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Medição & Verificação
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Medição & Verificação
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Medição & Verificação
MODULO 1 - INTRODUÇÃO
Aula 1 - Apresentação
Economia de Energia ou Água e reduções de demanda não podem ser medidas
diretamente, uma vez que representam a ausência de energia e água. Desse modo,
economias são determinadas por comparação entre a demanda ou uso medido,
antes e depois da implementação de um projeto, e ajustadas devido a mudanças
das condições entre um período e outro da medição.
Aula 2 - Princípios
Como envolve mais de um interessado, A M&V deve ser baseada nos seguintes
princípios:
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Medição & Verificação
Estes princípios devem ser usados como guia em projetos de eficiência energética
nos quais hajam omissões ou inconsistências.
O M&V pode não ser necessário quando as partes estão de acordo com os
resultados do projeto. Entretanto dentro de um programa de gestão energética ou
MT&R, pode ser necessário, ou às vezes o sistema requer, a verificação da
eficiência de alguns equipamentos ou processos. Tal verificação do potencial de
economia não deve ser confundido com M&V.
M&V MT&R
Comprova ações de melhoria Monitora ações operacionais e de
melhorias
Mede ações esperadas no consumo Detecta alterações esperadas e
de energia inesperadas no consumo de energia
Segue protocolos padronizados Método depende da organização
Inserção por contrato ou formal Integração organizacional
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Medição & Verificação
Para uma mesma situação, diferentes planos podem ser desenvolvidos, todos eles
válidos. A forma do desenvolvimento de um Plano de Medição e Verificação
depende de diversos fatores, como: simplicidade, custos, disponibilidades, entre
outros.
A experiência individual do planejador fará com que este opte por uma ou outra
modelagem. Da mesma forma não faz sentido uma "receita de bolo" para
determinada situação. Em certos casos é necessária a adoção de alternativas ao
usual para a obtenção de um resultado aceitável.
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Medição & Verificação
MODULO 2 - OBJETIVOS
5. Novos construtores.
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Medição & Verificação
e aumentar a economia e sua vida útil ou tempo de duração bem como reduzir
variações ao longo do tempo.
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Medição & Verificação
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Medição & Verificação
MODULO 3 - O PROTOCOLO
INTERNACIONAL DE MEDIÇÃO E
VERIFICAÇÃO E OUTROS
Aula 1 - Introdução
O desenvolvimento do Protocolo Internacional de Medição e Verificação foi iniciado
nos anos 90, por um grupo de voluntários reunidos por iniciativa do Departamento
de Energia dos Estados Unidos (DOE - Department of Energy), motivado pelos
baixos investimentos em projetos de eficiência energética devido às incertezas
relacionadas às economias futuras a serem obtidas por meio dessas ações.
A alta incerteza dava-se por causa da falta de um protocolo padronizado para medir
as economias realmente alcançadas e utilizava-se uma colcha de retalhos de
procedimentos para este fim.
Em 1997, foi lançado o primeiro Protocolo Internacional de Medição e Verificação,
tendo sido atualizado algumas vezes desde então, ganhando outros volumes ao
longo tempo.
O Protocolo não é uma norma ou diretriz obrigatória, tampouco é um manual de
instruções sobre como fazer a Medição e Verificação. Deve ser encarado mais como
um manual de boas práticas a ser aceito por todas as partes envolvidas, o qual
estabelece as bases para uma boa avaliação de projetos de eficiência energética.
Uma das grandes vantagens do Protocolo é exatamente o fato de não apresentar
regras rígidas para cada tipo de ação de eficiência energética, pois, na prática, cada
ação apresenta as suas características particulares e, caso a Medição e Verificação
fosse demasiadamente "engessada", sua implantação poderia ser inviável.
Fica, portanto, a critério dos desenvolvedores de um Plano de Medição e Verificação
a escolha da metodologia a ser adotada, adequada à situação encontrada no local.
O PIMVP:
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Medição & Verificação
• As duas partes devem concordar sobre como deve ser mantida a garantia da
qualidade e checado os resultados.
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Medição & Verificação
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Medição & Verificação
Aula 1 - Introdução
O Protocolo de Medição e Verificação apresenta quatro opções sobre como pode ser
realizada a Medição e Verificação, determinar qual a melhor em cada caso
dependerá de uma série de fatores, entre eles:
Os custos são diferentes para cada opção, pois envolve maior ou menor tempo e
profundidade de medição, expertise ou recursos de informática.
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Medição & Verificação
A estimativa pode ser baseada em dados históricos tais como o registro de horas de
operação do ano-base. Qualquer parâmetro que não for medido na instalação para
o ano-base ou o período pós-melhoria deve ser tratado como um valor estimado e
o impacto de um possível erro na estimativa ser considerado nas economias
esperadas.
Já que a estimativa é prevista nesta Opção, deve-se ter muito cuidado em revisar o
projeto de engenharia e a instalação para assegurar que a estimativa seja realista e
alcançável, i.e., que o equipamento tenha realmente potencial para apresentar a
performance prevista.
A intervalos definidos durante o período pós-melhoria, a instalação deve ser
inspecionada para verificar a existência do equipamento e sua operação e
manutenção adequadas. Tais inspeções assegurarão a continuação do potencial
para gerar as economias previstas e validar as estimativas. A freqüência destas
inspeções pode ser determinada pela probabilidade de mudança. Ela pode ser
estabelecida por inspeções iniciais freqüentes para estabelecer a estabilidade da
ocorrência e do desempenho do equipamento. Um exemplo da necessidade de
inspeção de rotina é a determinação de economias de um retrofit de iluminação
envolvendo a amostragem do desempenho dos aparelhos e a contagem da
quantidade deles. Neste caso, a contínua existência dos aparelhos e lâmpadas é
crítica para a determinação das economias. Portanto, seria apropriada a contagem
periódica do número de luminárias no local com lâmpadas acesas. Mesmo em local
com medições, é necessário inspeções locais para a verificação de seu adequado
funcionamento e estado de manutenção.
