a compra de materiais, as válvulas


redutoras estão sendo compradas parcialmente e o processo de compra e
instalação levará cerva de três meses para ser concluído. Desde que a política de
redução de consumo foi adotada, houve uma economia mensal de
aproximadamente 27% no consumo de água.
Outras ações como: substituição de boias mecânicas por eletro boias nos
reservatórios inferiores e superiores e o monitoramento diário do consumo de água,
realizado através de leitura do hidrômetro diariamente e no mesmo horário também
estão sendo adotadas para a redução de consumo. Tal monitoramento permite a
localização de vazamentos oriundos de válvulas ou registros de dreno dos
reservatórios e dos sistemas de combate a incêndios (sprinklers e hidrantes).
Para a redução ainda maior do consumo de água, será realizada também a
instalação de válvulas redutoras de pressão nos chuveiros das 77 enfermarias
distribuídas no hospital, assim como a reutilização da água do escoamento pluvial,
que ainda é descartado na rede de esgoto e aumenta os custos da operação da
estação de tratamento.
81

4.8.2 Energia elétrica

Para a redução das faturas de energia elétrica, inicialmente foi realizado a


substituição dos refletores externos do hospital, que antes utilizam lâmpadas mistas
de 1000w por refletores em LED de 200w que produzem uma maior luminosidade e
uma redução de consumo de 65%.
Também foi realizado o seccionamento e distribuição dos circuitos das
luminárias dos corredores e estacionamento de forma a possibilitar o desligamento
de metade das séries durante o dia, aproveitando a luminosidade natural.
Foi realizada uma análise das faturas de energia elétrica desde dezembro de
2017 até hoje. Pode-se verificar uma redução de aproximadamente 13% no
consumo devido à política de redução adotada, conforme Gráfico 2.

Gráfico 2 - Representação gráfica de redução de consumo de energia

Consumo de energia elétrica 2017/2018


227,70
(KW/dia)
230
220
210 197,27
200
190
180
Dez Jan Fev Mar Abri Mai

Fonte: Faturas mensais da concessionária, 2017/2018. Elaborado pelos autores, 2018.

Está sendo realizado também o estudo de diminuição da demanda


contratada, pois foi verificado ser superior ao teto de consumo demandado até o
momento.
Posterior foi realizado um estudo pelo setor de manutenção para a aquisição
de lâmpadas tubulares de LED para a substituição das fluorescentes tubulares
existentes, conforme Quadro 3.
82

Quadro 3 - Cálculo de redução de consumo por retrofit por lâmpadas LED.

Luminárias com Consumo em Tarifa atual Gasto anual com


Duração Quantidade
2 lâmpadas watts + 30% de por cada o consumo de
diária de de dias por
tubulares de 36w perda do reator KW/h + energia das
atividade (h) ano
(unid.) (KW) impostos luminárias
Lâmpadas
R$ R$
T8 2.107 0,104 24 360
0,377 713.761,252
fluorescentes
Lâmpadas R$ R$
2.107 0,036 24 360
T8 LED 0,377 247.071,203

Quantidade Custo para o Quantidade


Custo de reator
de descarte de reatores Gasto anual
Custo de + mão-de-obra
lâmpadas correto de queimados com
cada lâmpada para
queimadas lâmpadas por ano (vida manutenção
substituição
em 1 ano (unid.) útil 40.000h)
Lâmpadas T8
R$
fluorescentes (vida 2.349 R$ 4,90 R$ 1,80 234 R$ 43,00
25.800,30
útil 7.500h)

Lâmpadas T8 LED R$
435 R$ 48,00 ** 0 0
(vida útil 40.000h) 20.880,00

** Lâmpadas LED não possuem vapor de mercúrio, não há necessidade de um descarte especial.

Quantidade de
lâmpadas a Custo de cada
Custo do investimento Total Geral
serem lâmpada
no retrofit por LED substituídas
2.107 R$ 48,00 R$ 101.136,00

Gasto anual total Total de economia


Gasto anual total com a Total de economia entre
com a lâmpada entre ambas, no 1º
lâmpada fluorescente ambas em 4 anos
LED ano de substituição

R$ 739.561,55 R$ 267.951,203 R$ 370.474,35 R$ 1.785.305,39

Fonte: Elaborado pelos autores, 2018.

Foi previsto pelo setor uma economia de R$ 1.785.305,39 em até quatro anos
após a substituição de todas as lâmpadas fluorescentes por LED. Esse estudo ainda
está em trâmite de aprovação junto à gerência de operações.
83

4.9 Indicadores

Neste subitem são informados os indicadores de manutenção elaborados com


a utilização dos dados extraídos das solicitações de serviços e das execuções,
assim como os dados de faturas de consumo, realizando uma análise comparativa
da situação encontrada no início da nossa gestão e a realidade atual.
O setor de engenharia de manutenções foi subdividido em três áreas de
atuação, sendo: engenharia predial, clínica e de refrigeração e climatização. Com a
implantação de políticas de manutenções preventivas, a quantidade de ordens de
serviço aumentou consideravelmente (Gráfico 3).

Gráfico 3 - Representação gráfica com a quantidade de ordens de serviços executadas - Dez/17 X


Mai/18

Dez/17 Mai/18
379 679
89

261
170 107

Engenharia predial Engenharia predial


Engenharia clínica Engenharia clínica
Engenharia de refrigeração e climatização Engenharia de refrigeração e climatização

Fonte: Elaborado pelos autores, 2018.

Com o início da equipe própria, foi intensificado um trabalho de manutenções


preventivas a fim de diminuir custo, isso pode ser verificado nos gráficos a seguir
(Gráfico 4, 5, 6 e 7).
84

Gráfico 4 - Representação gráfica de percentual do tipo de manutenção realizada – Dez/17 X Mai/18

Dez/17 Mai/18
82,5%
61,28%
35,85%

17,5%

0%
0% 2,87% 0%
Corretiva Preventiva Preditiva Detectiva Corretiva Preventiva Preditiva Detectiva

Fonte: Elaborado pelos autores, 2018.

Gráfico 5 - Representação gráfica com as quantidades de ordens de serviço executadas durante o


período de gestão

Ordens de serviço concluídas


800
710
700

600 535 582


580

500
379
400

300

200 170 174


160
135 134
100 109
89 93 97 105
0
dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18

Engenharia predial
Engenharia clínica
Engenharia de refrigeração e climatização

Fonte: Elaborado pelos autores, 2018.


85

Gráfico 6 - Representação gráfica de percentual dos tipos de serviços da engenharia predial

Fonte: Elaborado pelos autores, 2018.

Gráfico 7 - Representação gráfica de percentual de equipamentos atendidos pela engenharia de


refrigeração e climatização

Fonte: Elaborado pelos autores, 2018.

O aumento na quantidade de atendimentos (Gráfico 8) na engenharia clínica


se deve pela implantação das manutenções preventivas, porém atualmente não está
86

sendo realizadas as calibrações devido à necessidade de contratação de empresa


especializada.

