cristãos, era a festa da Pomona, a deusa das frutas, entre os romanos pagãos. O Dia de Todos os Santos era o equivalente cristão para essa data e — mais vulgarmente — a Noite do Quebra-Nozes devido certas crenças proféticas sobre nozes, principalmente avelãs. Era a celebração céltica denominada Samhain, também uma festa entre os pagãos francos e germânicos. Entre os cultos de maior significação relativos a arvores, pode-se citar o da figueira, dedicado a Pan; da parreira, dedicado a Baco (que abordaremos mais adiante), da oliveira, dedicado a Minerva (que também será tratado mais adiante), e o da romãzeira, dedicado a Juno. São muitos os festivais da colheita. Um dos mais antigos é a festa judaica dos Tabernáculos. Nela, levavam-se quatro tipos de plantas: a lulac, ou ramo de palmeira, a esrog, ou cidreira, a hadassim, ou mirto, e a arovous, ou salgueiro. As três primeiras representam a beleza das graças recebidas de Deus, e a última significa a humildade. A cerimônia japonesa do chá O chá foi introduzido no Japão através do continente asiático, no século VIII, mas só se tornou popular por volta do século XIII. Um pouco mais tarde, o zen-budismo difundiu-se mundo afora, e um monge budista trouxe da China um conjunto completo de utensílios para que este fosse preparado e servido adequadamente. Sabemos que o zen-budismo procura transmitir ensinamentos sobre uma abordagem direta às habilidades ocultas. Daí supor-se a existência de um método próprio de se servir chá, assim como o há para muitas outras artes. Além disso, dizia-se que o chá ajudava na 19 meditação por manter a percepção. A sala de chá era decorada com a maior simplicidade e os movimentos do ritual eram extremamente harmoniosos. O chá era também amplamente consumido nos monastérios tibetanos. Outras tisanas O chá foi introduzido na Europa, no século XVI, tornando-se imediatamente popular. É obtido fervendo-se as folhas secas dos pés de chá em água. Tais infusões são denominadas tisanas. Também podem ser preparadas com sementes (também chamadas grãos) de café torradas, com sementes de cacau que originam a Teobromina, que é a essência dos frutos do cacaueiro, com chá mate proveniente de uma espécie de Ilex, uma planta do gênero azevinho, muito usada na América do Sul. Com base em estudos históricos e arqueológicos, hoje dispomos de uma extensa lista de plantas utilizadas pelos antigos na arte da cura. Algumas delas ainda podem ser encontradas na farmacopéia moderna enquanto outras já foram eliminadas. Apesar da introdução da psicologia aplicada na medicina moderna, supõe-se a existência de uma ação química das drogas sobre o funcionamento do organismo. Presume-se que, mesmo aquelas que afetam o psiquismo, agem, de algum modo, através de ações químicas sobre as células do cérebro. A romã era usada na Babilônia e antigo Egito, mas atualmente é considerada inútil. Os babilônios usavam o açafrão-da-índia, considerado apenas um agente corante, em nossos dias. O Espicanardo, uma das drogas mais importantes para os hebreus e hindus, é hoje considerado como um mero material adulterante, encontrado em algumas amostras de valerianas. A erva-de-passarinho, à qual os druidas atribuíam poderes quase milagrosos de cura, já não se inclui em livros atuais de farmacologia. Propriedades ocultas Parece fora de dúvida que os povos da Antigüidade conheciam as propriedades ocultas das ervas, às quais creditavam efeitos metafísicos sobre aspectos mais sutis do homem, fato considerado imagi Ervas que curam 20