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Medição & Verificação
O M&V pode não ser necessário quando as partes estão de acordo com os
resultados do projeto. Entretanto dentro de um programa de gestão energética ou
MT&R, pode ser necessário, ou às vezes o sistema requer, a verificação da
eficiência de alguns equipamentos ou processos. Tal verificação do potencial de
economia não deve ser confundido com M&V.
M&V MT&R
Comprova ações de melhoria Monitora ações operacionais e de
melhorias
Mede ações esperadas no consumo Detecta alterações esperadas e
de energia inesperadas no consumo de energia
Segue protocolos padronizados Método depende da organização
Inserção por contrato ou formal Integração organizacional
Limitado a um período específico Atividade contínua
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Medição & Verificação
Contudo, os períodos de operação das luzes podem não ser constantes, por
exemplo, a iluminação externa controlada por uma fotocélula opera por períodos
menores nas estações com iluminação natural mais longa do que nas estações de
menor iluminação natural. Onde um parâmetro puder ser modificado, como no caso
desta fotocélula, as medições devem ser feitas sob condições sazonais apropriadas.
Aula 6 - Amostragem
Onde múltiplas instalações com melhorias similares forem incluídas nos cálculos das
economias, podem ser usadas amostras, estatisticamente válidas, como medições
comprovadas do total do parâmetro. Esta situação pode surgir, por exemplo, onde
luminárias para iluminação individuais forem medidas antes e após o retrofit para
avaliar sua carga, enquanto a carga total de iluminação não pode ser lida no painel
elétrico devido à presença de cargas não relativas a iluminação no mesmo painel.
Desde que uma amostra estatisticamente importante de luminárias seja medida
antes e após a instalação da medida, estes dados podem ser usados como a
“medição” da carga total de iluminação.
Aula 7 - Incerteza
Os fatores específicos relativos à incerteza dos métodos da Opção A são:
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Aula 8 - Custo
As determinações de economias com a Opção A podem ser menos onerosas do que
com as outras opções, uma vez que o custo para realizar uma estimativa pode ser
menor do que para fazer medições. Entretanto, em algumas situações onde a
estimativa é o único caminho possível, o custo de uma boa estimativa pode ser
maior do que uma medição direta. O planejamento dos custos dessa opção deve
considerar todos os elementos: instalação do medidor, das estimativas, do
comissionamento e inspeção, das análises e o custo de leitura e registro dos dados.
Podem ser usados medidores portáteis, de modo que seus custos possam ser
compartilhados com outras medidas. Salienta-se que os medidores que são
instalados permanentemente são úteis na instalação para dar feedback à equipe de
operação para otimização dos sistemas ou o faturamento de usuários especiais.
• As variáveis independentes que afetam o uso de energia não são complexas nem
caras para controlar.
• A efetividade da melhoria pode ser verificada por uma simples inspeção de rotina
das variáveis estimadas.
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Medição & Verificação
• Uma variável chave usada nos cálculos é bem conhecida e é utilizada na avaliação
do projeto ou do contrato.
As economias obtidas pela maioria das melhorias podem ser determinadas com a
Opção B. Entretanto, o grau de dificuldade e os custos associados à verificação
crescem proporcionalmente ao aumento da complexidade da medição. Os métodos
da Opção B geralmente serão mais difíceis e onerosos do que os da Opção A. A
Opção B produz resultados mais certos onde a carga e/ou economias sejam
variáveis. Os custos adicionais podem ser justificáveis se um contratante for o
responsável por todos os aspectos que afetam a economia de energia.
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Medição & Verificação
• As variáveis independentes que afetam o uso de energia não são complexas nem
caras para controlar.
Esta opção é aconselhada nos casos em que a economia esperada seja superior a
10% do consumo do ano base.Uma aplicação típica ocorre quando da instalação de
um sistema múltiplo de gerenciamento de energia em um edifício, onde diversos
controles e melhorias interagem entre si.
A Opção C pode ser utilizada nos casos onde haja um alto grau de interação entre
as medidas instaladas ou entre essas e o restante da instalação, ou o isolamento e
medição de uma determinada medida é difícil ou muito caro.
Esta Opção destina-se a projetos onde se esperam economias suficientemente
grandes para serem perceptíveis das variações de energia aleatórias ou
inexplicáveis que normalmente se encontram a nível do medidor de toda a
instalação. Quanto maior a economia, ou quanto menores as variações
inexplicáveis no ano-base, mais fácil será identificar as economias. Também quanto
maior o período de análise das economias após a instalação da medida, menos
significativo é o impacto das variações de curto prazo.
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Medição & Verificação
Onde são feitas estimativas de medidor elétrico, não há dados válidos para a
demanda elétrica.
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Medição & Verificação
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Aula 18 - Custo
O custo dos métodos da Opção C depende se os dados de energia são retirados das
faturas da concessionária ou de outros medidores especiais de todo o prédio. Se
tais medidores secundários estiverem no local, de qualquer maneira pode não
haver custo extra, desde que eles sejam lidos adequadamente, registrados e
calibrados. Os principais elementos de custo na Opção C são:
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Medição & Verificação
• A medida envolve atividades espalhadas que não podem ser facilmente isoladas
do restante da instalação, tais como treinamento de operadores ou melhorias em
paredes e janelas.
A Opção D pode ser usada para avaliar o desempenho de todas as medidas numa
instalação, semelhante à Opção C. Entretanto, a simulação na Opção D permite
estimar economias atribuíveis a medidas isoladas dentro de um projeto de múltiplas
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Medição & Verificação
melhorias.
3. A simulação deve ser ajustada (“calibrada”) para que seus resultados coincidam
com os dados de demanda e consumo das faturas mensais, com tolerâncias
aceitáveis. Pode ser necessário utilizar dados efetivos de clima, onde eles variem
significativamente da média anual utilizada na simulação. Obter um consumo de
energia total previsto igual ao efetivo não significa que a simulação prevê
adequadamente o perfil de energia da instalação.