Gráfico 8 - Representação gráfica de comparativo dos tipos de manutenções executadas na


engenharia clínica – Dez/17 X Mai/18

Dez/17 Mai/18
54
111 150
30
5
0

Corretiva Preventiva Calibrações Corretiva Preventiva Calibrações

Fonte: Elaborado pelos autores, 2018.

O Gráfico 9 representa os recursos ideais, mínimos e os atuais a serem


aplicados para a execução das manutenções do hospital. Esse comparativo
exemplifica a realidade da manutenção com os recursos disponibilizados.

Gráfico 9 - Representação gráfica de recursos disponibilizados para a manutenção

Fonte: Elaborado pelos autores, 2018.

As reduções de consumo executadas pelo setor de manutenção têm um


resultado significativo na redução dos custos de operação. Desta forma, o Gráfico 10
87

abaixo representa o percentual de economia no qual a atuação do setor


proporcionou.

Gráfico 10 - Representação gráfica de percentual de redução de consumo – Dez/17 X Mai/18

Fonte: Elaborado pelos autores, 2018.

Abaixo segue o Gráfico 11 com o comparativo no qual mostra que se o lucro


gerado pela redução de consumo fosse investido no setor de manutenção, haveria
um investimento próximo com a realidade das necessidades do hospital, porém isso
não ocorre.

Gráfico 11 - Representação gráfica com a comparação lucro X déficit do setor de manutenções

Fonte: Elaborado pelos autores, 2018.


88

4.10 Imagens internas da edificação

Abaixo seguem algumas imagens (Figuras 35 a 52) das dependências do


hospital, serviços que são realizados e dos equipamentos que recebem
monitoramento diário pela equipe de manutenção própria. As mesmas servem como
parâmetro visual para melhor assimilação do conteúdo descrito no presente
trabalho.

Figura 35 - Cobertura da edificação

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2018.

Figura 36 - Sistema de aquecimento por placas fotovoltaicas

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2018.

Figura 37 - Chillers do sistema de climatização

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2018.


89

Figura 38 - Central de gases medicinais

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2018.

Figura 39 - Boillers de aquecimento de água

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2018.

Figura 40 - Refeitório

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2018.


90

Figura 41 - Corredores internos

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2018.

Figura 42 - Corredores internos dos setores clínicos

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2018.

Figura 43 - Sistema de monitoramento / câmara mortuária

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2018.


91

Figura 44 - Elevadores sociais e de serviço

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2018.

Figura 45 - Subsolo da edificação

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2018.

Figura 46 - Geradores de energia

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2018.


92

Figura 47 - Cabine primária e transformadores de energia

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2018.

Figura 48 - Recepções da clínica geral e visitantes

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2018.

Figura 49 - UTI pediátrica e auditório

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2018.


93

Figura 50 - UTI pediátrica e auditório

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2018.

Figura 51 - Estacionamento interno

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2018.

Figura 52 - Entrada da emergência vermelha e corredor da emergência verde

Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2018.


94

5 CONCUSÃO

Este estudo teve a intenção de apresentar de forma prática a eficácia da


implantação de equipe de manutenção própria, visto a redução de custos
significativa e a possibilidade de alterações e remanejamentos de fluxo e distribuição
dos serviços em acordo com a demanda.
Foi possível constatar que os conceitos de manutenção predial deverão surgir
em acordo com a concepção do projeto e com os princípios da mantenabilidade e
confiabilidade para que os serviços sejam realizados com eficácia e qualidade
necessária para um bom resultado.
Destaca-se ainda que ao se realizar uma gestão com responsabilidade, é
possível a obtenção de resultados positivos, mesmo diante das dificuldades
apresentadas.
Através do estudo de caso realizado, foi possível constatar que a aplicação do
conceito 5S, auxilia e contribui para a redução de desperdícios e consequentemente
o aumento da produtividade e qualidade dos serviços prestados à população.
Foi visto ainda a importância do acompanhamento das atividades de
manutenção, de forma a alimentar com dados concisos e verdadeiros, para que se
tenha uma leitura do que está sendo realizado em tempo real.
Desta forma, a função da manutenção tende a impedir a eventual
deterioração das funções de operação dos equipamentos, notadamente aquelas que
induzem as falhas ocultas, que procedem na incapacidade do processo. Apenas
uma manutenção adequada pode garantir que o processo não perderá sua
capacidade devido a desvios provocados por problemas em equipamentos.
Tendo em vista a escassez de publicações inerentes a temática do estudo,
sugere-se que sejam realizados novos estudos a fim de que os mesmos estejam
direcionados a melhorias nas prestações dos serviços em ambiente público. Logo,
este relatório pode ser utilizado futuramente como ponto inicial de pesquisas mais
profundadas, podendo trazer informações e dados mais detalhados sobre a natureza
dos problemas encontrados nas edificações hospitalares.
95

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99

ANEXO 1 - Check List de manutenção predial: elétrica

DATA
CHECK LIST DIÁRIO - ELÉTRICA NOTURNO
/ /

HORÁRIO DE
NOME DO FUNCIONÁRIO: HORÁRIO DE INÍCIO : :
TÉRMINO

1- SISTEMAS HIDRÁULICOS

1.2- SISTEMA DE ÁGUA POTÁVEL

1.2.1- Fornecimento de água pela concessionária Normal Deficiente Sem fornecimento Observações:

1.2.2- Nível da cisterna de reserva de incêndio 100% 80% 50% 30% 0%

1.2.3- Nivel dos reservatórios de água potável (tanques) 100% 80% 50% 30% 0%

1.2.4- Operação da bomba que interliga a cisterna aos reservatórios Desligada Ligada Com defeito

1.2.5- Operação da bomba 1 que interliga os reservatórios á caixa dágua Desligada Ligada Com defeito

1.2.6- Operação da bomba 2 que interliga os reservatórios á caixa dágua Desligada Ligada Com defeito

1.2.7- Operação da bomba 3 que interliga os reservatórios á caixa dágua Desligada Ligada Com defeito

1.2.8- Nível da caixa d'agua superior 100% 80% 50% 30% 0%

1.3- ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO

1.3.1- Nível do reservatório da elevatória 100% 80% 50% 30% 0%

1.3.2- Bomba submersa 1 Modo automático Modo manual Com defeito

1.3.3- Bomba submersa 2 Modo automático Modo manual Com defeito

1.3.4- Soprador 1 Modo automático Modo manual Com defeito

1.3.5- Soprador 2 Modo automático Modo manual Com defeito

1.3.6- Soprador 3 Modo automático Modo manual Com defeito

3- GASES MEDICINAIS

3.2- CENTRAL DE SUPRIMENTO RESERVA (OXIGÊNIO)

3.2.1- Verificação da pressão do sistema 1 (lado esquerdo) Pressão aferida bar x 100kPa

3.2.2- Verificação da pressão do sistema 2 (lado direito) Pressão aferida bar x 100kPa

3.2.3- Foi realizada a troca de algum cilindro? Sim Não

3.3- CENTRAL SEMI-AUTOMÁTICA (ÓXIDO NITROSO)

