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Quando o Ré Soa Como Dó

por: Ministério Luzes da Alvorada

A música é algo muito interessante, porém, tem suas complexidades. Lembro-me de uma
pessoa que conheci, que estava começando a estudar trompete. Ele estava estudando à
sua própria maneira. Embora houvessem bons resultados, lembro-me de que, vez ou
outra, acabava discutindo com alguns amigos por causa das notas musicais do
trompete.

O fato é que o trompete não tem a mesma afinação de outros instrumentos, como o
piano. Quando tocamos uma nota dó no trompete, para termos o som correspondente,
teremos que tocar o si bemol no piano. Não, não é defeito de fabricação. O trompete
é assim mesmo. Sua afinação é um tom abaixo do piano, do violino, da flauta e da
maioria dos demais instrumentos. Existem outros instrumentos com outras afinações
ainda, ou seja, cujas notas estão em altura diferente em relação ao piano.

Aquele amigo havia formulado sua própria teoria para o instrumento: ele chamava dó
ao ré do trompete, ré ao mi, e assim por diante. E não adiantava outra pessoa dizer
que o dó era dó, mas o som era diferente, que ele logo começava a apresentar sua
“tese” musical. Felizmente, o som que saía do instrumento, quando ele estava
tocando, era bonito.

De fato, a própria partitura, ou a música escrita, para trompete é diferente de


outra, equivalente, escrita para violino, por exemplo. Para que um trompete e um
violino possam tocar em uníssono, ou seja, obtendo sons semelhantes, é preciso
partituras diferentes. Embora estranho, à primeira vista, é assim que o trompete
funciona. Se eles tocassem com a mesma partitura, o trompete estaria fora de tom;
sairia tudo errado.

A Bíblia também fala de uma trombeta tocando fora de tom: “Ora, até as coisas
inanimadas, que emitem som, seja flauta, seja cítara, se não formarem sons
distintos, como se conhecerá o que se toca na flauta ou na cítara? Porque, se a
trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha?” I Coríntios 14: 7 e
8. O texto prossegue: “Assim também vós, se com a língua não pronunciardes palavras
bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? porque estareis como que falando
ao ar. Que fazer, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o
entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.”
Versos 9 e 15. Aqui existe uma lição a ser aprendida: Seja falando, cantando,
tocando instrumentos musicais ou fazendo qualquer outra coisa, se não o fizermos
com o entendimento poderemos obtiver resultados indesejáveis e sermos como uma
trombeta tocando fora de tom.

Falando a respeito das apresentações musicais que temos na igreja, não podemos
negar que algumas delas podem chegam a ser tão lastimáveis ao ponto de podermos
compará-las, não a uma trombeta, mas a um berrante de vaqueiro fora de tom.

Para chegarmos a tal desastre, no entanto, não dependemos apenas de má qualidade


musical. Muitos fatores podem contribuir para que o resultado seja desagradável aos
olhos e ouvidos de adoradores sinceros e abominável ao nosso Pai do Céu.

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