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Medição & Verificação
No Brasil não está difundido programas de simulação mas nos Estados Unidos
podem ser encontradas informações sobre os diferentes tipos de modelos de
simulação, na ASHRAE, no Departamento de Energia (DOE) que mantém uma lista
de domínio público e programas de simulação de energia em prédios. Estas
informações podem ser obtidas através do servidor do DOE no endereço
www.eren.doe.gov/buildings/tools/directory .
http://www1.eere.energy.gov/buildings/technologies.html
Muitos outros tipos de programa para fins especiais podem ser utilizados para
simular o uso de energia e condições de operação de componentes ou processos
industriais. Os modelos de componentes de climatização estão disponíveis na
ASHRAE e em seu kit HVAC02 e para boiler/chiller no kit HVAC01.
Qualquer software utilizado deve ser bem documentado e bem compreendido pelo
usuário.
Aula 23 - Calibragem
As economias determinadas com a Opção D são baseadas em uma ou mais
estimativas complexas do uso de energia. Entretanto, a precisão das economias é
completamente dependente de como os modelos de simulação se comportam
realmente e de como seja bem calibrado para medir o desempenho efetivo.
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Medição & Verificação
Estes testes podem ser feitos durante um fim de semana utilizando um registrador
de dados ou um controlador de demanda para registrar o consumo de eletricidade
em todo o prédio, geralmente a intervalos de um minuto. Em alguns casos
registradores portáteis baratos, sincronizados a um horário comum, são efetivos
em medições de curto prazo.
2. Obter e usar dados reais do clima, especialmente se eles diferem dos dados
padrão usados na simulação, desde que o custo de obtê-los seja razoável.
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• As medidas incluem atividades dispersas que não podem ser facilmente isoladas
do restante da instalação, tais como treinamento de operadores ou melhorias em
paredes e janelas.
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Aula 25 - Síntese
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Medição & Verificação
É difícil indicar a melhor opção para qualquer tipo de situação. A tabela a seguir
mostra algumas sugestões.
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Medição & Verificação
Início
Só a melhoria Instalação
Medir só a melhoria ou
a instalação
Sim É necessário
avaliar separadamente
Não cada melhoria?
É necessário Sim
provar o desempenho
total? Não
Sim Análise dos
dados do
Instalar medidores para medidor principal
Instalar Simular sistema
parâmetros chave,
medidores para verificar os efeitos ou instalação
todos parâmetros interativos e estimar
e verificar os parâmetros bem
efeitos interativos conhecidos
Obter dados
de calibração
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Medição & Verificação
Aula 2 - Exemplos
Sistema de iluminação
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Medição & Verificação
Energia entra pela fronteira sob a forma de eletricidade e a deixa sob a forma de
energia térmica (desconsiderando aqui a energia luminosa). Nesse caso, poder-se
ia, por exemplo, medir a energia que entra pela fronteira, estimar as horas de
funcionamento em comum acordo com o cliente (interior da fronteira), considerar a
taxa de queima das lâmpadas igual a, por exemplo, 3% (baseado em levantamento
anterior) e calcular a interação com o sistema de refrigeração/aquecimento
baseado em cálculos de engenharia fundamentados, ou desconsiderá-la por
completo.
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Medição & Verificação
Para evitar confusão, referiremos aos períodos de medição antes da melhoria como
período base ou linha de referência e após a melhoria como período de verificação
das economias.
Antes da melhoria
O Protocolo refere-se ao período de medição antes da melhoria como ano base, o
que é um termo que leva a interpretações errôneas, pois, de acordo com a
definição do próprio protocolo, o ano base é "um período definido de qualquer
duração antes da implementação de uma ação de conservação de energia".
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Medição & Verificação
Portanto, poderá o ano base, por mais paradoxal que seja, ser formado por
um período de medição instantâneo, como é usual em sistemas de iluminação,
por exemplo. Desse modo nos referiremos a período base ou linha de
referência.
Produção =1.200 t
Produção =1.100 t
Errado!!! A comparação acima não pode ser realizada, pois se referem a dois
instantes distintos, com valores de produção diferentes! A simples redução da
produção no período pós-melhoria pode ter causado a diferença no consumo, sem
outra influência qualquer.
O Protocolo não descreve como uma Linha de Referência deve ser desenvolvida,
somente menciona que deve haver uma, a forma usada para determinar a Linha de
Referência deve ser decidida pelo planejador e acordada com o cliente.
Por princípio, mede-se o consumo de energia até que se prove que o mesmo seja
constante ou definido por uma função ou equação e os períodos de medição são
definidos pelos tipos de carregamento e operação.
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Medição & Verificação
com uma equação conhecida. Somente em alguns casos especiais a medição é feita
durante todo o período de comprovação dos resultados.
Incluir somente períodos nos quais se conhece os fatores que afetam o consumo de
energia.
Após a melhoria
Após a melhoria deve ser previsto um período para comprovação das economias
alcançadas, podendo este ser curto e extrapolado para o restante do período de
remuneração das economias ou, em alguns poucos casos, ter duração igual ao
período de comprovação. As medições poderão ser contínuas ou periódicas,
conforme acordado com o cliente no Plano de Medição de Verificação.
Observação:
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No caso em que todos fatores que influenciam o consumo tenham sido mantidos
exceto aqueles alterados pela lógica de controle, a economia será a diferença entre
os consumos medidos antes e depois do teste.
A parcela de ajuste é usada para nivelar as outras duas parcelas sob a mesma
condição. O cálculo do ajuste dependerá se a Economia será medida tomando
como referência o período de verificação ou uma outra condição normalizada ou
padrão.
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Medição & Verificação
Consumo evitado:
Economia normalizada:
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Medição & Verificação
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Medição & Verificação
Para prédios, devem ser usados um ou mais anos inteiros de dados sobre uso de
energia e clima para traçar os modelos de regressão. Períodos mais curtos levam a
mais incerteza devido a não haver dados sobre todos os modos de operação.