3.3.1- Verificação da pressão do sistema 1 (lado esquerdo) Pressão aferida bar x 100kPa

3.3.2- Verificação da pressão do sistema 2 (lado direito) Pressão aferida bar x 100kPa

3.3.3- Foi realizada a troca de algum cilindro? Sim Não Qual sitema:

3.4- CILINDROS DE GASES

3.4.1- Oxigênio gasoso medicinal (Cilindro 10m³) Quant. Cheios Quant. Vazios

3.4.2- Oxigênio gasoso medicinal (Cilindro 1m³) Quant. Cheios Quant. Vazios

3.4.3- Oxigênio gasoso medicinal COMPACT (Cilindro 1m³) Quant. Cheios Quant. Vazios

3.4.4- Óxido Nitroso medicinal (Cilindro 29 Kg) Quant. Cheios Quant. Vazios

3.4.5- Nitrogênio gasoso comum (Cilindro cinza 10m³) Quant. Cheios Quant. Vazios

3.4.6- Nitrogênio gasoso especial 5.0 (Cilindro azul 10m³) Quant. Cheios Quant. Vazios

3.4.7- Mistura especial Óxido Nitrico (Cilindro 4m³) Quant. Cheios Quant. Vazios
100
4- SISTEMA DE AR COMPRIMIDO

4.1- Verificação da pressão do sistema 1 (lado esquerdo) Pressão aferida lbf/pol²

4.2- Verificação da pressão do sistema 2 (lado direito) Pressão aferida lbf/pol²

4.3- Operação do compressor 1 Desligado Ligado Com defeito

4.4- Operação do compressor 2 Desligado Ligado Com defeito

5- SISTEMA DE VÁCUO

5.1- Verificação da pressão negativa do sistema Pressão aferida mmHg

5.2- Operação do motor 1 Desligado Ligado Com defeito

5.3- Operação do motor 2 Desligado Ligado Com defeito

6- SISTEMAS ELÉTRICOS

6.1- GERADORES

6.1.1- Motor 1 Modo automático Modo manual Com defeito

6.1.2- Motor 2 Modo automático Modo manual Com defeito

6.1.3- Motor 3 Modo automático Modo manual Com defeito

6.1.4- Painel de controle Modo automático Modo manual Com defeito

6.1.5-Realização de testes Sim Não Resultado:

6.2 - CABINE DE ENTRADA E MEDIÇÃO

6.2.1- Módulo 1 - Cubículo de entrada média tensão (linha 1 - Herwal) Carregada Sem carga Observações:

Falta de tensão no
6.2.2- Módulo 1 - Proteção por relé transferência automática Auto check Alarme Observações:
DTAC

6.2.3- Módulo 2 - Cubículo de entrada média tensão (linha 2 - Dom Pedro) Carregada Sem carga Observações:

Linha 1 (Herval) Linha 2 (Dom Pedro) Manual Automático


6.2.4- Módulo 2 - Qual linha está em operação no momento?
DTAC ligado Bloqueio atuado Observações:

6.2.5- Módulo 4 - Disjuntor de proteção 1 Disjuntor ligado Disjuntor desligado Auto chek Falta de tensão auxiliar Alarme

6.3- PAINEL DE MÉDIA TENSÃO 13,8 KV

6.3.1- Módulo 1 - Cubículo de entrada do ramal de média tensão em 13,8 KV Em operação Inoperante Observações:

6.3.2- Módulo 2- Cubículo de proteção do transformador 1 Em operação Inoperante Observações:

6.3.3- Módulo 3- Cubículo de proteção do transformador 2 Em operação Inoperante Observações:

6.3.4- Módulo 4- Cubículo de proteção do transformador 3 Em operação Inoperante Observações:

6.4- PAINEL DE PARALELISMO DOS TRANSFORMADORES – PPT

6.4.1-Disjuntores de proteção BT Em operação Inoperante Observações:

6.5- QUADRO GERAL DE BAIXA TENSÃO – QGBT

6.5.1- Disjuntor geral de entrada Em operação Inoperante Observações:

6.5.2- Disjuntores parciais Em operação Inoperante Observações:

6.6- QUADRO DE TRANSFERÊNCIA AUTOMÁTICA – QTA

6.6.1- Disjuntor de rede Em operação Inoperante Observações:

6.6.2- Disjuntor do gerador Em operação Inoperante Observações:

6.7- QUADRO DE FORÇA DO SISTEMA DE AQUECIMENTO DE ÁGUA - 10º ANDAR

6.7.1- Disjuntores das resistências Em operação Inoperante Observações:

6.7.2- Disjuntores do sistema de recirculação dos paineis solares Em operação Inoperante Observações:

6.7.3- Disjuntores do sistema de recirculação interna Em operação Inoperante Observações:

6.7.4- Disjuntor geral Em operação Inoperante Observações:


101
6.8- QUADRO ELÉTRICO DSI DA UTI NEO

6.8.1- Dispositivos supervisores de isolamento Em operação Inoperante Observações:

6.9- QUADRO ELÉTRICO PRINCIPAL E TRANFORMADORES CTI NEO (4º andar)

Quantidade em Quantidade
6.9.1- Trafos Observações:
operação Inoperante

6.9.2- Verificação da tensão de entrada Normal Anormal Tensões:

6.9.3- Verificação da tensão de saída Em operação Inoperante Tensões:

6.9.4- Verificação e reaperto dos borners Realizado Não necessário Observações:

6.10- QUADROS ELÉTRICOS DA CLIMATIZAÇÃO DO CENTRO CIRURGICO / SALA AMARELA (LOCALIZADOS NO TELHADO)

6.10.1- Verificação dos disjuntores do quadro geral Em operação Inoperante Com defeito

6.10.2- Verificação dos disjuntores do quadro 1 Em operação Inoperante Com defeito

6.10.3- Verificação dos disjuntores do quadro 2 Em operação Inoperante Com defeito

6.10.4- Verificação dos disjuntores do quadro 3 Em operação Inoperante Com defeito

6.10.5- Verificação dos disjuntores do quadro 4 Em operação Inoperante Com defeito

6.10.6- Verificação dos disjuntores do quadro 5 Em operação Inoperante Com defeito

6.10.6- Verificação dos disjuntores do quadro 6 Em operação Inoperante Com defeito

6.11- NO BREAKS

6.11.1- Verificação do Nobreak 10º andar Em operação Inoperante Com defeito

6.11.2- Verificação do Nobreak 2º andar Em operação Inoperante Com defeito

6.12- OBSERVAÇÕES
102

ANEXO 2 - Check List de manutenção predial: elétrica

DATA
CHECK LIST DIÁRIO - ELÉTRICA DIURNO
/ /

HORÁRIO DE
NOME DO FUNCIONÁRIO: HORÁRIO DE INÍCIO : :
TÉRMINO

6- SISTEMAS ELÉTRICOS

6.1- GERADORES

6.1.1- Motor 1 Modo automático Modo manual Com defeito

6.1.2- Motor 2 Modo automático Modo manual Com defeito

6.1.3- Motor 3 Modo automático Modo manual Com defeito

6.1.4- Painel de controle Modo automático Modo manual Com defeito

6.1.5-Realização de testes Sim Não Resultado:

