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O Poder dos Símbolos

projetoalquimia

O Poder dos Símbolos

(A verdade sobre a natureza codificada nos símbolos)


Símbolo
O Símbolo não é a energia!
O Símbolo representa a energia!
A energia está dentro de nós
É uma dádiva de Deus…
E cabe a cada um de nós
Usarmos dela com sabedoria.
O Símbolo demonstra
O acesso e utilização da energia
De forma velada e secreta.
Somente aos que tem a devida cautela
E vontade de conhecimento
Será-lhes revelado o mistério
Por trás dos Símbolos!
Projeto Alquimia

A Estrela de Davi
Vamos nos concentrar exclusivamente nos símbolos criados pelos homens sábios, cuja conexã o nos
leve a algum poder existente na natureza do mundo, na natureza humana ou no poder do divino.
Mas no entanto nã o devemos confundir isso com um estudo religioso, apesar de termos que
esbarrar por nele inevitavelmente. Devemos tratar este estudo sem preconceito de raças ou de
credos para que possamos extrair e entender o que nosso antepassado nos deixou como herança de
forma cifrada para que possamos desvendar o grande segredo por trás dos símbolos
Escolhi como ponto de partida “A Estrela de Davi”, por ser um signo de um povo forte e que seguiu
através dos tempos até a data de hoje
“A Estrela de Davi”, é um símbolo de com seis pontas, formando em seu interior um hexagrama
(figura geométrica com seis lados iguais e seis ângulos iguais), no entanto ela tem uma
particularidade, pois é formada por dois triângulos invertidos entrelaçados. Esta figura pode ser
encontrada na bandeira de Israel, Mezuzot (Mezuzá (do hebraico ‫מזוזה‬ “umbral”) é o nome de um mandamento da Torá que ordena
que seja afixado no umbral das portas um pequeno rolo de pergaminho (klaf) que contém as duas passagens da Torá que ordenam
este mandamento, Menorá (A Menorá (do hebraico ‫ – מנורה‬menorah – “lâmpada, candelabro”), um candelabro de sete braços, é um
dos principais e mais difundidos símbolos do Judaísmo. Originalmente era um objeto constituído de ouro batido, maciço e puro, feito
por Moisés para ser colocado dentro do Santo Lugar, Talit (O talit – ‫( ַטלִּית‬no hebraico moderno), talet – ‫( ַטלֵּית‬em sefaradi)
ou talis (em Iídiche) é um acessó rio religioso judaico em forma de um xale feito de seda, lã (mais caro e elegante que o de seda ou
linho), Kipot (kipásm (hebr) Espécie de solidéu, utilizado pelos judeus do sexo masculino, geralmente em ofícios religiosos).
Alguns estudiosos acreditam que as seis pontas simbolizam o controle de Deus sob o universo em todas as seis direçõ es: norte, sul,
leste, oeste, em cima e em baixo. Outra explicação seria a de que a estrela de seis pontas recebe forma e substância através de seu
centro. A parte interna representa a dimensã o espiritual, cercada pelas seis direçõ es universais (uma ideia semelhante se aplica ao
Shabat, o sétimo dia que dá equilíbrio e perspectiva ao seis dias de semana).
Na Cabalá, os dois triângulos representam as dicotomias inerentes ao homem: bom versus mal, espiritual versus físico, etc. Os dois
triângulos também representam a relação recíproca entre Deus e o povo judeu. O triângulo que aponta “para cima” simboliza nossas
boas açõ es que sobem para o céu, e então ativam um fluxo de bondade pelo mundo, simbolizado pelo triângulo que aponta para
baixo.
Uma terceira teoria, já mais prática, é que durante o período de rebelião de Bar Kochbá no primeiro século, onde este comandou seus
soldados em direçã o a Jerusalém, reconquistando a cidade de onde, com o título de Nassi, príncipe, proclama o restabelecimento da
independência do Estado Judeu. Moedas cunhadas na época (132) trazem símbolos religiosos judaicos e inscriçõ es como: “Segundo
ano da Liberdade de Israel”, Libertaçã o de Jerusalém”. Uma nova tecnologia estava sendo desenvolvida para os escudos utilizando a
estabilidade inerente ao triângulo. Atrás do escudo havia dois triângulos entrelaçados, formando um padrão hexagonal de ponto de
suporte.
Gêneses e a teoria do pentagrama da estrela (Cabala)
Em Gêneses capitulo 1, descreve-nos o primeiro dia da criação formaria um pentágono como os
seus cinco versículos, onde o primeiro começa com “No princípio” e o ultimo termina com “no dia
primeiro”. Esta figura apresenta o nú mero áureo como um padrã o, e isso lhe da beleza e perfeiçã o. E
acontece de os três primeiros dias da criaçã o estarem em versículos que marcam uma serie de
“Fibonacci”, que tem razã o de crescimento o nú mero áureo. Se essa sequência estava lá ,
testemunhando a beleza e perfeiçã o da criaçã o, como faz em flores e em muitas outras coisas da
natureza, qualquer sequência que ocorria nos três ú ltimos dias da criaçã o. Descobri que a
sequência que começava no dia em que deus colocou os astros no céu era a serie dos só lidos
perfeitos, a menos de uma inversã o por terem os céus sido populados antes das águas, condiçã o
necessária para estar de acordo com o segundo dia da criação. Ao colocar os dias 4, 5, 6 na
sequência 6, 4,8, e invertendo os dois primeiros dias temos – 4, 6,8 – e encontro a serie dos só lidos perfeitos que foi inspiraçã o para
Kepler criar as suas três leis da gravitação – e descobrir onde estavam os 5 planetas visíveis a olho nu, assim como são 5 os
elementos da série dos só lidos perfeitos. Deus disse, Deus fez, Deus viu, Deus chamou e para completar ele mostrou onde estavam os
planetas. Bem, depois Newton a partir das equaçõ es de Kepler criou suas equaçõ es, e depois Maxwell deduziu suas equaçõ es, e
Einstein entendeu ser matéria e energia uma mesma coisa – era tudo que existe uma dualidade energia matéria, e isso quer dizer, era
tudo um fenô meno ondulató rio como é o som, a palavra – o verbo.
Mas isso, João já sabia ao dizer que no Princípio era o verbo, pois nã o?
Então acontece de em apenas um capitulo, logo no início estar resumido todo o conhecimento que poderemos um dia alcançar.
Um exemplo disso é que os trechos “Deus disse”, “Deus fez”, “Deus viu”, “Deus chamou”, “e assim foi” esclarecem sobre a á rvore da
vida da cabala, pondo suas sephiras e os linksem destaque. Mas ainda há de se considerar que ao colocar a física através dos só lidos
perfeitos, foi colocado tambem ser tudo um modelo de segunda ordem (a serie de fibonacci é um modelo de segunda ordem
discreto) cuja a melhor representaçã o seria a serie de taylor, um desenvolvimento de uma função em suas derivadas, que pode ser
visto como a metrica de rieman, uma soma de tensores, cujos 5 primeiros termos são – um escalar, uma linha de continuidade, uma
torçã o, uma projeçã o, e uma tensão. Estas figuras estão associadas ao nome de deus assim: Y – impulso é a tensã o. H – continuidade e
rotação/projeção. W – vein – cravo – a torção. E acontece destas figuras serem homomorfas as 4 forças da natureza –
eletromagnetismo(Y), Gravidade(H), Força Forte (W), Força Fraca(H).
O que esta posto nestas figuras associadas ao nome de Deus, é elas descreverem fielmente uma estrutura algebrica, octonion, e que é
percebido como um octaedro, que com a projeçã o, e mais uma dimensão vem a ser a teoria M da cosmologia.
Se voce olhar um octaedro projetado no plano, voce vera a estrela de davi e percebera ali que se trata de um composto ciclo benzeno
– a moleculo da vida organica.
A estrela de Davi, é isso. Uma visão do Universo que nome de Deus (uma transliteração de YHWH) abre para quem quiser
compreender.
Infelizmente o fato de o texto hebraico ser sem consoantes deve ser respeitado, pois isso tambem faz parte. A leitura será sempre de
cada um, pois só assim todas as criaturas serã o livres para serem o que tiver que ser.
Na série de Fibonacci. 1 1 2 3 5 8 13 etc. Leonardo Fibonacci foi um dos mais importantes matemáticos da Idade Média. A série de
Fibonacci é uma sequência na qual um nú mero qualquer da série é a soma dos dois anteriores e onde a razão entre dois nú meros
consecutivos da série é igual a uma constante universal. A razão de ouro é representada pela letra grega Phi de valor 1,61803399 e o
seu inverso 0,61803399.
E aí? É que essa razão, bem como os primeiro nú meros da série 2,3,5 e 8 formam a principal base quantitativa das vibraçõ es
harmô nicas encontradas na natureza e que permite determinar seus ciclos.
Sua aplicaçã o encontra-se presente desde a Antiguidade nos mais diversos campos, como a Física, Astronomia e Química. Nas
construçõ es das pirâmides do Egito e México, na mú sica, nas obras de Leonardo da Vinci e, por incrível que pareça, no movimento
dos Mercados que se comportam da mesma forma que muitos fenô menos da natureza. A série numérica estabelecida por Fibonacci é
uma das teorias aplicadas na analise gráfica ou técnica, usada para determinar possíveis movimentos de preços das açõ es. Uma das
principais vantagens da analise gráfica ou técnica é sua praticidade, pois depende apenas de séries histó ricas de preços e pode ser
aplicada a qualquer produto negociado em bolsa.
No decorrer do texto, fugimos um pouco tema principal em questão, peço desculpa aos leitores, mas tornou se impossível falar sobre
a Estrela de Davi, sem esbarrarmos na Estrela de Salomão, a primeira com seis pontas (hexagrama) e a segunda com cinco pontas
(pentagrama). Mesmo porque Salomão era filho do Rei Davi e o sucedeu no trono de Israel.
Como foram citados alguns trechos bíblicos, transcrevo aqui o Primeiro Capítulo do Livro do Gêneses, para que possamos analisar e
encontrar o entendimento do colaborador, Agnaldo:
1. No princípio, Deus criou os céus e a terra.
2. Aterra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas.
3. Deus disse: “Faça-se a luz!” E a luz foi feita.
4. Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas.
5. Deus chamou à luz DIA, e às trevas NOITE. Sobreveio à tarde e depois a manhã: foi o primeiro dia.
6. Deus disse: “Faça-se um firmamento entre as águas, e separe ele umas das outras”.
7. Deus fez o firmamento e separou as águas que estavam debaixo do firmamento daquelas que estavam por cima.
8. E assim se fez. Deus chamou ao firmamento CÉUS. Sobreveio à tarde e depois a manhã: foi o segundo dia.
9. Deus disse: “Que as águas que estão debaixo dos céus se ajuntem num mesmo lugar, e apareça o elemento árido.” E assim se fez.
10. Deus chamou ao elemento árido TERRA, e ao ajuntamento das águas MAR. E Deus viu que isso era bom.
11. Deus disse: “Produza a terra plantas, ervas que contenham semente e árvores frutíferas que dêem fruto segundo a sua espécie e o fruto
contenha a sua semente.” E assim foi feito.
12. Aterra produziu plantas, ervas que contêm semente segundo a sua espécie, e árvores que produzem fruto segundo a sua espécie, contendo
o fruto a sua semente. E Deus viu que isso era bom.
13. Sobreveio à tarde e depois a manhã: foi o terceiro dia.
14. Deus disse: “Façam-se luzeiros no firmamento dos céus para separar o dia da noite; sirvam eles de sinais e marquem o tempo, os dias e os
anos,
15. e resplandeçam no firmamento dos céus para iluminar a terra”. E assim se fez.
16. Deus fez os dois grandes luzeiros: o maior para presidir ao dia, e o menor para presidir à noite; e fez também as estrelas.
17. Deus colocou-os no firmamento dos céus para que iluminassem a terra,
18. presidissem ao dia e à noite, e separassem a luz das trevas. E Deus viu que isso era bom.
19. Sobreveio à tarde e depois a manhã: foi o quarto dia.
20. Deus disse: “Pululem as águas de uma multidão de seres vivos, e voem aves sobre a terra, debaixo do firmamento dos céus.”
21. Deus criou os monstros marinhos e toda a multidão de seres vivos que enchem as águas, segundo a sua espécie, e todas as aves segundo a
sua espécie. E Deus viu que isso era bom.
22. E Deus os abençoou: “Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, e enchei as águas do mar, e que as aves se multipliquem sobre a terra.”
23. Sobreveio à tarde e depois a manhã: foi o quinto dia.
24. Deus disse: “Produza a terra seres vivos segundo a sua espécie: animais domésticos, répteis e animais selvagens, segundo a sua espécie.” E
assim se fez.
25. Deus fez os animais selvagens segundo a sua espécie, os animais domésticos igualmente, e da mesma forma todos os animais, que se
arrastam sobre a terra. E Deus viu que isso era bom.
26. Então Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre
os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra.”
27. Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher.
28. Deus os abençoou: “Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos
céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra.”
29. Deus disse: “Eis que eu vos dou toda a erva que dá semente sobre a terra, e todas as árvores frutíferas que contêm em si mesmas a sua
semente, para que vos sirvam de alimento.
30. E a todos os animais da terra, a todas as aves dos céus, a tudo o que se arrasta sobre a terra, e em que haja sopro de vida, eu dou toda erva
verde por alimento.” E assim se fez.
31. Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom. Sobreveio à tarde e depois a manhã: foi o sexto dia.

