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Apostilas OBJETIVA – Concursos Públicos - Brasil

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

Concurso Público 2017

Conteúdo

Da Falsidade de Títulos e outros Papéis Públicos


Artigos 293 a 305 / 307 / 308 / 311-A
Falsificação de papéis públicos. Petrechos de falsificação / Falsificação do selo ou sinal público. Falsificação de
documento público / Falsificação de documento particular. Falsificação de cartão / Falsidade ideológica. Falso
reconhecimento de firma ou letra. Certidão ou atestado ideologicamente falso / Falsidade material de atestado ou
certidão. Falsidade de atestado médico / Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica. Uso de documento
falso / Supressão de documento. Falsa identidade / Fraudes em certames de interesse público.

Crimes Contra a Administração Pública


Artig o s 312 a 317 / 319 a 333 / 335 a 337
Peculato. Inserção de Dados Falsos em Sistema de Informações. Modificação ou Alteração Não Autorizada de
Sistema de Informações. Extravio, Sonegação ou Inutilização de Livro ou Documento. Concussão. Excesso de
Exação. Forma Qualificada de Excesso de Exação. Corrupção Passiva / Ativa e Passiva / Corrupção Passiva
Qualificada. Corrupção Passiva Privilegiada / Prevaricação. Condescendência Criminosa. Advocacia
Administrativa. Violência Arbitrária / Abandono de Função. Exercício Funcional Ilegalmente Antecipado ou
Prolongado. Violação de Sigilo Funcional. Violação de Sigilo de Proposta de Concorrência. Funcionário Público.

Dos crimes praticados por particular contra a Administração em geral.


Dos Crimes Contra a Administração da Justiça
Artig o s 339 a 347 / 350; 357 e 359
Denunciação Caluniosa. Comunicação Falsa de Crime ou Contravenção. Autoacusação Falsa / Falso testemunho
ou falsa perícia. Coação no curso do processo. Exercício arbitrário das próprias razões. Fraude Processual.
Exercício arbitrário ou abuso de poder / Exploração de Prestígio. Desobediência a decisão judicial sobre perda ou
suspensão de direito.

Coletâneas de Exercícios pertinentes

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Da Falsidade de Títulos e Outros Papéis Públicos


Artigos 293 a 305 / 307 / 308 / 311-A

Falsificação de papéis públicos

ARTIGO 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:

I - selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel de emissão legal destinado à arrecadação
de tributo;
II - papel de crédito público que não seja moeda de curso legal;
III - vale postal;
IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou de outro estabelecimento mantido por
entidade de direito público;
V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a arrecadação de rendas públicas ou a depósito
ou caução por que o poder público seja responsável;
VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada pela União, por Estado ou por
Município:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

§ 1o Incorre na mesma pena quem:


I - usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsificados a que se refere este artigo;
II - importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda, fornece ou restitui à circulação selo falsificado
destinado a controle tributário;
III - importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em depósito, guarda, troca, cede, empresta, fornece,
porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial,
produto ou mercadoria:
a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle tributário, falsificado;
b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária determina a obrigatoriedade de sua aplicação.

§ 2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legítimos, com o fim de torná-los novamente utilizáveis,
carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

§ 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, qualquer dos papéis a que se refere o parágrafo
anterior.

§ 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo de boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou
alterados, a que se referem este artigo e o seu § 2º, depois de conhecer a falsidade ou alteração, incorre
na pena de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa.

§ 5o Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso III do § 1o, qualquer forma de comércio
irregular ou clandestino, inclusive o exercido em vias, praças ou outros logradouros públicos e em
residências.

Para configurar-se o crime de moeda falsa é necessária uma falsificação enganosa, uma “imitatio veri”
(imitação verdadeira). A moeda falsa deve ser de dinheiro em circulação corrente, atual.

O crime de moeda falsa pode ocorrer em relação a moeda nacional ou estrangeira. Uma única cédula falsa já
caracteriza o delito.
Para o crime ser configurado não é necessária a colocação da moeda em circulação

Para constatar a falsidade faz-se necessário o exame pericial. Caso o falsificador colocar a moeda em circulação
responderá apenas pelo crime de falso. O tipo penal em questão é misto alternativo, ou seja, a falsificação decorre
da fabricação ou da alteração da moeda, sendo assim, o crime restará configurado se houver uma ou outra ação

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tipificada. Trata-se também de crime comum, pois pode ser praticado por qualquer pessoa. A competência para
julgar os crimes de moeda falsa é da Justiça Federal.

Somente o Banco Central do Brasil pode emitir papel-moeda e moeda metálica, através da Casa da Moeda. A
autorização ao Banco Central deve partir do Conselho Monetário Nacional. A objetividade jurídica do crime de
moeda falsa é a fé pública.

Falsificar significa imitar com fraude, a imitação não deve ser grosseira, mas convincente.

Não se admite o princípio da insignificância em matéria de falsificação de moeda. Ou seja, mesmo sendo a
falsificação de uma nota de um real ou uma moeda de cinquenta centavos, o crime está constituído.

Petrechos de falsificação

ARTIGO 294- Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto especialmente destinado à
falsificação de qualquer dos papéis referidos no artigo anterior:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

ARTIGO 295 - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se
a pena de sexta parte.

Dispõe o artigo 294 do CP: “Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto especialmente destinado
à falsificação de qualquer dos papéis referidos no artigo anterior”. A pena é de reclusão de um a três anos, e multa.
Este crime é um ato preparatório do delito de falsificação de papéis públicos, que é tipificado como crime autônomo.
Trata-se de crime comum, formal, de forma livre, instantâneo ou permanente.
Caso o agente adquira o objeto destinado à falsificação, e em seguida falsifica um papel legítimo, responderá
apenas pelo artigo 293 (falsificação de papéis públicos), que absorve o artigo 294 do CP.

O artigo 295 estabelece que se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo,
aumenta-se a pena de sexta parte.

Da Falsidade Documental

Falsificação do selo ou sinal público

ARTIGO 296 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:

I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, de Estado ou de Município;


II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito público, ou a autoridade, ou sinal público de tabelião:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
§ 1º - Incorre nas mesmas penas:
I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado;
II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio.
III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados
ou identificadores de órgãos ou entidades da Administração Pública.
§ 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena
de sexta parte.
Analisemos as principais características desse delito:

a) dolo: exige-se apenas o dolo genérico, que se vislumbra na vontade e na consciência do indivíduo em buscar
a falsificação;
b) sujeito ativo: crime comum - qualquer pessoa pode ser sujeito ativo desse crime. Uma observação se impõe:
em se tratando de funcionário público, a pena é aumentada da sexta parte;
c) sujeito passivo: o Estado;

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d) objeto material: selo ou sinal falsificado;


e) objeto jurídico: fé pública

No que concerne à classificação, tal crime é, conforme visto, comum, já que não exige qualidade especial do sujeito
ativo. Fala-se em crime formal, já que não exige resultado naturalístico (utilização do selo ou sinal faculdade), de
forma livre (que pode ser praticado por qualquer meio), comissivo (excepcionalmente comissivo por omissão),
instantâneo, unissubjetivo (que pode ser praticado por um só agente) e plurissubsistente (regra geral, vários atos
integram a conduta).

Falsificação de documento público

ARTIGO 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena
de sexta parte.
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o
título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o
testamento particular.
§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir:
I - na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência
social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;
II - na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante
a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita;
III - em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante
a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado.
§ 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3o, nome do segurado e
seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.
São duas as possibilidades de falsificação. A primeira delas se dá através da criação material de um
documento, que deveria ser expedido por funcionário público. A segunda se configura pela alteração realizada em
documento verdadeiro.
Exemplo: falsificação de passaportes; preenchimento ilícito de cheque em branco; falsificação de diploma de
curso médio ou superior.
Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

Falsificação de documento particular

ARTIGO 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular
verdadeiro:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
O delito aqui tratado refere-se a falsificação ou alteração de quaisquer documentos não emanados pelo
poder público, pois se assim fosse o tipo penal seria outro, a do artigo 297 do CP.
Por documento particular podemos citar, a título de exemplo, os contratos, acordos, histórico escolar, carteira de
identificação escolar, de clubes, dentre vários outros.

O tipo penal tem como objetivo proteger a fé pública, no sentido de evitar que pessoas sejam lesadas ao aceitar
documento particular falsificado, pensando ser verdadeiro.

Para que seja o delito tipificado, essencial que o documento seja hábil a enganar terceiros, a ponto de não permitir
o reconhecimento de sua falsidade, ou seja, que seja aceito como se verdadeiro fosse.

Nesse sentido é o entendimento jurisprudencial:


Falsificação. Requisitos. “Para que se configure o crime de falsificação, a falsidade deve ser idônea para enganar
a fé pública e não tão grosseira que permita o seu reconhecimento por qualquer pessoa”. (TJSP – Ap. 22.172 – Rel.
Des. LIMA GUIMARÃES – 1ª C. – J. 6.9.48 – Um.) (RF 123/281).

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Corroborando esse entendimento a jurisprudência cita:


“A falsificação grosseira impede a realização típica do crime de falso em razão da inexistência de imitação da
verdade e potencialidade de dano.. (TRF 2ª R. – Ap. Crim. 10.736-6 – Rel. Des. Fed. SILVÉRIO CABRAL – 2ª T. – J. 10.10.90 –
Um.) (DJU, 13.11.90, p. 26.973).

Portanto, resta induvidoso que para que se caracterize o delito de falsificação de documento particular, os
elementos do falso devem induzir sua vítima a acreditar tratar-se de um documento verdadeiro.

Vale-nos consignar que se o agente utilizar-se dos meios de falsificação de documento particular para obtenção
de vantagem ilícita, este crime será absorvido pelo tipo penal de estelionato (art. 171 do CP).

O sujeito ativo do crime poderá ser qualquer pessoa, figurando no polo passivo o Estado.

O delito de falsificação de documento particular é doloso, onde o agente impõe sua vontade de forma livre e
consciente em praticar a falsificação ou alteração.

Nesse caso, é certo que para se constatar o dolo, desnecessário a apuração de eventual prejuízo a outrem, assim,
basta que o agente pratique intencionalmente a falsificação do documento, vejamos:
“O dolo no falsum decorre do próprio ato, pouco importando que não tenha havido prejuízo, porquanto o delito de
falsidade documental é classificado como ofensivo da fé pública, e não do patrimônio”. (TJSP – Ap. Crim. 9.040-3 – Rel.
Des. GOULART SOBRINHO – 2ª C. Crim. – J. 23.9.49 – Un.) (RT 566/308).

O crime comporta tentativa e se consuma no momento em que o agente falsifica o documento, não sendo preciso,
portanto, que se esse venha a ser utilizado. Vejamos o entendimento:

“O crime de falsificação de documento particular se consuma com a efetiva contrafação, falsificação”. (TRF 1ª R. –
Ap. Crim. 4.571-5-DF – Rel. Juiz ADHEMAR MACIEL – 3ª T. – J. 15.10.90 – Un.) (DJU, 29.10.90, p. 25.454).

Em relação ao concurso de crime temos a consignar que não haverá concurso com o crime de uso, previsto no
artigo 304 do código penal, segundo entendimento jurisprudencial dominante.

A ação penal subordinada ao crime de falsificação de documento particular é pública incondicionada.

Falsificação de cartão (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012)


Parágrafo único - Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de crédito ou débito.
(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012)

Falsidade ideológica

ARTIGO 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele
inserir ou fazer inserir declaração falsa, ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito,
criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:

Pena - Reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de 1 (um) a 3 (três)
anos e multa, se o documento é particular.
Na falsidade ideológica, o vício (imperfeição) incide sobre as declarações que o objeto material deveria
possuir, ou seja, sobre o conteúdo das ideias. Isto significa, que as declarações contidas no documento são falsas.
Por esta razão a falsidade ideológica é chamada de falso ideal.
O documento quanto ao seu aspecto material é verdadeiro, não apresentando rasuras, borrões, emendas,
omissões ou acréscimos.

Documento Público - É aquele elaborado de acordo com as formalidades legais, por funcionário público no
desempenho de suas atribuições, como por exemplo, certidões, escrituras, fotocópias autenticadas, etc.

Documento Particular - É aquele que não está compreendido como documento público.

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Objetividade Jurídica - É a fé pública no que se refere à veracidade do documento, tanto do documento público
como do particular.
Sujeito Ativo - É quem pratica a falsidade ideológica. É crime comum, portanto, pode cometer esse crime qualquer
pessoa, tanto pode ser o particular como o funcionário público.
Sujeito Passivo - É o Estado, bem como todas as pessoas que sofrerem dano pela falsidade.
Elementos Objetivos do Tipo - Três são as ações incriminadas pelo artigo 299.
A primeira delas é a de omitir declaração a que estava o agente obrigado. A segunda ação é a de inserir
declaração falsa ou diversa da que devia o agente fazer.
A terceira ação consiste em fazer inserir, em inserir de modo indireto, em utilizar-se o agente de terceiro para
introduzir ou incluir por sua determinação a declaração falsa ou diversa da que devia constar.

Em qualquer das modalidades é indispensável que a falsidade seja capaz de enganar, e tenha a finalidade de
"prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante".
Elementos Subjetivos do Tipo - É o dolo consistente na vontade livre e consciente de praticar o fato descrito,
tendo consciência da antijuridicidade. Inegável é a exigência do dolo específico, claramente imposto na cláusula
"com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante".
Consumação e Tentativa - Consuma-se o crime com a omissão e a inserção direta ou indireta da declaração
falsa ou diversa da que devia constar. Não exige a produção de dano, portanto, é crime formal. A tentativa somente
é possível na forma comissiva inserir ou de fazer inserir a declaração, pois na de inserir o agente pode declarar a
verdade até o encerramento do documento.

Na conduta de omitir não existe tentativa.

Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a


falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.

No parágrafo único estão previstas duas formas qualificadas do crime em estudo. A primeira delas refere-se à
falsidade ideológica do funcionário, que comete o ilícito prevalecendo-se do cargo. Não é só ser funcionário público,
tem que se prevalecer do cargo, que o exercício da função lhe tenha proporcionado ocasião e facilidade de
cometimento do delito. A segunda ocorre quando a falsificação ou alteração diz respeito a assentamento de
registro civil.

Estão previstos na Lei civil os seguintes assentamentos:


"...I - os nascimentos;
II - os casamentos;
III - os óbitos;
IV - as emancipações;
V - as interdições;
VI - as sentenças declaratórias de ausência;
VII - as opções de nacionalidade;
VIII - as sentenças que deferirem a legitimação adotiva..."

(Lei nº 6.015, de 31-12-1973).

São os assentamentos que constituem prova específica do estado civil das pessoas. A falsificação ou alteração
deles acarreta o aumento de pena previsto no parágrafo único do artigo em estudo.

Ação Penal - Pública incondicionada.

Exemplos:
1) Inserção de falsa declaração de emprego em carteira profissional
2) O fornecimento pelo funcionário público, de certidão contrária ao que consta nos assentamentos oficiais.
3) Após receber um mandado para intimação de Paulo, o Oficial de Justiça Marcos, pelo fato de estar muito
cansado, certifica que cumpriu a diligência, devolvendo o mandado ao cartório.

Falso reconhecimento de firma ou letra

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ARTIGO 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o não seja:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público; e de um a três anos, e multa, se o
documento é particular.
O tipo penal está contido no art. 300 do Código Penal: “Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função
pública, firma ou letra que o não seja.” A pena é reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público,
e de um a três anos e multa, se o documento é particular.

O bem jurídico protegido é, outra vez, a fé pública, a confiança que as pessoas depositam no reconhecimento de
firma ou letra pelo funcionário público, a quem o incumbe.
Sujeito ativo é apenas o funcionário público que tem a atribuição de reconhecer firmas e letras. É o tabelião ou
outro servidor a quem seja legalmente deferida essa atribuição.

Sujeito passivo é o Estado. Se há lesão, o titular do bem atingido também será sujeito passivo.

TIPICIDADE
Conduta e elementos do tipo

Firma é a assinatura de uma pessoa, impressa num documento. Letra é seu manuscrito. Reconhecimento de firma
é a declaração, feita pelo tabelião, de sua veracidade, ou seja, de que aquela assinatura foi aposta no documento
pela pessoa identificada como seu autor.
Reconhecida a firma pelo tabelião, as pessoas a quem o documento que a contém é apresentado acreditam que
a assinatura é a verdadeira da pessoa cujo nome consta como signatário, porque o reconhecimento, nesse sentido,
do tabelião goza, por força de lei, de fé pública.
O reconhecimento da firma é autêntico, quando a assinatura é aposta no documento na presença do tabelião. Diz-
se semiautêntico, quando, aposta longe das vistas do tabelião, o próprio signatário apresenta o documento no qual
foi lançada ao tabelião.
O reconhecimento por semelhança é o que é feito, pelo tabelião, após comparar a assinatura contida no documento
com outra arquivada no tabelionato. Reconhecimento indireto é o que o tabelião faz, à vista da declaração escrita
de duas pessoas, que atestam sua veracidade.
A conduta incriminada é o reconhecimento, como verdadeira, da assinatura ou o do manuscrito que não o é. O
tabelião afirma que é verdadeira a firma que não foi lançada no documento pela pessoa cujo nome consta, nele,
como signatária.
A norma não distingue entre o reconhecimento por autenticidade, semiautenticidade, por semelhança ou indireto,
podendo, portanto, ser realizado o tipo em qualquer das hipóteses.
O agente deve estar investido de função pública, podendo cometer o crime ainda quando, no momento do
reconhecimento, não a esteja exercendo.
O crime é doloso. Só incorre na incriminação o agente que tiver consciência de que a firma é falsa e reconhecer
sua veracidade com vontade livre, sem qualquer outra finalidade especial.
O tabelião não é perito e pode, no reconhecimento por semelhança, diante de uma assinatura falsificada com
maestria, enganar-se no momento da comparação, e, ao reconhecê-la como verdadeira, não terá cometido o crime,
porque o erro é excludente do dolo, e, no caso em exame, da própria tipicidade, porquanto não há tipo culposo.
Também não responderá na hipótese do reconhecimento por autenticidade quando a pessoa, munida de cédula
de identidade falsa, apõe a própria assinatura falsa na presença do tabelião. Nesse caso, o tabelião terá sido
enganado pelo falsário, que responderá pela falsificação do documento público.

Consumação e tentativa
Consuma-se no instante em que o agente declara, por escrito, no próprio documento, mediante a aposição de um
carimbo ou outra fórmula, o reconhecimento da firma como verdadeira.
A tentativa é possível se o agente, estando prestes a concluir a declaração de veracidade da firma falsa, é impedido
por ação de terceira pessoa.

AÇÃO PENAL
A ação penal é de iniciativa pública incondicionada, possível a suspensão condicional do processo penal.
Certidão ou atestado ideologicamente falso

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ARTIGO 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que
habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra
vantagem:
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
É uma modalidade típica de falsidade ideológica, pois é um crime próprio do funcionário público.

Objetividade Jurídica - É a fé pública referente a autenticidade de atestado ou certidão, especialmente quando


forem esses documentos emitidos pelo funcionário público.
Sujeito Ativo - Como é crime próprio, o funcionário público pode cometê-lo, não o podendo ser cometido por
particular, visto que o tipo penal declara "em razão de função pública".
Sujeito Passivo - É o Estado.
Elementos Objetivos do Tipo - A conduta típica é atestar ou certificar fato ou circunstância. Atestar é afirmar ou
provar algo em caráter oficial. Certificar é afirmar, convencer da verdade ou da certeza de algo, também com
caráter público. É necessário que se trate de atestado ou certidão originários do funcionário público, pois a
reprodução fraudulenta de certificado ou atestado emitido por funcionário público configura crime de Falsidade de
Documento Público.
Elementos Subjetivos do Tipo - É o dolo, consistente na vontade livre e consciente de atestar fato ou
circunstância nas condições descritas no tipo penal.
Consumação e Tentativa - Quanto à consumação, alguns doutrinadores acham que a consumação se dá quando
o agente encerra o atestado ou certidão, não sendo necessária a sua entrega ao destinatário. Outros acham que
a consumação somente é efetiva quando o atestado ou certidão é entregue a terceiro. Trata-se de crime formal,
que não exige o prejuízo efetivo. A tentativa é possível.
Ação Penal - Pública incondicionada.

Exemplos:
1) Atestado de pobreza para obtenção de justiça gratuita ou internação em hospital;

2) Atestado de idoneidade para ingressar no funcionalismo público.

Falsidade material de atestado ou certidão

§ 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor de certidão ou de atestado


verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus
ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem:
Pena - detenção, de três meses a dois anos.

Neste tipo de falsidade o que se frauda é a própria forma do documento, que é alterada no todo ou em parte.
Neste caso o sujeito modifica as características originais do objeto material, por meio de rasuras, borrões,
emendas, substituições de números, palavras ou letras, etc.
Pode acontecer, também, que o agente fraude totalmente a própria forma do documento, forjando-o, criando assim
um documento novo, ou seja, falso.

Objetividade Jurídica - A fé pública especialmente no que diz respeito à autenticidade dos documentos emitidos
por funcionário público.
Sujeito Ativo - Qualquer pessoa, inclusive o funcionário público.
Sujeito Passivo - É o Estado.
Elementos Objetivos do Tipo - A conduta típica é falsificar ou alterar.
Elementos Subjetivos do Tipo - O dolo do delito é a vontade de falsificar, contrafazendo ou alterando a certidão
ou atestado que possa servir de prova de fato ou circunstância.
Consumação e Tentativa - Consuma-se o delito com a falsificação ou alteração, independentemente do uso ou
qualquer outra consequência. Não é necessária para a consumação a existência de prejuízo efetivo, bastando o
simples perigo de dano. Não caracteriza o crime, porém, se a falsidade não é apta para causar prejuízo pela falta
de relevância jurídica de seu conteúdo. É crime formal e a tentativa é admissível.
Ação Penal - Pública incondicionada.

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§ 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, além da pena privativa de liberdade, a de multa.
É apenas uma qualificadora do crime estudado. Observar a letra da lei "com o fim de lucro". Se não houver
esse fim, estaremos diante do crime previsto no "caput" ou no § 1º. Não é necessário que se obtenha o lucro.
Basta agir com esse fim.

Exemplo: a falsidade de atestado ou certidão de aprovação ou conclusão escolar, para matricula em escola ou
curso superior, caracteriza o delito de falsidade material de atestado ou certidão.

Falsidade de atestado médico

ARTIGO 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso:


Pena - detenção, de um mês a um ano.
Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.

Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica

ARTIGO 303 - Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que tenha valor para coleção, salvo quando a
reprodução ou a alteração está visivelmente anotada na face ou no verso do selo ou peça:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, para fins de comércio, faz uso do selo ou peça filatélica.

Uso de documento falso

ARTIGO 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a
302:
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.
O indivíduo, sabendo que o documento que porta é falso, utiliza-o como se fosse autêntico.
Exemplo: uso de certidão falsa para eximir-se do pagamento de uma dívida; exibição de Carteira de Habilitação
falsa em blitz.
Pena: a pena cominada ao uso de documento falso é a mesma referente à falsificação em si.

Supressão de documento

ARTIGO 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio,
documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o documento é público, e reclusão, de um a cinco anos, e multa,
se o documento é particular.
Estatui o art. 305 do Código Penal: “Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em
prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não poderia dispor”. É ainda um caso de
falsidade material.

Como é falso material a criação do documento falso ou a supressão parcial de um documento verdadeiro, assim
o é a supressão total. Em todas essas formas deve-se reconhecer a falsidade material e não haverá razão por que
se possa duvidar de que preferentemente a qualquer outro título de crime, deve apresentar-se o de falsidade em
documento. E de fato assim é.