6.2 - CABINE DE ENTRADA E MEDIÇÃO

6.2.1- Módulo 1 - Cubículo de entrada média tensão (linha 1 - Herwal) Carregada Sem carga Observações:

Falta de tensão no
6.2.2- Módulo 1 - Proteção por relé transferência automática Auto check Alarme Observações:
DTAC

6.2.3- Módulo 2 - Cubículo de entrada média tensão (linha 2 - Dom Pedro) Carregada Sem carga Observações:

Linha 1 (Herval) Linha 2 (Dom Pedro) Manual Automático


6.2.4- Módulo 2 - Qual linha está em operação no momento?
DTAC ligado Bloqueio atuado Observações:

6.2.5- Módulo 4 - Disjuntor de proteção 1 Disjuntor ligado Disjuntor desligado Auto chek Falta de tensão auxiliar Alarme

6.3- PAINEL DE MÉDIA TENSÃO 13,8 KV

6.3.1- Módulo 1 - Cubículo de entrada do ramal de média tensão em 13,8 KV Em operação Inoperante Observações:

6.3.2- Módulo 2- Cubículo de proteção do transformador 1 Em operação Inoperante Observações:

6.3.3- Módulo 3- Cubículo de proteção do transformador 2 Em operação Inoperante Observações:

6.3.4- Módulo 4- Cubículo de proteção do transformador 3 Em operação Inoperante Observações:

6.4- PAINEL DE PARALELISMO DOS TRANSFORMADORES – PPT

6.4.1-Disjuntores de proteção BT Em operação Inoperante Observações:

6.5- QUADRO GERAL DE BAIXA TENSÃO – QGBT

6.5.1- Disjuntor geral de entrada Em operação Inoperante Observações:

6.5.2- Disjuntores parciais Em operação Inoperante Observações:

6.6- QUADRO DE TRANSFERÊNCIA AUTOMÁTICA – QTA

6.6.1- Disjuntor de rede Em operação Inoperante Observações:

6.6.2- Disjuntor do gerador Em operação Inoperante Observações:

6.7- QUADRO DE FORÇA DO SISTEMA DE AQUECIMENTO DE ÁGUA - 10º ANDAR

6.7.1- Disjuntores das resistências Em operação Inoperante Observações:

6.7.2- Disjuntores do sistema de recirculação dos paineis solares Em operação Inoperante Observações:

6.7.3- Disjuntores do sistema de recirculação interna Em operação Inoperante Observações:

6.7.4- Disjuntor geral Em operação Inoperante Observações:

6.8- QUADRO ELÉTRICO DSI DA UTI NEO


103
6.8.1- Dispositivos supervisores de isolamento Em operação Inoperante Observações:

6.9- TRANFORMADORES CTI NEO (4º andar)

Quantidade em Quantidade
6.9.1- Trafos Observações:
operação Inoperante

6.9.2- Verificação da tensão de entrada Normal Anormal Tensões:

6.9.3- Verificação da tensão de saída Em operação Inoperante Tensões:

6.9.4- Verificação e reaperto dos borners Realizado Não necessário Observações:

6.10- TRANSFORMADORES CENTRO CIRURGICO

Quantidade em Quantidade
6.10.1- Trafos Observações:
operação Inoperante

6.10.2- Verificação da tensão de entrada Normal Anormal Tensões:

6.10.3- Verificação da tensão de saída Em operação Inoperante Tensões:

6.10.4- Verificação e reaperto dos borners Realizado Não necessário Observações:

6.11- NO BREAKS

6.11.1- Verificação do Nobreak 10º andar Em operação Inoperante Com defeito

6.11.2- Verificação do Nobreak 2º andar Em operação Inoperante Com defeito

6.12- OBSERVAÇÕES
104

ANEXO 3 - Check List de manutenção predial: hidráulica

DATA
CHECK LIST DIÁRIO - HIDRÁULICA
/ /

HORÁRIO DE
NOME DO FUNCIONÁRIO: HORÁRIO DE INÍCIO : :
TÉRMINO

1- SISTEMAS HIDRÁULICOS

1.1- SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIOS

1.1.1- Sistema de bombas de incêndio Pressurizado Despressurizado Com defeito Pressão no manômetro:

1.2- SISTEMA DE ÁGUA POTÁVEL

1.2.1- Fornecimento de água pela concessionária (11:00 hs) Normal Deficiente Sem fornecimento Quanto marca o hidrômetro:

1.2.2- Nível da cisterna de reserva de incêndio 100% 80% 50% 30% 0%

1.2.3- Nivel dos reservatórios de água potável (tanques) 100% 80% 50% 30% 0%

1.2.4- Operação da bomba que interliga a cisterna aos reservatórios Desligada Ligada Com defeito

1.2.5- Operação da bomba 1 que interliga os reservatórios á caixa dágua Desligada Ligada Com defeito

1.2.6- Operação da bomba 2 que interliga os reservatórios á caixa dágua Desligada Ligada Com defeito

1.2.7- Operação da bomba 3 que interliga os reservatórios á caixa dágua Desligada Ligada Com defeito

1.2.8- Nível dos reservatórios d'agua superiores 100% 80% 50% 30% 0%

1.2.9- Nível da caixa d'agua superior do sistema de climatização 100% 80% 50% 30% 0%

1.3- ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO

1.3.1- Nível do reservatório da elevatória 100% 80% 50% 30% 0%

1.3.2- Bomba submersa 1 Modo automático Modo manual Com defeito

1.3.3- Bomba submersa 2 Modo automático Modo manual Com defeito

1.3.4- Soprador 1 Modo automático Modo manual Com defeito

1.3.5- Soprador 2 Modo automático Modo manual Com defeito

1.3.6- Soprador 3 Modo automático Modo manual Com defeito

1.4- SUBSOLO

1.4.1- Bomba submersa 1 (próximo a ETE) Modo automático Modo manual Com defeito

1.4.2- Bomba submersa 2 (próximo ao Morgue) Modo automático Modo manual Com defeito

1.4.3- Bomba submersa 3 (Próximo a Subestação) Modo automático Modo manual Com defeito

1.4.4- Bomba submersa 4 (próximo a entrada do estacionamento) Modo automático Modo manual Com defeito

1.4.5- Foi encontrado algum ponto de vazamento devido a tubulação ou conexões rompidas? Sim Não Qual tubo / conexão:

1.4.6- Foi encontrado alguma lâmpada queimada ou furtada? Sim Não Quantas:

1.4.7- A porta de acesso ao subsolo estava trancada? Sim Não

1.5- CAIXAS DE GORDURA

1.5.1- Nível da caixa de gordura 1 (em frente à central de gases) 100% 80% 50% 30% 0%