Notemos que no primeiro versículo Deus criou dois Elementos (Ar e Terra), que serviriam de base para os outros que viriam a seguir.
Note também que se fizermos um paralelo com o que a ciência diz, apó s a explosão do “Big Bang” foram criadas as infinidades de
planetas, estrelas e corpos celestes e no caso do Planeta Terra (até onde sabemos) foi criada a camada gasosa que daria origem a
nossa atmosfera.
No segundo versículo já podemos perceber a existência de mais um Elemento Fundamental, a Á gua! Em seguida deus criou o fogo, ou
seja, a luz (o Quarto Elemento). Observemos que todos os elementos básicos foram criados no primeiro dia da existência e o suposto
Quinto Elemento, A madeira (ou subentenda-se a natureza) foi criado somente nestes alicerces no terceiro dia.
Nos demais dias criou Deus os seres viventes findando com o que acreditamos ser, sua criação principal, o ser humano. E assim como
nos descreve a Bíblia, somos de Deus, sua imagem e semelhança, ou seja, podemos o que quisermos, desde que seja de direito e com
muita força de vontade.
Os sinais estão por toda parte, basta observá-los e aprender com eles. O sinais, ou símbolos sã o parte viva de um todo, são parte de
nó s mesmos, e para nos completarmos devemos viver em harmonia com este sistema de coisas.
Os primeiros cristãos relacionavam o pentagrama às cinco chagas de Cristo e, desde então, até os tempos medievais, era um símbolo
cristã o. Antes da Inquisição não havia nenhuma associação maligna ao pentagrama; pelo contrário, era a representaçã o da verdade
implícita, do misticismo religioso e do trabalho do Criador.
O imperador Constantino I, depois de ganhar a ajuda da Igreja Cristã na posse militar e religiosa do Império Romano em 312 d.C.,
usou o pentagrama junto com o símbolo de chi-rho (uma forma simbó lica da cruz), como seu selo e amuleto. Tanto na celebraçã o
anual da Epifânia, que comemora a visita dos três Reis Magos ao menino Jesus, assim como também a missão da Igreja de levar a
verdade aos gentios, tiveram como símbolo o pentagrama, embora em tempos mais recentes este símbolo tenha sido mudado, como
reaçã o ao uso neopagão do pentagrama.
Em tempos medievais, o “Laço Infinito” era o símbolo da verdade e da proteçã o contra demô nios. Era usado como um amuleto de
proteçã o pessoal e guardião de portas e janelas. Os Templários, uma ordem militar de monges formada durante as Cruzadas,
ganharam grande riqueza e proeminência através das doaçõ es de todos aqueles que se juntavam à ordem, e amealhou também
grandes tesouros trazidos da Terra Santa. Na localização do centro da “Ordem dos Templários”, ao redor de Rennes du Chatres, na
França, é notável observar um pentagrama natural, quase perfeito, formado pelas montanhas que medem vários quilô metros ao
redor do centro.
Há grande evidência da criaçã o de outros alinhamentos geométricos exatos de Pentagramas como também de um Hexagrama,
centrados nesse pentagrama natural, na localizaçã o de numerosas capelas e santuários nessa área. Está claro, no que sobrou das
construçõ es dos Templários, que os arquitetos e pedreiros associados à poderosa ordem conheciam muito bem a geometria do
pentagrama e a “Proporçã o Dourada”, incorporando aquele misticismo aos seus projetos.
Entretanto, a “Ordem dos Templários” foi inteiramente dizimada, vítima da avareza da Igreja e de Luiz IX, religioso fanático da
França, em 1.303. Iniciaram-se os tempos negros da Inquisiçã o, das torturas e falsos-testemunhos, de purgar e queimar,
esparramando-se como a repetição em câmara-lenta da peste negra, por toda a Europa.
Durante o longo período da Inquisição, havia a promulgação de muitas mentiras e acusaçõ es em decorrência dos “interesses” da
ortodoxia e eliminação de heresias. A Igreja mergulhou por um longo período no mesmo diabolismo ao qual buscou se opor. O
pentagrama foi visto, então, como simbolizando a cabeça de um bode ou o diabo, na forma de Baphomet, e era Baphomet quem a
Inquisição acusou os Templários de adorar.

A Estrela: nome de Davi e nome de Deus!


De acordo com a tradiçã o judaica, este símbolo era desenhado ou encravado sobre os escudos dos guerreiros do exercito do rei Davi.
Esta tradição teve origem no fato de o nome hebraico para David (pronunciado David) ser escrito originalmente por três letras do
alfabeto hebraico – Dalet, Vav e Dalet. Estes duas letras Dalet tinham uma forma triangular no alfabeto hebraico usado até então, uma
variação do alfabeto fenício, conhecido como proto-hebraico. Estas duas letras então eram encravadas nos escudos dos soldados uma
sobreposta a outra, formando uma espécie de estrela. Apesar de ser uma explicação plausível, carece de provas histó ricas ou
arqueoló gicas para prová-la.
A forma atual do Escudo de David já aparecia em diversas culturas do Extremo Oriente há milhares de anos, só nas ú ltimas centenas
de anos que mudou-se para um símbolo puramente judaico. Este símbolo apareceu primeiramente ligado aos judeus já na Era do
Bronze – no século IV a.C – num selo judaico achado na cidade de Sidon. Ele também aparece em muitas sinagogas antigas na terra
de Israel datadas da época do Segundo Templo e até mesmo em algumas depois de sua destruição pelos romanos. Não lhe era dado,
ao menos aparentemente, um significado tão especial ou místico, mas ornamental, assim como muitas Estrelas de Davi foram
achadas ao lado de “Escudos de Salomão” (estrelas de cinco pontas ou pentagramas) e, curiosamente, ao lado de suásticas. Um
exemplo é o friso da sinagoga de Cafarnaum (século II ou III da era comum) e uma lápide (ano 300 da era comum), encontrada no sul
da Itália. Apesar disso, a Estrela de Davi nã o aparece entre os símbolos judaicos mais importantes do período helenístico
“A estrela de Davi (chamada de Escudo de David), é um símbolo real, um selo de realeza representativo do reinado de David sobre a
Terra, e por extensão do futuro Reino Messiânico sobre a Terra ocupado por Yehua, que nasceria de sua decendência.

A pergunta que fica é: que relaçã o tem o fato de Yehua ser ao mesmo tempo homem e
Deus com a Sua representaçã o na estrela de David? É porque a estrela de David é
composta de DOIS triângulos. Um representa Yeshua como homem (sendo que os três
lados representam a tríplice divisão do homem: ele é um espírito que possui uma alma
(mente natural) e que habita num corpo físico). E o outro triângulo representa Yeshua
como Deus. Os três lados deste outro triângulo fala na manifestação de Deus nas
Pessoas de HaAv, HaBen e HaRuach Hakodesh. (Pai, Filho e Espírito Santo). A uniã o dos
dois triângulos falam da tarefa de Messias Yeshua de ser i Mediador e Reconciliador
entre Deus e o homem.”
A cada momento que vamos nos aprofundando no conhecimento da “Estrela de Davi”,
vamos descobrindo inú meras ligaçõ es que vão tornando ló gico o nosso entendimento.
Na verdade Davi e todos os que o antecederam já preparavam significados fortes e
duradouros para que pudessem romper séculos e chegarem aos dias de hoje e porque não dizerem perpetuarem por anos e anos.
A ló gica existente nas formas geométricas (pentagrama e hexagrama), nos revelam de forma sutil o poder existente no universo, de
inda e vinda, de ato e consequência. Reforçam também que a matemática são mais que nú meros e sim uma linguagem, um idioma
desconhecido, que guardam no seu cerne infinitos segredos. Vamos agora dar continuidade ao que nosso colaborador Agnaldo nos
deixo a respeito das letras que designam o nome de “Deus”
Tetragrama YHVH
O Tetragrama YHVH (‫)יהוה‬, refere-se ao nome do Deus de Israel em
forma escrita já transliterada e, pois, latinizada, como de uso corrente na
maioria das culturas atuais.
Originariamente, em aramaico e hebraico, era escrito e lido
horizontalmente, da direita para esquerda  ‫ ;יהוה‬ou seja, HVHY. Formado
por quatro consoantes hebraicas – Yud ‫י‬ Hêi ‫ה‬ Vav  ‫ו‬ Hêi ‫ ה‬ou  ‫יהוה‬, o
Tetragrama YHVH tem sido latinizado para JHVH já por muitos séculos.
As letras da direita para esquerda segundo o alfabeto hebraico são:
Hebraic Pronúncia  Letra  O Tetragrama aparece mais de 6.800 vezes – sozinho ou em conjunçã o com outro “nome” – no texto
o  hebraico do Antigo Testamento, a indicar, pois, tratar-se de nome muito conhecido e que dispensava
‫י‬  Yodh ou “Y” 
a presença de sinais vocálicos auxiliares (as vogais intercalares).
Yud 
‫ה‬  He ou Hêi  “H”  Os nomes YaHVeH (vertido em português para Javé ),
‫ו‬  Waw ou “V”  ou YeHoVaH (vertido em português para Jeová ), são
Vav 
transliteraçõ es possíveis nas línguas portuguesas e
‫ה‬  He ou Hêi  “H” 
espanholas, mas alguns eruditos preferem o uso mais
primitivo do nome das quatro consoantes YHVH, já outros eruditos favorecem o nome Javé
(Yahvéh ou JaHWeH). Ainda alguns destes estudiosos concordam que a pronú ncia Jeová
(YeHoVaH ou JeHoVáH), seja correta, sendo esta ú ltima, a pronú ncia mais popular do Nome de
Deus em vários idiomas.

Outros conceitos sobre Deus YHWH


Outros estudiosos encaram YHWH como um deus da natureza adorado no Sul de Canaã e
YHWH grafado em paleo-hebraico, em
pelos nó mades dos desertos circundantes, intimamente ligado ao Monte Horebe, na Península
fragmento da Septuaginta Grega ainda usada no
do Sinai. Segundo o livro bíblico de Génesis, foi o Deus YHWH que se revelou ao semita Abrão 1.º Século d.C.
(depois chamado de Abraã o) em Ur, na Baixa Mesopotâmia. Historicamente, surge aqui o
princípio do monoteísmo hebraico no interior de uma sociedade fortemente politeísta.
O Deus YHWH é deste modo identificado como a Divindade que causou o Dilú vio Bíblico. É o Deus de Adã o, de Abel, de Enoque e de
Noé. É o Criador do Universo e de todas as formas de vida na Terra. É também chamado por Adonai (Soberano
Senhor), Elohim (Deus, e não deuses, visto que trata-se de plural majestático), Ha Adhó hn (o [Verdadeiro] Senhor), Elyó ln (Deus
Altíssimo) e El-Shadai (Deus Todo-poderoso).
Assim, o Deus YHWH se assume como um deus familiar, o “Deus de Abraão, de Isaque e Jacó”, protetor da linhagem do “descendente”
(ou “semente”) de Abraão. Em seguida, torna-se no Deus das 12 tribos de Israel. É o Deus Libertador do povo de Israel da escravidão
no Egito e quem o faz conquistar a terra de Canaã . Para tal, revela-se a Moisés, a quem entrega seus Dez Mandamentos no monte
Sinai. Para sua adoraçã o e cumprimento de sua Lei, são constituídos sacerdotes os da tribo de Levi, ou Levitas, sob a liderança do
Sumo Sacerdote, da linhagem de Aarã o.
Com o estabelecimento da Monarquia do Antigo Israel, e mesmo apó s a divisão do Reino, emerge o papel dos profetas do Antigo
Testamento como porta-vozes especiais do Deus YHWH. Tornam-se desse modo figuras-chave na vida religiosa, com uma
autoridade ú nica. Também consolidam a ideia da vinda do Messias como o “Ungido” de YHWH, descendente da Tribo de Judá e da
Casa Real de David.

Pirâmide
A pirâmide é uma figura geométrica formada por um polígono contido em um plano (por exemplo, o plano horizontal) e um ponto V
localizado fora desse plano. Uma Pirâmide é a reuniã o de todos os segmentos que têm uma extremidade em P e a outra num ponto
qualquer do polígono. O ponto V recebe o nome de vértice da pirâmide.
Coincidência ou não?

Se pegarmos a Estrela de Davi, fixarmos uma das bases de um triângulo e a outra posterior, elevarmos as pontas destes triângulos até
que eles se juntem teremos construído sem muito esforço um triângulo.
Então fica-nos a pergunta. Os hebreus (de onde descendem as tribos de Israel) tinham o conhecimento da arquitetura da pirâmide ou
este conhecimento foi adquirido no Egito, durante o tempo em que viveram por lá?
A pirâmide é mais que um símbolo, é monumento. Foi feita com o intuito de ser vista! E porque não a Estrela de Davi ser uma
codificação da pirâmide?
A pirâmide (no caso, a Egípcia, ou mesmo as da civilizaçã o Maia) em questã o, tem cinco lados: a base e quatro laterais. E também
cinco pontas.
Coincidência mantermos nosso bom e velho nú mero cinco? Talvez não. Vejamos mais algumas curiosidades a respeito das pirâmides

Pirâmides de Gizé
As Pirâmides de Gizé (ou Guiza, nome mais pró ximo do original – Gizé é um
galicismo) ocupam a primeira posiçã o na lista das sete maravilhas do mundo
antigo.
A grande diferença das Pirâmides de Gizé em relaçã o às outras maravilhas do
mundo é que elas ainda persistem, resistindo ao tempo e às intempéries da
natureza, encontrando-se em relativo bom estado e, por este motivo, não
necessitam de historiadores ou poetas para serem conhecidas, já que podem ser
vistas.
Existe um provérbio árabe que faz referência às Pirâmides: “O Homem teme o
Tempo, e ainda o tempo teme as Pirâmides”
A palavra pirâmide não provém da língua egípcia. Formou-se a partir do grego “pyra” (que quer dizer fogo, luz, símbolo} e “midos”
(que significa medidas).
Alinhamento com as estrelas
Mais um ponto que não podemos deixar passar despercebido, a pirâmide foi nomeada como “Elemento Fogo”, sendo uma
representabilidade da luz do sol e ainda assim faz alusão aos outro quatro elementos.
Os astrô nomos do Egito Antigo alinharam as pirâmides ao pó lo norte usando duas estrelas como referência. A descoberta foi feita
por egiptó logos britânicos, que decidiram usá-la para confirmar com precisão quando as pirâmides foram construídas.
Eles concluíram que as pirâmides do Vale de Gizé foram construídas em dez anos, por volta de 2.480 AC.
Há quase 4.500 anos, as duas estrelas mantinham uma determinada posiçã o no céu, apontando diretamente o norte.
Mas o alinhamento só se manteve por alguns anos, atingindo precisã o absoluta por volta de 2.500 AC _ antes e depois disso o
movimento da Terra fez com que o a posiçã o das estrelas no céu mudasse.
Kate Spence, da Universidade de Cambridge, desenvolveu essa teoria quando tentava explicar os desvios no alinhamento da base de
várias pirâmides em relação ao pó lo norte.
Ela acredita que na Antiguidade podem ter sido usadas duas estrelas muito brilhantes, que em 2.467 AC estavam perfeitamente
alinhadas entre si e o pó lo norte.