A destruição, a supressão ou a ocultação de um documento produz o mesmo efeito que sua contrafação ou
alteração. Por todos esses modos, o agente atenta contra a veracidade do fato e viola a fé pública.
O bem-interesse, a objetividade jurídica considerada é a fé pública. A supressão de documento, com sua
falsificação, lesa a segurança, a certeza que deve haver nas relações jurídicas, impedindo que a verdade surja e,
consequentemente, burlando a confiança geral e individual que nele se deposita. Qualquer pessoa pode cometer
o crime, se diferenciando do peculato-desvio- art. 314, pois aqui somente o funcionário público pode ser agente
ativo, por ser crime próprio. Não se exclui o proprietário, uma vez que se apresente o elemento condicionante do

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crime: documento de que não podia dispor.

O objeto material é o documento público ou particular verdadeiro. Realce-se que a lei diz expressamente que o
documento há de ser verdadeiro. Se, portanto, destruído, um documento apócrifo (fato sem autenticidade), o crime
não subsiste, como não subsiste, se no documento autêntico é suprimida somente a parte que sofreu uma
alteração.

Falsa identidade

ARTIGO 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio
ou alheio, ou para causar dano a outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.

ARTIGO 308 - Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer
documento de identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize, documento dessa natureza,
próprio ou de terceiro:
Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.

Das Fraudes em Certames de Interesse Público


(Incluído pela Lei 12.550 de 2011)

Fraudes em certames de interesse público (Incluído pela Lei 12.550de 2011)

ARTIGO 311- A - Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de


comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de: (Incluído pela Lei 12.550 de 2011)

I - concurso público; (Incluído pela Lei 12.550 de 2011)


II - avaliação ou exame públicos; (Incluído pela Lei 12.550 de 2011)
III - processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou (Incluído pela Lei 12.550 de 2011)
IV - exame ou processo seletivo previstos em lei: (Incluído pela Lei 12.550 de 2011)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei 12.550 de 2011)
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas
às informações mencionadas no caput. (Incluído pela Lei 12.550 de 2011)§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à
administração pública: (Incluído pela Lei 12.550 de 2011)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído pela Lei 12.550 de 2011)
§ 3o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato é cometido por funcionário público. (Incluído pela Lei 12.550 de
2011)

Crimes Contra a Administração Pública


Artig o s 312 a 317 / 319 a 333 / 335 a 337
Peculato

ARTIGO 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público
ou particular, de quem tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena: reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Peculato é um tipo especial de apropriação indébita em razão do cargo.

É o delito perpetrado, quando o funcionário se apropria ou desvia em proveito próprio ou de terceiro, o bem que
está em seu poder em razão do cargo, dinheiro, valor (apólices, títulos de dívida pública, etc.), ou outro bem móvel.

Objetividade Jurídica - Protege a Administração Pública no que diz respeito ao interesse patrimonial, preservação
do erário público, fidelidade e probidade dos agentes do poder.

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Sujeito Ativo - Crime próprio, o peculato somente pode ser cometido por funcionário público.
Sujeito Passivo - É o Estado. Se o objeto material for de natureza pública, sujeito passivo será o Estado ou outra
entidade de direito público. Cuidando-se de bem particular, o proprietário ou possuidor será o sujeito passivo.
Elementos Objetivos do Tipo - A conduta pode realizar-se de duas formas:
1º) apropriação; e 2º) desvio.

Na apropriação há inversão do título da posse, dispondo o sujeito da coisa como se fosse dono. No desvio, o
funcionário, sem ânimo de apossamento definitivo, emprega o objeto material em fim diverso de sua destinação
específica, em proveito próprio ou alheio.
Elementos Subjetivos do Tipo - É o dolo, vontade livre e consciente de concretizar os elementos objetivos do
tipo. Além do dolo, o tipo requer um fim especial de agir, o elemento subjetivo contido na expressão "em proveito
próprio ou alheio".
Consumação e Tentativa - Consuma-se o delito, na modalidade peculato-apropriação, no momento em que o
sujeito age como se fosse dono do objeto material. No peculato-desvio, o momento consumativo ocorre com o ato
desvio, sendo irrelevante se consegue ou não o proveito próprio ou alheio. Delito material; admite a figura da
tentativa.
Ação Penal - Pública incondicionada.

Exemplos de Peculato:
1) Funcionário público que ao transmitir o cargo do qual fora afastado, retém em seu poder o saldo de caixa
acusado no balancete de contabilidade e pertencente aos cofres públicos.
2) Se o carteiro ao invés de entregar a correspondência, viola-a apropriando-se dos respectivos valores
registrados, ocorre crime de peculato.
3) Comete crime de peculato o policial que se apropria de valores do preso, cuja guarda lhe foi confiada.

Peculato - Furto
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor, ou bem, o
subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe
proporciona a qualidade de funcionário.
Objetividade Jurídica - É a mesma do caput.
Sujeito Ativo - É o mesmo do caput.
Sujeito Passivo - É o mesmo do caput.
Elementos Objetivos do Tipo - O núcleo do tipo é o verbo subtrair. O peculato, aqui, está descrito na forma do
furto. Nada mais é do que o furto cometido pelo funcionário público, valendo-se de sua condição perante a
Administração Pública.

Duas são as hipóteses previstas no tipo:

1º) o sujeito realiza a subtração; ou


2º) voluntária e conscientemente, concorre para que outro subtraia o objeto material.

Nos dois casos, o funcionário não tem a posse ou a detenção do bem. Se tivesse, responderia pelo delito definido
no caput da disposição.

Elementos Subjetivos do Tipo - É o dolo, vontade livre e consciente dirigida à subtração ou a concorrer com a
conduta do terceiro, que subtrai o objeto material. Além do dolo, outro elemento subjetivo do tipo, concernente à
intenção de obtenção de proveito próprio ou alheio.
Consumação e Tentativa - Atinge a consumação, quer cometido pelo funcionário quer por terceiro, nos mesmos
moldes do furto. Crime material; admite a tentativa, aplicando-se os mesmos princípios apreciados no delito de
furto.
Ação Penal - Pública incondicionada.

Exemplo: policial que subtrai, peças de uma motocicleta furtada e que apreendera em razão de suas funções.

Peculato Culposo

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§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:


Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
Este tipo de peculato, não intencional, ocorre quando o funcionário por negligência, imprudência ou imperícia
concorre para a prática do crime de outrem seja funcionário ou simples particular. O funcionário por não
observância do dever de cuidado a que estava obrigado, concorre (facilita) para a prática de condutas delituosas.

§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a


punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

O ressarcimento do dano causando a extinção da punibilidade ou a redução de metade da pena imposta, somente
é possível no peculato culposo como forma de abrandar o delito em decorrência da falta de dolo do agente.

Se a reparação do dano é anterior à sentença irrecorrível (sentença para a qual não cabe mais nenhum recurso),
extingue a punibilidade. Se o ressarcimento à sentença irrecorrível, reduz a metade da pena imposta.

O ressarcimento pode ser efetuado pelo próprio réu, ou por terceiro em seu nome. Entretanto, o ressarcimento do
dano provocado ao Estado, ou a extinção da punibilidade não impedirão sanções administrativas cabíveis.
Exemplos:
1 - Funcionário público municipal que tinha sob sua guarda bens da municipalidade acaba esquecendo, não
intencionalmente, mas, por negligência, abertas as portas do local onde estavam os bens. Durante a noite aqueles
objetos foram subtraídos.
2- Pratica peculato culposo, o funcionário público incumbido de fiscalizar o serviço, que não cumpre com o seu
dever de fiscalizar, propiciando que seu subordinado aumente o número de horas extras a que tem direito e se
aproprie da diferença.

Peculato mediante erro de outrem


ARTIGO 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro
de outrem:
Pena: reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Objetividade Jurídica - tutela-se a Administração Pública.


Sujeito Ativo - Delito próprio, só pode ser cometido por funcionário público. Nada impede, entretanto, que um
particular participe do fato, respondendo pelo crime.
Sujeito Passivo - Há dois sujeitos passivos. Em primeiro lugar, o Estado. De forma secundária, a vítima da fraude.
O lesado, não sendo também vítima da fraude, surge com prejudicado.
Elementos Objetivos do Tipo - A conduta consiste em o funcionário público apropriar-se de dinheiro ou qualquer
outra utilidade mediante aproveitamento ou manutenção do erro de outrem. Imprescindível, para que exista delito,
que a entrega do bem tenha sido feita ao sujeito em razão do cargo que desempenha junto à Administração Pública
e que o erro tenha relação com o seu exercício.
Elementos Subjetivos do Tipo - o dolo, que consiste na vontade livre e consciente de apropriar-se de objeto
material.
Consumação e Tentativa - o delito atinge o momento consumativo quando o funcionário público se apropria do
objeto material, agindo como se fosse dono. A tentativa é admissível.

Exemplo: funcionário é surpreendido no momento em que está abrindo uma carta contendo valor, a ele entregue
por erro de outrem.

Circunstância Qualificada - o autor deste crime, terá sua pena aumentada da terça parte se o seu ocupante for
ocupante do cargo em comissão ou de função ou assessoramento de órgão da administração direta, Sociedade
de economia mista ou fundação instituída pelo poder público (art. 327, § 2º)
Ação Penal - Pública incondicionada.

Exemplo: um particular, paga a administração pública um valor superior ao devido, por ter se enganado quanto a
quantia a ser paga. Caso o funcionário que recebeu o valor apropriar-se da diferença, cometera peculato mediante

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erro de outrem

Peculato Via Informática


A reforma penal introduzida pela Lei 9983/2000 descreve duas novas condutas penais contra a Administração
Pública. Portanto, dois tipos penais foram acrescidos aos tipos de peculato, podendo ambos, ser praticados por
meio da informática. O artigo 313, além de manter o texto original foi desdobrado em artigo 313-A e artigo 313-B.

Inserção de Dados Falsos em Sistema de Informações

ARTIGO 313-A - Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir
indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública
com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
O tipo penal refere-se apenas a previsão por funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, ou alteração,
ou exclusão indevida de dados corretos no sistema informatizado da Administração Pública.
Por vantagem indevida, devemos entender tanto a vantagem indevida obtida ou o extravio de créditos, bem como
a liberação de débitos, ou desoneração de qualquer tipo de ordem patrimonial.
Um exemplo conhecido por muitos são os fatos ocorridos no Detran de São Paulo, onde as multas aplicadas aos
motoristas infratores eram excluídas do banco de dados, permitindo aos proprietários de veículos, de ficarem livres
de seus pagamentos, por ocasião de seu licenciamento.

Modificação ou Alteração Não Autorizada de Sistema de Informações

ARTIGO 313-B - Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática


sem autorização ou solicitação de autoridade competente:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa.

§ único - As penas são aumentadas de um Terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para
a Administração Pública ou para o administrado.
Este delito tem dois aspectos distintos:

1) Qualquer funcionário público pode acionar o sistema informatizado da Administração Pública desde que tenha
autorização para tal.

2) Para a caracterização do delito previsto no artigo 312 - B, não é preciso que o agente queira obter vantagem
material indevida, nem para si nem para outrem, pois o crime em questão não está associado à pretensão material.

Por exemplo: O delito descrito no artigo 313- B será configurado se um funcionário acessar o sistema
informatizado da Administração Pública para excluir o registro de uma condenação penal sua ou de terceiro.

Extravio, Sonegação ou Inutilização de Livro ou Documento

ARTIGO 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de quem tem a guarda em razão do cargo,
sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente.
Pena: reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, se o fato não constitui crime mais grave.
A integridade de livros fiscais e documentos confiados ao funcionário público, objetiva a proteger a
organização da administração pública, que para alcançar seus fins necessita tê-los à disposição para suas
necessidades, tais como expedir certidões as pessoas que dela necessitem, bem como para provar que seus atos
são praticados em conformidade com a lei.
Objetividade Jurídica - Visa a incriminação a proteger a Administração Pública, no que diz respeito à ordem,
regularidade e segurança de livros oficiais e documentação de natureza pública, ou privada, que devem manter-
se íntegros.
Sujeito Ativo - crime próprio, praticado apenas pelo funcionário público no exercício do cargo, uma vez que é a
ele que são confiados os objetos materiais em razão de sua atividade pública. Admite-se, entretanto, a participação

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de terceiro não qualificado.


Sujeito Passivo - É o estado. Nada impede, porém, que também apareça o particular como segundo sujeito
passivo, ocorrendo a hipótese quando lhe pertence o objeto material (exemplo: um documento que esteja na
posse da Administração Pública).
Elementos Objetivos do Tipo -
1 - Extraviar que quer dizer descaminhar, desviar, alterar sua destinação.
2 - Sonegar é deixar de mencionar, deixar de apresentar quando é devido ou exigido por quem de direito, esconder
etc.
3 - Inutilizar é tornar imprestável par ao fim específico, a que se destina o livro ou o documento. A inutilização pode
ser total (destruição) ou parcial (inutilização propriamente dita).

Elementos Subjetivos do Tipo - É o dolo, tendo o sujeito consciência de que exerce a guarda do objeto material
em face do exercício do cargo.
Crime Subsidiário - é crime subsidiário percebido facilmente pela frase: se o fato não constitui crime mais grave.
Deve-se procurar no Código Penal, ou em leis especiais / extravagantes se não há uma circunstância mais grave
para esta conduta. Se não houver punições mais grave, receberá o infrator a pena deste artigo.
Circunstância Qualificada - o autor deste crime, terá sua pena aumentada da terça parte se o seu ocupante, for
ocupante do cargo em comissão ou de função ou assessoramento de órgão da administração direta, Sociedade
de economia mista ou fundação instituída pelo poder público (art. 327, §2º).
Consumação e Tentativa - Consuma-se o delito com a realização das condutas descritas no tipo (extravio,
sonegação ou inutilização do objeto material), sendo irrelevante que, o poder público ou terceiro venha a sofrer
dano concreto. A tentativa é admissível nas modalidades de extravio e inutilização. Na sonegação, contudo, não
é possível.
Emprego irregular de verbas ou rendas públicas
Ação Penal - Pública incondicionada.

ARTIGO 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei:
Pena: detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.

Objetividade Jurídica - O tipo protege a regularidade da atividade administrativa no que diz respeito à
aplicação de verbas e rendas públicas.
Sujeito Ativo - crime próprio, praticado apenas pelo funcionário público que tem poder de disposição de verbas
e rendas públicas.
Sujeito Passivo – São, a União, os Estados, os Municípios etc.
Elementos Objetivos do Tipo - a figura típica apresenta dois tipos:

1º) emprego irregular de verbas públicas ou


2º) emprego irregular de rendas públicas

Verbas Públicas - São importâncias em dinheiro, destinadas por lei orçamentária, à satisfação de um serviço
público ou de uma utilidade pública.
Rendas Públicas – São, dinheiros recebidos pela Fazenda Pública, ou a esta pertencente, seja qual for a sua
origem legal.

Elementos Subjetivos do Tipo - É o dolo, vontade livre e consciente de aplicar diferentemente de sua destinação
específica as tendas ou verbas de natureza pública. Não se exige nenhum fim específico, não sendo necessário,
por isso, o intuito de lucro.
Circunstância Qualificada - O autor deste crime, terá sua pena aumentada da terça parte se o seu ocupante for
ocupante do cargo em comissão ou de função ou assessoramento de órgão da administração direta, Sociedade
de economia mista ou fundação instituída pelo poder público (art. 327, §2º).
Consumação e Tentativa - Consuma-se o delito com a aplicação indevida das rendas ou verbas. Não basta a
simples indicação ou destinação sem execução. A tentativa é admissível.
Atenção: em casos de calamidade pública, justifica-se o emprego irregular das verbas e rendas públicas, para o
atendimento em caráter de emergência, diante de uma situação imprevista

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Ação Penal - Pública incondicionada.

Exemplo: prefeito municipal que desvia verba destinada a saúde para construção de escola em sua base eleitoral,
contrariando a Lei Orçamentária aprovada pela Câmara do Vereadores

Concussão

ARTIGO 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.
Concussão é uma forma especial de extorsão, cometida pelo funcionário público que se vale da função por
meio da coação para atingir seus fins.

Objetividade Jurídica - Visa a proteger o normal desenvolvimento dos encargos funcionais, por parte da
Administração Pública e na conservação e tutela do decoro desta. Protege-se também o patrimônio do particular
contra a forma especial de extorsão cometida pelo funcionário, que se vale para a prática do delito, da função que
desempenha, empregando-a como meio de coação para a obtenção de seus fins.
Sujeito Ativo - Em face de a concussão ser delito próprio, só pode ser o funcionário público, mesmo que ainda
não tenha assumido o cargo, mas desde que aja em virtude dele.
Sujeito Passivo - É o estado, titular de interesse protegido e violado pela lesão do dever de integridade que norteia
a atividade funcional. No plano secundário, aparece a vítima como sujeito passivo.
Elementos Objetivos do Tipo - O núcleo do tipo é o verbo exigir, que significa impor como obrigação, ordenar,
intimar. A conduta incriminada consiste em o funcionário público exigir do sujeito passivo uma vantagem indevida,
direta ou indiretamente, em razão do exercício da função.
A exigência pode ser:

1º) direta; ou
2º) indireta

Exigência Direta: quando o funcionário, manifesta sua intenção explicitamente, ou seja, de forma clara a vítima,
face a face.
Exigência Indireta: quando o agente (funcionário público), se utiliza da interposta pessoa, isto é, de outra pessoa
que age como intermediária "testa de ferro”, para fazer chegar a vítima sua pretensão, ou formula exigência de
maneira capciosa ou disfarçada, ou seja, implicitamente

Elementos Subjetivos do Tipo - É o dolo, vontade livre e consciente dirigida à exigência, devendo abarcar os
outros dados típicos. Além dele, exige-se outro, previsto na expressão "para si ou para outrem".
Consumação e Tentativa - Consuma-se o delito, com a exigência, no momento em que esta chega ao
conhecimento do sujeito passivo. Não se exige, para a consumação do delito, que é formal, a consecução do fim
visado pelo agente, (a obtenção da indevida vantagem). Se esta ocorre, há simples exaurimento.

Quanto à tentativa:

1º) é inadmissível. Ou o sujeito exigiu, ou não;


2º) tratando-se, a tentativa é admissível.

Exemplo: carta extraviada contendo a exigência que chega ao conhecimento da autoridade policial.

Ação Penal - Pública incondicionada.


Elemento Subjetivo do Tipo: Há elementos subjetivos do tipo, elencados pelas expressões para si ou para outrem
e em proveito próprio ou alheio.
Tipo Normativo - Está presente na expressão indevida que qualifica a vantagem
Circunstância Qualificada - O autor deste crime, terá sua pena aumentada da terça parte se o seu ocupante do
cargo em comissão ou de função ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia
mista ou fundação instituída pelo poder público (art. 327, §2º)

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Exemplos:
1) Ameaça de imposição de determinada multa pelo funcionário público, com abuso de autoridade, contra o
particular, que cede ou virá a ceder por medo do poder público;
2) Policial que exige dinheiro de preso para libertá-lo após detê-lo.

Excesso de Exação

§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando, emprega
na cobrança, meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:
Pena - Reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
A palavra "Exação" significa cobrança.

Objetividade Jurídica - O bem jurídico penalmente protegido é a Administração Pública.


Sujeito Ativo - Crime próprio, praticado apenas pelo funcionário público, admitindo-se, entretanto, a participação
de particular.
Sujeito Passivo - Em primeiro lugar é o estado. Em segundo lugar, o particular, vítima da conduta (como também
outro funcionário).
Elementos Objetivos do Tipo - Exigir tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido; -
empregar meio vexatório ou gravoso na cobrança

Uma das condutas típicas alternativas consiste em o funcionário público exigir tributos, indevidos pelo contribuinte.
Na segunda as contribuições são devidas. O autor, entretanto, em sua cobrança, emprega meio vexatório ou
gravoso.

Meio vexatório é o que causa humilhação, tormento, vergonha ou indignidade ao sujeito passivo. Meio gravoso é
o que acarreta maiores despesas para o contribuinte.

Elementos Subjetivos do Tipo - São dois:

1º) o dolo, vontade livre e consciente de exigir ou cobrar tributos, nos moldes descritos no tipo;
2º) é necessário que o sujeito tenha pleno conhecimento da ilegitimidade do tributo. Se há dúvida sobre a
ilegitimidade, não há crime por ausência de tipicidade.

Consumação e Tentativa - Na primeira modalidade típica o delito se consuma no momento em que a vítima toma
conhecimento da exigência. Formal o crime, a consumação independe do efetivo pagamento do tributo. A conduta
consiste em exigir e não receber. Na segunda, o crime atinge a consumação com o emprego do meio vexatório ou
gravoso.
Ação Penal - Pública incondicionada.

Independe a consumação, da mesma forma, do efetivo recebimento do tributo. A tentativa é admissível no tocante
ao verbo "exigir". Quanto ao verbo "cobrar", da mesma maneira, é possível a tentativa quando fracionável o fato.
Exemplo: cobrança vexatória por escrito, que não chega, por circunstância alheias à vontade do funcionário, ao
conhecimento do contribuinte).

Circunstância Qualificada - O autor deste crime, terá sua pena aumentada da terça parte se o seu ocupante, for
ocupante do cargo em comissão ou de função ou assessoramento de órgão da administração direta, Sociedade
de economia mista ou fundação instituída pelo poder público (art. 327, § 2º)

Forma Qualificada de Excesso de Exação

§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos
cofres públicos:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Ocorre forma qualificada de "excesso de exação", quando o funcionário após praticar o delito, ao invés de

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recolher aos cofres públicos o tributo ou contribuição social que recebeu indevidamente do contribuinte, desvia-o.

O desvio (descaminho) deve ser em proveito próprio ou de outrem.

Objetividade Jurídica - Tutela-se a administração pública, cometido o fato por ocupante de cargo em omissão ou
função de direção ou assessoramento, em determinadas entidades, de aplicar-se a causa de aumento de pena.
Sujeito Ativo - Crime próprio, praticado apenas pelo funcionário público, admitindo-se, entretanto, a participação
de particular.
Sujeito Passivo - Em primeiro lugar é o estado. Em segundo lugar, o particular, vítima da conduta (como também
outro funcionário).
Elementos Objetivos do Tipo - Trata-se de um desdobramento da primeira modalidade típica descrita no 1º do
dispositivo, apresentando dois momentos:

1º) o funcionário recebe, indevidamente, taxa, imposto ou emolumento para recolher aos cofres públicos;
2º) após o recebimento, desvia o objeto material em proveito próprio ou alheio. Significa que, ao invés de recolher
aos cofres públicos o que indevidamente recebeu, não o faz, dele se apoderando.

E se o apoderamento ocorre depois do recolhimento do tributo aos cofres público? Há delito de peculato.

Elementos Subjetivos do Tipo - O tipo apresenta dois elementos subjetivos:

1º) O dolo, vontade livre e consciente de realizar a conduta objetiva descrita na norma.
2º) A intenção de locupletação, contida na expressão "em proveito próprio ou alheio".

Consumação e Tentativa - Consuma-se o crime com o efetivo desvio do objeto. Tratando-se de crime material,
admite a figura da tentativa.
Ação Penal - Pública incondicionada.

Corrupção Passiva

ARTIGO 317 - Solicitar ou receber, para si, ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
Pena: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Há dois tipos de corrupção:

Ativa e Passiva.