1.5.2- Nível da caixa de gordura 2 (em frente a cozinha) 100% 80% 50% 30% 0%

1.5.3- Nível da caixa de gordura 3 (próximo a ETE) 100% 80% 50% 30% 0%

2- SISTEMA DE GÁS GLP

2.1- Verificar pressão nos botijões (lado esquerdo) bar

2.2- Verificar pressão na rede (lado direito) bar


105

3- GASES MEDICINAIS

3.1- CENTRAL OXIGÊNIO LÍQUIDO

3.1.1- Verificação do nível do reservatório inH₂O

3.1.2- Verificação da pressão de entrada inH₂O

3.1.3- Verificação da pressão de saída inH₂O

3.1.4- Realizou o degelo através do chuveiro Sim Não

3.2- CENTRAL DE SUPRIMENTO RESERVA (OXIGÊNIO)

3.2.1- Verificação da pressão do sistema 1 (lado esquerdo) bar x 100kPa

3.2.2- Verificação da pressão do sistema 2 (lado direito) bar x 100kPa

3.2.3- Foi realizada a troca de algum cilindro? Sim Não Qual sistema?

3.3- CENTRAL SEMI-AUTOMÁTICA (ÓXIDO NITROSO)

3.3.1- Verificação da pressão do sistema 1 (lado esquerdo) bar x 100kPa

3.3.2- Verificação da pressão do sistema 2 (lado direito) bar x 100kPa

3.3.3- Foi realizada a troca de algum cilindro? Sim Não Qual sistema?

3.4- CILINDROS DE GASES (Somente nos finais de semana e feriados)

3.4.1- Oxigênio gasoso medicinal (Cilindro 10m³) Quant. Vazios Quant. Cheios Observações:

3.4.2- Oxigênio gasoso medicinal (Cilindro 1m³) Quant. Vazios Quant. Cheios Observações:

3.4.3- Oxigênio gasoso medicinal COMPACT (Cilindro 1m³) Quant. Vazios Quant. Cheios Observações:

3.4.4- Óxido Nitroso medicinal (Cilindro 29 Kg) Quant. Vazios Quant. Cheios Observações:

3.4.5- Nitrogênio gasoso comum (Cilindro cinza 10m³) Quant. Vazios Quant. Cheios Observações:

3.4.6- Nitrogênio gasoso especial 5.0 (Cilindro azul 10m³) Quant. Vazios Quant. Cheios Observações:

3.4.7- Mistura especial Óxido Nitrico (Cilindro 4m³) Quant. Vazios Quant. Cheios Observações:

4- SISTEMA DE AR COMPRIMIDO

4.1- Verificação da pressão do sistema 1 (lado esquerdo) Pressão aferida lbf/pol²

4.2- Verificação da pressão do sistema 2 (lado direito) Pressão aferida lbf/pol²

4.3- Operação do compressor 1 Desligado Ligado Com defeito

4.4- Operação do compressor 2 Desligado Ligado Com defeito

5- SISTEMA DE VÁCUO

5.1- Verificação da pressão negativa do sistema Pressão aferida mmHg

5.2- Operação do motor 1 Desligado Ligado Com defeito

5.3- Operação do motor 2 Desligado Ligado Com defeito

OBSERVAÇÕES GERAIS
106

ANEXO 4 - Check List de manutenção predial: refrigeração e


climatização

DATA
CHECK LIST DIÁRIO - CLIMATIZAÇÃO
/ /
HORÁRIO DE HORÁRIO DE
NOME DO FUNCIONÁRIO: : :
INÍCIO TÉRMINO
7- CLIMATIZAÇÃO

7.1- BOMBAS HIDRÁULICAS DE RECIRCULAÇÃO DE ÁGUA GELADA

Modo
7.1.1- Bomba 1 automático
Modo manual Com defeito Observações:

Modo
7.1.2- Bomba 2 Modo manual Com defeito Observações:
automático

Modo
7.1.3- Bomba 3 Modo manual Com defeito Observações:
automático
Modo
7.1.4- Bomba 4 Modo manual Com defeito Observações:
automático
Modo
7.1.5- Bomba 5 Modo manual Com defeito Observações:
automático

7.2 – CHILERS

7.2.1- Chiler 1 Ligado Desligado Com defeito

7.2.2- Chiler 2 Ligado Desligado Com defeito

7.2.3- Chiler 3 Ligado Desligado Com defeito

7.2.4- Chiler 4 Ligado Desligado Com defeito

7.3- FANCOILS

SETOR / LOCAL DA MÁQUINA FUNCIONAMENTO DEFEITO APRESENTADO

1 - UTI CTQ (10º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

2- UI CTQ (10º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

3 - Centro Cirúrgico CTQ (10º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

4 - Neurologia (10º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

5 - UTI Neo - lado esquerdo (5º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

6 - UI Neo - lado direito (5º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

7 - Lactário (4º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

8 - UTI Pediátrica - lado direito (4º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

9 - UI Pediátrica - lado esquerdo (4º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

10 - Isolamento Pediátrico (4º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

11 - Parto Cirúrgico 1 (3º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

12 - Parto Cirúrgico 2 (3º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

13 - Parto Cirúrgico 3 (3º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

14 - RPA (3º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

15 - UTI Adulto - Fundos (2º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

16 - UTI Adulto - Frente (2º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

17 - UI Adulto (2º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

18 - Isolamento 33 UTI Adulto (2º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

19 - Isolamento 34 UTI Adulto (2º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

20 - Centro Cirúrgico - Sala 01 (2º ANDAR -


Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia
TELHADO)
107
21 - Centro Cirúrgico - Sala 02 (2º ANDAR -
Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia
TELHADO)
22 - Centro Cirúrgico - Sala 03 (2º ANDAR -
Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia
TELHADO)
23 - Centro Cirúrgico - Sala 04 (2º ANDAR -
Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia
TELHADO)
24 - Centro Cirúrgico - Sala 05 (2º ANDAR -
Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia
TELHADO)
25 - Centro Cirúrgico - Sala 06 (2º ANDAR -
Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia
TELHADO)
26 - Centro Cirúrgico - Sala 07 (2º ANDAR -
Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia
TELHADO)
27 - RPA Centro Cirúrgico (2º ANDAR -
Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia
TELHADO)
28 - RPA Centro Cirúrgico (2º ANDAR -
Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia
TELHADO)
29 - Sala Amarela - frente (2º ANDAR -
Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia
TELHADO)
30 - Sala Amarela - fundos (2º ANDAR -
Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia
TELHADO)
31 - Isolamento da Sala Amarela 1 (2º ANDAR -
Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia
TELHADO)
32 - Isolamento da Sala Amarela 2 (2º ANDAR -
Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia
TELHADO)
33 - CME - Preparo (2º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

34 - CME Expurgo e Distribuição (2º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

35 - Endoscopia (2º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

36 - RPA Endoscopia (2º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

37 - Laboratório (2º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

38 - Sala Vermelha (1º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

39 - Raio X e Ultrassonografia (1º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

40 - Tomografia (1º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

41 - Emergência Pediátrica (1º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