Astronomia na Antiguidade
As estrelas escolhidas eram Kochab, na constelação da Ursa Menor e Mizar, na Ursa Maior.
Como o eixo da Terra é instável e se move como um peão num período de 26 mil anos, os astrô nomos de hoje conseguem calcular
quando as estrelas de Kochab e Mizar estavam em alinhamento exato _ em 2.467 AC.
A Pirâmide de Gizé é feita de 2 milhõ es de blocos de pedra
Em artigo na revista científica Nature, Kate Spence mostra que os erros de orientaçã o em pirâmides construídas antes e depois dessa
data mostram com precisã o o desvio gradativo do alinhamento Kochab-Mizar do pó lo norte, e também podem ter seu ano de
construção determinado.
Owen Gingerich, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, de Cambridge, Massachusets, disse que “Kate Spence conseguiu uma
soluçã o engenhosa para algo que há muito tempo é um mistério”.

As pirâmides e suas câmeras secretas


Começando por seu interior ela foi construída com blocos de pedra calcária, sendo que a camada externa das pirâmides foi revestida
com uma camada protetora de pedras polidas e com um brilho distinto.
Era composta de 2,3 milhõ es de enormes blocos de calcá rio – estima-se que cada um pesa três toneladas.
Observa-se que os ângulos de inclinaçã o de seus lados fizeram com que cada lado fosse orientado cuidadosamente pelos pontos
cardeais.
Em todos os níveis da pirâmide a seçã o transversal horizontal é quadrada.
As teorias inventadas nos ú ltimos séculos para explicar a construção das pirâmides sofrem todas de um problema comum. O
desconhecimento da ciência egípcia do Alto Império. Conhecimento este que foi recuperado apenas no final do século XX.
A teoria que melhor explica as construçõ es das pirâmides sem encontrar contradiçõ es logísticas e sem invocar coisas extra-terrenas
é a química, mas exatamente um ramo dela, a geopolimerização. Os blocos foram produzidos a partir de calcário dolomítico,
facilmente agregados no local usando-se compostos muito comuns na época, como cal, salitre e areia. Toda a massa dos blocos foi
transportada por homens carregando cestos da massa, posta a secar em moldes de madeira. O esforço humano neste caso seria
muito menor e o assentamento dos blocos perfeito.

A arqueologia contra a imaginação


A primeira destas teorias afirma que a Grande Pirâmide de Quéops nã o foi uma tumba, mas um templo, no qual seletos candidatos
eram iniciados nos mistérios de uma ciência secreta.
A outra, do norte-americano Edgar Gayce, assegura que no interior e debaixo da base da Grande Pirâmide se encontram bibliotecas
secretas, nas quais é conservado o patrimô nio científico da Atlântida, o continente perdido.
Naturalmente as duas teorias mereceram os mais seletos comentários humorísticos dos arqueó logos em geral, e as mais homéricas
gargalhadas dos especialistas em egiptologia, mas… Visto que os arqueó logos têm o hábito demasiadamente manifesto de querer
monopolizar para si qualquer pedra tosca antiga e de não tolerar “intrusõ es” de ninguém que não esteja registrado em suas cá tedras
universitárias, seu prestígio de “objetivos homens de Ciência”, ultimamente, decaiu bastante; o que os outros cientistas não
conseguem entender é por que os arqueó logos de profissã o se prendem tenazmente a sustentar a capa e espada suas pró prias
opiniõ es, ponderaçõ es, cavilaçõ es, elucubraçõ es, deduçõ es, etc., cuidadosamente redigidas em artigos monográficos que publicam
em revistas superespecializadas e de circulação limitadíssima, contra qualquer contradiçã o, venha de onde vier.

Os fatos não são investigados a fundo


O que os outros homens de ciência não conseguem compreender, ou compreendem demasiadamente bem, é por que os arqueó logos
se empenham tanto em representar o papel do cachorro da horta que nem come nem deixa comer na propriedade que zelosamente
guarda, por que a maioria dos arqueó logos desconfia e suspeita do radia-carbono, da fluorina (mineral composto de flú or e cálcio),
dos medidores de radiaçõ es, dos radares, etc., em uma palavra de qualquer detector exato, objetivo, não manuseado por aficcionados
em física e eletrô nica. Claro que os arqueó logos e os egiptó logos de profissã o não têm a obrigaçã o de terem feito uma carreira de
Ciências, pois procedem das faculdades de Letras e Histó ria, mas… O que tem que ver seu curriculum escolar com a investigação dos
fatos e dos fenô menos? Conta-se que o aristotélico Cremonini, contemporâneo de Galileu, nã o queria olhar pelo telescó pio porque
não lhe fazia falta olhar através de um artefato duvidoso o que ele já sabia perfeitamente por autoridade do mais célebre cientista da
Humanidade.

Existem câmaras secretas sob a pirâmide?


Bom, o fato é que um grupo de cientistas nã o dedicados à arqueologia decidiu averiguar se havia ou não câmaras secretas ocultas no
interior e debaixo das pirâmides, e para trabalhar tranquilos, decidiram levar a cabo suas investigaçõ es com a pirâmide de khefren,
que aparentemente continha somente um curto corredor e uma só câmara mortuá ria. E assim em 1966 Luis Alvarez, catedrático de
Física da Universidade da Califó rnia, em seguida galardoado com o Prêmio Nobel de Física, idealizou um sistema para acabar de uma
vez para sempre a questão da existência ou não de ambientes ocultos no interior da pirâmide em exame.

Prospecção com radiações/a>


Ele e seus colaboradores instrumentaram um sistema medidor de raios có smicos e o instalaram na câmara mortuá ria. Para quê?
Para registrar a quantidade de radiaçõ es que chegavam ao lugar através do edifício pétreo. Qualquer desvio da quantidade
uniformemente recebida serviria para provar a existência de desconhecidos espaços ocos na construção.
Ao projeto se dedicaram uma equipe norte-americana e outra da EM Shams University do Cairo. Durante o tempo de dois anos os
detectores mediram e registraram radiaçõ es có smicas desde o interior da pirâmide, com o qual foram obtidos nada menos que dois
milhõ es de dados.

Aumenta a dimensão do enigma


Agora então, longe de comprovar se a pirâmide continha ou não câmaras secretas, a experiência nã o fez mais que aumentar o enigma
da natureza e finalidades do monumento. Porque resultava que os registros efetuados pró ximos do mesmo ponto em diferentes
tempos, lançavam quantidades que não eram parecidas em nada umas às outras. Do mesmo modo que os dados recolhidos eram
“uma indecifrável mistura de símbolos sem sentido, que não conduziam a nenhuma plausível ordenaçã o resolutiva”

Pi de Pirâmides
por Frank Doernenburg, original em ‘Mysteries of the Past‘

No século XIX algumas descobertas pareceram fortalecer a ideia de que a edificação dos monumentos foi influenciada por algum ser
superior. Isto levou diretamente à assim chamada “Matemá tica ou Numerologia Piramidal”. Muitos acreditam que as conexõ es
misteriosas encontradas são um sinal certo de um plano maior nestes monumentos. O sinal mais famoso é indubitavelmente o
misterioso Pi, embutido na pró pria construção do maior monumento da humanidade, a pirâmide de Quéops.

O que é o Pi, e como ele pode ser encontrado na Pirâmide?


O Pi em si não é uma construçã o misteriosa ou mesmo mágica. O Pi é simplesmente o valor ao qual você tem que multiplicar o
diâmetro de um círculo para obter sua circunferência. O valor aproximado de Pi pode ser obtido através de experiências simples.
Você pode pegar uma roda de 1 metro de diâmetro, rolá-la na terra uma volta completa e medir então a distância que ela percorreu.
Sem segredo, será algo ao redor de 3,14 metros. Ou você pode enrolar uma corda em torno de uma roda e medir seu comprimento.
Os antigos egípcios usavam simplesmente 3 como um multiplicador, e isto é preciso o suficiente para as aplicaçõ es cotidianas. Muito
mais tarde, centenas de anos apó s a construção das pirâmides, eles usariam 3 + 1/7.
O verdadeiro segredo: O Pi é um nú mero irracional com decimais indefinidos, e só pode ser calculado a mais de dois decimais se você
tiver bastante conhecimento teó rico sobre geometria – e isto os antigos egípcios nunca tiveram! É impossível conseguir com
qualquer roda um resultado mais preciso para o Pi do que “3,14 +/- 0,05”, assim um valor mais preciso encontrado nas dimensõ es de
um monumento deve ser a prova irrefutável de alguma participação mais elevada.
A pirâmide de Quéops tem uma base com 230,38m de comprimento, e uma altura de 146,6m. Se você pegar duas vezes o
comprimento da base e dividir pela altura, você chega a um valor de “3.14297…”. Não muito bom, mas melhor do que os antigos
egípcios jamais poderiam ter estimado.
Como você poderia supor, os cientistas respondem “Não”. Mas por que, será que eles têm uma explicaçã o melhor? Alguns cientistas
argumentam que o valor do Pi é coincidência pura. Que coincidência construir o Pi até a quarta casa decimal, não? Aliás, há diversas
outras pirâmides com o Pi, inclusive com uma precisã o maior! Mais coincidências?
Não, outros cientistas inventaram uma outra teoria para explicar o Pi. Infelizmente sem dedicar muita inteligência ao esforço. Eles
alegam que as pirâmides contêm o Pi por causa dos métodos da medida usados nos tempos antigos. Os egípcios mediam distâncias
em cú bitos reais com 52,36 centímetros por cú bito. A base da pirâmide de Quéops tem exatamente 440 cú bitos de comprimento e
altura de 280 cú bitos. Mas como medir tais grandes distâncias? O engenheiro T.E.Conolly afirma que cordas desse comprimento
tenderiam a arrebentar ou mudar de comprimento devido à força necessá ria para mantê-las retilíneas. Assim esta maneira de medir
distâncias seria imprevisível para distâncias grandes, e ao invés os egípcios usaram rodas ou cilindros com um cú bito de diâmetro.
Para medir unidades do comprimento, eles simplesmente rolaram os cilindros sobre o chã o e contaram as voltas. Para medir a altura,
empilharam os cilindros, sem nenhum segredo para causar preocupaçã o.
Muitos “racionalistas” rapidamente aceitaram esta teoria, contentes de ter uma explicaçã o simples para este mistério indesejado. A
teoria foi publicada em muitos livros, e no popular show de ciência alemão “Querschnitte” o apresentador de TV Hoimar von Dithfurt
explicou a seus milhõ es dos espectadores que esta era a solução final ao mistério.
Muito bom. Mas errado. Tudo bem, este método pode explicar a pirâmide de Quéops. E a pirâmide em Medum. Mas nã o muito mais
pirâmides. Se você calcular o valor de Pi para a pirâmide vizinha de Quéfren, você chegará a um simples “3” como resultado. Nenhum
Pi à vista. Ou seu vizinho, a pirâmide de Miquerinos. Seu valor de Pi é 3,26…, nenhum Pi à vista por lá também. Se eles realmente
usaram tal método, o Pi deveria estar construído em cada uma das 90 pirâmides do Egito, e nã o apenas em duas ou em três delas.
Ah, e não vamos esquecer-nos de um outro problema. A pirâmide de Quéops tem 440 cú bitos de largura, como pode ser visto das
linhas desenhadas no platô da base. Mas como você pode medir 440 cú bitos contando as voltas de um cilindro? Você deve girar o
cilindro exatamente 140,564 vezes. Você encontrará situaçõ es similares com outras pirâmides também. 130,825 voltas é o
necessário para medir o comprimento da pirâmide de Quéfren. Para construir os comprimentos de base de todas as pirâmides, os
egípcios teriam que saber o valor exato de Pi para saber quantas voltas e fraçõ es de voltas eram necessárias. E isto eles não sabiam e
assim nã o poderiam medir as dimensõ es das pirâmides encontradas como estã o. Esta teoria é baboseira.
A despeito disso tudo, há de fato uma explicação realmente simples para o mistério do Pi. Tem algo a ver com a maneira com que os
egípcios mediam ângulos. Nosso conceito de medir a inclinaçã o entre linhas e chamá-la de “ângulo” nã o é e nã o foi de conhecimento
de todas as culturas. Os egípcios usavam outra maneira: Eles mediam a distância horizontal de uma inclinação necessária para cobrir
a altura de um cú bito. Esta distância era medida em palmas ou dedos, 28 deles cabiam em um cú bito.
O sistema egípcio de nú meros também era diferente. Eles usavam um sistema decimal simples, mas de outra maneira como nó s
conhecemos. Nó s temos 10 algarismos diferentes de 0 a 9, e a posição de tais algarismos em um nú mero define seu valor, por
exemplo. “12” têm um valor definitivamente diferente de “21”, embora ambos os nú meros usem os mesmos algarismos. Os egípcios
usavam símbolos diferentes para mú ltiplos de 10: Um traço para um ú nico nú mero, uma ferradura para 10, uma medida de fita para
100 e assim por diante. A Figura “12” era expressa por dois traços e por uma ferradura, “21” como duas ferraduras e um traço. A
posiçã o das ferraduras e dos traços na escrita era absolutamente irrelevante! Tais representaçõ es de nú meros onde a posição não
importa nã o têm nenhum conceito para zero, e normalmente nenhum conceito para fraçõ es também. Um egípcio não poderia ter
usado valores como “2,537 dedos”. Os ú nicos tipos de fração que o Egito posterior conheceria seria “um dividido por algo”, marcado
com uma elipse no alto do nú mero.
Você pode ver alguns dos ângulos possíveis para as pirâmides na ilustração a baixo. A relação 1:22 como encontrada na pirâmide de
Quéops é a mais agradável ao olho humano. Relaçõ es menores que 1:20 eram impossíveis em edifícios monumentais, como os
edifícios não-terminados em Meidum, em Dahschur (pirâmide curvada) e Abu Roasch sugerem relaçõ es maiores que 1:24 parecem
um pouco mundanas. Somente duas pirâmides não estã o erigidas dentro da escala “um cú bito a no máximo 28 dedos”: O topo da
pirâmide curvada e a pirâmide vermelha. Mas ambas também são construídas em uma relação inteira de dedos/cú bitos: 1:31. Alguns
outros exemplos: Pirâmide de Quéfren: 1:21,
pirâmide de Miquerinos: 1:23, pirâmide de
Djedefre: 1:23, Degrau da pirâmide de Djoser: 1:25.
Mas e quanto ao Pi? Como você pode recordar, o
valor do Pi foi calculado de “duas vezes o
comprimento da base, dividido pela altura”. A razão
de 1:22 descreve a altura na metade do
comprimento da base, assim 88:28 (quatro vezes a metade da base, dividido pela altura em dedos) descreve o valor codificado em
uma inclinaçã o verdadeira de 1:22. O resultado é 3,14285714…
O valor medido diretamente da pirâmide de Kufu é 3,142974, ambos os valores batem com um erro menor que 0,00015! O Pi, por
outro lado, tem um valor de 3,141592…, o erro entre a pirâmide de Kufu e o Pi é dez vezes maior do que o erro entre a relação das
pirâmides e a relaçã o “verdadeira” de 1:22. Um sinal certo de que o Pi não desempenhou nenhum papel na construção da pirâmide –
mas ainda não uma prova.
A prova seria se a maioria ou todas as pirâmides se ajustassem na razão 1:2x melhor do que a pirâmide de Kufu se ajusta ao Pi. Entã o
estaria claro que os arquitetos e os trabalhadores tinham métodos de construção tão precisos que o erro em relação ao Pi na Grande
Pirâmide é maior do que jamais deveria ter sido se o Pi realmente fosse planeado. E a pirâmide de Quéfren é mesmo mais precisa: A
razão 1:21 está construída e leva a um valor exato de pi igual a 3,0. Esta pirâmide tem 215,25 metros de largura e 143,50 metros de
altura – o valor resultante é exatamente 3,0000000! De fato, todas as pirâmides reconstruíveis do Egito estão dentro da margem de
1/1000 do ângulo teó rico de inclinação, a maioria delas muito melhor. Em vez de uma pirâmide construída pelos deuses e de 89
pirâmides cujo ângulo nã o pode ser explicado, nó s temos agora 90 ângulos de pirâmides bem definidos.
Há também diversas outras pirâmides construídas na relação do Pi, como por exemplo, a pirâmide de Huni/Snofrus em Medum.
Consequentemente, o monumento de Kufu não é uma construção especial e isolada. De fato, das aproximadamente 14 pirâmides que
podem ser suficientemente bem reconstruídas, 6 são construídas na relação “Pi” de 1:22.
Aqui o escritor deixa claro que os egípcios “nunca tiveram conhecimento teó rico de geometria”. Seria isso realmente verdade? E se
este conhecimento tivesse sido trazido de fora, de outros povos? Como os Hebreus por exemplo.
Ele também cita que a fó rmula nã o funciona para todas as pirâmides, mas somente para algumas específicas. Mas talvez, nã o haja ai
um ato proposital, em tornar determinadas pirâmides como as principais, para que se tornem foco de uma pesquisa mais avançada
ou para aqueles que detêm com herança os caminhos para desvendar segredos?
Taiji
É na Filosofia Chinesa uma representação do príncipio da dualidade de Yin e Yang, o conceito Yin Yang
tem sua origem no Tao (ou Dao), base da filosofia e metafísica da cultura daquele país. Em
chinês este conhecido símbolo que representa a integração de Yin e Yang é denominado como
“Diagrama do Tai Chi” (Taiji Tu). Mum
Segundo este princípio, duas forças complementares compõ em tudo que existe, e do
equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:
 Yin: o princípio passivo, feminino, noturno, escuro, frio
 Yang: o princípio activo, masculino, diurno, luminoso, quente.