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1. previsibilidade;
2. mensurabilidade e
3. provável impacto de todos os fatores plausíveis de ocorrerem.
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Medição & Verificação
Ajustes de rotina
São usados para os fatores que se esperam sejam alterados durante o período de
verificação, por exemplo, temperatura ou produção.
Mais de uma variável independente
Quando existe mais de uma variável independente como, por exemplo, produção e
temperatura, faz-se uma correlação múltipla, obtendo-se uma equação com dois
termos para as variáveis independentes, mas essencialmente igual ao processo
com uma única variável independente.
A regressão não necessariamente precisa ser linear, sendo possível adotar uma
regressão polinomial ou logarítmica, caso apresentem melhores correlações.
Sempre se deve tentar escolher o modelo matemático mais simples, pois necessita
de menos medições e é de melhor aceitação por parte de todos os envolvidos.
Este modelo é um caso típico, onde muitas vezes o período base é mais prolongado
que o período pós-melhoria, posto que, com equipamentos mais eficientes e com o
controle maior do processo, os desvios no consumo costumam ser menores.
EXEMPLOS
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Medição & Verificação
Caso contrário, haverá erro na correlação dos dados e a Linha de Referência poderá
ser contestada!
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Medição & Verificação
É óbvio que valores muito baixos para o coeficiente de correlação indicam que o
modelo matemático é pouco confiável e que o mesmo deve ser refinado.
Caso não houvesse melhoria, o consumo estimado para a produção do período teria
sido de quase 4.500 MWh. Como o consumo real ficou abaixo deste valor, calcula-
se o consumo evitado:
Um conceito deve ficar muito claro: a comparação deve ser realizada sempre entre
o consumo atual e o estimado na Linha de Referência utilizando os valores de
produção atuais.
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Medição & Verificação
São usados para os fatores que não se esperam sejam alterados durante o período
de verificação, chamados fatores estáticos.
Fatores estáticos
Caso uma alteração nos fatores estáticos influencie o consumo de energia, faz-se
necessário um ajuste da Linha de Referência.
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Medição & Verificação
Antes do início da M&V, deve-se ter conhecimento desses fatores e como eles
influenciam o consumo, e caso algum se altere, as partes interessadas devem estar
de acordo sobre os ajustes que serão realizados na linha de referência.
• Mudanças afetam uma variável que foi estipulada no Plano de M&V. Por exemplo,
se o número de toneladas-hora de resfriamento foi estipulado para uma Ação na
eficiência de chiller, um aumento desses valores na refrigeração não afetará as
economias determinadas pelo método simplificado, ainda que as economias reais se
modifiquem.
Exemplo iluminação
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Medição & Verificação
Quando é necessário um certo nível de eficiência, seja legal, seja pelos padrões do
cliente, as economias devem ser baseadas na diferença entre o uso de energia pós-
retrofit e o padrão mínimo. Nestas situações, o uso de energia do período base
pode ser estabelecido como igual aos padrões mínimos de energia aplicáveis.
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Medição & Verificação
• Os requisitos de precisão
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Medição & Verificação
Sendo a Medição e Verificação realizada por uma terceira parte, é importante que
esta forneça os seus custos. Atualmente, nota-se a importância do envolvimento
também desta parte no planejamento desde o início, visto que o cliente também
deverá aprovar quem irá fazer a Medição e Verificação propriamente dita.
Pode-se também não cobrar diretamente pela Medição e Verificação, ficando os
seus custos embutidos no custo total do projeto. Porém, neste caso, deve-se
explicitar no Plano de Medição e Verificação que não haverá cobrança pela Medição
e Verificação.
No Brasil, pode ocorrer o caso de Cliente e usuário estar de acordo com um tipo de
medição, mas por exigências regulamentares da ANEEL nos casos de projetos
utilizando recursos do Programa de Eficiência Energética das concessionárias, ou
financeiras do investidor, ser exigido outro tipo e extensão de medição. Nessa
situação sugere-se que os custos sejam alocados às concessionárias em suas
despesas de gestão do programa ou ao financiador.
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Medição & Verificação
O preço da energia deve ser a tarifa da concessionária que atende ao cliente, ou,
no caso de clientes livres, os preços pactuados. Algumas verificações usam os
preços marginais que consideram todos os aspectos do faturamento afetados pelos
valores medidos, como cargas de consumo e de demanda, perdas do
transformador, fator de potência, faixas de demanda, descontos prévios de
pagamentos.
Um exemplo para uso de custo marginal ocorre com sistemas tarifários que tem
custos diferentes para cada faixa de consumo (sistemas tarifários de água, são um
exemplo). No cálculo da economia devem ser utilizadas as tarifas aplicáveis aos
níveis de consumo que foram reduzidos. Preço médio de energia, no qual o valor da
conta de energia é dividido pelo consumo total, é diferente do preço marginal, e
não devem ser usados devido a distorções que provocam.
Outra metodologia pode ser a utilização de uma tabela de preço fixa e estabelecida
no início da implantação da melhoria. Quando os preços variam com o tempo pode-
se estabelecer um valor mínimo abaixo do qual prevalecerá esse padrão mínimo.
Caso a estrutura antiga deixe de existir, as partes deverão entrar em acordo qual
metodologia utilizar:
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Medição & Verificação
Combinado com o Plano específico de M&V de cada projeto, este Protocolo aumenta
a consistência de relatórios e permite a verificação das economias de energia. Para
verificar um crédito por emissão o Protocolo e o Plano de M&V devem ser utilizados
em conjunto com o guia específico para programa de comercialização de créditos
sobre conversão das economias de energia, nas equivalentes reduções de
emissões.
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Medição & Verificação
Aula 1 – Introdução
A fase de planejamento anterior ao desenvolvimento e apresentação do Plano de
Medição e Verificação é de fundamental importância.
