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ALICE, Asociación Latinoamericana de Investigadores en Campañas Electorales presenta

IV Congreso Internacional de Comunicación Política


y Estrategias de Campaña
17 a 19 de septiembre 2015. Belo Horizonte (Brasil)
Novas Tendências na Comunicação Política:
Novos atores e novas estratégias em uma sociedade em movimento.

Nuevas tendencias en la Comunicación Política: nuevos actores y nuevas estrategias en una


sociedad en movimiento.

MESA 27: Eleições, Campanhas e Debate Público na Internet.

O uso dos dispositivos móveis na campanha eleitoral de 2014 no Brasil


Kelly Prudencio
Nilton Kleina

Desde o sucesso do exaustivamente estudado caso de sucesso Barack Obama em 2008, que
revolucionou o uso da internet e das mídias sociais na campanha eleitoral dos Estados Unidos e do
mundo (GOMES, FERNANDES, REIS, SILVA, 2009; LOCK, BALDISSERA, 2010) com uma
proposta inovadora de convergência de conteúdo e atuação em rede, os olhos da academia e dos
marqueteiros responsáveis por alavancar a popularidade e a imagem de candidatos voltaram-se a
essa nova forma de divulgação. O que aconteceu foi a adaptação de uma ferramenta antes vista
como uma ferramenta de relacionamentos à comunicação política, e emerge dessa constatação um
questionamento sobre a aplicabilidade ou não de tal resultado em outras plataformas tecnológicas,
épocas e nações.
Isso porque os estudos sobre marketing político e campanhas na internet adentram somente
no campo das redes sociais – especialmente Facebook, Twitter, Instagram e YouTube – e dos sites
de campanha, que são as plataformas mais utilizadas e com números concretos e consideráveis
vindos de pesquisas anteriores, deixando de fora uma possibilidade que já é considerada pela área
da tecnologia como uma cultura própria (GOGGIN, 2011): os aplicativos direcionados a
dispositivos móveis, sejam eles tablets ou smartphones.

O objetivo do presente artigo é catalogar e analisar os aplicativos para o sistema operacional


Android utilizados como ferramenta de campanha nas eleições de 2014 no Brasil para cargos
executivos e legislativos. De posse dos dados, pretende-se refletir sobre a efetividade dessas
ferramentas de busca por votos, além de possibilidades de uso de tais produtos e serviços em
futuros pleitos nacionais.
O processo de criação e idealização do presente trabalho ocorreu durante discussões acerca
do marketing eleitoral na internet, em um misto de curiosidade e vislumbre de possibilidade sobre o
uso de aplicativos nas eleições de 2014, logo após o final do primeiro turno. Ao levar a questão para
a sala de aula, obteve-se somente uma resposta positiva, mas ainda abstrata, no sentido de “há um
certo candidato utilizando, talvez até outros, mas poucos detalhes a respeito”. Tal comentário, que
confirmava a existência de um objeto de pesquisa e da falta de interesse (porém não da relevância)
gerado pelo tema, serviu como pontapé inicial para o desenvolvimento da pesquisa.

Na seção metodológica, que consiste em uma tabela comparativa, são levados em conta
dados como análise de conteúdo, número de downloads (ou seja, popularidade e possibilidade de
sucesso) e, já em um campo qualitativo, a avaliação da interface estrutural e do conteúdo veiculado
pelos aplicativos. As demais seções que antecedem à análise em si, dedicadas a um breve histórico
sobre a campanha digital online no Brasil e ao mercado atual do sistema operacional móvel Android
no país, servem não só como reforços teóricos e metodológicos, mas também como justificativa
para a realização do presente trabalho.

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