Também é identificado como o tigre e o dragã o representando os opostos.


Essas qualidades acima atribuídas a cada uma das dualidade sã o, não definiçõ es, mas
analogias que exemplificam a expressã o de cada um deles no mundo fenoménico.
Os princípios em si mesmos estã o implícitos em toda e qualquer manifestaçã o.
Os exemplos acima não incluem qualquer juízo de valor, e não há qualquer hierarquia entre os dois princípios. Assim, referir-se a Yin
como negativo apenas indica que ele é negativo quando comparado com Yang, que será positivo. Esta analogia é como a carga elétrica
atribuída a protons e eletrons: os opostos complementam-se, positivo nã o é bom ou mau, é apenas o oposto complementar de
negativo.
O diagrama do Taiji simboliza o equilíbrio das forças da natureza, da mente e do físico, preto e branco integrados num movimento
contínuo de geração mú tua representam a interaçã o destas forças.
A realidade observada é fluida e em constante mutaçã o, na perspectiva da filosofia chinesa tradicional. Portanto, tudo que existe
contém tanto o princípio Yin quanto o Yang. O símbolo Taiji expressa esse conceito: o Yin dá origem ao Yang e o Yang dá origem ao
Yin.
Desde os primeiros tempos, os dois pó los arquetípicos da natureza foram representados não apenas pelo claro e pelo escuro, mas,
igualmente pelo masculino e pelo feminino, pelo inflexível e pelo dó cil, pelo acima e pelo abaixo.
 Yang, o forte, o masculino, o poder criador era associado ao céu, enquanto o Yin, o escuro, o receptivo, o feminino, o material, era
representado pela terra. O céu está acima e esta cheio de movimento. A terra – na antiga concepção geocêntrica – está em baixo e em
repouso. Dessa forma, yang passou a simbolizar o movimento e yin o repouso. No reino do pensamento, yin é a mente intuitiva,
feminina e complexa, ao passo que yang é o intelecto masculino, racional e claro. Yin é a tranquilidade contemplativa do sábio, yang a
vigorosa açã o criativa do rei.
Esse diagrama apresenta uma disposição simétrica do yin sombrio e do yang claro. A simetria, contudo nã o é estática. É uma
simetria rotacional que sugere,de forma eloquente, um continuo movimento cíclico. Os dois pontos do diagrama simbolizam a ideia
de que toda vez que cada uma das forças atinge seu ponto extremo, manifesta dentro de si a semente de seu oposto
Através de minuciosas observaçõ es, os mestres Taoístas da antiguidade, chegaram a conclusão de que a estrutura básica do ser
humano era a mesma do Universo e de que todos os fenô menos da natureza podiam ser classificados de acordo com duas forças
opostas, complementares e dinâmicas. Desse pressuposto, surgiu a teoria do Yin e do Yang, sendo Yang tudo que se caracteriza como
movimento, calor, dia, homem, pai, grande, expansão, etc e Yin, como sendo quietude, frio, noite, mulher, mãe, pequeno,
recolhimento, etc. Nenhum deles pode existir isoladamente. Existe uma interdependência entre eles. Se existe o dia, esse certamente
se transformará em noite e vice-versa. Yin e Yang estão, portanto, em constante mutação. E é através do estudo dessa mutação, que
surgiu a Teoria dos Cinco Movimentos, que nada mais é então, do que o “momento da mutação” de Yin para Yang e vice-versa.
Como a estrutura básica do ser humano é a mesma do universo, os mestres taoístas criaram cinco símbolos da natureza que são
considerados a essência desses “momentos de mutação” entre o Yin e o Yang.
Esses cinco símbolos podem seguir duas sequências distintas: sequência da Criaçã o, onde um elemento gera o pró ximo ou
sequência do controle onde um elemento controla o seguinte:
Sequência da Criação: Madeira > Fogo > Terra > Metal > Á gua > Madeira > e assim sucessivamente.
Portanto a madeira é lenha para o fogo. O fogo enriquece a terra (num processo natural de queimada), da terra se retira o mineral, e
do utensílio de metal podemos extrair a água. A água hidrata as plantas.
Sequência do Controle: Madeira >Terra >Á gua > Fogo > Metal > Madeira > e assim sucessivamente.
Portanto, a madeira com suas raízes sustenta a terra. A terra represa a água. A água controla a intensidade do fogo ou mesmo se
descontrolada pode até apagar o fogo. É através do fogo que se cria, que dá forma aos utensílios de metal como o machado que corta
a árvore.
As teorias do Yin e do Yang e dos Cinco Movimentos se tornaram então a base da Medicina Tradicional Chinesa.
No Taoísmo, existe uma coerência entre todas as suas formas de expressã o, sejam elas religiosas, espirituais, ou artísticas. Tudo
funciona de maneira holística.
Assim sendo, qualquer teoria se aplica a qualquer arte taoísta como, por exemplo: serve para o Tai Chi Chuan, I Ching, Acupuntura,
Feng Shui, Alquimia, etc.
Portanto, é através de um momento de introspecção e quietude interior (Á gua), onde estamos solidamente enraizados (Madeira),
que podemos chegar aos primeiros movimentos (Fogo). Integrados ao nosso meio (Terra), podemos respirar com harmonia e
suavidade (Metal), e a partir daí, dar inicio a nossa pratica do Tai Ji Quan (Tai Chi Chuan).
Devemos ter em mente que cada um de nó s terá uma predominância de um dos cinco movimentos num dado momento, e que todo o
processo se refere a um momento de evolução em que, Madeira se tornará Fogo e assim por diante. Isso é inerente ao processo.
Essas correspondências não sã o como fó rmulas matemáticas. Elas são variáveis. Tudo é, em relação a alguma coisa. Tudo vai
depender do ponto de referência. A questã o é saber definir em que parte do processo o objeto em questã o está .
O nosso objetivo final com o estudo e aplicação dessas variáveis, seja no Tai Ji Quan (Tai Chi Chuan), no nosso cotidiano ou no nosso
caminho espiritual, é alcançar o equilíbrio de cada uma delas com as demais, e, portanto, chegar a unidade.
“Devemos trabalhar para harmonizar a Á gua com o Fogo e a Madeira com o Metal, para podermos realizar a verdadeira Terra. Isso é
Alquimia”.
Notamos aqui no texto sobre Tai Ji ou Taiji uma continuidade de nossa teoria dos cinco elementos, com uma pequena alteração do
elemento ar para metal. A diferenciaçã o aqui é que vemos os elementos interagindo entre eles, alguns como forças continuas e
consecutivas, outros como forças opostas, mas todas se harmonizado e se equilibrando.
As primeiras referências feitas ao termo TAIJI foram feitas no I-CHING (Livro das Mutaçõ es) durante a Dinastia Zhou. TAI JI significa
“Supremacia”, “Raridade”, “Extremidade” e é a união dos opostos YIN-YANG, princípios có smicos de expansão e contraçã o de energia
originados do WU CHI (Vazio ou poder desconhecido). Segundo a filosofia Taoísta, suas escrituras explicam a criaçã o do Universo
que é a mesma narrada por Cristãos, Hindus, Físicos Teó ricos e outras religiõ es a partir de diferentes perspectivas teó ricas e
científicas.
Vejamos entã o a co-relação dos elementos com animais, partes do corpo humano, etc:
 Elemento Metal (Ar): Outono, Oeste, Planeta Vênus, Pulmões, Nariz, Intestino Grosso e ao Tigre, além de ser a cor da pureza
transcendente e do vazio.
 Elemento Madeira: Primavera, Leste, Planeta Júpiter, Olhos, Vesícula Biliar e ao Dragão Celestial, além de ser a cor da Esperança,
Expansão, Fertilidade, Persistência e Objetividade.
 Elemento Água, Inverno, Norte, Planeta Mercúrio, Rins, Ouvido, Bexiga e a Tartaruga, além de ser a cor da Intuição, Serenidade,
Sinceridade e Realização Espiritual.
 Elemento Fogo, Verão , Sul, Planeta Marte, Língua, Coração, Intestino Delgado e a Fênix, além de ser a cor da felicidade para os
chineses, nobreza, sexualidade, movimento, energia, vitalidade, bandeira chinesa e do sangue.
 Elemento Terra, Meia Estação (Verão Prolongado), Centro, Planeta Saturno, Boca, Pâncreas , Estômago e Serpente, além de ser a cor
da Estabilidade, Equilíbrio, Sinceridade, Fidelidade e uso da razão.

