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Acadêmicos: Thomaz Augusto Terence Martins

Lucas Henrique Aguiar


Jhony Alexander Dias de Paula
Rômulo Souto Lucas
Vinicio Ruas Fonseca

Tecnologia da Usinagem

APA II – Torneamento e Cavaco

FACULDADES INTEGRADAS PITÁGORAS

Montes Claros MG

Setembro 2016

6º Período de Engenharia Mecânica noturno


Acadêmicos: Thomaz Augusto Terence Martins

Lucas Henrique Aguiar


Jhony Alexander Dias de Paula
Rômulo Souto Lucas
Vinicio Ruas Fonseca

Tecnologia da Usinagem

APA II – Torneamento e Cavaco


Trabalho apresentado como
requisito obrigatório da
disciplina estudada: Tecnologia
da Usinagem, orientada pelo
tutor Bruno Maia.

FACULDADES INTEGRADAS PITÁGORAS

Montes Claros MG

Setembro 2016
1-OBJETIVOS

1.1 OBJETIVO GERAL

Tornear o material especificado pelo tutor, juntamente com a ferramenta


especificada pelo mesmo, modificando a Velocidade de corte(Vc) e o Avanço(fn)
para constatar mudanças no cavaco.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Usinar em material 1045 / 35


 Usar a ferramenta de corte em bits TNMG 160408PM
 Alterar a Vc, modificado pelo torno em RPM
 Alterar o avanço(fn)
 Verificar as tensões nominais e ativas de trabalho
 Relacionar tudo acima com o cavaco final.
2-JUSTIFICATIVA

Para aumentar o entendimento e o saber teórico e prático dos alunos do


6º período de engenharia mecânica, Foi instituído pela instituição de ensino a
aula prática de usinagem de uma peça, para ter um feeling sobre como usar as
disciplinas usadas no bacharelado em prática.

Este projeto foi inicialmente pensado e formulado pelo nosso tutor e


coordenador Bruno, da matéria Tecnologia da Usinagem, que já trabalhou na
área, com o intuito de nos capacitar realmente como profissionais engenheiros
formados. A importância deste passo em um profissional em graduação é
extrema, pois além de ser otimizado a questão do trabalho em grupo e aprimorar
a prática no quesito de materiais e prática, ao final do período teremos uma
experiência considerável na área, resultante deste artigo afim de colocarmos em
prática as matérias estudadas em sala de aula, especificadamente a tecnologia
da usinagem, onde é o foco deste trabalho.
3.CRONOGRAMA

 Escolher a ferramenta e peça a ser usinada > 15/09


 Cálculos de PC, VC e Fn > 15/09
 Aula Prática > 17/09
 Entrega do Relatório > 26/09
4. PERGUNTAS NORTEADORAS

 Quais foram os tipos de cavacos adquiridos?


 O que mudou com a mudança de RPM?
 O que mudou com o avanço de Fn?
 Como ficou a rugosidade da peça?
5.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Usinagem é um dos processos de fabricação mais empregados na indústria e
também um dos mais caros. Os diferentes tipos de operações de usinagem permitem
obter produtos nas mais variadas geometrias, quantidades, precisões ou aplicações.
Estes fatos sinalizam para a importância das pesquisas científicas sobre esse processo
de fabricação, uma vez que causa grande impacto econômico no sistema produtivo. A
fabricação nos países industrializados compreende um terço do produto interno bruto.
A usinagem, especificamente, emprega milhares de pessoas e transforma em cavaco
cerca de 10% de toda produção de metais.

Dentre o rol de processos de usinagem, o torneamento é seguramente um dos


mais utilizados, especialmente quando se deseja fabricar peças cilíndricas ou de
revolução. Tais peças são obtidas por meio da retirada de material do corpo a ser
usinado recorrendo a uma ferramenta monocortante de geometria definida. O material
removido da peça durante a usinagem é denominado cavaco.

Os cavacos formados em processos de usinagem podem ser classificados


segundo três tipos: contínuo, de cisalhamento e de ruptura. O primeiro se caracteriza
por lamelas justapostas em uma disposição contínua e agrupada. O segundo tipo
apresenta a mesma configuração, porém as lamelas são mais definidas e estão
parcialmente soldadas ao longo do cavaco. Já o terceiro tipo tem como característica
principal a ruptura completa dos segmentos lamelares. Os cavacos também podem ser
diferenciados quanto à sua forma, que podem ser em fita, helicoidal, espiral e em lascas
ou pedaços. Estas formas são ilustradas na figura abaixo.

Formas de cavacos: (a) fita, (b) helicoidal, (c) espiral e (d) em lascas.

