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Desde o sucesso do exaustivamente estudado caso de sucesso Barack Obama em 2008, que
revolucionou o uso da internet e das mídias sociais na campanha eleitoral dos Estados Unidos e do
mundo (GOMES, FERNANDES, REIS, SILVA, 2009; LOCK, BALDISSERA, 2010) com uma
proposta inovadora de convergência de conteúdo e atuação em rede, os olhos da academia e dos
marqueteiros responsáveis por alavancar a popularidade e a imagem de candidatos voltaram-se a
essa nova forma de divulgação. O que aconteceu foi a adaptação de uma ferramenta antes vista
como uma ferramenta de relacionamentos à comunicação política, e emerge dessa constatação um
questionamento sobre a aplicabilidade ou não de tal resultado em outras plataformas tecnológicas,
épocas e nações.
Isso porque os estudos sobre marketing político e campanhas na internet adentram somente
no campo das redes sociais – especialmente Facebook, Twitter, Instagram e YouTube – e dos sites
de campanha, que são as plataformas mais utilizadas e com números concretos e consideráveis
vindos de pesquisas anteriores, deixando de fora uma possibilidade que já é considerada pela área
da tecnologia como uma cultura própria (GOGGIN, 2011): os aplicativos direcionados a
dispositivos móveis, sejam eles tablets ou smartphones.
Na seção metodológica, que consiste em uma tabela comparativa, são levados em conta
dados como análise de conteúdo, número de downloads (ou seja, popularidade e possibilidade de
sucesso) e, já em um campo qualitativo, a avaliação da interface estrutural e do conteúdo veiculado
pelos aplicativos. As demais seções que antecedem à análise em si, dedicadas a um breve histórico
sobre a campanha digital online no Brasil e ao mercado atual do sistema operacional móvel Android
no país, servem não só como reforços teóricos e metodológicos, mas também como justificativa
para a realização do presente trabalho.