42 - Isolamento da Emerg. Ped. (1º ANDAR) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

43 - Farmácia (TÉRREO) Operante Inoperante Motor Polia Rolamento Correia

7.4 - Fancoletes e splits

Em plena Em operação Todos


7.4.1 - Salas do 10º andar Quais os inoperantes:
operação parcialmente inoperantes
Em plena Em operação Todos
7.4.2 - Salas e enfermarias do 9º andar operação parcialmente inoperantes
Quais os inoperantes:

Em plena Em operação Todos


7.4.3 - Salas e enfermarias do 8º andar Quais os inoperantes:
operação parcialmente inoperantes
Em plena Em operação Todos
7.4.4 - Salas e enfermarias do 7º andar Quais os inoperantes:
operação parcialmente inoperantes
Em plena Em operação Todos
7.4.5 - Salas e enfermarias do 6º andar Quais os inoperantes:
operação parcialmente inoperantes
Em plena Em operação Todos
7.4.6 - Salas e enfermarias do 5º andar operação parcialmente inoperantes
Quais os inoperantes:

Em plena Em operação Todos


7.4.7 - Salas e enfermarias do 4º andar Quais os inoperantes:
operação parcialmente inoperantes
Em plena Em operação Todos
7.4.8 - Salas do 3º andar Quais os inoperantes:
operação parcialmente inoperantes

Em plena Em operação Todos


7.4.9 - Salas do 2º andar Quais os inoperantes:
operação parcialmente inoperantes
Em plena Em operação Todos
7.4.10 - Salas e enfermarias do 1º andar Quais os inoperantes:
operação parcialmente inoperantes
Em plena Em operação Todos
7.4.11 - Salas do Téreo Quais os inoperantes:
operação parcialmente inoperantes

6.12- OBSERVAÇÕES
108

ANEXO 05 – Procedimento Operacional Padrão - POP

FOLHA: REVISÃO:
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
1/25 04

Hospital Municipal Setor de Engenharia

Solicitação de serviços de manutenção em Engenharia Predial, ATUALIZADO EM


Climatização e Engenharia Clínica Fevereiro/2018

OBJETIVO: Padronizar a solicitação de serviços de manutenções.


ABRANGÊNCIA: Todos os equipamentos de saúde e estrutura física sob a
responsabilidade da ****** no Hospital Municipal.
DESCRIÇÃO DA ROTINA:

O presente documento tem como finalidade orientar todos os


colaboradores em relação aos fluxos de atendimento do setor de Engenharia
de manutenções.

A engenharia de manutenções é subdividida em três áreas de atuação,


sendo:

 Engenharia Predial
 Climatização e refrigeração
 Engenharia Clínica

Desde Janeiro/18 o Hospital dispõe de uma equipe própria composta por


30 pessoas, atendendo a diversas especialidades em período diurno e
emergencialmente em período noturno.

Todos os serviços deverão ser solicitados através do sistema, a fim de


ser obter um controle das solicitações e execuções dos mesmos, uma vez que
aa compras dos insumos consumidos nas manutenções devem ser justificadas.

Foram instalados em todos os computadores do Hospital 2 atalhos na


área de trabalho, sendo um para a Engenharia Predial/climatização e outro
109

para a Engenharia Clínica. Nos setores onde não existem equipamentos


hospitalares, somente foi instalado o atalho da Engenharia
Predial/climatização.

SOLICITAÇÃO DE MANUTENÇÕES PREDIAIS E CLIMATIZAÇÃO

Para a solicitação de serviços de manutenção predial e climatização,


favor seguir o fluxo abaixo:
1º - Acessar o formulário de solicitação de serviços através do atalho
“Engenharia Predial” localizado na área de trabalho do seu computador;
2º - Selecionar o tipo de solicitação a ser atendida, sendo:

Predial: Manutenções elétricas, hidráulicas, desentupimentos, fechaduras,


forros, pintura, serralheria, vidraçaria e fixações e serviços gerais.

Refrigeração: Manutenção em ares-condicionados tipo Fancoil ou Split, ar


central, geladeiras, freezers e câmaras frias.
Telefonia e CFTV: Solicitação de manutenção em ramais telefônicos,
instalação de novos ramais, manutenção e instalação de antenas, televisores e
câmeras.
Mobiliários: Manutenção em cadeiras, mesas, armários, macas e demais
mobiliários hospitalares e de escritório.
110

3º - Preencher o restante do formulário com as informações solicitadas a cada


tipo de serviço e enviar.

Solicitação de manutenção predial

Solicitação de manutenção de refrigeração e climatização


111

Solicitação de manutenção em telefonia, TV e câmeras

Solicitação de manutenção em mobiliários de escritório e hospitalares


112

Atentar para a opção correta de mobiliário

Após o envio da solicitação, aparecerá a tela de confirmação de envio.


Caso seja necessário o envio de outras solicitações, favor clicar em “enviar
outra resposta” e executar os procedimentos supracitados.

4º - Aguardar a realização do atendimento pelos técnicos da manutenção, ou


pela retirada do mobiliário pela zeladoria.
113

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

Os pedidos solicitados diretamente aos técnicos não serão executados.


Todos os pedidos devem ser gerados pelo sistema.

Todos os colaboradores têm acesso liberado ao sistema, caso esteja


bloqueado, favor solicitar liberação ao setor de T.I no ramal 220.

Para cada serviço a ser realizado deverá ser aberto um chamado no


sistema, Exemplo: “Troca de lâmpadas em todas as enfermarias do 5º andar”,
neste caso deverão ser abertas várias solicitações individuais para cada
enfermaria.

Para solicitações emergenciais, poderá ser solicitado por telefone,


porém posteriormente deve-se lançar no sistema a solicitação. Entende-se
como emergenciais, solicitações que tratam de riscos a vida dos colaboradores
e pacientes.
Não é permitido a entrega de mobiliários diretamente ao setor de
manutenções, os mesmos deverão serem retirados pela zeladoria através de
ordem de serviço enviada ao setor de manutenções.

 Climatização

No Hospital são inexistentes controladores de temperatura nos fancoils,


o que impossibilita a regulagem correta da temperatura em alguns setores.
Consequentemente temos muitos chamados para realizar o aumento da
temperatura e o resfriamento das salas durante todo o dia. Neste caso
adotaremos as temperaturas regulamentadas pela norma ABNT NBR
7256:2005, a saber:

FAIXA DE
AMBIENTE AMBULATORIAL E DE EMERGENCIA IMEDIATA TEMPERATURA
(ºC)

Salas de inalação 21 -24

Salas de procedimentos invasivos 21 -24

Salas de emergência (politrauma e parada cardíaca) 21 -24

Sala de isolamento 21 -24


114

FAIXA DE
APOIO AS DIAGNÓSTICO E TERAPIA TEMPERATURA
(ºC)
Laboratórios 21 - 24
Sala de Endoscopia / Colonoscopia 22 - 26
Sala de Raio X 21 - 25
Sala de Tomografia 18 - 21
FAIXA DE
INTERNAÇÃO TEMPERATURA
(ºC)
Quarto para paciente com infecção transmitida pelo ar 21 - 24
UTI Neonatal 22 -26
UTI/CTI Coletivo ou Isolamento 21 - 24
UTQ/CTQ Internação para tratamento intensivo de
21 - 24
queimados
Quarto ou enfermaria 26 - 30

OBS: Apesar da norma indicar temperatura de 26 a 30 ºC nas enfermarias,


trabalharemos com a temperatura em torno de 23 – 27º C para melhor
atendimento aos pacientes.