O cavaco pode ser um elemento de pesquisa em usinagem extremamente


importante, apesar de não parecer e da maioria dos profissionais que lidam com
fabricação, sobretudo nas empresas, subestimarem ou descartarem tal fato. Via de
regra na indústria o cavaco passa a ser o foco principal somente quando interfere
negativamente no produto final, riscando-o na própria máquina-ferramenta pelo volume
excessivo durante a usinagem ou se causar dificuldade no armazenamento ou descarte.
É claro que o principal resultado a ser alcançado é o produto usinado e não o material
removido dele. Entretanto, o estudo do cavaco pode trazer informações relevantes ao
conhecimento do processo e, consequentemente, à sua otimização.
6.RESULTADOS FINAIS
O presente trabalho apresenta uma investigação do processo de formação de
cavaco no torneamento do aço ABNT 1045. O material do corpo-de-prova empregado
nos testes foi o aço ABNT 1045, com diâmetro inicial de 35mm. A peça foi fixada em
placa universal de três castanhas, com contra ponta na outra extremidade para
proporcionar maior estabilidade durante a usinagem. Os ensaios foram conduzidos a
seco em um torno universal. Empregou-se a ferramenta TNMG 160408-PM
4325(SANDVIK) de Ap=3.00mm; Fn=0.30mm; Vc=345m/min(padrão).

Porém, do dia da prática, convencionamos para o nosso torno, em nosso caso,


Ap de 1/6 do fabricante = 0,5mm; Fn de 0.325mm(quando reduzido pela metade,
0.164mm), e Vc de 138m/min(quando reduzido, para 83m/min),de RPMs respectivas
1225 e 755rpm’s.

Sabendo de todos os dados possíveis para prática, partimos para a mesma para
observarmos os cavacos e suas formas, assim como a rugosidade da peça, e as
tensões medidas.

Para o primeiro ensaio, calculamos a potência de corte com 138m/min e 100,75N


de força de corte(ks de 620Mpa x 0,5mm de Ap x 0,325mm de Fn), resultante de
0,231725kW. Medidos durante a usinagem, corrente nominal de 3,16v e ativa de 4,6v.
Imagem demonstrativa do cavaco e rugosidade da peça obtido do ensaio 1.

Nota-se que a rugosidade da peça é relativamente baixa, e o cavaco é de tipo


contínuo e forma helicoidal, porém não muito grande, caracterizado pela velocidade, e
avanço altos. Nota-se também que a coloração dos cavacos, tem cores de azuis e
cobre, demonstrando que a temperatura de corte é relativamente alta, pois a Vc é de
138m/min.

Partindo para o ensaio 2, modificamos a velocidade do corte(Vc) para 83min/mm


e mantemos a Fc em 100,75N, mantendo o avanço em 0.352mm. Ou seja, modificamos
apenas a Vc, sendo assim a potência de corte resultou em 0,139kW de tensões de corte
mais baixas de 2.8v nominal e 3.45v ativa

Imagem demonstrativa do cavaco e rugosidade da peça obtido do ensaio 2.

Nota-se que a rugosidade da peça aumentou consideravelmente em


relação ao primeiro ensaio, devido a diminuição da velocidade de corte para 83m/min;
Além disso a formação dos cavacos ficou mais uniforme, mesmo sendo contínuo e
helicoidal, porém de cor mais amarelada, devido a diminuição da velocidade, e ficaram
mais longos também.

Já no ensaio três, voltamos a velocidade de corte para 138m/min e


mudamos o avanço(fn) 0.164mm, resultando a Fc de 50,84N, reduzindo praticamente
pela metade a Força de Corte anterior. Resultando na potência de corte de 0,117kW,
de tensões 3.16v nominais e 4.16v ativa.

Imagem demonstrativa do cavaco e rugosidade da peça obtido do ensaio 3.

Conforme visto acima, a rugosidade da peça aumentou em relação ao ensaio 1,


onde neste, três, mantivemos a Vc e diminuímos a Fn. O cavaco por conta da alta Vc e
baixo avanço, ficou de coloração azul, indicada pela alta temperatura da velocidade de
corte, e ficou longo pelo avanço menor. Continuou helicoidal e contínuo, porém azul e
de tamanho maior em relação aos outros dois ensaios.
De conclusão, notamos as diferenças dos três cavacos obtidos acima,
constatando a diferença que a velocidade de corte e avanço impactam no resultado final
da rugosidade da peça. As medições de corrente foram importantes para acompanhar
o número de potência de corte, que influenciou justamente nos cavacos finais.
8.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DINIZ, A. E.; MARCONDES, F. C.; COPPINI, N. L. Tecnologia da Usinagem dos Materiais. 2. ed. São
Paulo: Artliber Editora Ltda, 2000. 244 p. MACHADO, Á. R.; SILVA, M. B. da. Usinagem dos
Metais. 4. ed. Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia, 1999. 224 p.

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