Elemento água, Inverno, Norte, Planeta Mercú rio, Rins, Ouvido, Bexiga e a Tartaruga, além de ser a cor da busca da luz, Concentração,
Criatividade, Relaxamento e Flexibilidade.
Do Tai Ji (Tai Chi) ao Yi Jing (I Ching) – Do Tai Ji à Formação dos 8 Trigramas Básicos
Basicamente, o princípio yang é representado por uma linha cheia, e o princípio yin, por uma linha partida. As linhas yang podem se
transformar em yin e as linhas yin podem se transformar em yang.
O termo Yi denomina o estudo destas linhas: quando são aplicáveis e como, e porque ou sob que circunstâncias se alteram.
Os nú meros ímpares ou yang são normalmente representados por um ponto claro, os nú meros pares ou yin são representados por
um ponto escuro . Os pontos claros representam “partes” do poder do Sol. Os escuros representam “partes” de frio ou ausência de
Sol.
O Qi Yang do Céu XE “Qi Yang do Céu” \i move-se em espirais de sentido anti-horário XE “anti-horário” \i , caracterizando-se como
uma energia descendente, contrátil, que atua do externo para o interno. A sua força é considerada centrípeta XE “centrípeta” \i.
O Qi Yin da Terra XE “Qi Yin da Terra” \i move-se em espirais de sentido horá rio XE “horário” \i , caracterizando-se como uma
energia ascendente, expansiva, que atua do interno para o externo. A sua força é considerada centrífuga.
Entretanto, lembre-se: existe apenas a Energia Una. Se aceitarmos a noção de um Universo unificado, somente poderá existir um
ú nico Qi. A energia não pode ser produzida, não pode ser destruída, e nem pode ser separada de si mesma.
É atribuído a Fu Xi o descobrimento dos primeiros princípios entre Yin e Yang, bem como a formação das bases do que futuramente
foi denominado de Yi Jing (I Ching). Nasce, a partir desse momento, os estudos dos 8 Trigramas e 64 Hexagramas.
Fu Xi utilizou um có digo para caracterizar o padrã o das forças opostas. Foram elas:
Yao (Linha) Inteira = 阳 Yang: representa o Qi do Céu, o princípio Yang, o Sol, o calor, a força centrípeta, o
tempo, o masculino, a atividade, o movimento anti-horário, a noção de que a energia Una que se torna contrátil,
e se materializa.
Yao (Linha) Partida = 阴 Yin: representa o Qi da Terra, o princípio Yin, a Lua, o frio, a força centrífuga, o
espaço, o feminino, a passividade, o movimento horário, a noção de que a energia Una se torna expansiva, e se
espiritualiza.

Num primeiro momento, ele identificou 2 níveis de manifestaçã o – as chamadas linhas da Terra (Di) e do Céu (Tian). É exatamente
dessa interação energética que surgiu a designaçã o dos 8 principais meridianos da Acupuntura.
Tao Teh Ching: “Um produz dois, dois produz três, três produz dez mil coisas”.

Cada Digrama foi associado a Cinco Qualidades do Qi (Wu Xing).


No domínio das Cinco Transformaçõ es – Fogo, Madeira, Metal e Á gua formam a Terra e as estaçõ es.

A partir do casamento do Céu com a Terra, uma terceira força se manifesta (linha do Homem – Ren), formando os 8 Có digos
Primá rios (Trigramas).
No domínio dos 8 Trigramas, produçã o de todos os fenô menos visíveis.
I Ching
O I Ching ao meu ver é um desdobramento detalhado do Taiji, lembre-se que partimos de uma
força ú nica, que podemos, porque não, chama-la divina, que cria outras duas forças, ou quem
sabe, outros dois seres, e a partir de então todos os outros. Não seria errado também
confundirmos os seres com as forças, pois como vimos antes, cada ser vivo está relacionado
diretamente com uma força da natureza e o que veremos no texto I Ching, nada mais é do que
um maior nú mero de características correlacionadas com a natureza influenciando no
pensamento e na personalidade de cada ser.
O I Ching ou Livro das Mutações, é um texto clássico chinês composto de várias camadas,
sobrepostas ao longo do tempo. É um dos mais antigos e um dos ú nicos textos chineses que
chegaram até nossos dias. Ching, significando clássico, foi o nome dado por Confú cio à sua
edição dos antigos livros. Antes era chamado apenas I: o ideograma I é traduzido de muitas
formas, e no século XX ficou conhecido no ocidente como “mudança” ou “mutação”.
O “I Ching” pode ser compreendido e estudado tanto como um oráculo quanto como um livro de sabedoria. Na pró pria China, é alvo
do estudo diferenciado realizado por religiosos, eruditos e praticantes da filosofia de vida taoísta.
As oito figuras que formam o I Ching estã o na base da cultura que se desenvolveu na China durante milênios. Para os chineses a
ordem do mundo depende de se dar o nome correto às coisas, portanto o significado de “I” sempre foi objeto de discussã o.
Alguns veem o ideograma I como semelhante ao desenho de um camaleã o, representando o movimento (como o lagarto) e a
mutação (como o mimetismo do camaleão). Outros afirmam que o ideograma é formado pelo do Sol em cima e o da Lua embaixo, a
mutação sendo simbolizada pelo movimento incessante destes astros no céu.
Para o pensamento chinês, nã o há o que mude, há apenas o mudar. A mutação seria o cará ter mesmo do mundo. Mas a mutaçã o é, em
si mesma, invariável, ela sempre existe. Portanto, “I” significa mutaçã o e não-mutação. Subjaz, à complexidade do universo, uma
‘simplicidade’ que consiste nos princípios que estã o por trás de todos os ciclos. Ao fluir com as circunstâncias se evita o atrito e
portanto a resistência: esse é o caminho do homem sábio.
A origem dos 64 hexagramas é atribuída a Fu Hsi, o criador mítico chinês, e até a dinastia Chou eles formavam o I. Os oito trigramas
têm nomes não encontrados em chinês, sua origem é pré-literária. O I Ching escapou da grande queima de livros feita pelo tirano
Ch’in Shih Huang Ti, no tempo em era considerado um livro de magia e adivinhação, o que levou a escola de magos das dinastias
Ch’in e Han a interpretá-lo segundo outras visõ es A doutrina do yin-yang foi sobreposta ao texto. O sábio Wang Pi veio a resgatá-lo
como livro de sabedoria.

Trigrama
A representação dos oito trigramas desenhados em torno de um mesmo centro é chamado em chinês de Bagua. Os trigramas são
sequências formadas por três linhas, compostas pela combinação de linhas contínuas ( ____ ) e linhas quebradas ( __ __ ).
As linhas contínuas representam o Yang (o convexo, a força, o movimento) enquanto as linhas quebradas representam o Yin (o
cô ncavo, a fraqueza, a quietude).
Estas linhas agrupadas em pares originam os quatro bigramas.
Através da adiçã o de uma linha aos bigramas são constituídos os trigramas, representaçõ es básicas dos fenô menos da natureza.
Os oito Trigramas
Os 8 Trigramas Esta tabela foi construída com os
trigramas desenhados na vertical, o mais
| | 乾 qián Céu usual é representá-los na horizontal,
| considerar a linha mais à esquerda como
: : : 坤 kūn Terra linha inferior
| : : 震 zhè Trovão A representaçã o vertical dos trigramas
n torna mais aparente o motivo pelo qual
: | : 坎 kǎn Água podem ser lidos também como
representaçõ es numéricas pertencentes a
: : | 艮 gèn Montanh
a um Sistema binário. Assim, se tomarmos
o “1” como representaçã o do Yang e o “0”
: | | 巽 xùn Vento
como representação do Yin, o trigrama da
| : | 離 lí Fogo Terra poderia ser escrito como “000” e o
| | : 兌 duì Lago do Céu como “111”.

Descrição de cada Trigrama


Trigram Ideogram Pinyi Imagem Qualidades Outras imagens
a a n natural
Criatividade, força, O Criativo, o cavalo (bom, velho, magro, selvagem), o pai, a cabeça, o
O Céu
乾 Qián iniciativa redondo, o príncipe, o jade, o metal, o frio glacial, o vermelho escuro,
天 um fruto…
Disponibilidade, O receptivo, o búfalo, a mãe, o ventre, um étoffe, um caldeirão, a
A Terra adaptabilidade, economia, a igualdade, o velho com o búfalo, um grande char, a
坤 Kūn referência, senhor
地 multidão, o tronco, o sol noir parmi les autres…
de si
O Trovão Impulsão, mudança O Incitar, o dragão, o 1º filho, o pé, o amarelo escuro, uma grande rue,
震 Zhèn de rota, un roseau ou un jonc…

Profundidade, O Insondável, o porco, o 2º filho, a orelha, les fosses, les pièges, o arco
A Água
坎 Kǎn resiliência, e a flecha, o sangue, o vermelho, a lua, a madeira firme com muitas
水 marcas…
A Rigor, coesão, A Imobilidade, o cão, o filho mais jovem (3º), o caminho tortuoso, as
艮 Gèn Montanha calma, solidez pedras, as portas, os frutos, as sementes, a madeira firme e nova…

O Vento, Penetração, A Suavidade, o galo, a 1ª filha, les cuisses, le corbeau, o trabalho, o
巽 Xùn A Madeira submissão, branco, o longo, o alto, o indeciso…
風 interiorização
Clareza, lucidez, O Aderir, a fênix, a 2ª filha, o olho, o brilhante, o escudo e a armadura,
O Fogo
離 Li vivacidade a lança e os braços, la sècheresse, a tartaruga (la tortue), o caranguejo
火 (le crabe), o escargot (caracol), a árvore ressecada no alto…
Expressividade e A Alegria, o carneiro (le mouton), a filha mais jovem (3ª), a boca (e a
O Lago comunicativo,
兌 Duì língua), a feiticeira, ecraser briser en morceau, a vizinha(la voisine),
澤 alegria, vivacidade o sol duro e sallé…

Tabela dos 64 Hexagramas


Trigrama
qiá zhèn kǎn gèn kūn xùn lí
superior duì
n Trovã Águ Montanh Terr Vent Fog
→ Lago
Céu o a a a o o
inferior ↓
qián
1 34 5 26 11 09 14 43
Céu
zhèn
25 51 3 27 24 42 21 17
Trovão
kǎn
6 40 29 4 7 59 64 47
Água
gèn
33 62 39 52 15 53 56 31
Montanha
kūn
12 16 8 23 2 20 35 45
Terra
xùn
44 32 48 18 46 57 50 28
Vento

13 55 63 22 36 37 30 49
Fogo
duì
10 54 60 41 19 61 38 58
Lago

Lista dos nomes dos 64 Hexagramas


Esta é a tradução para o português dos nomes atribuídos aos 64 hexagramas do I Ching:
01.qián O Criativo 16.yù O Entusiasmo 30.líO Aderir (O Fogo)
02.kūnO Receptivo 17.suí O Seguir 31.xián A Influência (O Cortejar)
03.zhūn A Dificuldade Inicial 18.gǔ O Trabalho sobre o Deteriorado (O 32.héng A Duração
04.mēng A Insensatez Juvenil Trabalho sobre o Corrompido) 33.dùnA Retirada
05.xû A Espera 19.lín A Aproximação 34.dà zhuàng O Poder do Grande
06.sòng O Conflito 20.guān A Contemplação 35.jìn O Progresso
07.shī O Exército 21.shì kè O Morder 36.míng yí O Obscurecimento da Luz
08.bì A Solidariedade (A União) 22.bì A Graciosidade (Beleza) 37.jiā rén A Família
09.xiǎo chùO Poder de Domar do Pequeno 23.bō A Desintegração 38.kuíA Oposição
10.lǚ A Trilha (A Conduta) 24.fù O Retorno (O Ponto de Mutação) 39.jiǎnO Obstáculo (A Obstrução)
11.tài A Paz 25.wú wàngA Inocência 40.jiě A Liberação
12.pǐ A Estagnação 26.dà chù O Poder de Domar do Grande 41.sǔnA Diminuição
13.tóng rénA Comunidade com os Homens 27.yí O Prover Alimento (As Bordas da Boca) 42.yì O Aumento
14.dà yǒu Grandes Posses 28. dàguò A Preponderância do Grande 43.guài A Determinação (O Irromper)
15.qiān A Humildade (Modéstia) 29.kǎnO Abismal (A Água; O Insondável) 44.gòuVir ao Encontro
45.cuìA Reunião 52.gènA Quietude (A Montanha) 58.duìA Alegria (O Lago)
46.shēng A Ascensão 53.jiànO Desenvolvimento (O Progresso 59.huàn A Dispersão (A Dissolução)
47.kùnA Opressão (A Exaustão) Gradual) 60. jiéA Limitação
48.jǐngO Poço 54.guī mèi A Jovem que se Casa 61.zhōng fúA Verdade Interior
49.gé A Revolução 55.fēng A Abundância (A Plenitude) 62.xiǎo guòA Preponderância do Pequeno
50.dǐng O Caldeirão 56.lǚ O Viajante 63.jì jìApós a Conclusão
51.zhèn O Incitar (A Comoção; O Trovão) 57. xùn A Suavidade (O Penetrante; O Vento) 64.wèi jì Antes da Conclusão

Os Cinco Sentidos
Do ponto de vista da biologia e ciências cognitivas, os seres vivos são dotado de cinco sentidos (capacidades) que lhe possibilita
interagir com o mundo exterior (pessoas, objetos, luzes, fenô menos climáticos, cheiros, sabores, etc.), perceber e reconhecer outros
organismos e as características do meio ambiente em que se encontram. Através de determinados ó rgãos do corpo humano, são
enviadas ao cérebro as sensaçõ es, utilizando uma rede de neurô nios que fazem parte do sistema nervoso. O adjetivo correspondente
aos sentidos é sensorial.