A corrupção Passiva é aquela em que qualquer pessoa oferece ou promete vantagem indevida a funcionário
público, para que este pratique, omita ou retarde qualquer ato de ofício.
A corrupção é Ativa quando se tem por objeto a figura do corruptor, e será estudada no artigo 323 do CP, pois é
corrupção prevista como infração separada e independente da Passiva.

Objetividade Jurídica - Tutela-se a administração pública em relação ao interesse patrimonial e moral.


Sujeito Ativo - Crime próprio, praticado apenas pelo funcionário público.
Sujeito Passivo - É o Estado.
Elementos Objetivos do Tipo - A conduta proibida consiste em o funcionário público solicitar ou receber a
vantagem ou aceitar a promessa de recebê-la. Solicitar significa pedir, manifestar o desejo de alguma coisa;
receber quer dizer aceitar.
Pode também ocorrer o delito mediante a aceitação do recebimento da promessa, concordando o sujeito com a
proposta feita pelo terceiro. A solicitação pode ser direta ou indireta. Ocorre a forma direta quando o funcionário
se manifesta de maneira explícita, frente a frente ou por escrito, ao sujeito corruptor. Indireta quando age por
interposta pessoa.
Elementos Subjetivos do Tipo - O primeiro é o dolo, vontade livre e consciente de realizar as elementares de
natureza objetiva. O segundo se encontra na expressão "para si ou para outrem". Não se exige que o sujeito
tenha a intenção de realizar ou deixar de realizar o ato de ofício objeto da corrupção.

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Apostilas OBJETIVA – Concursos Públicos - Brasil

Consumação e Tentativa - Crime formal, a corrupção passiva atinge o momento consumativo no instante em que
a solicitação chega ao conhecimento do terceiro, ou em que o funcionário recebe a vantagem ou aceita a promessa
de sua entrega. Quanto à tentativa:

1º) No tocante à solicitação: tratando-se de forma verbal, não é admissível. Cuidando-se, entretanto, de meio
escrito, é possível a tentativa.
2º) Em relação ao recebimento da vantagem: não é também admissível a tentativa, seja o meio verbal ou por
escrito. Ou ele aceita ou não aceita.

Ação Penal - Pública incondicionada.

Corrupção Passiva Qualificada

§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou


deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
Nesse caso o crime é agravado, porque o funcionário público além da corrupção caracterizada pela
solicitação ou aceitação de vantagens recebidas ou oferecidas, viola seu dever funcional, incorrendo em três tipos
de atitudes que prejudicam a administração pública.

1) Retardar a prática de ato de ofício (atraso)


Exemplo: oficial de justiça que segura mandado beneficiando o réu.

2) Deixar de praticar qualquer ato de Ofício (omissão)


Exemplo: oficial de justiça que não encontra bens para penhorar.

3) Prática de ato que infringe dever funcional


Exemplo: funcionário que se deixa corromper, para permitir que uma pessoa passe à frente das outras

Corrupção Passiva Privilegiada

§ 2º Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo
a pedido de outrem:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.
Diferencia-se de outras formas de corrupção passiva pelo motivo que determina a conduta do funcionário.

Neste caso, o funcionário pratica, ou deixa de praticar ou retarda ato de ofício com infração do dever funcional.
Mas, assim procede a pedido ou influência de outrem, a quem interessa bajular, adular ou até mesmo por medo.
O funcionário não vende o ato funcional visando receber alguma vantagem. Na verdade, ele transige com seu
dever funcional perante a administração para atender pedido de terceiros.
Neste delito a conduta é chamada de privilegiada, pois, trata-se de conduta de menor gravidade.

Sujeito Ativo - Crime próprio, praticado apenas pelo funcionário público.


Sujeito Passivo - O estado e subsidiariamente, o particular lesado.
Elementos Objetivos do Tipo - Circunstância privilegiada.
Elementos Subjetivos do Tipo - O dolo, que consiste na vontade do funcionário público de ceder a pedido de
outro conscientemente.

É uma forma privilegiada de crime que ocorre. Nesse caso, a pena é abstratamente reduzida. Ele não vende o ato
funcional em face de interesse próprio ou alheio, pretendendo receber uma vantagem. Na verdade, transige com
seu dever funcional perante a administração pública para atender pedido de terceiro influente ou não. Exige-se
que haja pedido ou influência. É a deferência do sujeito ativo que dá origem ao delito.

Ação Penal - Pública incondicionada.

Exemplos:

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1) Oficial de justiça aprovado em concurso público, antes de entrar no exercício de suas funções solicita a um
advogado a quantia de mil reais para atrasar um processo movido contra o seu cliente.
2) Recebimento de propina pelo policial rodoviário para não lavrar multas diante de irregularidades encontradas.
3) Policiais, que mesmo fora de horário de serviço recebem vantagem ilícita para fazer segurança de contrabando,
sem dele participar diretamente, praticam o crime de corrupção passiva.

Prevaricação

ARTIGO 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição
expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Prevaricação é a infidelidade ao dever de ofício. Ocorre a prevaricação, quando o funcionário público, movido
por interesse ou sentimento pessoal, retarda ou deixa de praticar indevidamente, ato de ofício, ou pratica-o de
maneira contrária à disposição expressa em lei.

Interesse Pessoal- É a vantagem pretendida pelo funcionário seja moral ou material.

Sentimento Pessoal - Diz respeito ao afeto dos funcionários para com as pessoas, como amor, ódio, simpatia,
antipatia, vingança, piedade, etc.

Ato de Ofício - É aquele que se encontra dentro da competência do funcionário, nos moldes das atribuições por
ele exercida.
Exemplo: realizar citações, intimações, penhoras, etc., são Atos de Ofício do oficial de justiça.

Objetividade Jurídica - É um delito que ofende a administração pública, causando dano ou perturbando o normal
desenvolvimento de sua atividade. O funcionário não mercadeja sua função, o que ocorre na corrupção passiva,
mas a degrada ao violar dever de ofício para satisfazer objetivos pessoais.
Sujeito Ativo - Crime próprio, só pode ser cometido por funcionário público.
Sujeito Passivo - É o estado. Eventualmente, pode também surgir como sujeito passivo secundário o particular
que vem a sofrer dano ou perigo de dano em face da realização, omissão ou retardamento da prática do ato de
ofício.
Elementos Objetivos do Tipo - O crime pode ser realizado de três maneiras:

1º) retardando ato de ofício;


2º) deixando de realizá-lo; e
3º) realizando-o.

Nas duas primeiras formas o delito é omissivo; na terceira, comissivo.

Retardar significa protelar, não realizar o ato de ofício dentro de um prazo estabelecido pela lei, pouco importando,
que a demora venha a tornar sem validade o ato posteriormente praticado.

Na segunda forma de cometimento do delito o sujeito, definitivamente, não realiza o ato.


Na terceira, ele o realiza, embora de forma contrária à estabelecida na lei.

Nesse último caso, não se cuida de ato de ofício, mas de ato que transgride o mandamento legal (lei e não
regulamento).

Elementos Subjetivos do Tipo - O primeiro é o dolo, vontade livre e consciente dirigida ao retardamento, omissão
ou realização do ato. O segundo elemento subjetivo do tipo se encontra na expressão "para satisfazer interesse
ou sentimento pessoal".

Sem a finalidade alternativa a conduta é absolutamente atípica.

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Consumação e Tentativa - O delito atinge o momento consumativo com a omissão, retardamento ou realização
do ato. Na omissão e no retardamento, sendo omissivo próprio o delito, não se admite a forma tentada. Na prática
do ato, sendo comissivo o crime, a tentativa é admissível.
Ação Penal - Pública incondicionada.
Elemento Subjetivo do Tipo -
Consubstancia-se na expressão para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
Elemento Normativo do Tipo - Percebe-se pela expressão contra expressa disposição de lei e também que o
retardamento e a omissão da realização do ato de ofício devem ser indevidos.

Exemplos:
1) Oficial de justiça, retarda no cumprimento de mandado de busca e apreensão em favor do credor, pois é inimigo
pessoal deste (prevaricação por sentimento pessoal)
2) Prefeito que ordenou construção de obra pública sem a prévia concorrência, favorecendo abertamente, firma
na qual tinha interesse (prevaricação por interesse pessoal).

ARTIGO 319-A - Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao
preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos
ou com o ambiente externo:
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
O crime de omissão no dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, previsto
no art. 319-A, do Código Penal, foi introduzido recentemente pela Lei nº 11.466, de 28 de março de 2007, tendo
como objetividade jurídica a proteção da Administração Pública.

Tratou-se de providência imperativa, fruto de inúmeros fatos gravíssimos ocorridos recentemente, onde facção
criminosa organizada controlava, via telefone celular suas atividades, fora dos presídios, trazendo sérios
transtornos às autoridades constituídas e aos cidadãos em geral.

A indignação da sociedade, neste mister, reside justamente no fato de ingressarem livremente, no sistema
prisional, aparelhos telefônicos celulares, permitindo aos detentos continuar a agir ou gerir suas atividades
criminosas do interior do cárcere.

É bem de ver, entretanto, que a iniciativa do legislador em criminalizar tal conduta veio tardiamente e bastante
acanhada, já que tipificou tão somente a conduta do Diretor de Penitenciária ou agente público que se omite no
dever de vedar ao preso o acesso a aparelhos telefônico, rádio ou similar, silenciando a respeito de crime praticado
pelo detento que faz uso de tais instrumentos.

Assim é que, sujeito ativo desse crime somente pode ser o Diretor de Penitenciária ou o agente público que tenha
o dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar. Trata-se de crime próprio. Nada
impede que ocorra coautoria ou participação entre o Diretor da Penitenciária e outro agente público que tenha o
dever de vedar ao preso o acesso aos aparelhos mencionados, ou entre qualquer um desses e um particular.
Nesse caso, a qualidade de agente público do sujeito ativo, por ser elementar do crime, comunica-se ao particular,
nos termos do que dispõe o art. 30 do Código Penal.

Sujeito passivo é o Estado.


A conduta vem representada pelo verbo “deixar”, que significa omitir-se na realização de ato que deveria praticar,
indicando omissão própria. O dever de agir incumbe ao Diretor da Penitenciária e/ou ao agente público. Dentre os
deveres do Diretor da Penitenciária e do agente público responsável pela custódia do preso está o de vedar-lhe o
acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente
externo.

É bem verdade que a comunicação do preso com o mundo exterior é direito previsto no art. 41, XV, da Lei nº
7.210/84 – Lei de Execução Penal, que permite a ele o “contato com o mundo exterior por meio de correspondência

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escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes”.

A recente Lei nº 11.466, de 28 de março de 2007, entretanto, ao invés de criminalizar a conduta, acrescentou ao
rol de faltas graves que podem ser cometidas pelo preso (art. 50 da Lei nº 7.210/84), a posse, utilização ou
fornecimento de aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o
ambiente externo.

É necessário ressaltar que o crime em comento não distingue telefonia fixa de celular. Portanto, pratica esse delito
o Diretor de Penitenciária ou agente público que, por omissão, possibilitar ao preso o acesso a aparelho de telefonia
fixa. Pratica, em consequência, falta grave, o preso que utilizar aparelho de telefonia fixa.

O preso que possuir, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, estará sujeito às sanções
disciplinares previstas nos incisos I (advertência verbal), II (repreensão), III (suspensão ou restrição de direitos) e
IV (isolamento), do art. 53 da Lei nº 7.210/84.

Trata-se de crime doloso, caracterizado pela vontade livre e consciente de omitir-se o agente no dever de vedar
ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar.

A consumação ocorre com a mera omissão do Diretor da Penitenciária ou do agente público.

Não se admite tentativa, por se tratar de crime omissivo próprio.

Somente o tempo dirá se essa providência legislativa irá coibir o ingresso de aparelhos telefônicos celulares, rádios
ou similares, nos presídios de todo o país. Um passo nesse sentido já foi dado, podendo o legislador, no futuro,
ousar e criminalizar essa conduta também em relação ao preso que fizer uso de tais instrumentos, equiparando
legislativamente o Brasil a outros países desenvolvidos do mundo, que tratam com mais prudência e seriedade a
questão da criminalidade organizada dentro e fora dos presídios.

Condescendência Criminosa

ARTIGO 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração
no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade
competente:
Pena: detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa.
Condescendência significa indulgência, tolerância, complacência.
A condescendência criminosa ocorre quando determinados funcionários públicos em cargos de chefia, que
tomando conhecimento de infrações cometidas por funcionários subalternos, agem de forma indulgente, não
responsabilizando e nem adotando medidas para sanar as irregularidades.

Objetividade Jurídica - A incriminação protege a dignidade e a eficiência da máquina administrativa, no que diz
respeito ao seu normal desenvolvimento.
Sujeito Ativo - Crime próprio, só pode ser cometido por funcionário público.
Sujeito Passivo - É o Estado.
Elementos Objetivos do Tipo - Há duas condutas típicas:

1º) deixar de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo; e


2º) não levar o fato cometido pelo subordinado, quando a iniciativa da apuração de sua responsabilidade não é de
sua competência, a conhecimento da autoridade competente.
Deixar de responsabilizar significa não apurar o fato cometido pelo subordinado que cometeu a infração ou não
lhe aplicar a sanção adequada, dentro da esfera de sua competência.

Na segunda hipótese, o funcionário, não sendo competente para efetuar a responsabilidade do subordinado pela
falta cometida (infração), não dá notícia à autoridade competente.

No crime de condescendência criminosa, é pressuposto que o funcionário tenha cometido a infração penal (por

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exemplo: corrupção passiva ou administrativa que se caracteriza por: exercer comércio entre colegas de trabalho).
Em ambas as modalidades deste delito, a ação do agente deve ser de indulgência

Elementos Subjetivos do Tipo - É o dolo, vontade livre e consciente dirigida às condutas omissivas. O segundo
está na expressão "por indulgência". O funcionário deixa de agir por clemência, tolerância, brandura etc. Se a
razão da conduta é outra, como o atendimento de sentimento ou interesse pessoal, o fato constitui prevaricação.
Se, pretende obter vantagem indevida, deve ser considerado o crime de corrupção passiva.
Consumação e Tentativa - Esse crime atinge a consumação com a simples conduta negativa. A tentativa não é
admissível.
Ação Penal - Pública incondicionada.

Exemplos de Condescendência Criminosa:

1) O chefe de cartório verifica que o escrevente constantemente se apresenta embriagado no serviço, e por
indulgência, não comunica o fato ao juiz.
2) Delegado de polícia constata que determinado escrivão está sempre chegando atrasado ao serviço,
prejudicando os trabalhos, e por tolerância não instaura a sindicância administrativa correspondente.

Advocacia Administrativa

ARTIGO 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública,
valendo-se da qualidade de funcionário:
Patrocinar é advogar em favor de alguém, é defender, proteger, auxiliar e dar amparo.
Pena: detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.
Conforme o sentido dado ao texto do artigo 321, advocacia administrativa significa intervir em favor de alguém
junto a administração pública, aproveitando-se de sua condição de funcionário público. Embora o título seja
advocacia administrativa, o sujeito ativo não precisa ser advogado, devendo, no entanto, ser necessariamente
funcionário público.

Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:


Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, além da multa.

Objetividade Jurídica - Protege-se, a administração pública.


Sujeito Ativo - Crime próprio, só pode ser cometido por funcionário público.
Sujeito Passivo - Sujeito passivo é o Estado.
Elementos Objetivos do Tipo - Patrocinar interesse de outrem. Patrocinar significa pleitear, advogar, facilitar, etc.
O interesse privado pode ser legítimo ou ilegítimo. Se ilegítimo, há o crime previsto no parágrafo único.

O delito pode ser cometido de duas formas: direta e indireta.

Forma Direta - Neste caso o funcionário age pessoalmente em defesa dos interesses particulares, sem
intermediários, elaborando requerimentos, petições, defesas, etc.
O funcionário também pode agir de modo dissimulado, realizando acompanhamento pessoal de processos,
formulando pedidos a encarregados dos mesmos para agilizá-los, tomando conhecimento de despachos sigilosos
etc.

Forma Indireta - O funcionário age por interposta pessoa, ou seja, vale-se de um terceiro que faz as vezes do
funcionário, que se mantém oculto. Este intermediário atua como se fosse o funcionário advogando interesse de
particulares, assinando requerimentos, petições etc.

Elementos Subjetivos do Tipo - É o dolo, vontade livre e consciente de patrocinar interesse privado junto à
administração pública.
Consumação e Tentativa - Consuma-se o delito com a realização do primeiro ato de patrocínio,
independentemente de o funcionário obter algum resultado pretendido. Admite-se a tentativa, sendo crime formal.
Ação Penal - Pública incondicionada.

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Exemplo: escrivão do segundo distrito policial, intervém, junto a delegado de polícia do terceiro distrito policial com
a intenção de fazer com que aquela autoridade não indicie parente que atropelou transeunte.

Violência Arbitrária

ARTIGO 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la:


Pena: detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da pena correspondente à violência.
Para alguns, esse crime foi revogado pela lei que define os delitos de abuso de autoridade.

Objetividade Jurídica - A lei penal tutela a administração pública.


Sujeito Ativo - Trata-se de crime próprio. Só pode ser cometido por funcionário público.
Sujeito Passivo - O sujeito passivo é o Estado. Além dele, o indivíduo sujeito ao abuso do funcionário.
Elementos Objetivos do Tipo - O comportamento proibido consiste em praticar violência, no exercício da função
ou a pretexto de exercê-la.
A expressão "violência" significa emprego de força bruta, que se materializa em vias de fato, lesão corporal ou
homicídio. Ficam excluídas a violência moral e a usada contra a coisa. É indispensável que o comportamento
abusivo seja realizado no desempenho da função ou sob a desculpa de exercê-la.
Elementos Subjetivos do Tipo - O primeiro é o dolo, vontade livre e consciente de praticar o ato violento, e a
consciência da ilegitimidade da conduta.
Consumação e Tentativa - Consuma-se o delito com a prática da violência. A tentativa é admissível.
Exemplo: o soldado desfere um golpe, usando um cacetete, contra a vítima, errando o algo.

Ação Penal - Pública incondicionada.

Exemplos:
• Indignado com o comportamento do citando, que é acusado de violência sexual, contra o próprio filho,
recusando-se agora a receber a contrafé, o oficial de justiça perdeu o controle dos nervos e espancou o
citando.
• Oficial de justiça, que no exercício de sua função, agride no edifício do Fórum pessoa a quem citara por
engano e que reclamava contra isso.

Abandono de Função

ARTIGO 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:
Pena: detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa.
Consiste, no afastamento intencional e proposital do cargo por parte do funcionário público, ausentando-se
este de maneira arbitrária do local onde exerce suas funções, tendo consciência da irregularidade de sua conduta
e da possibilidade de causar dano a administração com sua ausência

Objetividade Jurídica - A lei penal protege a administração pública, no que concerne à regularidade da prestação
de serviços públicos.
Sujeito Ativo - Crime próprio, só pode ser sujeito ativo o funcionário público regularmente investido no cargo
público.
Sujeito Passivo - Sujeito passivo é o Estado.
Elementos Objetivos do Tipo - O núcleo do tipo é o verbo abandonar (cargo público) que significa afastar-se com
propósito, ausentar-se de maneira arbitrária do local onde se exerce o cargo público.
O abandono deve ser total, o sujeito deve afastar-se de maneira global de seus deveres para a administração
pública. Esse abandono deve acarretar probabilidade de dano ao setor público.

Além disso, deve ser por um tempo razoável, juridicamente relevante. Se há abandono, porém, sem causar
probabilidade de dano ao poder público, ou por tempo insignificante, não existe o delito.
Exemplo: o funcionário abandona o cargo, imediatamente satisfeitos, os seus deveres, por um substituto. Pode
haver falta disciplinar, mas não crime.
Se o funcionário pedir demissão, deverá aguardar deferimento do pedido a fim de afastar-se de suas obrigações.

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Se, foi demitido, não tem mais deveres com o poder público, podendo afastar-se definitivamente do exercício do
cargo. Se ele pede demissão e desde logo se afasta, não esperando o deferimento de seu pedido, pode haver o
delito em exame.

Elementos Subjetivos do Tipo - É o dolo, vontade livre e consciente de abandonar o efetivo exercício do cargo
público, abrangendo o conhecimento da irregularidade da conduta e da probabilidade de dano à administração
pública. Não é punível a conduta negligente.
Consumação e Tentativa - Consuma-se o delito com o afastamento do exercício do cargo público por tempo
juridicamente relevante.
Delito omissivo próprio, não admite a forma tentada
Ação Penal - Pública incondicionada.

§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público:


Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.

Quando o abandono causa prejuízo público.

Se este ocorre a pena é agravada. Trata-se de uma hipótese e de delito exaurido em que o resultado da conduta
qualifica o tipo.

§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:


Pena: detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.

Considera-se faixa de fronteira a situada a 150 km da nossa, com nossos países. A proteção penal é de relevância
uma vez que o abandono realizado pelo funcionário, dada à natureza do local, pode afetar os altos interesses
nacionais junto às nossas fronteiras.

Conforme o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis, só haverá o abandono de função se o funcionário interromper
o exercício de suas atividades por mais de 30 (trinta) dias consecutivos. "considerar-se-á abandono do cargo,
o não comparecimento do funcionário por mais de 30 (trinta) dias consecutivos".
Exemplo: abandonar o cargo, deixando ao desamparo, sem alguém que possas substituir o desertor.

Exercício Funcional Ilegalmente Antecipado ou Prolongado

ARTIGO 324 - Entrar no exercício da função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar
a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou
suspenso:
Pena: detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa.
Mais uma vez o Direito Penal procura proteger a regularidade administrativa, que poderá ser afetada
negativamente por exercício inadequado das funções por aqueles que estão impedidos de exercê-las por
decorrência da não satisfação das exigências legais para a investidura no cargo. (exame de saúde, falta de
determinado documento pessoal, etc.).

Funcionários, que continuam trabalhando, sem autorização, exonerado ou suspenso poderão afetar negativamente
o serviço público.

Objetividade Jurídica - O objeto jurídico é a regularidade da administração pública.


Sujeito Ativo - Trata-se de crime próprio, por isso só pode ser cometido por funcionário público.
Sujeito Passivo - O Estado.
Elementos Objetivos do Tipo - A norma incriminadora descreve duas condutas: entrar no exercício de função
pública antes de satisfeitas as exigências legais; continuar exercendo depois de exonerado, substituído, suspenso
ou removido.

Na primeira modalidade típica é indispensável que o sujeito já tenha sido nomeado para o cargo público, uma vez
que o que se tem em vista é o início irregular da atividade funcional.

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Elementos Subjetivos do Tipo - É o dolo, vontade livre e consciente de antecipar o início da atividade funcional,
que abrange conhecimento da insatisfação das exigências legais.
Na segunda forma típica o primeiro elemento subjetivo é o dolo, vontade de prosseguir no exercício da função
pública. Exige-se um segundo elemento subjetivo, contido na expressão "Depois de saber oficialmente", que foi
exonerado, etc.

A ausência de qualquer elemento subjetivo do tipo conduz à atipicidade do fato.

Consumação e Tentativa - O momento consumativo do delito ocorre com a realização do primeiro ato de ofício
indevido. Não é necessário que o funcionário realize indevidamente uma série de atos funcionais. Basta a prática
de um. A tentativa é admissível.
Ação Penal - Pública incondicionada.

Exemplos:
1) O oficial de justiça que foi removido para outra comarca e resolve deixar em dia os mandados que não cumpriu
quando estava na comarca de origem.
2) Delegado de polícia que resolve lavrar auto de prisão em flagrante depois de devidamente exonerado.