Deve-se ter sempre em mente que, após implantada uma melhoria, não é possível
voltar à instalação e levantar dados que estejam faltando, isto compromete ou
inviabiliza a comprovação dos resultados para o cliente. Com o comprometimento
da comprovação do custo ou consumo evitado, a obtenção de pagamentos por
parte do cliente é dificultada ou impossível.
Um bom planejamento inicial gerará um bom Plano de Medição e Verificação,
convencendo o cliente e o investidor, reduzindo os riscos e, conseqüentemente, o
custo do projeto, garantindo a remuneração a partir das economias obtidas e
efetivamente comprovadas.
Caso alguns dos pontos acima não estejam definidos ou sejam possíveis, há
necessidade de obtê-los ou encontrar alternativas para os mesmos junto ao cliente.
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Medição & Verificação
Já a Medição e Verificação de fato, pode ser realizada por outra parte, não o
responsável pela ação de eficiência energética, porém, seguindo o Plano de Medição
e Verificação aprovado pela parte responsável, evitando-se conflitos de interesse.
Nada impede que o próprio responsável pela ação de eficiência energética realize a
Medição e Verificação, desde que aprovado por todas as partes.
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Medição & Verificação
2. Bases de ajuste
Estabeleça o conjunto de condições ao qual todas as medições de energia serão
ajustadas. As condições podem ser aquelas do período pós-melhoria ou algum
outro conjunto de condições normalizadas. Esta escolha determina se as economias
registradas são “consumos evitados” ou “economias normalizadas/padronizadas”.
3. Procedimento de analises
Especificação dos procedimentos exatos de análise de dados, algoritmos e
suposições. Para cada modelo matemático utilizado, registrar todos os seus termos
e a faixa de valores das variáveis independentes sobre a qual ele é válido.
4. Preços de energia
Especificar os preços de energia que serão usados para valorar a economia e se e
como essas economias serão ajustadas se os preços ou sua estrutura mudarem no
futuro.
5. Especificações do medidor
Especificação dos pontos de medição, período(s) de medição (continuo ou não?).
Em casos de uso de outros medidores que não os da concessionária, indicar as
características do medidor, faixa de leitura do medidor e protocolo de referência
(“protocolo testemunha”), procedimentos para comissionamento do medidor,
processo de calibragem e método para lidar com dados perdidos.
7. Precisão esperada
Quantificação da exatidão esperada associada à medição, coleta de dados e
análises. Descrever também qualitativamente o impacto esperado dos fatores que
afetam a exatidão dos resultados mas que não podem ser quantificados. Indicar
nível de incerteza das medidas e os ajustes necessários a serem utilizados no
relatório das economias.
8. Orçamento
Defina os requisitos de orçamento e recursos para a determinação das economias,
tanto para os custos iniciais quanto os de progresso ao longo do período pós-
melhoria.
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Medição & Verificação
• Para a Opção A,
• Para a Opção D,
Onde a natureza de mudanças futuras puder ser prevista, devem ser definidos os
métodos para fazer os Ajustamentos da Base.
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Medição & Verificação
O relatório de M&V deve ser escrito para que todos os níveis de leitores
interessados o entenda.
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Medição & Verificação
Módulo 7 – Exemplos
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Medição & Verificação
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Medição & Verificação
Com o botão direito do mouse, deve-se clicar sobre qualquer ponto de dados do
gráfico para chamar o menu de contexto. Neste menu deve ser selecionada a opção
"adicionar linha de tendência", conforme mostrado a seguir.
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Medição & Verificação
Na aba "Tipo" da janela que se abre a seguir, deve ser selecionada a regressão
linear como modelo adotado.
Na aba "Opções" devem ser marcadas "Exibir equação no gráfico" e "Exibir valor de
R-quadrado no gráfico", como mostrado na figura a seguir.
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Medição & Verificação
A equação mostrada poderá ser utilizada como linha de referência, desde que o
fator de correlação R2 seja adequado.
Substituindo-se o valor de "x" na equação pela produção de um período pós-
melhoria, obtém-se o consumo estimado que teria ocorrido nas condições da linha
de referência
Exemplos
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Medição & Verificação
Fatores que afetam o projeto de M&V: Espera-se que as novas bombas possam
bombear mais água e assim reduzir o número de horas de operação. As partes
concordam que as horas de operação dependem das condições de crescimento das
plantas e do nível de chuvas de cada ano, variáveis sem controle. Os medidores da
concessionária medem apenas os consumos das bombas (baixa tensão).
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Medição & Verificação
O subsídio foi pago baseado na economia de 132.902 kWh multiplicado pela tarifa
de baixa tensão da concessionária .
Resultados Após o primeiro ano o relatório indicou o funcionamento por cinco dias
no horário de 18 às 20, no entanto, foi verificado que esses dias eram feriados logo
não houve operação no horário de pico, e a concessionária pagou o incentivo
acordado ao proprietário.
Em uma escola serão instaladas luminárias mais eficientes em lugar das existentes,
de modo a reduzir o uso de energia, mantendo os níveis de iluminação atuais.
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Medição & Verificação
Plano M&V
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Medição & Verificação
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Medição & Verificação
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Medição & Verificação
Ajustes de rotina
Ajustes de rotina são necessários para trazer o uso de energia do ano base às
condições do período pós-melhoria estipulado.
Aplicando-se a carga elétrica do ano base, de 28,8 kW, aos dados estimados de
carga/duração pós-melhoria, o ajuste de rotina para as horas operacionais mais
longas é derivado, conforme apresentado abaixo:
Note-se que neste caso foi calculada a parcela do ajuste de rotina devido ao
aumento do número de horas de trabalho, parcela esta que irá ser utilizada no
cálculo da economia mais adiante. Recalcular o ano base com os novos horários de
funcionamento e utilizar estes valores diretamente, sem ajuste rotineiro, também é
válido. Utilizou-se o ajuste neste exemplo, para fins didáticos.