Os animais normalmente têm ó rgãos especializados para essas funçõ es. No Humano, são
geralmente considerados cinco sentidos e os ó rgã os onde residem:
 A visão reside na retina, é a capacidade de visualizar objetos e pessoas. O olho capta a
imagem e envia para o cérebro, para que este faça o reconhecimento e interpretação;
 A audição reside na cóclea, no ouvido interno, é a capacidade de ouvir os sons (vozes,
ruídos, barulhos, músicas) provenientes do mundo exterior. O ouvido capta as ondas
sonoras e as envia para que o cérebro faça a interpretação daquele som;
 O paladar reside nas papilas gustativas da língua, Este sentido (capacidade) permite ao ser
humano sentir o gosto (sabor) dos alimentos e bebidas. Na superfície de nossas línguas
existem milhares de papilas gustativas. São elas que captam o sabor dos alimentos e
enviam as informações ao cérebro, através de milhões de neurônios;
 O tato reside nos terminais nervosos da pele, É o sentido que permite ao ser humano sentir
o mundo exterior através do contato com a pele. Abaixo da pele humana existem neurônios
sensoriais. Quando a informação chega ao cérebro, uma reação pode ser tomada de acordo com a necessidade ou vontade;
 O olfato reside na pituitária, dentro do nariz, Sentido relacionado à capacidade de sentir o cheiro das coisas. O nariz humano possui a
capacidade de captar os odores do meio externo. Estes cheiros são enviados ao cérebro que efetua a interpretação.

Visão
“Visão constitui um dos cinco sentidos, nos permite enxergar as belezas e as diversidades do mundo. É uma percepção muito
importante para os seres vivos em especial para o homem, pois é através dela que podemos distinguir as coisas através de imagens,
podemos guardar as feiçõ es de uma pessoa na memó ria, entre outras.
Há diferenças no tipo de visão entre os animais, cada um com suas peculiaridades. A visã o humana é super complexa, pois há partes
específicas para detectar a luz e partes para detectar as imagens e interpretá-las. A visã o humana é composta pelos olhos, os quais
possuem em seu interior a retina, essa por sua vez é composta por cones e bastonetes, locais onde são realizados os primeiros passos
para o processo perceptivo. Os dados visuais sã o transmitidos pela retina, por meio do nervo ó ptico e do nú cleo geniculado lateral,
para o có rtex cerebral. É no cérebro que ocorre o processo de análise e interpretaçã o que nos permitirá reconstruir as distâncias,
movimentos, cores e formas de objetos, animais, pessoas, entre outros.” (Eliene Percília)
A visão ativa ocorre progressivamente. No momento da visão, partículas luminosas, denominadas fó tons viajam do objeto até o olho
e passam pelo cristalino onde sã o refratados e focados na retina, no fundo do olho. Aqui, os raios luminosos são transformados em
sinais elétricos e transmitidos por neurô nios até o centro da visã o na parte posterior do cérebro.
A radiaçã o eletromagnética, gerada por uma fonte natural ou artificial de luz e refletidas pelo ambiente estã o percorrendo o espaço
até o seu olho, entrando em sua retina e sendo transformadas em impulsos elétricos que percorrem seus neurô nios até o ponto o seu
cérebro onde as diferentes frequências de luz que se transformaram em diferentes frequências de impulsos elétricos em seu cérebro,
que os interpreta como cores.
Podemos notar aqui uma relaçã o entre a visão e o Elemento Fogo (luz), é ele que através dos olhos fazem a conexã o com o mundo
externo, enviando as informaçõ es para o cérebro onde tudo é processado

Audição
“A audição é um dos cinco sentidos básicos cuja funçã o é captar os sons existentes no meio em que vivemos e enviá-los ao có rtex
cerebral. Os sons ou barulhos são originados pelas ondas sonoras liberadas no ar sofrendo compressã o e descompressã o. Devido às
diferenças na frequência de cada onda sonora ouvimos diferentes sons.
A orelha é um ó rgão sensível que capta as ondas sonoras para que nosso organismo inicie o processo de percepçã o e interpretaçã o
do som. Ao entrar pelo canal auditivo as ondas sonoras fazem com que ocorram vibraçõ es nos tímpanos (membrana timpânica) que
é uma pele fina e rígida que divide o canal auditivo e o ouvido médio. Os tímpanos também são os ú nicos elementos sensitivos do
ouvido já que os outros elementos apenas repassam as informaçõ es interpretadas por ele.
O ouvido médio, juntamente com a garganta, controla a pressã o do ar que chega aos tímpanos fazendo com que esse consiga se
movimentar para frente e para traz. O ouvido médio e a garganta sã o ligados pela tuba auditiva ou trompa de Eustáquio e ao
receberem o ar esses o liberam para os tímpanos fazendo com que a pressão do ar seja igual. Apó s esse procedimento as ondas
sonoras passam a ser levadas ao có rtex cerebral pela có clea, tubo ó sseo cheio de líquido que são empurrados pelos ossículos.
Os ossículos do ouvido interno sã o três pequenos ossos alinhados que fazem ligação do ouvido interno com os tímpanos, os ossos
martelo, bigorna e estribo. Esses ligados entre si se movimentam de acordo com a pressã o do ar recebida no tímpano agindo como
ampliadores de força.
Na có clea, se localiza o ó rgão de Corti, local cheio de células ciliares que se movem a partir da força enérgica enviando um impulso
elétrico ao nervo da có clea. O nervo da có clea envia os impulsos ao có rtex cerebral para ser interpretado determinando o tom de
cada som.” ( Por Gabriela Cabral)
As vibraçõ es das moléculas de ar viajam até os seus ouvidos, que por sua vez, utilizando mecanismos internos do aparelho auditivo,
transforma estas vibraçõ es em impulsos elétricos que novamente percorrem os neurô nios em seu cérebro até a parte do cérebro que
interpreta estes impulsos como sons.
E assim é o mesmo para os outros sentidos, que no final das contas serã o sinais elétricos interpretados em seu cérebro.
O Sentido da audição já é algo mais ligado ao Elemento Ar, pois é através dele que nos é trazido até os ouvidos as ondas sonoras

Paladar
“O paladar é um sentido dos organismos animais, induzindo à percepçã o do sabor, o gosto das substâncias que compõ em
normalmente o hábito alimentar de um determinado animal.
Essa capacidade ocorre devido à existência de diferentes tipos de células sensoriais, denominadas papilas gustativas, situadas ao
longo da língua (ó rgão muscular posicionado na parte ventral da boca), em regiõ es específicas.
As papilas captam quimicamente as características do alimento, transmitindo a informação através de impulsos nervosos até o
cérebro, que codifica a informação, permitindo identificar os quatro sabores básicos: azedo, amargo, doce e salgado.
Esse sentido está intrinsecamente associado ao olfato (cheiro) e à visão, em consequência da mediaçã o realizada por epitélios
portadores de células quimiorreceptoras especializadas que estão localizadas entre a cavidade nasal e o palato, bem como os
fotorreceptores visuais que estimulam a degustaçã o.” (Krukemberghe Fonseca)
O sentido do paladar já tem uma conexã o direta com o Elemento Terra, pois está ligado a nossa alimentaçã o e a sensação de sabores.
Através deste sentido é que temos o prazer de degustar um alimento de forma prazerosa, assim ingerimos o que vem da terra, seja
ele animal ou vegetal.

Tato
O sentido do tato não se encontra em uma regiã o específica, pois todas as regiõ es do organismo possuem mecanorreceptores
responsáveis pela percepçã o do toque, termoceptores responsáveis pela percepção do frio e do calor e terminaçõ es nervosas livres
responsáveis pela percepçã o da dor que muda apenas de intensidade.
Os mecanorreceptores são divididos em Corpú sculos de Pacini, responsáveis pela percepção da pressão; Corpú sculos de Meissner e
Discos de Merkel, responsáveis pelas movimentaçõ es leves; e Corpú sculos de Ruffini, responsável pela percepção de distensõ es na
pele.
Os termoceptores reagem de acordo com a temperatura externa, ou seja, os receptores para o frio são estimulados quando a
temperatura externa é fria e os receptores para o calor são estimulados quando a temperatura externa é quente. As terminaçõ es
nervosas livres reagem a estímulos mecânicos, térmicos e químicos.
Há também corpú sculos em regiõ es mais profundas que sã o responsáveis pela percepçã o de pressõ es fortes e vibraçõ es. São eles os
lábios, papilas mamárias, clitó ris e o pênis. (Por Gabriela Cabral)
Você agora está sentado em uma cadeira, e as partes de seu corpo que estã o em “contato” com a cadeira, estão interagindo as a
energia dos átomos da cadeira, que estã o repelindo os átomos do seu corpo. Esta interação é transportada, pelos seus nervos em
forma de impulsos elétricos até o seu cérebro que interpreta a sensaçã o de toque ou tato e “sente” as partes do seu corpo que estão
em contato com a cadeira.
O sentido do tato é o ú nico que se relaciona com todos os elementos. Através do tato podemos interagir com a terra, água, ar, fogo e
madeira.

Olfato
O olfato é um dos cinco sentidos básicos originado por estímulos do epitélio olfativo que se encontra nas cavidades nasais. Esse é o
ú nico sentido diretamente ligado às emoçõ es e ao depó sito de memó rias. O epitélio olfativo abriga aproximadamente 20 milhõ es de
células sensoriais onde cada célula possui seis pêlos sensoriais também conhecidos como cílios. É bastante sensível, basta pequenas
quantidades de moléculas para estimulá-lo, mas só consegue perceber um cheiro a cada vez.
O ó rgão olfativo é a mucosa amarela que reveste a camada superior das fossas nasais. É rica em limitaçõ es nervosas que ao entrar em
contato com as moléculas dissolve-as pelo muco e penetra pelo ó rgã o olfativo alcançando os prolongamentos sensoriais. Tal reação
promove impulsos nervosos nas células olfativas atingindo os axô nios. Formam-se a partir de um espessamento epidérmico no
crânio. A mucosa vermelha rica em vasos sanguíneos abriga as glândulas responsáveis por isolar o muco, deixando o nariz ú mido.
Cada receptor olfativo, ou seja, os nervos receptores que captam as moléculas de odor são codificados por um gene específico e o
mau funcionamento desses ou algum dano provocado por uma lesão pode impedir que um indivíduo sinta o cheiro de algo
específico. Dentre as disfunçõ es provocadas nos ó rgã os olfativos podemos destacar a anosmia que é a perda total ou parcial do olfato,
cacosmia que é a percepçã o de odores desagradáveis de forma alucinó gena, fantosmia que é a percepçã o de odores desagradáveis ou
não sem que haja estímulos, hiperosmia que é a percepção exagerada e anormal do olfato e ainda parosmia que é a perversão do
olfato. (Por Gabriela Cabral
O olfato é um sentido ligado diretamente ao elemento ar, que conduz e transmite as sensaçõ es olfativas.
O Cérebro é um ó rgão que talvez tenha relação direta com nosso espírito, alma ou chakara, seja lá qual nome você tenha crença, é ele
quem interpreta uma informaçã o, mas de fato, ele nunca terá o contato direto com a coisa “real”, já que ele (o cérebro) está
condenado a viver em uma caixa escura durante toda a vida. Ele não pode ter acesso a realidade que está a sua frente. Tudo o que ele
pode fazer é interpretar uma informação que chegou até ele e deduzir que a coisa é isso mesmo, como ele as interpreta.
Na verdade nunca teremos acesso ao mundo real, sempre teremos o que teremos sempre serã o meras interpretaçõ es enviadas pelos
cinco sentidos, ou seja, informaçõ es que chegam ao seu cérebro. Tudo o que você vê, está sendo formado dentro do seu cérebro e
você nã o está vendo a realidade com talvez ela seja, o que você está vendo agora, é uma imagem formada dentro do seu cérebro. Nó s
só conhecemos o mundo exterior apenas da forma que nos é apresentado pelos nossos cinco sentidos.
A luz que você “vê” agora, de fato não está chegando até o seu cérebro, pois este está protegido em uma caixa escura (O seu crânio) e
assim será até o ú ltimo de seus dias.

Vitrúviu, o homem e a arquitetura


No Renascimento, os ensinamentos de Vitrúvio passam novamente a ganhar grande importância. É nessa época que os seus livros
são traduzidos para a língua italiana. Os dados antropométricos apresentados por ele, são desenhados por Leonardo Da Vinci (± em
1490) no seu célebre trabalho “L’Uomo di Vitruvio” (O Homem de Vitrúvio).
Nessa referida ilustraçã o são apresentadas as teorias de Vitrúvio. Um dos exemplos é colocar um homem com os braços e mãos bem
estendidos. A medida obtida entre uma mã o até a outra é equivalente à medida da sua altura. Coisa simples! Mas é com isto que
Vitrúvio demonstra a proporcionalidade entre as partes do corpo do homem e chama a atenção para o entendimento de projetar as
edificações a partir do mesmo princípio. As diferentes partes do corpo do homem formam um interessante conjunto de proporçõ es que
cabem em um círculo, bem como em um quadrado. Para Vitrúvio a arquitetura deveria seguir o mesmo entendimento de ter a
proporcionalidade das partes para completar o todo harmoniosamente, pois as partes formam o todo. Para ele a composição dos
“recintos dos deuses imortais”, ou seja: os templos, depende da proporção. Para ele “nenhum templo pode ser bem composto sem
que se considere alguma proporçã o ou semelhança, a nã o ser que tenha exatas proporçõ es, como as dos membros segundo uma
figura humana bem constituída”.