Violação de Sigilo Funcional

ARTIGO 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou
facilitar-lhe a revelação:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.

§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem:


I - permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso
de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública;
II - se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.

§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem:


Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.)
Segredo é fato cujo conhecimento é restrito a limitado número de pessoas e em que há interesse de que seja
mantido em sigilo.

Determinados fatos são mantidos em segredo pela administração pública, pois a revelação de tais fatos poderia
comprometer a normalidade de seu funcionamento. Entretanto, é necessário que o segredo seja guardado apenas
temporariamente.

O crime ocorre, quando o segredo é revelado dentro do período de temporalidade, ou seja, dentro do espaço de
tempo provisório em que o segredo deva ser mantido.

Objetividade Jurídica - O legislador visa a proteger a administração pública no que concerne ao interesse de
manter em segredo certos fatos da vida funcional.
Sujeito Ativo - Crime próprio, sendo praticado apenas pelo funcionário público.
Sujeito Passivo - É o Estado, e eventualmente o particular prejudicado pela revelação.
Elementos Objetivos do Tipo - Estão expostos dois núcleos típicos.
Revelar; consiste em comunicar o fato ou circunstância a terceiro. É a chamada revelação direta, executada
pessoalmente pelo funcionário, por escrito ou verbalmente. Cuida-se de conduta positiva.
Facilitar-lhe a revelação, que quer dizer concorrer com comportamento próprio a fim de se tornar fácil o
conhecimento do fato ou da circunstância pelo terceiro. E a chamada revelação indireta, que pode ser realizada
mediante conduta positiva ou negativa.
Trata-se de segredo de interesse público.

Elementos Subjetivos do Tipo - O primeiro é o dolo, vontade livre e consciente dirigida à revelação indevida do

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segredo ou sua facilitação, abrangendo conhecimento de que o fato deve, pela sua natureza, permanecer em
sigilo. O segundo elemento subjetivo do tipo está na expressão "de que tem ciência em razão do cargo". Se o
sujeito não teve conhecimento do segredo em razão do cargo, não há delito. A conduta culposa não é típica.
Consumação e Tentativa - Consuma-se o delito com o ato da revelação do segredo ou de sua facilitação. Crime
formal; independe da produção de dano. No primeiro caso (revelação) o delito atinge o seu momento consumativo
no instante da revelação; no instante em que o terceiro toma conhecimento do conteúdo do segredo. No segundo
(facilitação) consuma-se a infração no momento em que o terceiro, em face da facilitação, realizada pelo
funcionário, toma ciência do fato sigiloso.

Na revelação, pode haver tentativa do crime quando realizada por escrito. Quando é empregado o meio oral,
contudo, a figura tentada é inadmissível.

Na facilitação a tentativa também é possível, desde que, realizado o ato infiel pelo funcionário, o terceiro, por
qualquer circunstância, não venha a tomar conhecimento do conteúdo do segredo.

Ação Penal - Pública incondicionada.

Exemplo: professor integrante de banca examinadora que, antecipadamente fornece a alguns alunos cópias de
questões que iam ser formuladas na prova ou lhes antecipa os "gabaritos" com as respostas de exame vestibular.

Violação de Sigilo de Proposta de Concorrência

ARTIGO 326 - Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo
de devassá-lo:
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
As compras de materiais utilizados pelo serviço público, são geralmente efetuadas por meio de concorrências
públicas.

Nas concorrências públicas, as propostas são entregues pelas empresas interessadas, em envelopes lacrados,
que são depositados em urnas. A abertura dos envelopes é realizada perante uma comissão de compras e
interessados. Ao final dos procedimentos é lavrada uma Ata que é assinada por todos.

Objetividade Jurídica - Procura-se proteger a Administração Pública no que tange à lisura que deve nortear as
concorrências públicas, que têm a finalidade de imprimir moralidade nos negócios efetuados pelo poder público,
concedendo plano de igualdade aos concorrentes e permitindo a justa escolha daquele que oferece melhores
condições.
Sujeito Ativo - Só pode ser o funcionário público. Mas não qualquer funcionário. O tipo exige uma qualidade
específica do autor: deve ser funcionário que tem a função especial de receber as propostas, guardá-las e permitir
o seu conhecimento a quem de direito no momento próprio.
Sujeito Passivo - O Estado, e os concorrentes eventualmente prejudicados pela devassa do conteúdo sigiloso
das propostas.
Elementos Objetivos do Tipo - Dois são os núcleos do tipo:
Devassar (significa tomar conhecimento indevido da proposta de concorrência) é proporcionar a terceiro o
ensejo do devassamento.
Nesse caso, por ação ou omissão, o funcionário dá oportunidade a que um terceiro tome conhecimento do
conteúdo da proposta de concorrência.
Elementos Subjetivos do Tipo - É o dolo, vontade livre e consciente dirigida ao devassamento do conteúdo da
proposta de concorrência pública. Não é típica a modalidade culposa.
Consumação e Tentativa - Consuma-se o delito no momento em que o funcionário (na devassa) ou o terceiro (na
hipótese do verbo proporcionar) toma conhecimento do conteúdo da proposta. A tentativa é admissível.
Exemplo: o funcionário é surpreendido abrindo o envelope da proposta, não conseguindo, por isso, conhecer-lhe
o conteúdo.

Ação Penal - Pública incondicionada.

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Exemplo: funcionário que exerce funções ligadas à concorrência, viola envelope que contém proposta de
concorrência, tomando ciência do seu conteúdo e informando um terceiro interessado na concorrência.

Funcionário Público

ARTIGO 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente
ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem
trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da
Administração Pública.

§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem
ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta,
sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.
Este artigo simplesmente diz quem é considerado funcionário público para a lei penal.

Dos crimes praticados por particular contra a Administração em geral


Usurpação de função pública

ARTIGO 328 - Usurpar o exercício de função pública:


Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.

Resistência

ARTIGO 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para
executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.

Desobediência

ARTIGO 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:


Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.

Desacato

ARTIGO 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:


Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

Tráfico de Influência

ARTIGO 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a
pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também
destinada ao funcionário.

Corrupção ativa

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Apostilas OBJETIVA – Concursos Públicos - Brasil

ARTIGO 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir
ou retardar ato de ofício:
Reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda
ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.

Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência

ARTIGO 335 - Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública ou venda em hasta pública, promovida pela
administração federal, estadual ou municipal, ou por entidade paraestatal; afastar ou procurar afastar concorrente
ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, além da pena correspondente à violência.
Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se abstém de concorrer ou licitar, em razão da vantagem
oferecida.

Inutilização de edital ou de sinal

ARTIGO 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem de funcionário
público; violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação legal ou por ordem de funcionário público,
para identificar ou cerrar qualquer objeto:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.

Subtração ou inutilização de livro ou documento

ARTIGO 337 -Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial, processo ou documento confiado à custódia
de funcionário, em razão de ofício, ou de particular em serviço público:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato não constitui crime mais grave.

ARTIGO 337 - A Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as
seguintes condutas: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação
previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este
equiparado que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos
segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos
geradores de contribuições sociais previdenciárias: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

§ 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias


ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes
do início da ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons
antecedentes, desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela
previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais.
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um
mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um terço até a metade ou aplicar apenas a de multa.
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 4o O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do
reajuste dos benefícios da previdência social. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

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CAPÍTULO II-A
(Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTRANGEIRA

Corrupção ativa em transação comercial internacional

ARTIGO 337 - B - Prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a funcionário público
estrangeiro, ou a terceira pessoa, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício relacionado à
transação comercial internacional: (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
Pena – reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)

Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário
público estrangeiro retarda ou omite o ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. (Incluído pela Lei nº 10467,
de 11.6.2002)

Tráfico de influência em transação comercial internacional (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)

ARTIGO 337 - C - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, vantagem ou
promessa de vantagem a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de
suas funções, relacionado a transação comercial internacional: (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)

Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também
destinada a funcionário estrangeiro. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)

Funcionário público estrangeiro (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)

ARTIGO 337 - D - Considera-se funcionário público estrangeiro, para os efeitos penais, quem, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública em entidades estatais ou em
representações diplomáticas de país estrangeiro. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público estrangeiro quem exerce cargo, emprego ou função em
empresas controladas, diretamente ou indiretamente, pelo Poder Público de país estrangeiro ou em organizações
públicas internacionais. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)

Dos Crimes Contra a Administração da Justiça


Artig o s 339 a 347 / 350; 357 e 359

Tratam-se crimes praticados contra quem administra a justiça. Neste capítulo existem alguns crimes próprios;
como por exemplo, o do artigo 342 do Código Penal e alguns crimes comuns, como o do artigo 357 do Código
Penal.

Denunciação Caluniosa

ARTIGO 339 - Dar causa a instauração de investigação policial ou de processo judicial contra alguém,
imputando-lhe crime de que o sabe inocente:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.
§ 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto.
§ 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.
Também denominada calúnia qualificada. Não se confunde com a calúnia (CP, artigo 138).
Na calúnia, o sujeito somente, atribui, falsamente, ao sujeito passivo, a prática de um fato descrito como delito.

Na denunciação caluniosa o sujeito, além de atribuir à vítima falsamente, a prática de um delito, também leva o
fato ao conhecimento da autoridade, levando a instauração de inquérito policial ou ação penal contra ela.

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Objetividade Jurídica - Tutelar a administração da justiça, primeiramente e secundariamente, a honra da pessoa


acusada.
Sujeito Ativo - Crime comum, pratica o delito qualquer pessoa que imputa a prática do crime a alguém, sabendo-
o inocente. O delito pode ser cometido por Delegado de polícia, por Juiz de Direito ou por Promotor de Justiça,
que tendo conhecimento da inocência do imputado, mesmo assim, dão causa à instauração de investigação,
inquérito e ação penal.
Sujeito Passivo - Principal é o Estado, secundariamente, a pessoa atingida em sua honra pela denunciação
caluniosa.
Elementos Subjetivos do Tipo - O primeiro é o dolo, vontade livre e consciente de denunciar caluniosamente a
vítima, tendo conhecimento de que está dando causa a investigação policial ou processo penal. Exige-se também
um segundo elemento, contido na expressão "de que sabe inocente". Sem este elemento, o crime inexiste.
Consumação e Tentativa - Ocorre com a instauração da investigação policial ou processo penal pela autoridade.
A tentativa é admissível.
Ação Penal - Pública incondicionada.

Exemplo: réu que pretendendo ser absolvido, acusa terceiro como mandante de um crime, sabendo-o inocente.

Comunicação Falsa de Crime ou Contravenção

ARTIGO 340 - Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção


que sabe não se ter verificado:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.

A comunicação falsa de infração penal é distinta da denunciação caluniosa. Nesta, o sujeito indica uma pessoa
determinada como sendo a autora da infração, enquanto na comunicação falsa, ao contrário, não se aponta o
indivíduo determinado como autor do crime ou da contravenção que sabe não ter acontecido.

Objetividade Jurídica - É a regular administração da justiça. A falsa comunicação da infração afeta o prestígio e
a eficácia da atividade judiciária, provocando investigações ou diligências inúteis e embaraçando seu normal
desenvolvimento.
Sujeito Ativo - Crime comum, pode ser cometido por qualquer pessoa, inclusive pelo funcionário público.
Sujeito Passivo - O Estado
Elementos Objetivos do Tipo - O núcleo empregado é o verbo provocar, que tem o sentido de ocasionar, motivar.
O artigo 340, incrimina o comportamento de quem provoca a ação de autoridade (policial ou judiciária),
comunicando-lhe a ocorrência de crime ou contravenção que sabe não ter ocorrido.

O modo como a comunicação é feita é irrelevante, podendo ser ela, oral, escrita, anônima ou com nome imaginário.
Entretanto, a simples comunicação é insuficiente para configurar o delito, pois é indispensável que a autoridade
pública aja, iniciando diligências (colhendo dados, ouvindo pessoas, etc.). Não é necessário contudo, que seja
instaurado inquérito policial.

É possível que o sujeito comunique um furto, quando na realidade ocorreu um roubo. Nesse caso, não há delito.
Existe delito, entretanto, quando o fato apresentado é essencialmente diferente daquele que foi cometido, como
por exemplo, estupro ao invés de furto.

Elementos Subjetivos do Tipo - É o dolo, vontade livre e consciente de comunicar a infração que não ocorreu.
Exige também o elemento subjetivo do tipo referente ao especial fim de agir, para provocar a ação da autoridade.
Consumação e Tentativa - Ocorre com a ação da autoridade, quando esta elabora o boletim de ocorrência, realiza
coleta de informações, efetua as diligências, etc. A tentativa é admissível.
Ação Penal - Pública incondicionada.

Autoacusação Falsa

ARTIGO 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crimes inexistentes ou praticado por outrem:

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Apostilas OBJETIVA – Concursos Públicos - Brasil

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa.


Também a autoacusação falsa não se confunde com a denunciação caluniosa, uma vez que, nesta, o sujeito
acusa um terceiro da prática do delito.

Na autoacusação falsa, ao contrário, o agente acusa a si próprio. Na prática, geralmente a autoacusação falsa é
realizada com a finalidade de encobrir um outro crime. Não se exclui, entretanto, a possibilidade de que o delito
venha ser cometido por alguém que sofra das faculdades mentais.

Objetividade Jurídica - Objeto jurídico é a regularidade da administração da justiça, protegendo-se a normal


atividade da máquina judiciária.
Sujeito Ativo - Crime comum, pode ser praticado por qualquer pessoa. Pode haver coautoria quando o agente
completa e confirma a autoacusação de outrem. Nada impede, porém, que um terceiro colabore no fato por
instigação.
Sujeito Passivo - É o Estado.
Elementos Objetivos do Tipo - O dispositivo pune a conduta de acusar-se (imputar-se; atribuir a si próprio) de
crime inexistente ou praticado por outrem. Trata-se de autoacusação falsa, na qual o agente se atribui a prática de
um crime doloso ou culposo, inexistente. A autoacusação falsa pode referir-se também a um crime praticado por
uma terceira pessoa e sem autoria ou participação do agente. É indispensável, porém, que a autoacusação seja
perante uma autoridade policial ou judicial e não a qualquer pessoa (particular ou funcionário público), sem a
qualidade de autoridade.
Elementos Subjetivos do Tipo - É o dolo, que consiste na vontade livre e consciente de acusar-se com a
consciência de que o crime inexistiu, ou foi cometido por terceiro. Inexiste modalidade culposa.
Consumação e Tentativa - Quando a autoridade, efetivamente toma conhecimento da autoacusação. A tentativa
é admissível na forma realizada por escrito. Na autoacusação verbal é impossível a tentativa.
Ação Penal - Pública Incondicionada.

Exemplo: comete o delito de autoacusação falsa o filho que assume responsabilidade de crime praticado pelo pai.

Falso testemunho ou falsa perícia

ARTIGO 342 - Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador,
tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013)
As testemunhas e a perícia são incontestavelmente os meios de prova mais significativos para a justiça, tanto
nas ações penais, como nas civis.
Portanto, a proteção a tais meios de prova é de capital importância para se evitar a conduta dolosa que interfere
de modo negativo na apuração dos fatos para que a justiça alcance seus objetivos.

Objetividade Jurídica - O objeto da tutela penal é a administração da justiça, no que diz respeito ao prestígio e
seriedade da coleta de provas.
Sujeito Ativo - Crime de mão própria, só pode ser cometido pelas pessoas taxativamente indicadas no tipo:
testemunha, perito, tradutor e intérprete. Não comete crime a testemunha não compromissada.
Sujeito Passivo - Sujeito passivo imediato é o Estado; mediato é a pessoa que vem a ser prejudicada pela
falsidade.
Elementos Objetivos do Tipo - São três os verbos típicos:
Fazer afirmação falsa, negar a verdade e calar a verdade:

No primeiro caso, a testemunha afirma uma inverdade a respeito de um fato.


Exemplo: Dizer que o réu agiu em legítima defesa.
Na segunda hipótese, o sujeito nega um fato real.
Exemplo: Nega que o indiciado tenha reagido a uma agressão injusta.

Em terceiro lugar, a testemunha esconde o que é de seu conhecimento.

Elementos Subjetivos do Tipo - É o dolo, vontade livre e consciente de falsear a verdade ou de negá-la.

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Apostilas OBJETIVA – Concursos Públicos - Brasil

Não há conduta culposa.


A expressão processo penal abrange a ação penal e o inquérito policial. Delito formal, não é necessário que
o depoimento falso venha a produzir efeito. Basta a potencialidade do dano.
O tipo, além do dolo, exige mais um elemento subjetivo, contido na expressão "com o fim de".

Consumação e Tentativa - O falso testemunho se consuma com o encerramento do depoimento. Tecnicamente


o fato está consumado, no instante em que a testemunha mente. Entretanto, ela pode ratificar seu depoimento. A
tentativa é admissível desde que a colheita de seu depoimento não tenha sido encerrada, pois se encerrou-se,
estará consumado.
Ação Penal - Pública incondicionada.

§ 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno ou se


cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil
em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta.
É apenas uma qualificadora do caput do artigo, aumentando a pena se for prova destinada a produzir efeito
em processo penal.

§ 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se
retrata ou declara a verdade.
Não se requer que a retratação seja espontânea, bastando a voluntariedade. Precisa ser completa e deve ser
feita antes da sentença. Deve ser feita perante a autoridade policial, judicial ou administrativa. A retratação
extrajudicial só tem valor quando trazida para os autos.

ARTIGO 343 - Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a testemunha, perito,
contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento,
perícia, cálculos, tradução ou interpretação:
Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa.

Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é cometido com o fim de obter prova
destinada a produzir efeito em processo penal ou em processo civil em que for parte entidade da administração
pública direta ou indireta.

Coação no curso do processo

ARTIGO 344 -Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra
autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial,
policial ou administrativo, ou em juízo arbitral:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
Coação, no sentido mais propriamente de constrangimento, de violência ou ação de violentar, quer exprimir
a ação conduzida por uma pessoa contra outra, no sentido de fazer diminuir a sua vontade, ou de obstar a que se
manifeste livremente, a fim de que o agente da coação logre realizar o ato jurídico, de que participa a outra pessoa,
consentindo esta com constrangimento ou pela violência”.

Inicialmente, vale dizer, que o tipo penal tem como objetivo essencial, zelar pelo bom andamento do processo, no
sentido de que se desdobre sem qualquer tipo de coação, física ou moral, capaz de dificultar a busca da verdade
real, preservando, dessa maneira, a administração da justiça.

Por tratar-se de crime comum, qualquer pessoa pode cometê-lo, sendo o Estado, prioritariamente, a vítima da
situação e, secundariamente a pessoa que sofre a coação.

Para que o agente seja, de fato, enquadrado nas penas do artigo em comento, deve empregar violência ou grave
ameaça para alcançar seu objetivo final, que consiste no favorecimento ilegal de terceiros ou de si próprio,
observando-se, todavia, que a violência física deve ser entendida como aquela em que o agente age com
habilidade suficiente para tolher o deslocamento natural da vítima, capaz de fazê-la calar-se, diante da gravidade

32
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da violência. Já a coação moral deve se traduzir na intimidação ou ameaça hábeis a causar verdadeiro temor na
vítima, a ponto de fazê-la repensar na possibilidade de contar em juízo tudo aquilo de que tem conhecimento.

O crime de coação no curso do processo pode ser dar tanto no decorrer de inquérito policial, quanto no curso de
ação judicial, e pode ser cometido contra o autor, conta o réu, delegado de polícia, juiz, promotor, jurado, interprete,
escrivão, perito, mas é mais comum que ocorra contra testemunhas.

Imprescindível, ainda, para a caracterização do delito, que o agente haja com o animus doloso, consciente de que
irá molestar física ou moralmente a vítima, para obter vantagem que sabe ser ilícita, para si ou para outrem.
Impossível, aqui, a modalidade culposa.

A tentativa é plenamente possível, e a que a consumação se dará no exato momento da efetivação da grave
ameaça ou da violência, sendo irrelevante o resultado alcançado.

Apenas a título elucidativo, importante assinalar, que o fato da testemunha ameaçada depor normalmente, não
descaracteriza o crime de coação no curso do processo.

A ação para apuração do crime em discussão é pública incondicionada.

Exercício arbitrário das próprias razões

ARTIGO 345 -Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando
a lei o permite:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência.
Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.
Vale esclarecer que o tipo penal tem como objetivo principal proteger a regular incumbência da administração
pública em “fazer” justiça, não admitindo que o particular se substitua ao poder público, exercendo arbitrariamente
função que lhe cabe. Ademais, observa-se que uma vez o agente pretendendo fazer justiça com as próprias mãos
manifesta o descrédito da justiça, entendendo que esta não é capaz de punir o criminoso.

Cumpre-nos assinalar que por pretensão entende-se o direito que o sujeito ativo tem ou crê ter, podendo esta ser
legítima ou ilegítima, e embora seja legítima não desfigurará o crime. Deverá tratar-se de pretensão de direito,
para tal satisfação poderia o agente provocar o poder judiciário para dirimi-la.

É de verificar-se que a pretensão poderá referir-se a direitos de família, direitos reais, obrigacionais ou
sucessórios, podendo ser empregado qualquer meio de execução, ou seja; fraude, subtração, agressão etc.

O sujeito ativo do crime poderá ser qualquer pessoa que venha tentar ou pratique a conduta descrita no artigo em
tela. O sujeito passivo é o Estado e o particular, vitimado este em razão da execução do agente.

Exercitando o agente, de forma arbitrária, suas próprias razões, emprega no ato sua vontade livre e consciente
de pretensão, portanto o crime é tido como doloso, inexistindo, portando, a modalidade culposa.

Quanto a consumação do crime, ressalta-se que o mesmo se consumará quando o agente efetivar sua pretensão,
porém não atingindo o resultado final, responderá pelo crime na modalidade tentada.

A ação penal pode ser de iniciativa privada ou pública. O parágrafo único determina que somente se procede
mediante queixa, portanto para as ações de iniciativa privada. Nos casos em que houver violência física contra
pessoa, a ação será pública.

ARTIGO 346 -Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por
determinação judicial ou convenção:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

Fraude Processual

33
Apostilas OBJETIVA – Concursos Públicos - Brasil

ARTIGO 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar,
de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não iniciado, as penas
aplicam-se em dobro.
O código penal brasileiro prevê em seu artigo 347 o crime de fraude processual. O referido dispositivo
pressupõe que, na pendência da lide, o agente inove artificiosamente o estado do lugar, da coisa ou da pessoa,
com o fito de induzir em erro o juiz ou o perito.

Cumpre-nos esclarecer que o pressuposto para a tipificação do delito é a pendência de processo cível ou
administrativo, ou seja, processo em trâmite, pois, se a inovação se fizer no âmbito do processo penal, não será
exigível a pendência, incorrendo em crime o agente que inove, de forma artificiosa, o estado de lugar, de coisa ou
de pessoa, mesmo que o processo ainda não tenha sido instaurado. Neste sentido é a redação do parágrafo único
do artigo aqui tratado:

Desta forma, fica demonstrada, de maneira inequívoca, que em se tratando de processo civil ou administrativo
somente incorrerá em crime o agente que venha a inovar, mudar, alterar o lugar, coisa ou pessoa no curso de um
processo, sendo que na esfera criminal o agente já estará incurso em crime de fraude processual quando praticar
quaisquer daquelas condutas que possam induzir o juiz ou o perito mesmo antes de iniciada a ação penal.

Importante também se faz consignar que não havendo modificação no mundo externo, ou seja, não se inovando
(alterando) um local (lugar), uma coisa (móvel ou imóvel) ou pessoa (fisicamente), sem transformar seu o estado
original, real, não haverá crime.