FAIXA DE
CENTROS CIRÚRGICO E OBSTÉTRICO TEMPERATURA (ºC)

Sala de indução anestésica / RPA 21 - 24


Salas de Cirurgia 18 - 22
FAIXA DE
APOIO TÉCNICO
TEMPERATURA (ºC)
Nutrição enteral / Lactário 21 - 24
Farmácia 22 -26
Câmara mortuária 0-3
CME 21 - 24
Não é necessário
Rouparia controle de
temperatura.

FAIXA DE
COZINHA TEMPERATURA (ºC)

Câmara frigorífica de Congelados 0 a -5


115

Câmara frigorífica de Laticínios 2-7


Câmara frigorífica de Hortifruti 7 - 14
Câmara frigorífica de Sobremesas 4-8
Câmara frigorífica do lixo 6-8
Demais salas refrigeradas 21 – 24

Todos os equipamentos de refrigeração são identificados e numerados a


fim de se realizar um controle de manutenções preventivas. As manutenções
preventivas serão realizadas de acordo com o cronograma elaborado pelo
setor de manutenções. Tal cronograma será enviado às Coordenações dos
setores sempre que for elaborado, sendo realizado sempre em épocas de
Outono e Inverno.
Para atendimento de climatização temos profissionais diaristas e
plantonistas diurnos contratados, desta forma, os atendimentos as demandas
desse tipo de serviço serão atendidas entre os horários de 07:00 as 19:00hs,
em todos os dias da semana. Caso tenhamos algum chamado fora deste
horário, tentaremos solucionar através do eletricista plantonista noturno
somente em caso de emergência. Será considerado emergência caso alguma
sala atinja temperaturas que tragam risco aos pacientes e colaboradores.

 Predial

Alguns serviços passarão a ser realizados em caráter preventivo, tais


como troca de lâmpadas e tomadas, reparo em torneiras e vasos sanitários,
reparo em mobiliários de escritório, entre outros. Os técnicos estarão
equipados com um carrinho de transporte com materiais e ferramentas para a
execução de alguns reparos e atenderão os andares conforme cronograma a
seguir:
116

HIDRÁULICA ELÉTRICA
ANDAR DATA SEMANAL ANDAR DATA SEMANAL
10º 10º
Sábado
9º 9º Segunda-feira
8º 8º
Segunda-feira
7º 7º
Terça-feira
6º 6º
Terça-feira
5º 5º
4º 4º Quarta-feira
3º Quarta 3º
2º 2º
Quinta-feira
1º Quinta 1º
Térreo Domingo Térreo Sexta-feira

OBS: A ronda supracitada é de manutenção preventiva, desta forma o


técnico emitirá uma ordem de serviço no ato do reparo para a assinatura
do responsável do local/setor onde ocorreu a execução do reparo.

A Engenharia predial realiza consertos de mobiliários existentes nos


setores, porém não fornece novos mobiliários e não realiza o transporte dos
mesmos para outros setores. Caso se faça necessário a transferência do
mobiliário para outros setores, deverá ser solicitado diretamente a Zeladoria no
ramal 229.
Para a realização de compra de novo mobiliário, favor solicitar
diretamente ao Coordenador do setor em questão, para que ele possa solicitar
a compra e realizar o fluxo já existente para aquisições.
Para a instalação de novos pontos de rede lógica, manutenção em
computadores, bem como problemas em impressoras e sistemas, favor entrar
em contato com o setor de T.I no ramal 220. A manutenção predial realiza a
passagens dos cabos, porém é o setor de T.I que informa de onde e para onde
os cabos devem ser encaminhados, desta forma somente atenderemos esses
serviços quando solicitados diretamente pelo setor de T.I.

Serviços relacionados a extintores de incêndio, sinalizações de


emergência, equipamentos de proteção individual e problemas que tenham
influência na segurança do colaborador ou paciente, deveram ser informados
diretamente ao SESMT ou aos integrantes da CIPA.

Para atendimento as demandas de marcenaria, serralheria, pedreiro e


pintor, temos contratados profissionais diaristas, sendo o atendimento a essas
117

demandas realizados entre os horários de 8:00 as 17:00hs, de segunda a


sexta-feira.

Para atendimento as demandas de elétrica e hidráulica temos


contratados profissionais plantonistas diurnos e diaristas, sendo o atendimento
a essas demandas realizados entre os horários de 7:00 as 19:00hs, em todos
os dias da semana.

No período noturno é existente apenas um profissional, sendo a sua


principal função o monitoramento da rede elétrica, da central de gases
medicinais, da central de ar comprimido, dos chillers do sistema de
climatização e dos sistemas de combate à incêndio na ocorrência de um
sinistro. O profissional fica localizado na sala de emergência localizada acima
dos geradores nos fundos da edificação, e atende pelo mesmo ramal 228. Tal
fato impossibilita o mesmo de circular pelo Hospital executando serviços no
período noturno, uma vez que numa queda de energia pode ocorrer de estar
distante do gerador e até mesmo ficar preso em um dos elevadores, o que
traria um grande risco aos pacientes do Hospital.

SOLICITAÇÃO DE MANUTENÇÕES EM EQUIPAMENTOS HOSPITALARES

Para a solicitação de serviços de manutenção de equipamentos


hospitalares, solicitação de recargas em cilindros de gases medicinais e
aquisição de peças e acessórios para equipamentos hospitalares, favor
proceder conforme descrição abaixo:
118

1º - Acessar o formulário de solicitação de serviços através do atalho


“Engenharia Clínica” localizado na área de trabalho do seu computador;

2º - Selecionar o setor onde o equipamento a ser reparado se encontra, ou


onde é necessária a recarga de cilindros de gases medicinais ou aquisição de
peças e acessórios;

3º - Inserir o nome do solicitante;

4º - Escolher qual o serviço pretendido, entre as opções a seguir:

 Manutenção de equipamentos hospitalares;


 Solicitação de compra se acessórios ou peças para equipamentos
médicos;
 Solicitação de gases medicinais.

 Manutenção de equipamentos hospitalares

1º - Escolher o tipo de equipamento a ser reparado;

2º - Informar o nº de patrimônio SPDM fixado no aparelho, caso o equipamento


não conter esse número, favor informar o nº do TAG Jobmed ou o nº de série
do equipamento;

3º - Descrever o defeito apresentado pelo equipamento;

Após o envio da solicitação, aparecerá a tela de confirmação de envio.