Homem Vitruviano (desenho de Leonardo da Vinci)


http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Da_Vinci_Vitruve_Luc_Viatour.jpg
O Homem Vitruviano é um desenho famoso que acompanhava
as notas que Leonardo da Vinci fez ao redor do ano 1490 num
dos seus diários. Descreve uma figura masculina desnuda
separadamente e simultaneamente em duas posiçõ es
sobrepostas com os braços inscritos num círculo e num
quadrado. A cabeça é calculada como sendo um oitavo da altura
total. À s vezes, o desenho e o texto são chamados de Cânone das
Proporçõ es.
O desenho atualmente faz parte da colecçã o/coleçã o da Gallerie
dell’Accademia (Galeria da Academia) em Veneza, Itália.
Examinando o desenho, pode ser notado que a combinação das
posiçõ es dos braços e pernas formam quatro posturas
diferentes. As posiçõ es com os braços em cruz e os pés são
inscritas juntas no quadrado. Por outro lado, a posição superior
dos braços e das pernas é inscrita no círculo. Isto ilustra o

Homem Vitruviano – Leonardo da Vinci, 1490 – Lápis e tinta sobre


papel – 34 × 24 cm –Gallerie dell’Accademia – seu célebre trabalho
“L’Uomo di Vitruvio” (O Homem de Vitrúvio).
princípio que na mudança entre as duas posiçõ es, o centro aparente da figura parece se mover, mas de fato o umbigo da figura, que é
o verdadeiro centro de gravidade, permanece imó vel.
O Homem Vitruviano é baseado numa famosa passagem do arquiteto romano Marcus Vitruvius Pollio na sua série de dez livros
intitulados de De Architectura, um tratado de arquitetura em que, no terceiro livro, ele descreve as proporçõ es do corpo humano:
 Um palmo é a largura de quatro dedos;
 Um pé é a largura de quatro palmos;
 Um antebraço ou cúbito é a largura de seis palmos;
 A altura de um homem é quatro antebraços (24 palmos);
 Um passo é quatro antebraços;
 A longitude dos braços estendidos de um homem é igual à altura dele;
 A distância entre o nascimento do cabelo e o queixo é um décimo da altura de um homem;
 A distância do topo da cabeça para o fundo do queixo é um oitavo da altura de um homem;
 A distância do nascimento do cabelo para o topo do peito é um sétimo da altura de um homem;
 A distância do topo da cabeça para os mamilos é um quarto da altura de um homem;
 A largura máxima dos ombros é um quarto da altura de um homem;
 A distância do cotovelo para o fim da mão é um quinto da altura de um homem;
 A distância do cotovelo para a axila é um oitavo da altura de um homem;
 O comprimento da mão é um décimo da altura de um homem;
 A distância do fundo do queixo para o nariz é um terço da longitude da face;
 A distância do nascimento do cabelo para as sobrancelhas é um terço da longitude da face;
 A altura da orelha é um terço da longitude da face.

Vitrúvio já havia tentado encaixar as proporçõ es do corpo humano dentro da figura de um quadrado e um círculo, mas suas
tentativas ficaram imperfeitas. Foi apenas com Leonardo que o encaixe saiu corretamente perfeito dentro dos padrõ es matemá ticos
esperados.
O redescobrimento das proporçõ es matemáticas do corpo humano no século XV por Leonardo e os outros é considerado uma das
grandes realizaçõ es que conduzem ao Renascimento italiano.
O desenho também é considerado frequentemente como um símbolo da simetria básica do corpo humano e, para extensão, para o
universo como um todo. É interessante observar que a área total do círculo é idêntica ‘a área total do quadrado e este desenho pode
ser considerado um algoritmo matemático para calcular o valor do nú mero irracional Phi (=1,618).

Proporção áurea

A Proporçã o áurea ou Nú mero de Ouro ou Nú mero Á ureo é uma constante transcendente assim chamada por ser um nú mero da
categoria transcendente. Nú mero tal, que há muito tempo é empregada na arte. Também é chamada de: razão áurea, razão de ouro,
divina proporção, proporçã o em extrema razão, divisão de extrema razão.

Muito frequente é a sua utilizaçã o em pinturas renascentistas. Este nú mero está envolvido com a natureza do crescimento. Phi, como
é chamado o nú mero de ouro, pode ser encontrado na proporçã o em conchas (o nautilus, em exemplo), seres humanos (o tamanho
das falanges, ossos dos dedos, por exemplo), até na relação dos machos e fêmeas de qualquer colmeia do mundo, e em inú meros
outros exemplos que envolvem a ordem do crescimento.
Justamente por estar envolvida no crescimento, este nú mero se torna tão frequente. E justamente por haver esta frequência, o
nú mero de ouro ganhou um status de “quase mágico”, sendo alvo de pesquisadores, artistas e escritores. Apesar deste status, o
nú mero de ouro é apenas o que é devido a natureza em que está: está envolvido em crescimentos bioló gicos, por exemplo.
Como é um nú mero extraído da sequência de Fibonacci, representa diretamente
uma constante de crescimento.
O nú mero áureo é retirado da proporção desta sucessã o numérica e, como
outras constantes, pode ser aplicada. E o foi em obras como O Nascimento de
Vênus, quadro de Botticelli, em que Afrodite está na proporção áurea. Esta
proporção estaria ali aplicada pelo motivo do autor representar a perfeição da
beleza.
Na histó ria da arte renascentista a perfeição da beleza em quadros foi bastante
explorada em base desta constante.

Proporção áurea em retângulos


Phi tem este nome em homenagem ao arquiteto grego Phidias, construtor do Partenon e que utilizou o nú mero de ouro em muitas de
suas obras. Algumas correntes místicas acreditam que objetos cujas dimensõ es sejam relacionadas a Phi, harmonizam-se com a
glândula pineal, o que provocaria ou estimularia uma sensação de beleza e harmonia no ser humano. O homem sempre tentou
alcançar a perfeição seja nas pinturas, nos projetos arquitetô nicos ou até nas mú sicas. A partir daí os gregos criaram o retângulo
dourado. Trata-se do retângulo no qual a proporção entre o comprimento e a largura é aproximadamente o nú mero Phi, ou seja,
1,618. Assim eles fizeram o Pathernon e muitos outros edifícios.
O Homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci. As ideias de proporção e simetria aplicadas à concepção da beleza humana. Os Egípcios
fizeram o mesmo com as pirâmides. Por exemplo, cada bloco da pirâmide era 1,618 vezes maior que o bloco do nivel a cima. As
câmaras no interior das pirâmides também seguiam essa proporçã o, de forma que os comprimentos das salas são 1,618 vezes maior
que as larguras.
Atualmente essa proporção ainda é muito usada. Ao padronizar internacionalmente algumas medidas usadas em nosso dia a dia, os
projetistas procuraram “respeitar” a proporçã o divina. Por exemplo, meça o comprimento de seu cartã o de crédito e divida pela sua
largura. Você irá encontrar um nú mero pró ximo de 1,618. É claro que existirão erros devido às milimétricas variaçõ es entre os
diferentes fabricantes e a imprecisã o da medida de um régua convencional.

Proporções áureas em uma mão

Mas por que esse nú mero é tã o apreciado por artistas, arquitetos, projetistas e
mú sicos? Porque a proporçã o aurea, como o nome sugere, está presente na
natureza, no corpo humano e no universo. A proporção entre abelhas fêmeas e
machos em qualquer colmeia é 1,618. A proporção com que o raio do interior da
concha de um caramujo cresce é de 1,618. A proporção entre a medida do seu
ombro à ponta do seu dedo e a medida do seu cotovelo à ponta do seu dedo
também é de 1,618. Bem como a medida do seu quadril ao chão em relação à
medida do seu joelho ao chã o. Essas proporçõ es anatô micas foram bem
representadas pelo “Homem Vitruviano”, obra de Leonardo Da Vinci.

Expansão decimal

O valor da proporção á urea pode ser descoberto facilmente numa calculadora pelas expressão:
Agora você pode dizer: ta e daí qual a relaçã o disso tudo?
Então vamos por partes juntar os itens de nosso quebra cabeças. Bom segundo os textos anteriores
“(…)É interessante observar que a área total do círculo é idêntica ‘a área total do quadrado e este desenho pode ser considerado um algoritmo
matemático para calcular o valor do número irracional Phi (=1,618).”
“(…)Apesar deste status, o número de ouro é apenas o que é devido a natureza em que está: está envolvido em crescimentos biológicos, por
exemplo. Como é um número extraído da sequência de Fibonacci, representa diretamente uma constante de crescimento.”
“(…)Esta figura apresenta o número áureo como um padrão, e isso lhe da beleza e perfeição. E acontece de os três primeiros dias da criação
estarem em versículos que marcam uma serie de “Fibonacci”, que tem razão de crescimento o número áureo.(…)”

“A série de Fibonacci é uma sequência na qual um número qualquer da série é a soma dos dois anteriores e onde a razão entre dois números
consecutivos da série é igual a uma constante universal.”
Aqui algumas das ligaçã o ló gica já encontradas nos textos anteriores: Homem Vitruviano > Nú mero Phi > Série Fibonacci > Os Cinco
Elementos. Posteriormente estaremos fazendo mais detalhamentos sobre estas relaçõ es demonstrando que nada existe e acontece
por acaso.