Neste sentido, vale-nos transcrever o seguinte entendimento que versa sobre a inovação:

“(...) inovar artificiosamente o estado de lugar, coisa ou pessoa, escreve Heleno Cláudio Fragoso, citando Manzini,
‘significa provocar em lugar, coisa ou pessoa modificações materiais, extrínsecas ou intrínsecas, de forma a alterar
o aspecto ou outra propriedade probatória que o lugar, coisa ou pessoa tinha precedentemente, e idôneas para
induzir o juiz ou perito’. (‘Lições de Direito Penal’, vol. 4/1.036-1.037)”. (TJSP – Ap. Crim. 131.742 – Rel. Des. CUNHA BUENO –
1ª C. Crim.- J.25.4.77 – Un.) (Trecho do Ac.) (RT 501/272).

É de ser revelado que, se for a fraude tida como grosseira, constatável à primeira vista, não se configurará o crime
pois o artigo 347 do CP, traz em sua redação a palavra “artificiosamente” o que integra seu tipo.

Por iguais razões, não incorrerá no crime aqui tratado o agente que, mesmo intencionalmente, corta ou deixa
crescer seus cabelos, extrai seu bigode, passa a usar óculos ou pratica qualquer ato similar com o intuito de não
ser reconhecido onde, portanto, tais condutas não configuram o tipo penal, ou seja, a inovação artificiosa.

O sujeito ativo do crime poderá ser qualquer pessoa, pois trata-se de crime comum, podendo o agente ter ou não
interesse na lide, ou seja, incorrerá em crime inclusive pessoa estranha a relação processual. O sujeito passivo é
o Estado e a pessoa prejudicada pela ação do agente.

O crime de fraude processual se apresenta de forma dolosa onde o agente exerce sua vontade livre e consciente
em inovar, agir com finalidade de levar o juízo ou perito a cometerem erro.

Quanto a consumação do crime, vale-nos consignar que há doutrinadores que entendem que esta se dá com a
inovação artificiosa sendo que para outros no momento em o juiz ou perito toma conhecimento da ação.
Por fim, esclarece-se que o crime admite a tentativa e sua ação penal é pública incondicionada.

Exercício arbitrário ou abuso de poder

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ARTIGO 350 - Ordenar ou executar medida privativa de liberdade individual, sem as formalidades legais ou com
abuso de poder:
Pena - detenção, de um mês a um ano.
Parágrafo único - Na mesma pena incorre o funcionário que:
I - ilegalmente recebe e recolhe alguém a prisão, ou a estabelecimento destinado a execução de pena privativa de
liberdade ou de medida de segurança;
II - prolonga a execução de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de
executar imediatamente a ordem de liberdade;
III - submete pessoa que está sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei;
IV - efetua, com abuso de poder, qualquer diligência.

Exploração de Prestígio

ARTIGO 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado,
órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha:
Pena - Reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa.
A exploração de prestígio é a venda de influência, neste caso, voltada a pessoas que vão influir ou decidir
processo judicial civil ou penal, quais sejam: juiz, promotor público, funcionário de justiça, perito, intérprete ou
testemunha.

Objetividade Jurídica - Protege-se o prestígio da administração da justiça.


Sujeito Ativo - É crime comum, portanto pode ser praticado por qualquer pessoa.
Sujeito Passivo - É o Estado.
Elementos Objetivos do Tipo - A conduta se expressa em dois verbos: solicitar, que significa requerer, pedir,
etc., e receber, que quer dizer aceitar.
Elementos Subjetivos do Tipo - É o dolo, vontade livre e consciente de solicitar a vantagem ou recebê-la, com a
desculpa (a pretexto) de influenciar as pessoas indicadas.
Consumação e Tentativa - Consuma-se o delito com a simples solicitação ou o recebimento. Na solicitação,
existe crime, ainda que ocorra rejeição. O crime não admite a figura da tentativa na solicitação verbal.
Na solicitação por escrito, admite. Na forma de recebimento, é admissível a tentativa.
Ação Penal - Pública incondicionada.

Parágrafo único - As penas aumentam-se de um terço, se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade
se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.

A pena é agravada se o sujeito alega ou insinua que a vantagem obtida ou recebida se destina às pessoas
enumeradas na definição. No primeiro caso, ele deixa claro que o dinheiro ou a utilidade se destinam àquelas
pessoas (alegação); no segundo, deixa entrever, dá a entender (insinuação). Há a qualificadora, ainda que a
pessoa não leve a sério a alegação ou a insinuação do sujeito.

NÃO SE ESQUEÇA QUE:

Advocacia Administrativa - Crime consistente de interesse particular perante a Administração Pública,


aproveitando-se da condição de funcionário público.

Crime Exaurido - Crime consumado; nele o sujeito ativo alcança seu objetivo.

Instrução Criminal - Significa instituir, construir, preparar a instrução criminal. Se destina preparar o juiz para o
julgamento, especialmente no que tange a provas e perícias. A instrução é contraditória, sendo natural que se
inicie com o interrogatório do acusado.

Interdições - Do Latim "Interdicto" - proibir, vetar, vedar. Emana da Lei, quando por princípio expresso veda a
prática de um ato ou exercício de um direito.

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Pode emanar de uma autoridade judiciária, quando em decreto expedito; proíba que se faça alguma coisa ou
privam alguém de sua liberdade de ação.

Intérprete - É o profissional, por meio do qual, pessoas se entendem e se comunicam. Tradutor e intérprete são
também peritos, mas não fazem prova, sendo simples intermediários.

Juiz Prevento - (Juiz prevenido), isto é, aquele perante a quem se requereu em primeiro lugar, com exclusão dos
demais juízes igualmente competentes.

Locupletação - Do Latim "Locupletar-se" (Enriquecer).


É empregado na terminologia jurídica significando toda espécie de enriquecimento. O termo não abrange somente
o aspecto material, significa na verdade qualquer vantagem material ou imperial que modifique ou melhore a
situação patrimonial da pessoa.

Tentativa - Execução começada de um crime, que não chega a consumação por motivos alheios à vontade do
agente.

Tutela - Proteção.

Testemunha - É a pessoa física chamada a depor em processo perante autoridade. Nem todas as pessoas são
obrigadas a testemunhar. Existem aquelas que a lei protege por permitir sigilo profissional.

Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito

ARTIGO 359 - Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão
judicial:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.

Coletânea de Exercícios I
Gabarito: no final da Coletânea de exercícios

01. Comete o crime de corrupção passiva o funcionário público que:


A) exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido.
B) exige para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em
razão dela, vantagem indevida.
C) deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de
outrem.
D) desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos.
E) retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

02. Assinale a alternativa incorreta:


A) Pratica o crime de advocacia administrativa o funcionário público que, valendo-se dessa qualidade, patrocina,
ainda que indiretamente, interesse privado perante a administração pública.
B) Também pratica o crime de advocacia administrativa o funcionário público que, valendo-se dessa qualidade,
patrocina, diretamente, interesse privado perante a administração pública.
C) Existe o crime de advocacia administrativa ainda que seja legítimo o interesse privado patrocinado pelo
funcionário público perante a administração pública valendo-se da sua condição.
D) Somente existe o crime de advocacia administrativa se for ilegítimo o interesse privado patrocinado pelo
funcionário público perante a administração pública valendo-se da sua condição.
E) É imprescindível que o funcionário público se prevaleça dessa qualidade ao patrocinar interesse privado perante

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a administração pública para que exista o crime de advocacia administrativa.

03. Assinale a alternativa incorreta, sobre o crime de excesso de exação:


A) Comete o crime o funcionário público que exige tributo que sabe ser indevido.
B) Também comete o crime o funcionário público que exige tributo que deveria saber indevido.
C) Em nenhuma hipótese haverá o crime se o funcionário público exige tributo devido.
D) É relevante, para a existência do crime, que a exigência feita pelo funcionário seja de tributo ou de contribuição
social.
E) Também comete o crime o funcionário público que desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu
indevidamente para recolher aos cofres públicos.

04. No crime de tráfico de influência, se o agente alega ou insinua que a vantagem recebida a pretexto de
influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função é também destinado ao funcionário:
A) terá sua punibilidade extinta.
B) terá diminuída sua pena.
C) terá aumentada sua pena.
D) não terá modificada sua pena.
E) não terá cometido crime algum.

05. Caio, escrevente judiciário, recebe dinheiro para influir na decisão final de Tício, juiz titular de Vara
Criminal, insinuando que Tício também será beneficiário da importância recebida:
A) a alegação de Caio em nada é relevante, pois sua conduta não é criminosa.
B) a conduta de Caio é criminosa, mas, ainda assim, sua alegação não é relevante.
C) se Tício vier a receber dinheiro, pelo mesmo crime de Caio deve responder.
D) se Tício for beneficiário de vantagem indevida, então a pena de Caio deve ser diminuída.
E) caso condenado, Caio deve ter a sua pena aumentada de um terço.

06. Mévio, funcionário público, fez inserir declaração diversa da que devia ser escrita em assentamento de
registro civil, com o fim de prejudicar direito. Assinale a alternativa correta:
A) Mévio praticou o crime de falsidade material de atestado ou certidão.
B) Pelo crime cometido, Mévio poderá ser condenado à pena máxima de 5 (cinco) anos de reclusão, e multa.
C) A conduta de Mévio, embora reprovável moralmente, não constitui crime, porque não está descrita em nenhum
artigo do Código Penal.
D) Mévio praticou o crime de falsidade ideológica e a pena a que for condenado será aumentada de sexta parte.
E) Sendo funcionário público, o crime de Mévio é o de prevaricação, pois praticado contra a Administração.

07. Sobre o crime de peculato, assinale a alternativa correta:


A) Apropriar-se o funcionário de bem móvel, de que tem a posse em razão de contrato de comodato (empréstimo),
caracteriza o crime de peculato.
B) O funcionário não pode praticar crime de peculato quando não tenha a posse do bem subtraído.
C) Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem e repara o dano, antes da sentença irrecorrível,
extingue-se a punibilidade.
D) Não é essencial ao crime de peculato que o agente ativo seja funcionário público, mesmo entendido esse em
sentido amplo.
E) Usar o funcionário público bem móvel público, de que tem a posse em razão do cargo, em proveito próprio, é
crime de peculato.

08. Analise os itens abaixo e assinale a alternativa correta:


I - O funcionário público que der às verbas ou rendas públicas aplicação diversa das estabelecidas em lei, decretos,
portarias e demais atos normativos pratica o crime de emprego irregular de verbas ou rendas públicas.
II - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, em
razão ou não dela, vantagem indevida, é crime de concussão.
III - Qualquer pessoa que extravie livro oficial, sonegue-o ou inutilize-o, total ou parcialmente, pratica o crime de
extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento.
A) Todas estão corretas.
B) Apenas I e II estão corretas.

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C) Apenas III está correta.


D) Apenas I e III estão corretas.
E) Todas estão incorretas.

09. Cedendo a pedido de outrem, o funcionário deixou de praticar ato de ofício, com infração do dever
funcional:
A) Praticou-se o crime de prevaricação.
B) Praticou-se o crime de corrupção passiva.
C) Praticou-se o crime de condescendência criminosa.
D) Praticou-se o crime de peculato mediante influência de outrem
E) Praticou-se o crime de tráfico de influência.

10. Assinale a alternativa em que não há crime:


A) Patrocinar, diretamente, interesse público perante órgão privado, valendo-se da qualidade de funcionário.
B) Praticar violência, no exercício de função.
C) Retardar indevidamente ato de ofício, para satisfazer interesse pessoal.
D) Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais.
E) Facilitar a revelação de fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo.

11. São crimes praticados por funcionário público contra a Administração, exceto:
A) violência arbitrária.
B) excesso de exação.
C) tráfico de influência.
D) concussão.
E) advocacia administrativa.

12. Analise os itens a seguir e assinale a alternativa correta:


I - Pratica o crime de desacato quem se opõe à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário
competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio.
II - Pratica o crime de corrupção ativa quem solicita, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem,
a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.
III - Pratica o crime de exploração de prestígio quem promete vantagem indevida a funcionário público, para
determiná-lo a praticar ato de ofício.
A) Todos os itens estão corretos.
B) Todos os itens estão incorretos.
C) Apenas estão corretos os itens I e II.
D) Apenas estão corretos os itens II e III.
E) Apenas está correto o item II.

13. Assinale a alternativa correta sobre o crime de falso testemunho ou falsa perícia:
A) Só há o crime se o falso testemunho ou a falsa perícia tenham sido praticados com o fim de obter prova
destinada a produzir efeito em processo judicial.
B) O fato deixa de ser punível se o agente, a qualquer tempo, se retrata ou declara a verdade.
C) Podem ser sujeitos do crime o tradutor e o intérprete que exercem seu ofício em juízo arbitral.
D) Não é relevante, para a aplicação da pena, o fato do crime ter sido cometido com o fim de obter prova destinada
a produzir efeito em processo penal.
E) As penas aumentam da sexta parte se o crime é praticado mediante suborno.

14. Assinale a alternativa correta sobre o crime de advocacia administrativa:


A) Só há o crime se o agente patrocina interesse privado ilegítimo perante a administração pública, valendo-se da
qualidade de funcionário.
B) Só há o crime se o agente patrocina diretamente interesse privado perante a administração pública, valendo-se
da qualidade de funcionário.
C) Há o crime se o agente patrocina interesse público ou privado ilegítimos perante a administração pública, sem
valer-se da qualidade de funcionário.
D) Há o crime se o agente patrocina interesse público perante a administração pública, valendo-se da qualidade

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de funcionário.
E) Só há o crime se o agente se vale da qualidade de funcionário para patrocinar interesse privado perante a
administração pública.

15. Quem recebe dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em perito ou testemunha, pratica
o crime de:
A) corrupção passiva.
B) exploração de prestígio.
C) falso testemunho ou falsa perícia mediante suborno.
D) tráfico de influência.
E) corrupção ativa.

16. É crime próprio, que somente pode ser praticado por funcionário público no exercício da função, o
delito de:
A) certidão ou atestado ideologicamente falso.
B) tráfico de influência.
C) exploração de prestígio.
D) falso testemunho ou falsa perícia.
E) falsidade material de atestado ou certidão.

17. Admite a forma culposa o crime de:


A) falsidade ideológica.
B) violação de sigilo funcional.
C) violência arbitrária.
D) peculato.
E) corrupção ativa.

18. Sobre o crime de corrupção passiva é incorreto afirmar:


A) somente pode ser praticado por funcionário público no exercício de suas funções.
B) o sujeito passivo do delito é o estado.
C) o crime somente existe se houver o recebimento da vantagem indevida.
D) o recebimento da vantagem indevida neste crime pode ser tanto para o próprio funcionário público como para
outrem.
E) a pena é aumentada se, em consequência da vantagem indevida, o funcionário deixa de praticar qualquer ato
de ofício.

19. Analise os itens a seguir e assinale a alternativa correta:


I - Quem exige, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la,
mas em razão dela, vantagem indevida comete o crime de corrupção passiva.
II - Se a exigência referida no item anterior se referir a contribuição social que o funcionário público sabe indevida,
o delito será de concussão.
III - Se a exigência referida no item I se referir a tributo que o funcionário público deveria saber indevido, o crime
será então de excesso de exação.
A) Apenas o item I está correto.
B) Apenas o item II está correto.
C) Apenas o item III está correto.
D) Apenas os itens II e III estão corretos.
E) Apenas os itens I e II estão corretos.

20. Em determinado processo judicial de natureza civil, o autor da ação, nesta condição, calou a verdade
em juízo. Assim agindo:
A) não praticou crime nenhum.
B) praticou o crime de falso testemunho ou falsa perícia.
C) praticou o crime de falsidade ideológica.
D) praticou o crime de falsidade material de atestado ou certidão.
E) praticou o crime de atestado ideologicamente falso.

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21. Mévio, funcionário público, recebeu de Caio, particular, dinheiro para que revelasse fato de que tinha
ciência em razão do cargo e que deveria permanecer em segredo. Mévio, aceitando a vantagem indevida,
relevou a Caio determinado fato já de conhecimento deste último. Diante desse fato, é correto afirmar que:
I - Mévio praticou os crimes de corrupção passiva e violação de sigilo funcional.
II - Caio praticou apenas o crime de corrupção ativa.
III - Mévio praticou apenas o crime de corrupção passiva.
A) Apenas o item I está correto.
B) Apenas o item II está correto.
C) Apenas o item III está correto.
D) Apenas os itens I e II estão corretos.
E) Apenas os itens II e III estão corretos.

22. Analise os itens a seguir e assinale a alternativa correta:


I - No crime de resistência, quando o ato legal, cuja execução o sujeito ativo do delito se opôs mediante violência,
não é levado a efeito, a pena a ser imputada é maior do que aquela fixada para o tipo básico.
II - Há o crime de desobediência se o agente não cumpre solicitação legal de funcionário público.
III - Para a existência do crime de desacato, basta que o autor da conduta ofenda a honra de pessoa que é
funcionária pública.
A) Todos os itens estão corretos.
B) Todos os itens estão incorretos.
C) Apenas o item I está correto.
D) Apenas o item II está correto.
E) Apenas o item III está correto.

23. Podem ser sujeitos ativos do crime de falso testemunho ou falsa perícia:
I - Réu.
II - Intérprete.
III - Tradutor.
IV - Jurado.
A) Todos os itens estão corretos.
B) Todos os itens estão incorretos.
C) Apenas um item está correto.
D) Apenas dois itens estão corretos.
E) Apenas três itens estão corretos.

24. Plauto, funcionário público, exigiu tributo que sabia indevido. Após ter recolhido a importância aos
cofres públicos e mantê-la sobre a sua posse, desviou-a em proveito de terceiro. Diante dessas condutas,
é correto afirmar:
I - Plauto praticou o crime de concussão.
II - Plauto praticou o crime de excesso de exação no seu tipo básico.
III - Plauto praticou o crime de excesso de exação em seu tipo qualificado.
IV - Plauto praticou o crime de peculato.
A) Apenas os itens II e III estão corretos.
B) Apenas os itens I e II estão corretos.
C) Apenas os itens I e III estão corretos.
D) Apenas os itens III e IV estão corretos.
E) Apenas os itens II e IV estão corretos.

25. Analise os itens a seguir e assinale a alternativa correta:


I - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do
cargo configura o crime de condescendência criminosa.
II - Deixar o funcionário incompetente, por indulgência, de levar ao conhecimento da autoridade competente
infração que subordinado seu cometeu no exercício do cargo configura o crime de condescendência criminosa.
III - Deixar o funcionário, por interesse pessoal, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício
do cargo configura o crime de prevaricação.

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A) Todos os itens estão corretos.


B) Todos os itens estão incorretos.
C) Apenas os itens I e II estão corretos.
D) Apenas os itens II e III estão corretos.
E) Apenas os itens I e III estão corretos.

26. Julgue os itens abaixo sobre o crime de falsidade ideológica e assinale a alternativa correta:
I - É crime que só pode ser praticado por funcionário público.
II - Comete o crime o funcionário público que, mesmo de forma não intencional, mas por agir de forma negligente,
omite, em documento público, declaração que dele devia constar, causando prejuízos ao interessado.
III - A pena é mais grave se a falsidade ideológica é praticada com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou
alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante.
A) todos os itens estão corretos.
B) todos os itens estão incorretos.
C) somente está correto o item III.
D) somente está correto o item I.
E) somente estão corretos os itens II e III.

27. É diferença essencial entre o crime de certidão ou atestado ideologicamente falso e o crime de falsidade
material de atestado ou certidão:
A) o primeiro é crime contra a fé pública e o segundo é crime contra a Administração da Justiça.
B) o primeiro é crime contra a Administração da Justiça e o segundo é crime contra a fé pública.
C) no primeiro a falsidade é material; no segundo a falsidade é ideológica.
D) o primeiro é crime próprio de funcionário público e o segundo pode ser praticado por qualquer pessoa.
E) o primeiro pode ser praticado por qualquer pessoa e o segundo é crime próprio de funcionário público.

28. A reparação do dano causado à Administração pelo autor de peculato culposo, antes da sentença
irrecorrível:
A) é irrelevante.
B) exclui o crime.
C) extingue a punibilidade.
D) afasta a culpabilidade.
E) reduz de metade a pena imposta.

29. São condutas do funcionário público que caracterizam o crime de excesso de exação, exceto:
A) exigir tributo ou contribuição social que sabe ser indevido.
B) exigir tributo ou contribuição social devido, empregando na cobrança meio gravoso previsto em lei.
C) exigir tributo ou contribuição social que deveria saber indevido.
D) exigir tributo ou contribuição social devido, empregando na cobrança meio vexatório.
E) desviar, para si ou para outrem, antes de recolhê-lo, o valor de tributo ou contribuição social recebido
indevidamente para recolher aos cofres públicos.

30. Julgue os itens abaixo sobre o crime de prevaricação e assinale a alternativa correta:
I - É crime que tanto pode ser praticado por ação como por omissão de funcionário público.
II - É imprescindível, para a configuração do crime, que o agente esteja no exercício da função pública.
III - Só há crime se a conduta do funcionário público tem por finalidade satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
A) todos os itens estão corretos.
B) todos os itens estão incorretos.
C) somente está correto o item III.
D) somente está correto o item I.
E) somente estão corretos os itens II e III.

31. Julgue os itens abaixo sobre o crime de condescendência criminosa e assinale a alternativa correta:
I - Comete o crime o funcionário público que solicita ou recebe vantagem indevida para deixar de responsabilizar
o autor de infração funcional ou penal.
II - Só pode ser agente do crime o funcionário público que tenha competência para responsabilizar o autor de

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Apostilas OBJETIVA – Concursos Públicos - Brasil

infração funcional ou penal.


III - É imprescindível, para a caracterização do crime, que o infrator não responsabilizado seja subordinado ao
funcionário público que pratica o delito.
A) todos os itens estão corretos.
B) todos os itens estão incorretos.
C) somente está correto o item III.
D) somente está correto o item I.
E) somente estão corretos os itens II e III.

32. O particular que se opõe à execução de ordem judicial de arrombamento, mediante a ameaça de agredir
o oficial de justiça incumbido de realizar o ato, pratica o crime de:
A) violência arbitrária. D) desobediência.
B) resistência. E) concussão.
C) desacato.

33. Corrupção ativa é crime:


A) de funcionário público contra a Administração em geral.
B) de particular contra a Administração da Justiça.
C) de funcionário público contra a Administração da Justiça.
D) de particular contra a Administração em geral.
E) de funcionário público contra a fé pública.

34. Assinale a alternativa correta quanto ao crime de tráfico de influência:


A) Somente pratica o crime quem obtém, para si, vantagem a pretexto de influir em ato praticado por funcionário
público no exercício da função.
B) Somente pratica o crime quem solicita, para outrem, promessa de vantagem a pretexto de influir em ato
praticado por funcionário público no exercício da função.
C) Somente pratica o crime quem solicita, exige, cobra ou obtém, para si ou para outrem, vantagem ou promessa
de vantagem a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.
D) Somente pratica o crime quem exige ou cobra, para si ou para outrem, vantagem a pretexto de influir em ato
praticado por funcionário público no exercício da função.
E) Somente pratica o crime quem solicita, para si ou para outrem, e obtém vantagem ou promessa de vantagem a
pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.

35. Assinale a alternativa correta quanto ao crime de falso testemunho ou falsa perícia:
A) É crime praticado contra a Administração em geral.
B) Só há o crime se o agente praticar a conduta típica mediante suborno.
C) O fato deixa de ser punível se, antes da sentença, o agente se retrata ou declara a verdade.
D) Não há crime, mas mera infração disciplinar, se o agente cala a verdade em processo administrativo.
E) A pena é mais grave se o crime é cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em inquérito
policial.

36. Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou
inutilizá-lo, total ou parcialmente:
A) É crime impróprio, porque só o funcionário público pode extraviar, sonegar ou inutilizar livro ou documento
oficial.
B) É o crime chamado de excesso de exação.
C) O empregado público que exerce suas funções sem remuneração, ainda que em caráter transitório, pode ser
sujeito ativo do crime descrito no enunciado.
D) É crime para cuja caracterização é desnecessária a verificação de culpa ou dolo.
E) A conduta descrita no enunciado não configura crime.

37. Assinale a alternativa correta:


A) Exigir para si, em razão da função, vantagem indevida é crime de corrupção.
B) Exigir para outrem, indiretamente e fora da função, ainda que em razão dela, vantagem indevida não é crime.
C) Se o funcionário exige contribuição social que, embora não o saiba, deveria saber indevida, pratica crime de

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Apostilas OBJETIVA – Concursos Públicos - Brasil

excesso de exação.
D) A pena é a mesma se o funcionário, ao praticar o crime de excesso de exação, desvia, em proveito próprio ou
de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos.
E) O crime de excesso de exação pode ser praticado por qualquer pessoa, independentemente de ser funcionário
público.

38. Não é crime:


A) De falsidade ideológica, omitir, em documento público declaração, ainda que dele não necessitasse constar.
B) De desobediência, desobedecer a ordem legal de funcionário público.
C) De desacato, desacatar funcionário público no exercício da função.
D) De tráfico de influência, solicitar para outrem promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por
funcionário público no exercício da função.
E) De corrupção ativa, oferecer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar ato de ofício.

39. Assinale a alternativa correta:


A) Calar a verdade, como intérprete, em processo administrativo, não é crime.
B) É irrelevante para o agravamento da pena do crime de falso testemunho o fato de ter sido cometido com o fim
de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal.
C) Fazer afirmação falsa, como testemunha, em processo judicial, deixa de ser fato punível, se antes da sentença
o agente se retrata.
D) A pena do crime de falso testemunho é aplicada em dobro, se o crime é praticado mediante suborno.
E) Negar a verdade, como tradutor, em juízo arbitral não é crime.

40. Assinale a alternativa correta:


A) Solicitar dinheiro, a pretexto de influir em juiz, não é crime de tráfico de influência, se de fato não é possível a
pretendida influência.
B) O crime de exploração de prestígio é crime próprio.
C) Não é crime receber utilidade qualquer, a pretexto de influir em funcionário de justiça.
D) É crime cobrar, para outrem, vantagem, ainda que a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público.
E) Influir em ato de funcionário público, mediante vantagem indevida, não é crime.

41. Quem solicita vantagem a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício de
função, pratica o crime de:
A) corrupção ativa;
B) corrupção passiva;
C) advocacia administrativa.
D) tráfico de influência.
E) exploração de prestígio.

42. Se o funcionário, apiedado de seu subordinado, deixa de responsabilizá-lo pela infração cometida:
A) pratica o crime de condescendência criminosa.
B) não pratica crime algum, pois a compaixão é reconhecida pelo direito.
C) pratica infração administrativa, não criminal.
D) pratica o crime de advocacia administrativa.
E) considera-se que também ele praticou a infração cometida por seu subordinado.

43. Mévio, funcionário público, notando que o ato de seu ofício beneficiaria pessoa de quem não gostava,
retardou-o, a fim de prejudicar seu desafeto:
A) Mévio não praticou crime, porque, retardando-o embora, não deixou de praticar o ato.
B) Mévio não praticou crime, porque à sua conduta faltou o elemento "em proveito próprio ou alheio".
C) Mévio praticou o crime de peculato.
D) Mévio praticou o crime de prevaricação.
E) A conduta descrita configura ilícito administrativo, não penal.

44. Assinale a alternativa correta, sobre o abandono de cargo público:


A) Abandonar cargo público é crime, em qualquer hipótese.

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B) É irrelevante para a ocorrência do crime que desse fato resulte prejuízo público.
C) Abandonar cargo público provoca a perda do cargo, não punição criminal.
D) Se o abandono do cargo público ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira a pena é aplicada em
dobro.
E) Se do abandono resulta prejuízo público, a pena é aplicada em dobro.

45. Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la:


A) É crime impróprio.
B) Só pode ser praticado por particular contra a administração em geral.
C) É crime de excesso de exação.
D) É crime de violência arbitrária.
E) É crime de resistência.

46. Conforme a classificação imposta pelo Código Penal, são crimes praticados por funcionário público
contra a Administração em Geral, exceto:
A) Condescendência criminosa.
B) Corrupção passiva.
C) Peculato.
D) Desobediência.
E) Violação do sigilo de proposta de concorrência.

47. Analise os itens a seguir, considerando as disposições do Código Penal, e assinale a alternativa
correta:
I - Para efeitos penais, funcionário público é somente aquele que exerce remuneradamente cargo, função ou
emprego na administração direta e indireta, ou, ainda, em entidade paraestatal.
II - O crime de prevaricação é crime próprio, pois apenas pode ser praticado por funcionário público.
III - Sempre que for cometido o crime de corrupção passiva, necessariamente há de ter sido praticado o delito de
corrupção ativa.
A) Todos os itens estão corretos.
B) Todos os itens estão incorretos.
C) Apenas o item I está correto.
D) Apenas o item II está correto.
E) Apenas o item III está correto.

48. Segundo a classificação do Código Penal, são crimes praticados por particular contra a Administração
em Geral, exceto:
A) Advocacia administrativa.
B) Tráfico de influência.
C) Resistência.
D) Corrupção ativa.
E) Desacato.

49. Quanto ao crime de violência arbitrária, é incorreto afirmar que:


A) se trata de crime comum, porque pode ser praticado por qualquer pessoa, desde que aja como funcionário
público.
B) se trata de crime próprio, porque somente pode ser praticado por funcionário público no exercício das suas
funções.
C) consiste ele na prática de violência no exercício da função pública.
D) consiste ele na prática de violência a pretexto de exercer a função pública.
E) além da pena correspondente à violência, será aplicada ao autor do delito a pena de detenção.

50. Se o funcionário público pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração do dever
funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem, comete o delito de:
A) corrupção passiva.
B) prevaricação.
C) peculato.

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D) advocacia administrativa.
E) tráfico de influência.

51. Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite alguém
a obter cargo público, ou isenção de ônus ou de serviço de caráter público, caracteriza o crime de:
A) falsidade material de atestado ou certidão.
B) falsidade material de atestado ou certidão, agravado pelo fato de ter sido praticado por funcionário público.
C) certidão ou atestado ideologicamente falso.
D) certidão ou atestado materialmente falso, agravado pelo fato de ter sido praticado por funcionário público.
E) falsidade ideológica, agravado pelo fato de ter sido praticado por funcionário público.

52. Analise os itens a seguir, levando em conta as disposições do Código Penal, e assinale a alternativa
correta:
I - Ao funcionário público somente pode ser imputado o crime de peculato se estiver sob a sua posse em razão do
cargo o dinheiro, o valor ou o bem apropriado, subtraído ou desviado.
II - Configura peculato culposo se o funcionário público desvia, culposamente, em proveito alheio, dinheiro de que
tem a posse em razão do cargo.
III - Na hipótese de peculato culposo, a reparação do dano somente extingue a punibilidade se realizada antes do
oferecimento da denúncia.
A) Todos os itens estão corretos.
B) Todos os itens estão incorretos.
C) Apenas o item I está correto.
D) Apenas o item II está correto.
E) Apenas o item III está correto.

53. Podem praticar o crime de falso testemunho ou falsa perícia, previsto no art. 342 do Código Penal,
exceto:
A) Intérprete. D) Perito.
B) Testemunha. E) Jurado.
C) Tradutor.

54. Analise os itens abaixo e assinale a alternativa correta:


I - Segundo o Código Penal, a pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes praticados por
funcionário público contra a Administração em Geral forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de
direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou
fundação instituída pelo poder público.
II - Para a caracterização do crime de exploração de prestígio não é necessário que o dinheiro ou utilidade solicitada
ou recebida seja destinada ao juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário da justiça, perito tradutor,
intérprete ou testemunha.
III - Se o crime de falso testemunho ou falsa perícia é praticado mediante suborno, as penas aumentam-se de um
terço.
A) Todos os itens estão corretos.
B) Todos os itens estão incorretos.
C) Apenas o item I está correto.
D) Apenas o item II está correto.
E) Apenas o item III está correto.

55. A quem solicita, para si, vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no
exercício da função, alegando que tal vantagem é também destinada ao funcionário, será aplicada a pena
prevista para o crime de:
A) tráfico de influência, aumentada da metade.
B) tráfico de influência, sem aumento.
C) corrupção ativa, em sua forma agravada.
D) exploração de prestígio, aumentada de um terço.
E) exploração de prestígio, sem aumento.

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56. Caio, valendo-se de sua condição de tabelião do cartório do 2º registro civil de Andradina-SP, altera o
assentamento de registro civil de Mévio, com o escopo de alterar a data de seu nascimento. Ao assim agir,
caio:
A) não pratica crime algum, já que é portador de fé pública.
B) pratica o crime de certidão ou atestado ideologicamente falso.
C) pratica o crime de falsidade ideológica.
D) pratica o crime de falsidade material de certidão.
E) pratica o crime de falsidade de atestado.

57. Tício, funcionário da Companhia Energética de Andradina, desvia, em proveito de certo bairro local,
maior quantidade de energia elétrica, em troca de certa vantagem indevida oferecida pela associação de
moradores. Ao assim agir, Tício:
A) não pratica crime algum, já que é funcionário público.
B) pratica o crime de peculato.
C) pratica o crime de corrupção passiva.
D) pratica o crime de concussão.
E) pratica o crime de desvio de energia elétrica.

58. Mévio, particular, altera o teor de atestado médico obtido em consulta, para o fim de ficar mais tempo
sem comparecer ao seu trabalho. Ao assim agir, pratica o crime de:
A) falsidade material de atestado.
B) falsidade de atestado médico.
C) certidão ou atestado ideologicamente falso.
D) falso reconhecimento de letra.
E) falsidade ideológica.

59. Pedro, funcionário da prefeitura municipal de Andradina, aplica o dinheiro que recebeu da união, em
convênio firmado para construção de uma ponte, na edificação de um prédio comercial para ulterior
especulação imobiliária. Ao assim agir, pedro:
A) não haverá praticado crime se a renda auferida com a especulação reverter em prol da prefeitura.
B) pratica o crime de peculato-desvio.
C) pratica o crime de emprego irregular de verbas públicas.
D) pratica o crime de corrupção passiva.
E) pratica o crime de prevaricação.

60. Quem exige, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função pública ou antes
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, comete o crime de:
A) concussão.
B) peculato.
C) corrupção passiva.
D) tráfico de influência.
E) prevaricação.

61. O crime de corrupção ativa:


A) é próprio.
B) requer, para sua caracterização, a existência da corrupção passiva.
C) é praticado por particular contra a administração em geral.
D) é praticado por funcionário público contra a administração em geral.
E) é praticado contra a administração da justiça.
62. Assinale a alternativa correta, sobre o crime de resistência:
A) se o ato, em razão da resistência, se executa, a pena é aumentada.
B) as penas respectivas se aplicam com prejuízo das correspondentes à violência.
C) depende dos elementos ameaça ou violência para sua caracterização.
D) tipifica-se pela oposição à execução de ato ilegal.
E) tem por sujeito passivo o particular e ativo funcionário público.

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63. Batista, perito designado pelo Juízo da Comarca de Andradina, faz afirmação falsa em laudo por ele
elaborado, em troca de propina oferecida pelo advogado de uma das partes em processo judicial criminal.
Antes, porém, de vir a ser proferida a sentença, Batista se retrata contando a verdade. Ao assim agir:
A) não será punido, pois se retratou.
B) não pratica o crime de falso testemunho.
C) não pratica o crime de falsa perícia.
D) pratica o crime de corrupção passiva.
E) não pratica crime algum.

64. Desobedecer a ordem ilegal de funcionário público:


A) é crime de desobediência
B) pode configurar desacato
C) pode configurar prevaricação
D) não é crime
E) somente é crime se o funcionário que ordenar for hierarquicamente superior

65. Exigir contribuição social mediante o emprego de meio gravoso não autorizado por lei é crime de:
A) peculato.
B) abuso de poder.
C) prevaricação.
D) corrupção passiva.
E) excesso de exação.

66. Analise os itens a seguir, sobre o crime de falsidade ideológica, e assinale a alternativa correta:
I - O funcionário público só pode ser agente do crime se falsificar documento público, prevalecendo-se do cargo.
II - Pratica o crime quem faz inserir em documento público declaração falsa, com o fim de alterar a verdade sobre
fato juridicamente irrelevante.
III - Se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena da sexta parte.
IV - Não é relevante o fim colimado pelo agente da falsificação, pois esta, por si só, já é suficiente para caracterizar
o crime.
A) Todos os itens estão corretos.
B) Todos os itens estão incorretos.
C) Apenas um item está correto.
D) Apenas dois itens estão corretos.
E) Apenas três itens estão corretos.

67. Sobre os crimes de certidão ou atestado ideologicamente falso e falsidade material de atestado ou
certidão, assinale a alternativa correta:
A) Ambos são crimes próprios, que só podem ser praticados por funcionário público, no exercício das funções.
B) Apenas o primeiro é crime próprio, que só pode ser praticado por funcionário público, no exercício das funções.
C) Ambos podem ser praticados por qualquer pessoa, não sendo, por isso, crimes próprios de funcionário público.
D) Apenas o segundo é crime próprio, que só pode ser praticado por funcionário público, no exercício das funções.
E) Ambos são crimes praticados por particulares contra a fé pública, não podendo, por isso, ser praticados por
funcionário público no exercício das funções.

68. Analise os itens a seguir, sobre o crime de peculato, e assinale a alternativa correta:
I - Apenas os bens públicos podem ser objeto do crime de peculato.
II - Pratica o crime o funcionário público que se apropria de qualquer bem móvel ou imóvel de que tem a posse em
razão do cargo.
III - Se o funcionário público, embora não tendo a posse do bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído,
em proveito próprio ou alheio, valendo-se da facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário, a pena é
aumentada da sexta parte.
IV - Se o funcionário, por negligência, concorre para o crime de outrem, mas, após a sentença irrecorrível, repara
o dano causado, extingue-se a punibilidade.
A) Todos os itens estão corretos.
B) Todos os itens estão incorretos.

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C) Apenas um item está correto.


D) Apenas dois itens estão corretos.
E) Apenas três itens estão corretos.

69. A ação incriminada no art. 293 do Código Penal é a de falsificar papéis públicos. Diante dessa afirmativa,
pergunta­se: como, nos termos da lei, essa falsificação pode ser feita?
A) A falsificação somente pode ser feita tendo como objeto os papéis públicos, uma vez que tanto no art. 293 do
CP quanto em qualquer outro artigo de lei que trate sobre a matéria não há previsão legal para a hipótese de
falsificação de documento particular.
B) Pela fabricação ou alteração do papel público.
C) Exclusivamente por meio da imitação fraudulenta do papel público.
D) Exclusivamente por meio da contrafação do papel público.
E) Exclusivamente por meio da modificação do papel público

70. Não pratica o crime de excesso de exação o funcionário público que:


A) Exige o pagamento de tributo ou contribuição social que sabe indevido.
B) Exige tributo ou contribuição social que deveria saber indevido.
C) Exige tributo ou contribuição social devido, empregando na cobrança meio vexatório.
D) Exige tributo ou contribuição social devido, empregando na cobrança meio gravoso previsto em lei.
E) Exige tributo ou contribuição social indevido, e desvia as quantias recebidas em proveito próprio.

71. Tício, funcionário público, deixou de praticar ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a
influência de um Deputado Federal, a quem tinha interesse em agradar. Mévio, superior hierárquico de
Tício, deixou de levar o fato ao conhecimento da autoridade competente pela responsabilização funcional
de Tício, em razão da afeição que nutria pelo funcionário faltoso e também pela amizade que mantinha com
o solicitante do retardamento indevido. Diante desses fatos, pode-se afirmar que:
A) Tício e Mévio praticaram o crime de prevaricação.
B) Tício praticou o crime de prevaricação e Mévio o crime de condescendência criminosa.
C) Tício praticou o crime de advocacia administrativa e Mévio o crime de prevaricação.
D) Tício praticou o crime de corrupção passiva e Mévio o crime de condescendência criminosa.
E) Tício praticou o crime de corrupção passiva e Mévio o crime de prevaricação.

72. Analise os itens a seguir, sobre o crime de tráfico de influência, e assinale a alternativa correta:
I - Para a configuração do crime, é indispensável que o agente obtenha, para si ou para outrem, vantagem ou
promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público.
II - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao
funcionário.
III - A pena é aumentada da sexta parte, se o agente for ocupante de cargo em comissão ou de função de direção
ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação
instituída pelo poder público.
A) Todos os itens estão corretos.
B) Todos os itens estão incorretos.
C) Apenas o item I está correto.
D) Apenas os itens II e III estão corretos.
E) Apenas o item II está correto.

73. Quanto ao crime de abandono de função, assinale a alternativa correta:


A) Não há crime se o agente for ocupante de cargo em comissão.
B) Se do fato resulta prejuízo público, o agente responderá também pelo crime de prevaricação.
C) O agente pratica o crime por ter ilegalmente abandonado o cargo, mesmo que de tal fato não resulte dano
efetivo à administração.
D) É irrelevante, para a aplicação da pena, o fato de o abandono de cargo ocorrer em lugar compreendido na faixa
de fronteira.
E) Se a ausência é prevista em lei, ainda assim comete o crime o funcionário que abandona o cargo por mais de
60 (sessenta) dias.

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74. Analise os itens a seguir, sobre o crime de corrupção ativa, e assinale a alternativa correta:
I - Somente há o crime se o agente oferece ou promete vantagem indevida a funcionário público para determiná-
lo a praticar ato de ofício.
II - Não se consuma o crime se o funcionário a quem foi oferecida ou prometida a vantagem indevida não pratica
o ato de ofício visado pelo agente.
III - Não se consuma o crime se, ao tomar conhecimento da oferta ou da promessa de vantagem indevida, o
funcionário público a recusa.
IV - Não há o crime se a vantagem indevida é imposta pelo funcionário público para a prática de ato de ofício.
A) Todos os itens estão corretos.
B) Todos os itens estão incorretos.
C) Apenas um item está correto.
D) Apenas dois itens estão corretos.
E) Apenas três itens estão corretos.

75. Não configura o crime de exploração de prestígio:


A) exigir dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em funcionário de justiça.
B) solicitar dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em órgão do Ministério Público.
C) receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em perito ou tradutor.
D) solicitar dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em intérprete ou testemunha.
E) receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em magistrado.

76. Sobre o crime de falsidade ideológica, assinale a alternativa incorreta:


A) Para a caracterização do crime é necessário que o fim almejado pelo agente seja prejudicar direito, criar
obrigação ou alterar verdade sobre fato juridicamente relevante.
B) A pena mínima prevista para o tipo simples é de um ano, independentemente do fato de ter sido cometido o
delito em documento público ou particular.
C) Aumenta-se a pena básica da sexta parte só pela circunstância de ter sido o crime praticado por funcionário
público.
D) objeto jurídico do delito é a fé pública e não a administração pública.
E) Comete o crime quem omite em documento particular declaração que dele devia constar, com o fim de criar
obrigação.

77. Assinale a alternativa correta, considerando o disposto no Código Penal sobre o crime de certidão ou
atestado ideologicamente falso:
A) Se o delito é praticado com o fim de lucro, além de se aumentar a pena em um terço, aplica-se a pena de multa.
B) Somente pode ser cometido por funcionário público no exercício de suas funções, sendo, portanto, classificado
como crime próprio.
C) Comete o crime quem falsifica, no todo ou em parte, atestado ou certidão, para prova de fato ou circunstância
que habilite alguém a obter cargo público.
D) Para que a pena básica seja aumentada e acrescida da pena de multa, é necessário que o agente obtenha
lucro com a falsidade e não apenas busque esse fim específico.
E) Pratica o crime quem altera o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância
que habilite alguém a obter isenção de ônus ou de serviço de caráter público.

78. Analise os itens a seguir, segundo as normas do Código Penal, e assinale a alternativa correta:
I - O crime de peculato somente pode ficar caracterizado quando o agente o pratica com dolo.
II - A reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade do crime de peculato no caso
de o funcionário público ter desviado, em proveito próprio, bem móvel público, de que tinha a posse em razão do
cargo.
III - É indispensável para a configuração do crime de peculato que o funcionário público detenha a posse do
dinheiro, valor ou bem.
A) Todos os itens estão corretos.
B) Todos os itens estão incorretos.
C) Apenas o item I está correto.
D) Apenas o item II está correto.
E) Apenas o item III está correto.

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79. O funcionário público que dá a verbas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei, desviando-as
para utilizá-las em benefício da Administração Pública, pratica o crime de:
A) peculato.
B) corrupção passiva.
C) emprego irregular de verbas ou rendas públicas.
D) concussão.
E) peculato mediante erro de outrem.

80. Considerando o Código Penal, analise os itens abaixo e assinale a alternativa correta:
I - Pratica o crime de excesso de exação o funcionário público que, em razão de suas funções, exige vantagem
indevida direta ou indiretamente.
II - A pena mínima fixada para o crime de excesso de exação, na sua forma qualificada, é inferior àquela prevista
para o mesmo delito na sua modalidade simples.
III - Comete o crime de exceção de exação o funcionário público que, sem saber, exige tributo que não é devido.
A) Todos os itens estão corretos.
B) Todos os itens estão incorretos.
C) Apenas o item I está correto.
D) Apenas o item II está correto.
E) Apenas o item III está correto.

81. Analise os itens a seguir, considerando o crime de advocacia administrativa, e assinale a alternativa
correta:
I - Pratica o crime quem patrocina indiretamente interesse privado legítimo perante a administração pública,
valendo-se da qualidade de funcionário público.
II - Pratica o crime quem patrocina diretamente interesse privado ilegítimo perante a administração pública,
valendo-se da qualidade de funcionário público.
III - Pratica o crime quem patrocina, direta ou indiretamente, interesse privado ilegítimo perante a administração
pública, valendo-se da qualidade de funcionário público.
A) Todos os itens estão corretos.
B) Todos os itens estão incorretos.
C) Apenas o item I está correto.
D) Apenas o item II está correto.
E) Apenas o item III está correto.

82). Desviar bem particular que foi arrecadado pelo Poder Público constitui o delito de:
A) furto
B) corrupção ativa
C) concussão
D) peculato
E) prevaricação

83. Analise os itens abaixo sobre o crime de abandono de função e assinale a alternativa correta:
I - Não é suficiente para a configuração do crime o fato de o funcionário público abandonar o cargo que ocupa.
II - Se o abandono do cargo ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira, a pena fixada é maior do que
aquela prevista quando do fato resulta prejuízo público.
III - Ao autor do delito são aplicadas, sempre, as penas privativas de liberdade e de multa.
A) Apenas o item I está correto.
B) Apenas o item II está correto.
C) Apenas o item III está correto.
D) Apenas os itens I e II estão corretos.
e) Apenas os itens II e III estão corretos.

84. Após analisar as afirmações abaixo em face do disposto no Código Penal, assinale a alternativa correta:
I - Comete o crime de desobediência o indivíduo que desobedece ordem, legal ou ilegal, de funcionário público,
pois o que a lei penal busca repreender é a conduta contrária à autoridade constituída.