Economias
Note-se que, neste exemplo, as economias relatadas são para condições pós-
melhoria. Desta forma as economias podem ser chamadas de "consumo evitado".
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Medição & Verificação
Fatores que afetam o projeto de M&V: O circuito de iluminação era junto com
outras cargas, não havia aquecimento, refrigeração ou uso de luz natural. Não
havia muitos recursos para M&V.
O Plano de M&V: Para minimizar o custo decidiu-se por uma medição de curto
prazo usando a opção A. A potência foi estimada em 223 kW usando dados dos
fabricantes das lâmpadas.
Situação
Plano de M&V
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Medição & Verificação
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Medição & Verificação
resultados de eficiência sobre os três períodos de uma semana foram de 81%, 79%
e 80%, chegando à média de 80%.
Ajustes de Rotina
Ajustes de rotina são necessários para trazer o consumo pós melhoria para as
condições do ano base. Esta é exatamente a quantidade de correção C, em milhões
ft3 (m3). Nesse caso não há necessidade de ajustes uma vez que as temperaturas
externas permaneceram as mesmas e a ocupação também, logo C = 0.
Economia
Economia = 35.200 – 28.600 + C (0) = 6.600 x 10³ ft³ (186,9 x 10³ m³)
O ajuste "C" foi mantido apenas para fins didáticos, pois como não houve alteração
nas condições de funcionamento do ano base em relação ao período pós-melhoria,
não são necessários ajustes.
Plano M&V: Um Plano M&V foi desenvolvido. A Opção C foi escolhida para ser
usada para determinação de economia porque o foco era custo total de energia do
estabelecimento. Um esboço do Plano é apresentado abaixo:
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Medição & Verificação
As condições de ano base são aquelas dos 12 meses que precedem imediatamente
a decisão de prosseguir com o projeto. Incluso na documentação destas condições
está:
Nível de temperatura da água de piscina e água quente que serve os chuveiros das
piscinas, dos ginásios e do resto da escola;
Volume de abastecimento de água para a piscina cada mês, como registrado por
um medidor substituto separado não calibrado;
Uma regressão múltipla linear foi executada para consumo e demanda de energia
mensal, medindo o tamanho do período, e graus-dia (“GD”). Dados de graus-dias
foram derivados de temperatura de bulbo seco diaria, publicada mensalmente pelo
serviço de meteorologia do governo para a cidade onde a escola fica situada.
Nenhuma correlação significante com o clima foi achada para demanda elétrica,
consumo de eletricidade na casa da campo ou uso de gás, para o período de calor.
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Medição & Verificação
• Anualmente a escola vai relatar qualquer mudança nas condições do ano base
listada acima, até um mês após o final de cada ano letivo. A ESCO calculará o
impacto destas mudanças e quaisquer outras que ele considere relevantes e
apresentará ajustes não rotineiros de ano base, dois meses antes do fim do ano
fiscal para a direção da escola.
O CV (RMSE) dos modelos de ano base variam de 5% a 18% e são muito menores
que a economia prevista de 35% tanto para combustível quanto para eletricidade.
Não existe erro de amostra ou instrumentação. Portanto a economia relatada será
estatisticamente significante, sujeita a qualquer erro introduzido através de ajustes
básicos não rotineiros que possam surgir
Ajustes de Rotina
Ajustes de rotina são necessários para converter o consumo de energia do ano base
para condições do período pós-melhoria. Para o primeiro ano após retrofit os
ajustes de rotina são computados como segue:
Gas:
Uso de energia Condições Uso de energia no ano base projetada para as
no ano base pós- condições pós melhoria
melhoria
Consumo dias dias GD inverno Aquecimento Verão total Ajustamento
a b c d base – no inverno g h i
e f
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Medição & Verificação
i. (h) - (a)
Consumo de Eletricidade:
Cálculos para cada um dos dois medidores de consumo de energia são feitos
separadamente da mesma forma em que o medidor de gás acima, usando dados
relevantes do ano base, fatores de regressão, períodos de medição e graus-dias. A
rede de ajustes de rotina para cada mês é mostrada na seção de Economia abaixo.
Demanda de Eletricidade:
Nenhum ajuste de rotina é feito, já que nenhuma correlação foi encontrada com o
clima.
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Medição & Verificação
Economia
A economia de energia para o primeiro ano após a execução das medidas será,
para cada conta:
1 Conta de Gás - milhões ft3 (milhões m3 )
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Medição & Verificação
Note que neste exemplo a economia relatada é para operações sob condições de
período pós-melhoria. Portanto, a economia pode ser chamada: "consumo evitado
de energia."
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Medição & Verificação
Plano M&V
Um Plano M&V foi desenvolvido. A Opção D foi escolhida para ser usada para
determinação da economia porque os dados de ano base não existiam para a
biblioteca por si só. Um esboço do plano é apresentado abaixo:
Nenhum dado de energia do ano base existe, então será simulado usando o
software DOE-2, versão 2.1 calibrado com os dados do medidor atual do
primeiro ano de operações pós-melhoria.
– dados do controle de acesso, dados de ocupação produtiva por hora para cada
hora do ano, chegando a um pico médio de ocupação diária de 300 pessoas;
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Medição & Verificação
– leitura contínua por cinco dias típicos e um feriado oficial da potência suprida.
Um total de 801kWh/dia ocupado foi registrado e um perfil por hora foi
desenvolvido para dias com e sem ocupação.
Os seguintes passos foram seguidos para computar o uso de energia no ano base
após o primeiro ano pós-melhoria:
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Medição & Verificação
que, durante períodos noturnos não ocupados, não havia variação efetiva de
temperatura interior, então as características de massa térmica do modelo foram
ajustadas. Com esta correção, o modelo foi calibrado adequadamente. Os
resultados modelados foram comparados com os dados reais mensais alcançando
uma correlação. aceitável
3. Esta precisão de calibragem foi boa o bastante para permitir confiança razoável
nos resultados em dois testes do modelo.