Caso seja necessário o envio de outras solicitações, favor clicar em “enviar
outra resposta” e executar os procedimentos supracitados.
119

Obs: Todos os equipamentos existentes no hospital encontram-se como


opção no sistema, desta forma favor se atentar ao nome técnico do
equipamento. O atendimento será realizado ao equipamento como nº de
patrimônio ou série inserido, caso o mesmo não seja encontrado no
setor, o serviço não será executado.

Solicitação de compra se acessórios ou peças para equipamentos


médicos
120

1º - Escolher entre aquisição de peça ou acessório inexistente, ou em


reposição ou reparo de peça ou acessório danificado;

2º - Selecionar o tipo de peça ou acessório a ser adquirido ou reparado;

3º - Descrever o defeito apresentado e o setor/leito a que se destina;

4º - Inserir a quantidade desejada.

Após o envio da solicitação, aparecerá a tela de confirmação de envio.


Caso seja necessário o envio de outras solicitações, favor clicar em “enviar
outra resposta” e executar os procedimentos supracitados.

Obs: Somente estão disponíveis para pedido os itens constantes na lista


do sistema. Outros tipos de peças ou acessórios deverão ser solicitados
pela Coordenação do setor diretamente à Coordenação Administrativa
através de fluxo já existente.
121

 Solicitação de gases medicinais

1º - Escolher o tipo de gás a ser reposto;

2º - Inserir a quantidade de cilindros a serem repostos.

Após o envio da solicitação, aparecerá a tela de confirmação de envio.


Caso seja necessário o envio de outras solicitações, favor clicar em “enviar
outra resposta” e executar os procedimentos supracitados.
122

Obs: Existe uma quantidade de cilindros locados e destinado aos setores


conforme planilha abaixo:

Andar Setor Cilindros Total

Emergência Pediatrica Oxigênio Comum 1

Sala Amarela Oxigênio Comum 1



Oxigênio Comum 1
Sala Vermelha
Oxigênio Compact 2

Oxigênio Compact 4
CTI Adulto
Oxigênio Comum 3

Oxigênio Comum 1
Centro Cirurgico
Nitrogênio (Sl 1,6 7 e
4
Recuo)
Pré Parto e Centro Obstétrico
3º Oxigênio Comum 1
(Compartilhado)
Oxigênio Comum 1
UTI Neo e CTI Pediatrico (O2

Compartilhado)
Óxido Nítrico 2

6º Clínica Médica Oxigênio Comum 1

Ortopedia Oxigênio Comum 1



Internção Pediátrica Oxigênio Comum 1

8º Enfermaria Cirugia geral Oxigênio Comum 1

Oxigênio Compact 1
9º CTQ - UI / CTI
Oxigênio Comum
2

A responsabilidade da guarda dos cilindros é de cada setor, sendo a


manutenção somente responsável pela retirada e reposição dos cilindros.
Existe uma ronda diária onde um técnico verifica as até as 12:00hs dos
dias uteis a existência de cilindros vazios e realiza a reposição, sendo
solicitada a assinatura do responsável de cada setor. Caso não seja
encontrado nenhum cilindro no setor, a reposição não é realizada.

O fluxo de recarga de cilindros das ambulâncias é diferente, pois os


cilindros não são locados e demoram um prazo de até 3 dias úteis para
recarga, desta forma a ambulância deve conter cilindros reservas capazes
de atender essa reservação de até 3 dias úteis sem reposição.
123

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

Deverá ser aberto uma solicitação de reparo individual para cada


equipamento, mesmo se os mesmos forem de mesmo tipo ou estejam
alocados no mesmo local.

Os atendimentos de manutenção de equipamentos hospitalares serão


realizados nos horários de 8:00 as 17:00hs, de segunda a sexta-feira.

Os pedidos solicitados diretamente aos técnicos não serão executados.


Todos os pedidos devem ser gerados pelo sistema.

Para solicitações emergenciais, poderá ser solicitado por telefone,


porém posteriormente deve-se lançar no sistema a solicitação. Entende-se
como emergenciais, solicitações que tratam de riscos a vida dos colaboradores
e pacientes.

É obrigatório a inclusão do nº do patrimônio, Tag ou série dos


equipamentos na solicitação dos serviços. Esse número é necessário para
obtermos o histórico de cada equipamento. Caso o mesmo não seja inserido, a
ordem de serviço não será executada.

No caso de equipamentos danificados por utilização indevida ou mal


uso, será emitido um parecer técnico e encaminhado a direção administrativa
para providências.

Após a execução dos serviços será solicitado a assinatura da O.S,


sendo esta a ser assinada pelo solicitante ou por qualquer outro funcionário do
setor que confira a execução do reparo.

Após inserção da O.S no sistema, o fluxo a ser seguido deverá ser:

Equipamentos hospitalares

1º - Aguardar a retirada do equipamento pela equipe da engenharia clínica;

2º - Se a equipe interna não conseguir realizar o reparo do equipamento, o


mesmo será enviado para a assistência técnica autorizada para elaboração de
orçamento;

3º - O orçamento é enviado para o Corporativo para aprovação. Caso


aprovado, o reparo é realizado e o equipamento devolvido ao setor. Caso não
aprovado, o equipamento retorna para a engenharia clínica e avisamos ao
Coordenador do setor.
124

Instrumentais cirúrgicos

1º - Entregar o instrumental na engenharia clínica junto com laudo de


esterilização;

2º - Se o instrumental tiver garantia vitalícia, como alguns da marca Macon,


serão retirados semanalmente pela assistência com o prazo de retorno de
até 20 dias. Caso não tenham mais condições de reparo, será comunicado ao
Coordenador do setor e solicitado orçamento para aquisição de novo, seguindo
todo o fluxo do setor de compras.

Mobiliários hospitalares

A Engenharia clínica realiza consertos de mobiliários hospitalares


existentes nos setores, bem como macas, leitos e cadeira de exames (cadeira
de dentista), porém os mesmos devem ser solicitados no sistema da
Engenharia Predial e todos os remanejamentos de mobiliários entre setores
devem ser solicitados diretamente a Zeladoria no ramal 229.

Para os equipamentos que cheguem ao setor apresentando problemas


devido a quedas, mau uso, ligações em voltagens indevidas e depredação,
será emitido um laudo informando sobre o ocorrido e enviado a Gerência
Administrativa.

DISPOSIÇÕES FINAIS

Estaremos disponíveis nos contatos supracitados para dirimir quaisquer


dúvidas que possam surgir.
Caso não tenham sido instalados os atalhos das manutenções em seu
computador, favor sinalizar as administrativas para que possamos instalar no
mesmo dia.
O atendimento telefônico do setor de Engenharia de Manutenções é das
8:00 as 17:00hs, de segunda a sexta-feira. Após esse horário o atendimento é
realizado pelo eletricista plantonista, sendo que o mesmo somente realiza
serviços emergenciais. Desta forma, caso ninguém atenda as ligações, favor
entrar em contato com o PTA de plantão para que o profissional seja
localizado.

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