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II - Aquele que se opõe pacificamente à execução de ato legal proveniente de autoridade competente pratica o
crime de resistência.
III - Quem ofende em qualquer hipótese funcionário público proferindo palavras humilhantes relacionadas à sua
raça, cor ou sexo pratica o crime de desacato.
A) Apenas o item I está correto.
B) Apenas o item II está correto.
C) Apenas o item III está correto.
D) Todos os itens estão corretos.
E) Todos os itens estão incorretos.

85. Assinale a alternativa correta:


A) delito de violência arbitrária é crime comum, porquanto pode ser praticado por particular ou por funcionário
público.
B) segundo o código penal, o crime de violência arbitrária está relacionado entre aqueles crimes praticados por
particular contra a administração em geral.
C) a testemunha que faz afirmação falsa em processo judicial não é punida se, depois da sentença e antes do
trânsito em julgado desta, se retrata ou declara a verdade.
D) perito que faz, em processo civil, afirmação falsa em laudo por ele elaborado, com o fim de auxiliar uma das
partes em troca de dinheiro, terá a sua pena aumentada de um terço.
E) não pratica crime de falso testemunho ou falsa perícia o tradutor que cala a verdade em processo policial,
porquanto o citado delito somente fica caracterizado quando cometido no âmbito de processo judicial ou em juízo
arbitral.

86. No crime de falsidade ideológica, a pena será aumentada da sexta parte:


A) se a falsificação ou alteração tem por fim prejudicar direito de outrem.
B) se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil.
C) se a falsificação ou alteração tem por fim alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante.
D) se a falsificação ou alteração tem por fim criar obrigação inexistente.
E) se a falsificação ou alteração tem por objeto documento público.

87. Aplica-se a mesma pena prevista para o crime de peculato se o funcionário público, valendo-se dessa
condição, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem:
A) dele se apropria em proveito próprio ou alheio.
B) concorre culposamente para o crime de outrem.
C) o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio.
D) o desvia em proveito próprio ou alheio.
E) o aplica em finalidade diversa da estabelecida em lei.

88. O funcionário público que pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever
funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem, comete o crime de:
A) corrupção passiva.
B) concussão.
C) excesso de exação.
D) prevaricação.
E) advocacia administrativa.

89. Tício, funcionário público, recebeu no exercício das funções determinada quantia para recolher aos
cofres públicos. Ao perceber que se tratava de pagamento indevido, desviou o dinheiro para sua conta
corrente particular. Ao assim agir, Tício praticou o crime de:
A) peculato.
B) prevaricação.
C) excesso de exação.
D) concussão.
E) corrupção passiva.

90. Pratica o crime de supressão de documento quem:

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A) inutiliza livro oficial ou qualquer documento, de que tem a posse em razão do cargo.
B) destrói, em benefício próprio ou de outrem, documento público verdadeiro, de que não podia dispor.
C) sonega qualquer documento público de que tem a posse em razão do cargo.
D) extravia livro oficial de que tem a posse em razão do cargo.
E) destrói ou danifica coisa própria, que se achava em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção.

91. Assinale a alternativa correta quanto ao crime de denunciação caluniosa:


A) Somente há crime se a conduta do agente acarretar a instauração de processo judicial contra alguém, não
bastando a mera investigação policial.
B) Para que haja o crime, o agente não precisa saber ser inocente a pessoa a quem imputa a prática de infração
penal.
C) A pena é a mesma se o agente servir-se de anonimato ou de nome suposto ao praticar o crime.
D) Pratica o crime quem acusa a si mesmo da prática de crime que sabe ter sido praticado por outrem.
E) A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.

92. Mévio, réu em processo penal, ofereceu dinheiro a Caio, testemunha, a fim de que este calasse a
verdade em seu depoimento. Caio, no entanto, recusou a oferta de Mévio e o denunciou à autoridade
policial. Diante disso, pode-se afirmar que Mévio:
A) praticou o crime de concussão.
B) não praticou crime algum, pois Caio não aceitou a sua oferta de dinheiro.
C) praticou o crime de coação no curso do processo.
D) praticou o crime de corrupção ativa de testemunha ou perito.
E) praticou o crime de fraude processual.

93. O funcionário público que, valendo-se dessa condição, patrocinar interesse privado legítimo perante a
administração pública:
A) não pratica crime algum, pois é dever do funcionário patrocinar interesses legítimos perante a administração.
B) pratica o crime de exercício funcional ilegal, ainda que seja legítimo o interesse patrocinado perante a
administração pública.
C) pratica o crime de advocacia administrativa, ainda que seja legítimo o interesse patrocinado perante a
administração pública.
D) pratica o crime de prevaricação, por valer-se da função para satisfazer interesse privado de outrem.
E) pratica o crime de exploração de prestígio, por valer-se da função para influir na prática de ato de ofício em prol
de interesse privado, ainda que legítimo.

94. Assinale a alternativa incorreta:


A) É crime continuar a exercer função pública, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido ou
suspenso.
B) É crime deixar de responsabilizar, por indulgência, subordinado que cometeu infração no exercício do cargo.
C) É crime abandonar cargo público, nos casos permitidos em lei, se do abandono resulta prejuízo público.
D) É crime revelar fato de que se tem ciência em razão do cargo, desde que o fato devesse permanecer em
segredo.
E) É crime praticar violência no exercício da função ou a pretexto de exercê-la.

95. Assinale a alternativa incorreta, sobre o crime de exercício arbitrário das próprias razões:
A) Não há o crime se o agente, violentamente, faz justiça pelas próprias mãos quando a lei o autorize a agir assim.
B) Não há o crime se o agente faz justiça pelas próprias mãos para satisfazer pretensão legítima.
C) Além da pena prevista para o crime, aplica-se ao agente a pena correspondente à violência, se esta houver
ocorrido.
D) Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.
E) Há o crime se o agente danifica coisa que lhe pertença, mas que esteja em poder de terceiro por determinação
judicial.

96. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-
la, mas em razão dela, vantagem indevida é crime:
A) de concussão.

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B) de prevaricação.
C) de corrupção passiva.
D) de peculato.
E) de tráfico de influência.

97. No crime de corrupção passiva, aumenta-se a pena se:


A) o agente recebe a vantagem indevida.
B) o agente é funcionário público não ocupante de cargo em comissão.
C) o agente cede a pedido ou influência de outrem.
D) o agente retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício.
E) a vantagem indevida for superior aos vencimentos do agente.

98. No caso de peculato culposo, é correto afirmar-se que a reparação do dano, se precede à sentença
irrecorrível:
A) diminui a pena pela metade.
B) diminui a pena de um terço.
C) diminui a pena de um sexto.
D) extingue a punibilidade.
E) extingue a culpabilidade.

99. Julgue os itens abaixo e assinale a alternativa correta:


I - O crime de supressão de documento somente pode ter por sujeito ativo funcionário público.
II - É necessário para a caracterização do crime de supressão de documento que o documento seja verdadeiro.
III - Se o agente destrói documento particular de que não podia dispor pratica extravio de documento.
A) Todos os itens estão corretos.
B) Todos os itens estão incorretos.
C) Apenas os itens I e III estão corretos.
D) Apenas o item II está correto.
E) Apenas o item III está correto.

100. O crime de falsidade ideológica:


A) somente pode ser praticado por funcionário público.
B) somente pode ser praticado por particular.
C) requer declaração falsa em documento público.
D) requer declaração falsa em documento particular.
E) requer declaração falsa com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato
juridicamente relevante.

101. Julgue os itens abaixo e assinale a alternativa correta:


I - o crime de excesso de exação é próprio.
II - o excesso de exação somente se caracteriza na modalidade de exigir tributo ou contribuição social que sabe
ou deveria saber indevido.
III - se o funcionário desvia em proveito alheio o que recebeu em razão da cobrança de tributo indevido sua pena
será aumentada.
A) todos os itens estão corretos.
B) todos os itens estão incorretos.
C) apenas os itens I e III estão corretos.
D) apenas o item II está correto.
E) apenas o item III está correto.

102. Julgue os itens abaixo e assinale a alternativa correta:


I - O perito pode ser sujeito ativo do crime de falso testemunho.
II - Se o processo ainda não se iniciou não haverá crime de fraude processual.
III - O crime de exploração de prestígio se caracteriza pela modalidade de solicitar ou receber dinheiro ou qualquer
outra utilidade.
A) Todos os itens estão corretos.

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B) Todos os itens estão incorretos.


C) Apenas os itens I e III estão corretos.
D) Apenas o item II está correto.
E) Apenas o item III está correto.

103. Inutilizar, total ou parcialmente, ou deixar de restituir autos, documento ou objeto de valor probatório,
que recebeu na qualidade de advogado ou procurador:
A) é crime de extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento.
B) é crime de subtração ou inutilização de livro ou documento.
C) é crime praticado por particular contra a Administração em geral.
D) é crime próprio.
E) é crime contra a Administração da Justiça.

104. Julgue os itens abaixo e assinale a alternativa correta:


I - No crime de corrupção passiva não é necessário que o funcionário público seja pertencente aos quadros de
pessoal do Poder Judiciário.
II - No crime de exploração de prestígio é necessário que o funcionário público seja pertencente aos quadros de
pessoal do Poder Judiciário.
III - Os crimes de corrupção passiva e de exploração de prestígio são praticados em idênticas modalidades
A) Todos os itens estão corretos.
B) Todos os itens estão incorretos.
C) Apenas os itens I e III estão corretos.
D) Apenas o item I está correto.
E) Apenas o item III está correto.

105. Exercer função, direito ou atividade de que foi suspenso ou privado por decisão judicial:
A) é crime de usurpação de função pública.
B) é crime de advocacia administrativa.
C) é crime cuja objetividade jurídica é a Administração da Justiça.
D) configura abuso de poder.
e) não é crime, mas mera irregularidade administrativa punível nos termos da legislação.

106. Ocorre o crime de denunciação caluniosa quando o sujeito ativo,


A) der causa a investigação civil contra alguém.
B) solicita à polícia que apure determinado delito.
C) provoca a instauração de procedimento contravencional.
D) comunica à polícia que foi vítima de crime.
E) acusa-se, perante autoridade, de crime inexistente.

107. O funcionário que solicita vantagem para si, a pretexto de influir em ato praticado por outro
funcionário, comete o crime de:
A) improbidade administrativa.
B) corrupção ativa.
C) tráfico de influência.
D) advocacia administrativa.
E) excesso de exação.

108. De acordo com o código Penal, assinale a alternativa correta:


A) Comete o crime de falsidade ideológica aquele que falsificar no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou
alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a
obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público ou qualquer outra vantagem.
B) O crime de falsidade ideológica é crime contra a administração Pública, portanto só pode ser praticado por
funcionários públicos, no exercício da função pública.
C) Aquele que atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstancia que habilite
alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem pratica
o crime de “certidão ou atestado ideologicamente falso”.

54
Apostilas OBJETIVA – Concursos Públicos - Brasil

D) Não se considera crime de “falsidade ideológica” a conduta daquele que omite declaração que devia constar
em documento particular, com a finalidade de prejudicar direito alheio.

109. Assina a alternativa correta, de acordo com o Código Penal:


A) O funcionário Público que concorre para que o bem móvel particular seja subtraído, em proveito alheio, valendo-
se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário comete o crime de peculato.
B) No caso de peculato, o agente que repara o dano antes da sentença irrecorrível terá sua pena reduzida pela
metade.
C) Aquele que se apropriar de dinheiro, que no exercício do cargo recebeu por erro de outrem comete o crime de
apropriação indébita.
D) O crime de peculato não é punido quando praticado na forma culposa.

110. Aquele que solicita ou recebe, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem
comete o crime de:
A) corrupção passiva
B) corrupção ativa
C) concussão
D) prevaricação

Gabarito

01- C 02- D 03- C 04- C 05 - E 06- D 07- C 08- E 09- B 10 - A


11- C 12- B 13- C 14- E 15- B 16- A 17- D 18- C 19- C 20 - A
21- E 22- C 23- D 24- E 25- A 26- B 27- D 28- C 29- B 30 - A
31- C 32- B 33- D 34- C 35- C 36- C 37- C 38- A 39- C 40 - D
41- D 42- A 43- D 44- B 45- D 46- D 47- D 48- A 49- A 50 - A
51- C 52- B 53- E 54- A 55- A 56- C 57- B 58- A 59- C 60 - A
61- C 62- C 63- A 64- D 65- E 66- C 67- B 68- B 69- B 70 - D
71- E 72- E 73- C 74- C 75- A 76- C 77- B 78- B 79- C 80 - D
81- A 82- D 83- D 84- E 85- D 86- B 87- C 88- A 89- C 90 - B
91- E 92- D 93- C 94- C 95- B 96- A 97- D 98- D 99- D 100- E
101-C 102- C 103- E 104-C 105- C 106- A 107- C 108-C 109-A 110-A

Coletânea de Exercícios II
Gabarito: no final da Coletânea de exercícios

01) O servidor da justiça tem sob sua responsabilidade o livro de cargas de mandados do cartório e destrói
a página onde está registrada uma admoestação contra um seu colega oficial de justiça. Cometeu crime
de:
A) dano qualificado
B) prevaricação
C) utilização de livro ou documento
D) condescendência criminosa
E) n.d.a.

02) O escrevente, aprovado em prova seletiva, antes de entrar em exercício de suas funções, solicita de
um advogado R$ 1.000,00 (mil reais) para atrasar um processo movido contra seu cliente. Esta trama vem
a ser descoberta antes de o oficial receber o dinheiro e antes de tomar posse. Assim, conclui-se que:
A) não houve crime, pois o dinheiro não chegou a ser recebido
B) houve crime de corrupção passiva

55
Apostilas OBJETIVA – Concursos Públicos - Brasil

C) ocorreu crime de fraude processual


D) não houve crime, pois o oficial não tinha entrado no exercício de suas funções

03) O escrevente faz inserir certidão diversa da que devia ser escrita em documento público, com o fim de
alterar a verdade sobre fato processual relevante. Comete crime de:
A) peculato
B) falsidade material de atestado ou certidão
C) certidão ideologicamente falsa
D) falsidade ideológica

04). Se "A", delegado de polícia, acata uma ordem de "B", seu superior hierárquico, para não instaurar
inquérito policial contra determinado funcionário, amigo de "A", acusado de falsidade documental:
A) "A" praticou crime de prevaricação e "B" é inocente, pois não tinha atribuição para apurar o crime de falsidade
B) só "B" praticou o crime de prevaricação, porque "A" obedeceu ordem de seu superior hierárquico
C) nenhum dos dois praticou delito, porque a instauração de inquérito não é ato de ofício
D) "A" e "B" praticaram crime de prevaricação
E) nenhuma das anteriores

05). Assinale a alternativa correta: Caracteriza o crime de concussão:


A) retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa da Lei,
para satisfazer interesse pessoal
B) retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa da Lei,
para satisfazer sentimento pessoal
C) deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do
cargo ou, quando lhe falte competência, não levar ao conhecimento da autoridade competente
D) solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida
E) exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas
em razão dela, vantagem indevida

06) Assinale a alternativa correta: O jurado que, em razão de sua função, aceita promessa de vantagem
indevida pratica o crime de:
A) prevaricação
B) corrupção ativa
C) corrupção passiva
D) concussão
e) extorsão

07) O funcionário público não praticará o crime de falsidade ideológica:


A) se omitir, em documento público, declaração que dele devia constar, com o fim de prejudicar direito, criar
obrigação ou alterar a verdade sobre o fato juridicamente relevante.
B) se omitir, em documento particular, declaração que dele devia constar, com o fim de prejudicar direito, criar
obrigação ou alterar a verdade sobre o fato juridicamente relevante
C) se falsificar, no todo ou em parte, certidão para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo
público, isenção do ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem
D) se inserir em documento público, declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar
direito sobre fato juridicamente relevante
E) se inserir em documento particular, declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar
direito sobre fato juridicamente

08) Configura-se o crime de falso testemunho:


A) fazer afirmação falsa, como testemunha em processo cível
B) negar a verdade, como testemunha, em juízo arbitral
C) calar a verdade, como testemunha, em inquérito policial
D) fazer afirmação falsa, como testemunha, em processo administrativo
E) todas estão corretas

56
Apostilas OBJETIVA – Concursos Públicos - Brasil

09) Não se configura delito de prevaricação quando:


A) A, oficial de justiça, retarda o cumprimento de inúmeros mandados de citação, por mera preguiça
B) A, oficial de justiça, deixa de intimar determinada testemunha que iria depor em processo crime contra B, seu
amigo, com o fim de ajudar este último
C) A, oficial de justiça, retarda na citação de B, paraplégico, réu em processo crime, pois, sabedor de sua condição
física, agem com piedade em relação a ele
D) A, oficial de justiça, retarda no cumprimento de mandado de busca e apreensão em favor de B, pois é inimigo
pessoal deste último
E) A, oficial de justiça, deixa de citar B, gerente de banco, réu em processo crime, com intenção de ver aumentando
seu crédito bancário, embora não tenha solicitado ou recebido qualquer proposta neste sentido

10) Configura-se crime de exploração de prestígio quando:


A) A solicita dinheiro de B, réu em processo crime, a pretexto de influir em testemunha que vai depor em processo
contra este último
B) A recebe dinheiro de B, executado em processo cível, a pretexto de influir em funcionário da justiça que funciona
no processo contra este último.
C) A solicita automóvel de "B", réu e processo cível, pretexto de influir na condição do juiz que julgará seu processo
D) "A" recebe de "B", autor em processo cível, a pretexto de influir no perito nomeado pelo juiz para realizar
determinado exame pericial em sua propriedade
E) todas estão corretas

11) Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-
la, mas em razão dela, vantagem indevida, constitui:
A) peculato
B) prevaricação
C) concussão
D) exploração de prestígio
E) excesso de exação

12) A solicitação de vantagem indevida, por escrevente de ofício judicial, para influir no andamento do
processo, constitui crime de:
A) corrupção passiva
B) usurpação de função pública
C) condescendência criminosa
D) exploração de prestígio
E) nenhuma das anteriores

13) Após receber um mandado para intimação de Paulo, o oficial de justiça Marcos, cansado que está,
certifica que cumpriu a diligência noticiada, devolvendo o mandado em cartório. Cometeu algum crime?
Qual?
A) peculato
B) certidão ou atestado ideologicamente falso
C) falsidade material de atestado
D) n.d.a.

14) Logo após receber importância que indevidamente lhe foi entregue pela parte interessada em um
processo da execução, o Escrivão do Cartório Judicial apropria-se desta em proveito próprio. Cometeu
algum crime? Qual?
A) Não, uma vez que a importância lhe foi entregue indevidamente
B) Sim, peculato
C) Sim, peculato culposo
D) n.d.a.

57
Apostilas OBJETIVA – Concursos Públicos - Brasil

15) Para a prática de um ato funcional regular, o funcionário público solicita certa importância do
interessado. Havendo recusa no pagamento, salienta o funcionário que se a importância não for paga o
ato não será praticado. Comete algum crime? Qual?
A) concussão
B) excesso de exação
C) corrupção passiva
D) n.d.a.

16) João é Diretor de Serviço, funcionário público que é. Tem conhecimento que seu subordinado cometeu
falta grave, porém, por seu pai de família responsável, isto é, o subordinado, deixa o Diretor de comunicar
o fato ao superior hierárquico. Cometeu algum crime? Qual?
A) Não, uma vez que foi a primeira vez e o funcionário é excelente pessoa, podendo, no caso, não sofrer nenhuma
reprimenda
B) Sim, prevaricação
C) Sim, condescendência criminosa
D) n.d.a.

17) Antes mesmo de tomar posse, mas já nomeado para o cargo, o Oficial de Justiça, a pedido de um
amigo, faz uma diligência para intimação de uma pessoa interessada em um processo. Comete algum
crime? Qual?
A) sim, exercício funcional ilegalmente antecipado
B) não, pois já havia sido nomeado e tal nomeação lhe habilita para fazer a diligência
C) sim, desobediência
D) n.d.a.

18) O Servidos Público que patrocina diretamente interesse privado perante a administração pública,
valendo-se de sua qualidade:
A) não pratica nenhum crime uma vez que é seu dever zelar pelos interesses alheios
B) corrupção ativa
C) advocacia administrativa
D) concussão

19) O funcionário público que se apropria de dinheiro, valor ou outro bem móvel, público ou particular, de
que tem a posse em razão do cargo, ou o desvia, em proveito próprio ou alheio, comete o delito de:
A) prevaricação
B) corrupção passiva
C) concussão
D) peculato

20) O funcionário que retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou o pratica contra
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal, comete o crime de:
A) prevaricação
B) condescendência criminosa
C) excesso de exação
D) falsidade ideológica

21) O funcionário que exige, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou
antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, comete o delito de:
A) prevaricação
B) corrupção passiva
C) concussão
D) peculato

22) O funcionário que omitir, em documento público ou particular, declaração que ele devia constar ou nele
inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito,
criar obrigação ou alterando a verdade sobre fato juridicamente relevante, comete o delito de:

58
Apostilas OBJETIVA – Concursos Públicos - Brasil

A) peculato
B) falsidade ideológica
C) prevaricação
D) excesso de exação

23) Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou
particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio, configura
crime de:
A) exploração de prestígio
B) concussão
C) peculato
D) corrupção ativa
E) corrupção passiva

24) Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente ainda que fora da função ou antes
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem, configura crime
de:
A) exploração de prestígio
B) concussão
C) peculato
D) corrupção ativa
E) corrupção passiva

25) Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público determiná-lo a praticar, omitir ou
retardar ato de ofício, configura crime de:
A) exploração de prestígio
B) concussão
C) peculato
D) corrupção ativa
E) corrupção passiva

26) Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do
Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha, configura crime de:
A) exploração de prestígio
B) concussão
C) peculato
D) corrupção ativa
E) corrupção passiva

27) Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-
la, mas em razão dela, vantagem indevida, configura crime de:
A) exploração de prestígio
B) concussão
C) peculato
D) corrupção ativa
E) corrupção passiva

28) Um funcionário público apropria-se, em proveito próprio, de dinheiro público de que tem a posse em
razão de seu cargo. Em tese ocorreu crime de:
A) corrupção ativa
B) peculato
C) concussão
D) corrupção passiva

29) Em razão de seu cargo, um funcionário público exige, para outrem, vantagem indevida. Em princípio
ocorreu crime de:

59
Apostilas OBJETIVA – Concursos Públicos - Brasil

A) condescendência criminosa
B) excesso de exação
C) concussão
D) advocacia administrativa

30) Para satisfazer interesse pessoal, um oficial de justiça retarda ato de seu ofício. Em princípio ele
cometeu:
A) excesso de exação
B) exploração de prestígio
C) prevaricação
D) condescendência criminosa

31) Um funcionário público revela ato de que tem conhecimento em razão de seu cargo e que deve
permanecer em segredo. Em tese praticou crime de:
A) violação de sigilo profissional
B) advocacia administrativa
C) violação de sigilo de proposta de concorrência
D) exploração de prestígio

32) Alguém oferece, a um funcionário público, vantagem indevida para que ele pratique ato de sua
atribuição. Em princípio aquela pessoa praticou crime de:
A) concussão
B) advocacia administrativa
C) corrupção passiva
D) corrupção ativa

33) Sem emprego de violência ou ameaça, alguém se opõe a execução de ato legal praticado por
funcionário público. Em tese ocorreu crime de:
A) desobediência
B) resistência
C) desacato
D) violência arbitrária

34) Ao proceder busca e apreensão devidamente autorizada pela autorização judiciária, um oficial de
justiça é impedido de executá-la, já que é ameaçado de morte pelo sujeito passivo da diligência. Em tese
ocorreu crime de:
A) violência arbitrária
B) desobediência
C) desacato
D) resistência

35) Receber custas do réu ou requerido não é função do oficial de justiça. Caso receba e aproprie-se do
valor, qual o delito que pratica:
A) delito de peculato
B) delito de peculato por erro de outrem
C) delito de furto
D) delito de estelionato
E) n.d.a.