4. O modelo calibrado foi arquivado, com cópias impressas e eletrônicas dos dados
de entrada, relatórios de diagnóstico e dados de saída.
Ajustes de Rotina
Ajustes de rotina são necessários para trazer os consumos de energia no ano base
e no pós-melhoria para o conjunto de condições padrão acordado: condições de
operações pós-melhoria e clima do ano “normal”.
2. Este modelo calibrado com condições normais de clima foi arquivado, com cópias
impressas e eletrônicas dos dados de entrada, relatórios de diagnóstico e dados de
saída.
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Medição & Verificação
4. O modelo de ano base foi aplicado novamente com os dados das condições de
clima normal. As temperaturas e as umidades internas modeladas foram
examinadas novamente para garantir que combinavam razoavelmente com a
variação típica de condições interiores durante períodos com e sem ocupação.
5. Este modelo de ano base, com condições normais de tempo foi arquivado, com
cópias impressas e eletrônicas dos dados de entrada, relatórios de diagnóstico e
dados de saída.
6. A diferença entre as duas versões do modelo de ano base foi computada como o
termo de Ajuste, e é mostrada abaixo:
Economias
Pela Equação 1, a economia de energia no grupo padrão de condições é:
Aula 9 - Exercício
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Medição & Verificação
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Medição & Verificação
Valores de referência
2.636 kW
Demanda faturada Ponta
3.213 kW
Demanda faturada Fora de Ponta
Consumos de referência
153,77
Ponta – média MWh/mês
1.788,03
Fora da ponta – média MWh/mês
19.710
Produção t gusa / mês
24
Regime de funcionamento h/dia
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Medição & Verificação
Geração Empresa
Capacidade de geração - kW 5.000
Auto consumo da central de cogeração - % 10%
Auto consumo da central de cogeração - kW 514
Auto consumo de energia- MWh ano 4.048,5
Potência disponibilizada kW 4.622
Disponibilidade anual 90%
Energia gerada - MWh/ano 40.485,3
Energia disponibilizada - MWh/ano 36.436,8
Energia excedente - MWh/ano 14.300,26
Empresa
Energia disponível - MWh/ano 36.436,78
Energia excedente - MWh/ano 14.300,26
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Medição & Verificação
Formulário(2):
O valor a ser considerado, em h/ano, será igual ao somatório das horas reais em
funcionamento nos três últimos meses, nos dias válidos conforme letra a, dividida
pelo número de dias calculado em “a” e multiplicado por 365 dias.
O valor a ser considerado será igual ao somatório das médias diárias de geração
válidas dividido pelo número de dias com valores válidos. A medição deverá
abranger a energia e potencia gerada na planta termelétrica.
d = Energia gerada = b . c
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Medição & Verificação
A economia monetária anual (EA) e que servirá de base para o cálculo do benefício
mensal será obtida pela soma das economias obtidas com a redução com o custo
da demanda evitada do horário de ponta, dos consumos do horário de ponta e fora
de ponta, somado ao benefício da venda da energia excedente. Estas parcelas
serão calculadas da seguinte forma:
Onde:
PLD = média aritimética dos 12 últimos valores médios mensais do PLD da região
sudeste / centro oeste divulgados pela CCEE.
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Medição & Verificação
A economia anual – EA será obtida pela soma das quatro parcelas (I, II, III, IV),
isto é:
BM = EA / 12 – R$ . ,
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Medição & Verificação
Caso, mesmo assim, resolva-se fazer medições que não sejam as dos parâmetros
de influência, estas devem ser relacionadas como tais no Plano de Medição e
Verificação e terem seus custos explicitados.
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Medição & Verificação
Por exemplo, se a empresa local calcula o pico da demanda utilizando uma “janela
fixa” de 15 minutos, o equipamento deve ser ajustado para registrar os dados a
cada 15 minutos. Portanto, se a empresa elétrica usar uma “janela deslizante” para
registrar os dados de demanda elétrica, o registrador de dados deve ter a
propriedade de registrar janela deslizante.
Tal propriedade da janela pode ser duplicada por dados de registro a intervalos
fixos de um minuto e então recriar os 15 minutos deslizantes usando um programa
pós-processamento. Muito freqüentemente as medições de 15 minutos de janela
fixa representarão razoavelmente bem os dados de 15 minutos deslizantes.
Aula 4 - Eletricidade
A forma mais comum de registrar corrente alternada para aplicações de eficiência e
economia de energia é com um transformador de corrente ou um transdutor de
corrente (TC). Os TCs são instalados em fios conectados a cargas específicas tais
como motores, bombas, ou lâmpadas, e então conectados a um medidor de
corrente (amperímetro) ou medidor de potência. Os TCs estão disponíveis em
núcleo partido ou configurações toroidais sólidas. TC’s com toróides são
normalmente mais econômicos do que os de núcleo partido mas exigem que a
carga seja desligada por um curto período enquanto são instalados. Os TCs de
núcleo partido permitem a instalação sem o desligamento da carga. Ambos os tipos
de TCs são oferecidos normalmente com precisão maior do que um por cento.
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Medição & Verificação
Aula 6 - Temperatura
Os dispositivos de medição de temperatura computadorizados mais usados são
detetores de temperatura a resistência (DTR), termopares, termistores, e sensores
de temperatura de circuitos integrados (CI).
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Medição & Verificação
DTRs de três fios compensam para aplicações nas quais um DTR exige um longo
comprimento de fio, exposto a várias condições de ambiente. Fios de comprimentos
e materiais iguais exibem características similares de temperatura de resistência e
podem ser usados para cancelar o efeito dos condutores longos em circuitos ponte
projetados apropriadamente. DTRs de dois condutores têm que receber calibragem
de campo para compensar o comprimento do condutor e não deve ter fios expostos
a condições que variem significativamente daquelas que estejam sendo medidas.
