bastante difundida atualmente. Diagramas e modelos especiais indicam o lugar exato onde se deveria aplicar as agulhas. Este método estendeu-se à Europa e, na França, por exemplo, sua aplicação é bem elevada. Como a acupuntura não está relacionada às ervas, deixamos de apresentar maiores comentários a respeito, visto não ser o objetivo precípuo desta obra. Entretanto, os praticantes da acupuntura utilizam-se, em certas ocasiões, do que se chama moxa. Pertencem a uma categoria diferente. A moxa consiste no emprego de pequenos cones ou cilindros feitos de folhas de Artemísia em pó, uma planta composta relacionada à camomila, que é usada como um contra-irritante. Estes cones são colocados em posições definidas em certas partes do corpo, posições estas indicadas pelos diagramas-moxa, perfeitamente distintos dos diagramas de acupuntura, acesos com vela ou 1 Anteriormente citado. 2 O bhuta é um elemento alterado mas - como observa o Dr. Raman - não se trata de um elemento químico no sentido exato do termo; antes, seria equivalente a um elemento, se considerado do ponto de vista natural-filosófico ou ciência arcana. 22
incenso elevando-se uma pequenina bolha dentro da qual a cinza
pode ser esfregada. A moxa tem sido eventualmente praticada na Europa. Doutrina das características Na Idade Média, na Europa, uma curiosa propriedade oculta era atribuída a determinadas plantas e ervas. Observou-se que certas partes de uma planta assemelhavam-se, na forma ou na cor, com algumas partes do corpo humano e acreditava-se que uma moléstia porventura apresentada por algum órgão, poderia ser curada por meio da aplicação da planta correspondente. Este princípio era denominado doutrina das características, que afirmava ter cada planta um caráter próprio específico, como seu próprio uso, e bastava apenas contemplá-la detidamente para compreender sua característica. Em algumas plantas era fácil definir este procedimento. As hepáticas, por exemplo, eram assim chamadas porque o caule, freqüentemente, assemelha-se à forma de um fígado. Conseqüentemente eram aplicadas no tratamento de doenças do fígado. A pulmonária, planta relacionada à borragem e ao miosótis, apresenta folhas semelhantes a pulmões e era usada para o tratamento de doenças deste órgão. A utriculária é uma planta aquática cujas folhas são submersas, e sobre estas nascem pequeninas bolhas dentro das quais são capturados insetos. Foi muito empregada no tratamento de moléstias da bexiga. É vagamente relacionada com a dedaleira. A orquídea, uma monocotilédone, recebe esta denominação devido a seus tubérculos subterrâneos, parecidos com os testículos do homem. Por esta razão, acreditava-se ser valiosa no tratamento de moléstias dos órgãos sexuais masculinos, principalmente. A aristolóquia, pertencente a um grupo relativamente isolado de dicotilédones, possui flores enormes tendo a corola parecida com o útero feminino, e, em conseqüência disso, utilizada nas doenças da mulher, e freqüentemente para atenuar as dores do parto. Devido à cor, o sândalo vermelho era usado para doenças sangüíneas, como também as pétalas das rosas vermelhas. Pensava-se que o amarelo do açafrão, do estigma de uma planta monocotilédone do tipo croco, por ser parecido com a bile, seria adequado para o tratamento de estados biliosos.
Tratamentos com ervas
No início da Idade Média os médicos faziam uso de inúmeras ervas como medicamentos, seguindo os grandes trabalhos clássicos 23 de Hipócrates (460-377 a.C.) e Galeno (por volta de 130-200 d.C), 1
porém aproximadamente à época da Reforma Luterana, Paracelso