36) O oficial de justiça que, inveridicamente, dá como citada a mulher do executado, certificando
falsamente, em que pese ser desnecessária a sua citação, pratica o crime de:
A) falsidade ideológica
B) atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública
C) não pratica crime, pois era desnecessária a citação
D) d e b
E) n.d.a.

60
Apostilas OBJETIVA – Concursos Públicos - Brasil

37) O oficial de justiça que, de posse de um mandado de prisão, depara-se com o procurado, e por ser seu
amigo, manda-o fugir, pratica qual crime?
A) não pratica crime nenhum, pois sua conduta não feriu a lei
B) pratica o crime de prevaricação
C) pratica o crime de corrupção passiva ao favorecer o amigo
D) amigo que aceitou a ajuda pratica o crime de desobediência, e o oficial de justiça, de prevaricação
E) n.d.a.

38) O oficial de justiça, depois de nomeado para a função, mas ainda não em exercício, apanha vários
mandados de citação e começa a trabalhar, pratica:
A) crime de exercício ilegal antecipado
B) não pratica nenhum crime, pois trabalhar não é crime
C) crime de desobediência, pois ainda não estava autorizado
D) crime de exercício arbitrário das próprias razoes
E) n.d.a.

39) Prevaricação é:
A) retardar ato indevidamente ou praticá-lo contra disposição expressa em lei, para satisfazer interesse ou
sentimento pessoal
B) deixar de praticar ato, ou praticá-lo contra disposição expressa em lei, para satisfazer interesse ou sentimento
pessoal
C) exigir para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes de assumi-la, mas em
razão dela, vantagem indevida
D) A e B estão corretas

40) O escrevente que revelar à parte fato que deveria permanecer em segredo, pratica crime contra:
A) a administração da justiça
B) a fé pública
C) incolumidade pública
D) a administração pública

41) Se um escrevente certificar falsamente fato que habilite alguém a obter qualquer vantagem, comete
crime contra:
A) a fé pública
B) a honra pública
C) a administração pública
D) a administração da justiça
E) n.d.a.

42) Se um oficial de justiça praticar a violência a pretexto de cumprir um mandado judicial, comete um
crime contra:
A) a paz pública
B) a saúde pública
C) a administração da justiça
D) a administração pública

43) Um escrevente solicitou a um acusado, vantagem indevida para o promotor retardar o andamento de
seu processo até a prescrição. O que ocorreu neste caso?
A) corrupção ativa
B) corrupção passiva
C) exploração de prestígio
D) prevaricação

44) Assinale, caso exista, a alternativa que corresponda ao crime de prevaricação.


A) retardar ou deixar de praticar ato de ofício, com infração do dever funcional, para satisfazer interesse de outrem

61
Apostilas OBJETIVA – Concursos Públicos - Brasil

B) retardar ou deixar de praticar ato de ofício, em consequência de vantagem ou promessa de vantagem, para
satisfazer sentimento de outrem
C) retardar ou deixar de praticar ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa em lei, cedendo a pedido
ou influência de outrem, para satisfazer interesse ou sentimento alheio
D) retardar ou deixar de praticar ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa em lei, para satisfazer
interesse ou sentimento alheio
E) n.d.a.

45) A falsidade ideológica ocorre quando:


A) é falsificado o documento
B) é falsificada parte do documento
C) é inserida declaração falsa no documento
D) é inserida declaração inteligível no documento

46) Omitir, em documento público ou particular, com o fim de prejudicar direito, declaração falsa, constitui
crime de:
A) falsidade ideológica
B) falsidade de documento
C) crime contra a administração da justiça
D) contravenção penal

47) O delito de peculato configura-se somente quando é praticado:


A) por particular
B) por funcionário público
C) por estrangeiro
D) por criminoso reincidente

48) a corrupção passiva, cuja pena varia de um a oito anos de reclusão, configura-se quando o funcionário
público:
A) solicita, recebe ou aceita promessa de vantagem indevida
B) exige vantagem indevida
C) exerce coação para obtenção da vantagem indevida
D) as alternativas b e c estão corretas

49) Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, constitui:


A) crime de prevaricação, se para satisfazer interesse ou sentimento pessoal
B) crime de condescendência criminosa
C) crime de prevaricação, punível somente quando culposo, e praticado para satisfazer interesse ou sentimento
pessoal
D) crime de advocacia administrativa

50) O funcionário público que pratica a violência, no exercício da função, ou a pretexto de exercê-la, estará
sujeito às penas:
A) previstas para a violência arbitrária, somente
B) previstas para prevaricação e violência arbitrária
C) previstas para prevaricação e violência arbitrária
D) previstas para a violência arbitrária e a correspondente violência

51) Para efeitos penais, considera-se funcionário público:


A) somente quem exerce função pública remunerada
B) somente quem exerce cargo público remunerado
C) quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública
D) somente quem exerce cargo público estável

52) O crime de resistência configura-se:


A) quando o particular se opõe, de qualquer forma, à execução do ato legal

62
Apostilas OBJETIVA – Concursos Públicos - Brasil

B) quando o particular se opõe à execução legal, mediante violência ou grave ameaça a funcionário competente
para executá-lo.
C) quando o particular impede a execução do ato do funcionário competente para executá-lo, mediante fraude
D) quando o particular impede a execução do ato do funcionário competente para executá-lo, mediante
informações falsas
E) n.d.a.

53) A retratação, no crime de falsa perícia:


A) torna impunível o fato, se ocorre antes da sentença
B) torna impunível o fato, se ocorre depois da sentença
C) torna impunível o fato, se ocorre antes do interrogatório
D) torna impunível o fato, se ocorre depois do interrogatório
E) n.d.a.

54) Quando é oferecida vantagem indevida a funcionário público, que retarde ato de ofício:
A) o crime de corrupção ativa somente se configura quando a vantagem é aceita
B) o crime de corrupção ativa se configura com o simples oferecimento
C) o crime de corrupção ativa somente se configura se a vantagem é concedida antes do retardamento do ato
D) inexiste o crime de corrupção ativa quando a vantagem é concedida após o retardamento do ato

55) Solicitar ou receber dinheiro, a pretexto de influir em juiz, jurado ou promotor de justiça, constitui crime
de:
A) corrupção
B) concussão
C) c) exploração de prestígio
D) usurpação de função pública

56) O funcionário que, valendo-se de sua função, patrocina, direta ou indiretamente, interesse privado
perante a administração, pratica crime de:
A) Exploração de prestígio
B) Tráfico de influência
C) Advocacia administrativa
D) Fraude

57) No crime de falsidade ideológica, se o agente é funcionário público, e comete o delito prevalecendo-se
do cargo, a pena é aumentada de:
A) um quarto
B) um terço
C) um sexto

58) Quem falsifica no todo uma certidão está sujeito à pena mínima de:
A) reclusão de um ano
B) detenção de um ano
C) detenção de três meses

59) Quem é o sujeito passivo do crime de tráfico de influência (exploração de prestígio)?


A) qualquer pessoa
B) o juiz
C) o estado
D) n.d.a.

60) O crime de falso testemunho é capitulado como:


A) crime contra os costumes
B) crime contra o patrimônio
C) crime contra a administração da justiça
D) n.d.a.

63
Apostilas OBJETIVA – Concursos Públicos - Brasil

61) Qual o tipo de ação penal para o crime de subtração ou inutilização de livro ou documento.
A) ação penal pública condicionada
B) ação penal pública incondicionada
C) ação penal pública privada

62) Quem oferece ou promete vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir
ou retardar ato de ofício, comete o crime de:
A) corrupção passiva
B) sonegação
C) corrupção ativa
D) n.d.a.

63) O que qualifica o crime de falsidade material de atestado ou certidão?


A) o repouso noturno
B) o uso da arma?
C) o fim de lucro
D) n.d.a.

64) Quem é o sujeito ativo do crime de peculato?


A) só o funcionário público
B) só o estado
C) só o oficial de justiça
D) n.d.a.

65) Entre os crimes contra a administração pública encontra-se o crime de:


A) estelionato
B) advocacia administrativa
C) homicídio
D) n.d.a.

66) O recebimento de dinheiro ou qualquer outra utilidade a pretexto de influir em juiz, jurado, membro do
Ministério Público ou funcionário da justiça representa:
A) estelionato
B) falsidade
C) exploração de prestígio
D) n.d.a.

67) O Beltrano, logo depois que assumiu o cargo de escrevente judiciário, passou a exigir do Manoel da
"venda" que lhe desse, de graça, um saco de arroz por mês, em razão de sua nova condição de autoridade.
Agindo assim, ele pratica:
A) exploração da ignorância alheia
B) concussão
C) exploração de prestígio
D) n.d.a.

68) O oficial de justiça Fulano, após apreender um lote de relógios, por força de mandado judicial,
aproveita-se da grande quantidade de mercadorias para apossar-se de um deles, pretendendo dá-lo à
noiva, assim agindo antes de entregar o material ao depositário judicialmente nomeado. Ele pratica:
A) peculato
B) furto
C) roubo
D) n.d.a.

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69) Indignado com o advogado Sicrano, que representou ao juiz contra atraso no cumprimento no
mandado, o oficial Fulano atrasa ainda mais a diligência, agora precisamente para desforrar-se do
causídico. Ele comete:
A) exercício arbitrário das próprias razões
B) prevaricação
C) mera irregularidade administrativa
D) n.d.a.

70) Indignado com o comportamento do citando, que é acusado de violência sexual contra o próprio filho,
recusando-se agora a receber a contrafé, o oficial Beltrano perdeu o controle dos nervos, e espancou-o A
vítima apresenta notícia do fato ao delegado de polícia, o qual indiciará o oficial de justiça como suspeito
de:
A) tentativa de homicídio
B) vias de fato
C) violência arbitrária
D) n.d.a.

71) O exercício da função pública, na pendência de suspensão disciplinar, de que já foi intimado o
funcionário, representa:
A) demonstração de apego ao serviço público
B) delito de exercício funcional ilegalmente antecipado
C) mera irregularidade administrativa
D) n.d.a.

72) O oficial Beltrano, em diligência determinada pelo juízo para apurar regular funcionamento de entidade
filantrópica destinada a obter vantagem fiscal, certificou falsamente esse funcionamento. Ele incidiu:
A) em delito de estelionato
B) em falsidade ideológica
C) em certidão ou atestado ideologicamente falso
D) n.d.a.

73) Beltrano, encarregado de levar ao delegado de polícia documento apreendido nos autos, para ser
submetido à perícia, destruiu o documento, pois percebeu que este incriminava um conhecido. Sua
conduta:
A) tipifica o delito de inutilização de livro ou documento
B) constitui ato atentatório à dignidade da justiça
C) representa mera irregularidade administrativa
D) n.d.a.

74) No crime de peculato culposo, a reparação do dano posterior à sentença irrecorrível:


A) reduz da metade a pena imposta
B) extingue a punibilidade
C) é irrelevante, pois a sentença já transitou em julgado
D) reduz de um terço a pena imposta

75) Policial, guarda de trânsito, que subtrai valores de veículo estacionado irregularmente, valendo-se das
facilidades que o cargo lhe proporciona, comete crime de:
A) corrupção ativa
B) peculato
C) corrupção passiva
D) n.d.a.

76) O serventuário da justiça que retarda a citação do réu em ação de execução, a pedido deste, pratica
crime de:
A) exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado
B) condescendência criminosa

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Apostilas OBJETIVA – Concursos Públicos - Brasil

C) prevaricação
D) advocacia administrativa

77) Aquele que, em razão de sua função pública, exige ilícita vantagem patrimonial em favor de terceira
pessoa (não funcionário público), comete crime de:
A) corrupção ativa
B) extorsão
C) peculato
D) concussão

78) Funcionário público municipal que tinha sob sua guarda bens da municipalidade, acaba esquecendo,
não intencionalmente, mas por negligência, abertas as portas do local onde estavam os bens. Durante a
noite, aqueles objetos são subtraídos. Esse funcionário será responsabilizado por crime de:
A) peculato mediante erro de outrem
B) peculato-furto
C) peculato culposo
D) o fato é atípico penalmente

79) Assinale a alternativa falsa:


A) o delito de resistência prescinde, para que se o possa considerar como consumado, que o ato não se execute
B) a testemunha que comparece em audiência e, perante o juiz, se nega a depor comete o crime de desobediência
C) o funcionário público que, em razão de suas funções, simplesmente recebe promessa de vantagem indevida,
sem, contudo, recebê-la, comete o crime de corrupção passiva, na sua forma consumada
D) o crime de exploração de prestígio, quer quando atinja a administração em geral, quer quando atinja a
administração da justiça, tanto pode ser praticado por um funcionário público, quanto pode sê-lo por um particular

80) A conduta de inserir falsa declaração num documento público configura delito de:
A) falsidade ideológica
B) falsidade material
C) estelionato
D) corrupção passiva

81) Assinale a alternativa correta, de acordo com o Código Penal:


A) O diretor de penitenciaria e/ou agente público que deixar de cumprir seu dever de vedar ao preso acesso a
aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita comunicação com outros presos ou com o ambiente externo
comete o crime de condescendência criminosa.
B) Considera-se funcionário público, para os feitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração,
exerce cargo, emprego ou função pública.
C) Não se considera crime, mas mera infração administrativa, a conduta do funcionário Público que entre no
exercício da função pública antes de satisfeitas as exigências legais.
D) Constitui difamação punível o conceito desfavorável emitido por funcionário Público, em apreciação ou
informação que preste no cumprimento do dever de ofício.

82) Assinale a alternativa correta, de acordo com o Código Penal:


A) Apenas comete o crime de violação de sigilo funcional aquele que revela fato de que tem ciência em razão do
cargo e que deveria permanecer em segredo. Já a facilitação da revelação desta informação sigilosa não constitui
crime.
B) Constitui crime de desacato a conduta do agente que desobedece a ordem legal de funcionário público.
C) Nos crimes de contrabando ou descaminho, equipara-se às atividades comerciais qualquer forma de comércio
irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercício em residências.
D) Não pratica crime o funcionário público que, na cobrança de tributo devido pelo contribuinte, utiliza-se de meio
vexatório não autorizado por lei. Nestes casos pratica ato administrativo ilegal.

83) Aquele que solicita ou recebe dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado,
órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha comete o
crime de:

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A) advocacia administrativa
B) corrupção passiva
C) tráfico de influência
D) exploração de prestígio

84) Com relação aos crimes relacionados à falsidade documental, pode-se afirmar que:
I. é criminosa a conduta daquele que exibe, voluntariamente, à polícia, carteira de motorista que sabe ser falsa;
II. o médico, não funcionário público, que emite atestado falso, pratica crime específico chamado de falsidade de
atestado médico;
III. o crime de falsidade ideológica prevê uma causa de aumento de pena na hipótese de o agente ser funcionário
público e cometer o crime prevalecendo-se do cargo.
Está correto o contido em:
A) I, somente.
B) I e II, somente.
C) I e III, somente.
D) II e III, somente.
E) I, II e III.

85) O crime de falsificação de selo ou sinal público consiste,


A) tão somente na alteração do documento.
B) tão somente da adulteração do documento.
C) tão somente na fabricação do documento.
D) na fabricação ou alteração do documento.
E) tão somente na criação do documento.

86) O crime de peculato,


A) pode ser praticado por qualquer pessoa, ainda que sem a participação do funcionário público.
B) prevê a modalidade culposa.
C) não prevê a modalidade culposa.
D) é punido com pena de detenção de 3 (três) a 10 (dez) anos.
E) é punido exclusivamente com pena de multa, que varia de acordo com o salário do funcionário público.

87) Assinale a única alternativa que não apresenta necessariamente exemplos de funcionário público para
fins penais.
A) vereador e carteiro.
B) perito judicial e juiz de direito.
C) delegado de polícia e jurado do tribunal do júri.
D) prefeito municipal e carcereiro.
E) defensor dativo e professor.

88) Examine as afirmações sobre o crime de tráfico de influência.


I. Ocorre se o agente solicita para si ou para outrem vantagem a pretexto de influir em ato praticado por funcionário
público no exercício da função.
II. É praticado, ainda que sem intenção, e de forma imprudente, se o agente exige para si ou para outrem vantagem
a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.
III. Tem a sua pena aumentada se o agente alega que a vantagem solicitada é também destinada ao funcionário
público que se deixará influenciar.
Está correto o contido em:
A) I, somente.
B) I e II, somente.
C) I e III, somente.
D) II e III, somente.
E) I, II e III.

89) “X” mãe de “Z”, ao descobrir que o filho praticou o furto de um veículo, dirige-se à delegacia de polícia
e se apresenta como a autora do delito. Em tese, “X” praticou o crime de:

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A) condescendência criminosa.
B) falso testemunho.
C) autoacusação falsa.
D) denunciação caluniosa.
E) prevaricação.

90) Em relação aos crimes contra a administração pública, é correto afirmar que:
A) no crime de resistência, o dolo é a vontade de se opor à execução do ato, mediante violência ou ameaça, mas
é dispensável que o agente tenha consciência de que está resistindo a ato legal do funcionário, sendo que o erro
quanto à legalidade do ato, ainda que culposo, não exclui o dolo.
B) no peculato o sujeito ativo é o funcionário público, como também o particular que não se reveste dessa
qualidade e que concorre para o crime, conhecendo ou não a condição do agente.
C) na concussão, o agente solicita ou recebe, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida ou aceita promessa de tal vantagem
D) para os efeitos penais, equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade
paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de
atividade típica da Administração Pública.
E) para a caracterização do crime de desacato é irrelevante que o fato ocorra na presença do funcionário público,
configurando o ilícito ainda quando a ofensa lhe é dirigida em documento, por telefone, por e-mail ou outro meio.

91) No crime contra as finanças públicas, havendo concurso de pessoas, o não funcionário público,
participe, pode ser enquadrado como coautor desde que:
A) haja o dolo genérico.
B) seja conhecedor da qualidade de funcionário público do autor.
C) seja evidenciada sua vontade livre e consciente.
D) obtenha alguma vantagem.
E) as circunstâncias e as condições de caráter pessoal não forem comunicadas.

92) O Oficial de Justiça Mévio, para cumprir uma diligência determinada pelo Juiz, resolveu usar serviço
particular de transporte, gastando a quantia de R$ 100,00 (cem reais) de seu próprio dinheiro. Como a
diligência atendia a pedido da empresa “X Importadoras de Vinhos Ltda.”, parte autora do processo,
resolveu solicitar a ela reembolso, apresentando o comprovante da despesa pessoal. A empresa, então,
propõe o ressarcimento em produto objeto de sua atividade, entregando-lhe um vinho francês raríssimo,
cujo valor era bem superior ao gasto pelo servidor público. A esse respeito, é correto afirmar que Mévio,
A) praticou o crime de corrupção passiva, ao solicitar o reembolso, independentemente de ter recebido o vinho.
B) cometeu o crime de excesso de exação, pois deveria ter solicitado reembolso ao Estado.
C) cometeu apenas irregularidade administrativa, ao solicitar o reembolso, pois não pedia qualquer vantagem,
sendo ilícita criminalmente a conduta de ter recebido o vinho.
D) cometeu o crime de concussão, ao solicitar o reembolso, consumado quando recebeu o vinho.
E) cometeu o crime de corrupção passiva, ao solicitar o reembolso, sendo o recebimento do vinho mero
exaurimento do delito.

93) Qual crime pratica o oficial de justiça que, em razão da sua função, solicita vantagem indevida para
não cumprir ou retardar o cumprimento de mandado de reintegração de posse?
A) Corrupção ativa
B) Condescendência criminosa
C) Favorecimento pessoal
D) Corrupção passiva

94) Dentre as alternativas abaixo, assinale a que contém um típico crime praticado contra a “Administração
da Justiça”:
A) Tráfico de influência
B) Desacato
C) Prevaricação
D) Exploração de prestígio

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Apostilas OBJETIVA – Concursos Públicos - Brasil

95) Assinale a alternativa que apresenta o bem jurídico tutelado no crime de apropriação indébita.
A) fé pública.
B) segurança jurídica.
C) administração pública.
D) patrimônio.
E) patrimônio público.

96) São crimes contra a administração pública:


A) falsidade ideológica e concussão.
B) falsidade material e corrupção passiva.
C) apropriação indébita e peculato.
D) concussão e supressão de documentos.
E) peculato e corrupção passiva.

97) Ocorre o crime de denunciação caluniosa quando o sujeito ativo:


A) provoca a instauração de procedimento contravencional.
B) se acusa, perante a autoridade, de crime inexistente.
C) solicita à polícia que apure determinado delito.
D) comunica à polícia que foi vítima de crime.
E) Dá Causa À Instauração De Investigação Administrativa Contra Alguém, Imputando-Lhe Crime De Que O sabe
inocente.

98) Dos crimes praticados por funcionário público contra a Administração em geral, o que se tipifica como
crime de concussão é aquele que consiste em,
A) revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a
revelação.
B) patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Administração Pública, valendo-se da qualidade
de funcionário.
C) exigir para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas
em razão dela, vantagem indevida.
D) retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício ou praticá-lo contra disposição expressa de lei,
para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
E) solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

99) Beltrano, encarregado de levar ao delegado de polícia documento apreendido nos autos, para ser
submetido à perícia, destruiu o documento, pois percebeu que este incriminava um conhecido. Sua
conduta:
A) tipifica o delito de inutilização de livro ou documento
B) constitui ato atentatório à dignidade da justiça
C) representa mera irregularidade administrativa
D) n.d.a.

100) O oficial Beltrano, em diligência determinada pelo juízo para apurar regular funcionamento de entidade
filantrópica destinada a obter vantagem fiscal, certificou falsamente esse funcionamento. Ele incidiu:
A) em delito de estelionato
B) em falsidade ideológica
C) em certidão ou atestado ideologicamente falso
D) n.d.a.

Gabarito

01- C 02- B 03- D 04 - D 05 - E 06 - C 07 - C 08 - E 09 - A 10 - C


11- C 12 - A 13 - B 14 - D 15 - A 16- C 17 - A 18 - C 19 - D 20 - A
21- C 22 - B 23 - C 24 - E 25 - D 26- A 27 - B 28 - B 29 - C 30 - C

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Apostilas OBJETIVA – Concursos Públicos - Brasil

31- A 32 - D 33 - A 34 - D 35 - B 36- B 37 - B 38 - A 39- D 40 - D


41- A 42 - D 43 - C 44 - E 45 - C 46- A 47 - B 48 - A 49 - A 50 - D
51- C 52 - B 53 - A 54 - B 55 - C 56- C 57 - C 58 - C 59 - C 60 - C
61- B 62 - C 63 - C 64 - A 65 - B 66- C 67 - B 68 - A 69 - B 70 - C
71- B 72 - C 73 - A 74 - A 75 - B 76- C 77 - D 78 - C 79 - B 80 - A
81- B 82- C 83- D 84- E 85- D 86- B 87- E 88- C 89- C 90- D
91- B 92- C 93- D 94- D 95- D 96- E 97- E 98- C 99- A 100- C

FIM

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