Eles são encontrados em diferentes combinações de metal, cada um com uma faixa
diferente de temperatura. Além da faixa de temperatura, considere corrosão
química, resistência à vibração e exigências para instalação quando for escolher um
termopar.
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Medição & Verificação
Aula 7 - Umidade
Realizar medições de umidade precisas, baratas e confiáveis têm sempre sido uma
tarefa difícil que consome tempo. Equipamento para medir umidade relativa é
encontrado em vários pontos de venda e a instalação é bastante direta.
Aula 8 - Fluxo
Tipos diferentes de medição de fluxo podem ser usados para quantidades tais como
gás natural, óleo, vapor, condensado, água, ou ar comprimido. Esta sessão discute
os dispositivos mais comuns de medição de fluxo de líquido. Em geral, sensores de
fluxo podem ser agrupados em dois tipos diferentes de medidores:
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Medição & Verificação
Medidores de Vórtice – Eles utilizam o mesmo princípio básico que faz os fios de
telefone oscilarem no vento entre postes telefônicos. Este efeito é devido à
instabilidade oscilante em um campo de baixa pressão depois que ele se parte em
duas correntes de fluxo em volta de um objeto arredondado. Medidores de Vórtice
exigem manutenção mínima e têm alta precisão e repetibilidade de longa duração.
Medidores de Vórtice fornecem um sinal linear de saída que pode ser capturado por
equipamento de medição e monitoramento.
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Medição & Verificação
Aula 9 - Pressão
Métodos mecânicos de medir pressão são conhecidos há muito tempo. Manômetros
tubo-U estão entre os primeiros indicadores de pressão. Mas manômetros são
grandes, pesados, e não adequados para a integração em circuitos automáticos de
controle. Portanto, manômetros são normalmente encontrados em laboratório ou
usados como indicadores locais.
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Medição & Verificação
Medição de energia térmica para vapor pode requerer medições de fluxo de vapor
(i.e. , fluxo de vapor ou fluxo de condensação), pressão de vapor, temperatura e
temperatura de água de alimentação onde o conteúdo de energia do vapor é então
calculado usando tabelas de vapor. Em casos onde a produção de vapor é
constante, isto pode ser reduzido a medidas de fluxo de vapor ou de condensado
com as respectivas temperatura ou pressão de vapor ou de condensação.
A leitura ou descarga dos dados pode ser realizada tanto por parte da ESCO como
do cliente, porém, é importante que ambas as partes possuam cópia dos dados
brutos assim que estes forem gerados, preferencialmente certificando os mesmos
quanto à sua correção, pois os dados são a fonte para o processamento para
obtenção do consumo evitado e devem ser encarados como documento legal,
devendo ser anexados à documentação existente.
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Medição & Verificação
Custo
Aplicação Categoria do medidor Tipo do medidor Precisão típica Melhores usos Considerações
relativo
de Pressão
1-5% no máx
Diferencial
De deslocamento
< 1%
positivo
Intrusivo Seções retas do
tubo, afastadas da
de Turbina < 1%
turbulência de fluxo
interno
Fluxo (unid/s)
de Vórtice Alta
de fluxo
Não - Intrusivo Alto
magnético
Condensado de
não interferentes Baixo Medição de fluxo local
vapor , torneiras
Pressão
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Medição & Verificação
(a) Completo
(b) Consistente
(c) Relevante
(d) Transparente
(e) Todos acima - resposta
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Medição & Verificação
(a) ANEEL
(b) Fornecedor de equipamento - resposta
(c) ESCO
(d) Empreendedores e investidores em eficiência energética
(e) Gerente ou usuários de plantas submetidas a melhorias
Exercício 8 – O PIMVP:
Exercício 9 – Quais dos requisitos abaixo não são necessários para que um plano
de M&V esteja adequado ao PIMVP:
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Medição & Verificação
Capítulo 4
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Medição & Verificação
Exercício 3 – A opção A é
Exercício 4 – A opção B é
Exercício 5 – A opção C é
Exercício 6 – A opção D é
(a) A- resposta
(b) B
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Medição & Verificação
(c) C
(d) D
(e) AeB
(a) A
(b) B - resposta
(c) C
(d) D
(e) AeB
(a) A
(b) B
(c) C - resposta
(d) D
(e) A e B
(a) A
(b) B
(c) C
(d) D - resposta
(e) AeB
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Medição & Verificação
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Medição & Verificação
Capítulo 5
(a) Instrumentação
(b) Modelagem
(c) Amostragem
(d) Efeitos interativos não considerados
(e) Todos acima - resposta
(a) Produção
(b) Consumo de energia - resposta
(c) Regime de operação
(d) Clima
(e) Taxa de ocupação
(a) 11
(b) 12
(c) 13
(d) 14- resposta
(e) 17
Capítulo 6
Capítulo 8
Exercício 1 – Como devem ser tratadas medições de parâmetros que não foram
incluídas no plano de M&V:
(a) DTR
(b) Termopares
(c) Termômetros de bulbo - resposta
(d) sensores de temperatura de CI
(e) Termistores.
Módulo 10 – Glossário
Glossário
Ajuste da linha de referência - São ajustes não rotineiros que surgem durante
o período de verificação e que não puderam ser antecipados e requerem ajustes de
engenharia.
Efeitos Interativos – efeitos energéticos criados por uma melhoria mas não
medido dentro das fronteiras de medição.
Módulo 11 – Bibliografia
Bibliografia
INTERNATIONAL performance measurement and verification protocol: concepts
and options for determining energy and water savings. Mar 2002, 88 p. V.1.
<http://www.evo-world.org> 20 Set 2007.
Downloads
Elaboração 2007
Última revisão
26 de setembro de 2007
Módulo 12 – Links
Links úteis
IPMVP - http://www.evo-world.org
Guia Femp -
http://www1.eere.energy.gov/femp/financing/superespcs_measguide.html
Guia M&V -
http://www.eletrobras.com/pci/Procel_GuiaMV/downloads/guia_de_mv.zip
ANEEL - http://aneel.gov.br/