A natureza dos elementos


A tradição grega nos ensina que são 4 os elementos: água, fogo, terra e ar. Mas os chineses afirmam que são 5:  madeira, fogo, terra,
metal e água.
Afinal, quem tem razã o, ocidente ou oriente?
Saber quem tem razã o quanto ao nú mero de elementos que compõ em a natureza é tarefa sem sentido. Quanto ao que eles
representam, entretanto, parece haver uma aproximação de conceitos entre gregos e chineses. Os elementos são a essência das
forças existentes na natureza, forças estas que interagem entre si, regendo por meio de suas variadas combinaçõ es todos os
fenô menos da vida, em escala tanto primária quanto complexa.
Os antigos gregos identificaram quatro elementos primordiais, que se contrastavam dois a dois: água e fogo, ar e terra. Cada um
deles, entretanto, era dedução ó bvia da combinaçã o de duas qualidades distintas, espécie de essência por detrás da essência que,
misturadas, geravam as manifestaçõ es elementares. Assim, da mesma forma que a Á gua era fruto da combinaçã o do frio com a
umidade, o Fogo seria resultado da interação entre o quente e o seco; já o Ar, traria em si a reunião de outras duas qualidades, quente
e ú mido, distinguindo-se assim da Terra que, embora sendo seca, preferiu ser fria.
Indo além, os primeiros filó sofos gregos, nomeados pré-socráticos, indagavam-se sobre aquilo que pudesse haver por detrás destas
qualidades “primevas” que explicasse as diferentes manifestaçõ es da natureza e pudesse solucionar o sempiterno mistério da vida.
Os gregos perscrutavam a “phísis” (a natureza) no intuito de alcançarem a origem do Cosmos. Para Tales de Mileto (séc.VI a.C.), por
exemplo, a vida provinha da água (e muitos cientistas assim o crêem em nossos tempos); Anaximandro, seu discípulo, imaginou o
“apeiron” (o ilimitado) como fonte primordial da natureza, e Anaxímenes (séc.V a.C.), o terceiro grande nome da Escola de Mileto,
dizia ser o “pneuma”, isto é, o ar, a causa primeira por detrás de toda existência. Já o mestre Pitágoras (580-489 a.C.), primeiro dos
pré-socráticos a intitular-se filó sofo, fazendo-o entretanto na acepção literal do termo, já que nã o se julgava sábio mas declarava-se
com afinidade pela sabedoria, acreditava ser o fogo o elemento sutil a alimentar todo o Universo (e não estava errado, já que as
estrelas todas, além do sol que nos mantém, são naturalmente fogo). Por detrás de sua “mô nada” ou princípio estrutural e
organizador da vida, estaria o fogo interior ou invisível, substância etérea, distinta do fogo comum que nossos sentidos percebem
queimar, a servir de fonte de energia do Universo.
Até então os elementos eram tidos apenas isoladamente como agentes primordiais da vida. Quem primeiro os relacionou em seu
conjunto a todas as manifestaçõ es da natureza foi Empédocles (504-443 a.C.). O sábio defendia entusiasticamente sua doutrina
cosmogô nica considerando os elementos como “rhizomata”, isto é, raízes permanentes da vida. Misturando-se entre si em diferentes
proporçõ es, produziriam todas as coisas temporais. Os quatro elementos seriam, portanto, forças perenes a sustentar todas as
condiçõ es mutáveis e passageiras. Anaxágoras de Clazô mena (500-428 a.C.) assimilou esta doutrina mas, aprofundando-se nela,
chegou ao conceito de “homeomerias”, para ele substâncias primá rias infinitas em nú mero e em qualidades, descritas como
partículas infinitesimais de matéria. Homogêneas e invisíveis, as homeomerias, a despeito de sua exiguidade seriam responsáveis
por tudo aquilo que podemos ver, capazes que são de se aglutinarem em coacervados para formar todas as coisas, desde as mais
simples às mais complexas. Neste raciocínio, todas as coisas existentes trariam potencialmente em sua essência, todas as
possibilidades de desdobramento e combinaçõ es permitidas às homeomerias, de modo que uma simples lasca de madeira,
intrinsecamente, teria um pouco de tudo aquilo que há no Universo. Apresentar-se-ia como madeira porque as homeomerias deste
material estariam nela mais concentradas do que todas as demais. Talvez tenha sido Anaxágoras o primeiro homem a imaginar algo
próximo do conceito de fractais. Sua concepçã o holográfica do mundo intriga até hoje os cientistas da mecânica quântica.
Fato concreto é que a teoria dos quatro elementos influiu sobremaneira sobre o pensamento médico de Hipó crates (460-370 a.C.),
que associou a cada um deles um temperamento, classificando a partir daí os indivíduos. Afinal, as qualidades “primevas” não
poderiam deixar de estar presentes também na alma humana, decretando traços de nosso comportamento, e da mesma forma
relacionadas a toda uma série de doenças pró prias de cada um dos quatro tipos de caráter assim determinados. Segundo o pai da
medicina, o sangue era quente; a fleuma, fria; a bile negra, ú mida; e a amarela, seca. Isto distinguia quatro tipos de indivíduos,
sanguíneos, fleumáticos, coléricos e biliosos. Hipó crates propunha tratar o estado fleumático ou de deficiência (frio) excessiva pela
estimulaçã o (massagens) e administraçã o de alimentos ou remédios quentes, bem como para os estados febris (quente) preconizava
o resfriamento corporal, por meio de banhos ou bebidas.
Mas enxergar a dicotomia inerente a todos os fenô menos naturais não era privilégio da medicina hipocrática. No Oriente,
possivelmente alguns milhares de anos antes da antiguidade clássica, encontramos exatamente o mesmo princípio de dualidade
existente por detrás de todos os seres, animados ou inanimados. Estamos falando de Yin e Yang, forças de naturezas completamente
opostas mas paradoxalmente complementares entre si, conforme o expressa o taoísmo, concepção religiosa e cosmogô nica dos
chineses que repercutiu por toda a vida prá tica desta milenar cultura, influenciando obviamente o pensamento médico oriental.
Assim como os filó sofos pré-socráticos, os chineses se perguntavam acerca da essência ú ltima do Universo, e há tempos já haviam
batizado de Chi a energia vital onipresente e eterna. Os japoneses a denominam Ki, os hindus a chamam de Prana, os egípcios da
antiguidade a representavam em seus hieró glifos pela cruz ansata, ou “Ankh”, a significar o “sopro de vida”, e o grego Aristó teles
discorreu amplamente sobre tal instância primordial em sua “Metafísica”, colocando-a em seu complexo conceito de “substância”.
Embora atribua-se ao sábio Lao-Tse, (séc. VI a.C.) a base filosó fica do taoísmo, escrita que está nos 81 aforismos de seu poema
sagrado intitulado “Tao Te King” (traduzível por “Caminho de Sabedoria”), milhares de anos antes dele o pensamento chinês já
admitia uma energia ú nica a permear todas as coisas do Universo. Huang Ti, o Imperador Amarelo, personagem ao mesmo tempo
real e lendária que teria vivido e governado a China por volta de 2700 a.C. já expressava este conceito em seu famoso “Tratado de
Medicina Interna”, conhecido por “Nei Ching Su Wen”. As doenças todas seriam nada mais que consequência da falta de harmonia ou
do desequilíbrio entre Yang, o quente, e Yin, o frio. Também seriam resultado de condiçõ es debilitantes causadas quer por excesso
quer por deficiência de Chi, conforme sua instabilidade, devido ao predomínio acentuado de uma destas polaridades sobre a outra.
O Cosmos inteiro, segundo a concepçã o taoísta, estaria exercitando uma eterna dança harmô nica e cíclica, resultado da perfeita
interação dinâmica destas duas forças. O lado claro das montanhas, parte sul, que recebe o sol, os chineses denominaram Yang, cuja
tradução aproximada seria “estandartes tremulando sob o sol”; ao lado norte e sombrio das cordilheiras, deram o nome Yin, cujo
sentido mais pró ximo nos dá a ideia de “sombras, repouso ou tranquilidade”. Yang é, assim, o princípio masculino que se contrasta ao
feminino Yin; é atividade e movimento em oposição à passividade e ao repouso. Enquanto Yang se exterioriza, Yin se compenetra.
Yang é extrovertido e consciente; Yin, além de inconsciente e a pró pria introversã o.
Curiosamente, Empédocles, do outro lado do mundo chegou a dizer praticamente a mesma coisa quando afirmou que duas forças
antagô nicas, Amor e Luta, eram os princípios ativos existentes por detrás dos quatro elementos, e que de sua interaçã o dependia o
equilíbrio do Cosmos. Amor unia os elementos, conquanto a Luta os separava. Deste jogo permanente de forças, tudo se cria e se
transforma.
A criatividade chinesa associou ainda nú meros a estas duas naturezas; Yang, por ser ativo, símbolo do Céu, criador em sua natureza,
é quem começa o jogo da vida; por isso recebe o nú mero 1. Yin, que infalivelmente responde ao chamado de Yang com sua
receptividade; representa a mã e Terra, e recebe o nú mero dois a expressar a dualidade presente nos nú meros pares. Daí por diante,
Yang será sempre ímpar; Yin, par. Se representarmos a base estrutural da vida pelo primeiro ciclo de nú meros naturais, teremos
entã o Yang como a soma dos ímpares 1+ 3 + 5 + 7+ 9 = 25. Este é o nú mero do Céu. Yin, de mesma forma, será o montante dos pares:
2 + 4 + 6 + 8 + 10 = 30, o nú mero da Terra. Para que o Universo fique fechado em si mesmo e portanto perfeito, sem começo nem fim,
a diferença entre Céu e Terra deve ser preenchida. Intuíram então os chineses que, somando seus cinco elementos à Terra teriam o
Universo inteiro em suas mã os, dinamicamente equilibrado. E é por meio deles que nos reportamos ao Céu (30 – 25 = 5). E foram
batizados de Madeira, Fogo, Terra, Metal e Á gua.
Guardadas as diferenças entre as duas concepçõ es, a grega e a taoísta, o que de semelhante há entre elas é que tanto Ocidente quanto
Oriente valem-se dos elementos quando querem representar o todo integrado em que se traduz a natureza. Se os cinco elementos
dos chineses permitem a ligaçã o entre o Céu e a Terra (o divino e o humano), os gregos, por sua vez se inspiraram nas quatro
estaçõ es climáticas como forma de expressar a perfeição divina, já que o conjunto de seus quatro elementos nos confere a sensaçã o
de algo completo, cujo transcorrer é cíclico, permitindo-nos a cada ano observar o Cosmos desfilando à nossa volta.
Sejam quatro ou cinco os elementos concebidos, o principal está em sua funçã o, que é a mesma para estas diferentes tradiçõ es. Eles
resgatam uma verdade que paira acima dos limites entre Ocidente e Oriente, já que não nos deixa esquecer de que o Cosmos, além de
íntegro e perfeito, permite-nos a transcendência, a relação com instâncias que se situam além de nossa consciência, da mera
condição humana. Ademais, nem Hipó crates nem os chineses em sua milenar medicina deixaram de frisar: Os elementos estão
também dentro de nó s, pois somos nó s a natureza, e nosso comportamento pode ser classificado conforme suas qualidades
intrínsecas.
Também para os chineses era evidente a relaçã o entre as estaçõ es e os elementos, ainda que o problema fosse fazer caber 5
elementos em 4 estaçõ es. Bem, a sabedoria oriental logo encontrou uma simples e perfeita solução para o dilema, e ainda associou a
cada um dos elementos um ó rgã o e uma víscera, um animal, uma cor, um sabor, uma nota musical, um temperamento etc.,
assinalando assim que tudo na natureza encontra-se de certa maneira entrelaçado. Isto é, cada uma das partes do Universo reflete o
todo absoluto. Em suma, apenas outra forma de se dizer a verdade a que chegara Anaxágoras com seu conceito de homeomerias.
Por analogia, maneira particularmente oriental de se observar os fenô menos da natureza, a Madeira foi associada à primavera,
período em que a energia Chi é ascendente, já que as árvores e as plantas brotam e crescem facilmente nesta estaçã o. Na prática
médica, Madeira corresponde ao Fígado e à Vesícula Biliar. Ao Fogo relacionaram o calor do verã o, quando a energia có smica é
predominantemente Yang. Este elemento liga-se ao Coração e ao Intestino Delgado. O outono, associaram-no ao Metal; nele Chi está
em sentido descendente, por isso os frutos caem e são colhidos. Em nó s, Metal encontra-se nos Pulmõ es e Intestino Grosso, já que a
função básica do primeiro é recolher o Chi pela respiração para que o Intestino despreze seu excesso pelas excreçõ es. Ao inverno
relacionaram o elemento Á gua, fortemente ligado aos Rins e à Bexiga, ó rgãos que retêm os líquidos corporais. Á gua é elemento
passivo, receptáculo de reservas e fonte de energia ancestral; e Tales de Mileto mais uma vez ficaria contente em saber disso, pois a
Á gua para os chineses é o elemento mais antigo, aquele que “entrega” o Chi a todo o restante do sistema. Bem, e o elemento Terra,
onde fica? Ora, os chineses perceberam que o final das estaçõ es, precisamente os ú ltimos 18 dias de cada uma delas, está marcado
por uma época de transiçã o, de passagem de Chi para a estaçã o seguinte. A estes períodos incaracterísticos, quando por vezes traços
de todas as estaçõ es se mostram presentes num ú nico dia, os taoístas relacionaram o elemento Terra, de onde vem a nossa força,
alicerce de toda a vida. Chi nestes períodos se recolhe e se fortalece antes de estar pronto para alimentar o pró ximo elemento. Terra
seria, portanto, o elemento que sustenta e abriga todos os demais, razã o pela qual foi associado ao Estô mago e ao sistema Baço-
Pâncreas, ó rgã os relacionados à proteçã o do sangue, controle do tô nus corporal, bem como aos processos digestivos e de nutrição.
Muito originais, os orientais ainda estabeleceram uma relaçã o cíclica perene de geraçã o e dominaçã o entre os elementos. O “Ciclo de
Geração”, também denominado ciclo “Mãe-Filho”, atesta que os elementos geram-se uns aos outros, de modo que sua
interdependência é constante. Madeira, por exemplo, é mãe de Fogo, já que lhe serve de alimento. Desta queima, produz-se cinzas,
isto é, Terra, filha portanto do Fogo. Terra, por sua vez, gera em seu seio o Metal, os minérios todos que, por se liquefazerem dão
origem à Á gua, elemento filho de Metal e ao mesmo tempo mãe de Madeira, posto que Á gua faz crescer a vegetaçã o. Isto garante a
mutabilidade da vida e o eterno retorno da energia primordial à sua origem, quando então se reinicia todo o ciclo.
Outra relação que se estabelece entre os elementos é o “Ciclo de Dominação”, igualmente fechado e perfeito em si mesmo. Á gua
domina o Fogo, pois tem o poder de apagá-lo; este domina o Metal, pois pode fundi-lo; Metal domina a Madeira, por ser mais forte e
mais denso que ela; Madeira controla a Terra, já que tem o poder de retirar dela seus nutrientes todos; e esta controla a Á gua, já que
dela absorve sua principal propriedade, a umidade. Destarte, o ciclo volta ao seu começo. Estes dois ciclos, de geração e de domínio,
permitem aos chineses tecer infinitas relaçõ es entre os ó rgã os e as vísceras de nosso corpo, sempre dentro de uma relatividade das
partes com o todo. A teoria dos cinco elementos constitui-se numa das mais interessantes formas de pensamento da medicina
oriental, assunto este que também nos levaria a uma outra matéria em que possamos melhor discuti-lo.
Finalizando, quatro ou cinco elementos, pouco importa… O mais importante continua sendo o inexpugnável e doce mistério da vida,
ao menos em parte, pelos ocidentais e orientais, em conjunto decifrado!
Paulo Urban – Publicado na Revista Planeta nº 335 / agosto 2000

Teorias ocidentais dos elementos


O detentor do título de primeiro filó sofo do ocidente, Tales de Mileto (625-546 AEC), ficou conhecido por sua doutrina de que a
“água” era a substância primária de todas as coisas. É uma ideia em comum com muitas doutrinas mitoló gicas, onde a água
desempenha papel central na origem do universo. Para Tales, as coisas vieram da água, que era aparentemente o elemento mais
abundante na natureza, e então assumindo diversos graus de rigidez, podia se solidificar nas coisas duras, e se fluidificar no pró prio
ar.
É bom notar que a água é um símbolo inconsciente do “caos”, a potência primordial que dá origem ao universo, ou da qual este é
extraído e moldado. E isso ocorre inclusive na Gênese bíblica, onda fica claro que apesar dos “Céus”, “Terra”, “Mar” e “Abismo” terem
sido criados, as “Á guas” em si não o foram, estando perenes desde que o “espírito de Deus pairava sobre” sua face.
Assim, há muita adequação na ideia de que a “´água” tenha assumido o papel de representar a substância fundamental no universo
nos primó rdios da filosofia.
Posteriormente seria a vez de Anaxímenes de Mileto (588-524 AEC) afirmar que era na realidade o “ar” que tinha essa peculiaridade.
Aparentemente ainda mais onipresente do que a água, e mais sutil, o “ar” poderia se condensar em vários níveis, assumindo a
diversas formas das coisas do mundo. E bom notar que a formaçã o de nuvens e a chuva servia como evidência da transformaçã o de
ar em água.
Heráclito de É feso (540-480 AEC) mudou um pouco o enfoque nã o apenas ao colocar o “fogo” como elemento primordial, mas
também por atribuir propriedades mais fundamentais ao mesmo, que seria mais do que o fogo físico que conhecemos, mas um tipo
de princípio divino racional, chamado “Logos”.
O elemento “terra” não parece ter tido um defensor exclusivo, pois Empédocles de Agrigento (490-435 AEC) formulou a primeira
versã o conhecida da famosa Teoria dos 4 Elementos: Á GUA, AR, FOGO, e TERRA.
Em paralelo filó sofos como Leucipo de Mileto (500 AEC) e Demó crito de Abdera (460-370 AEC) propunham a doutrina conhecida
como “Atomismo”, na qual o universo era composto de diversas minú sculas partículas elementares fundamentais e indivisíveis, os
“átomos”, que existiam em formas distintas que podiam ser intercombinadas formando as diferentes coisas.
Pouco antes, Pitágoras de Samos (571-496 AEC), que detém o título de primeiro grande matemático, além de criador do termo
“Filosofia”, entendia o universo como redutível a entes numéricos. “Todas as coisas são nú meros.”, teria dito, e sua escola deixou uma
longa tradição de discípulos, os pitagó ricos, entre os quais Arquitas de Tarento (428-347 AEC), aparentemente o primeiro a
relacionar os nú meros, figuras geométricas tridimensionais e 4 elementos, no caso 1 (FOGO), 2 (AR), 3 (Á GUA), e 4 (TERRA), que
implicavam nos poliedros: Tetraedro, Octaedro, Icosaedro e Hexaedro.
Platão (427-347 AEC), na obra O Timeu (360 AEC), promove uma síntese de tudo isso, com aquilo que pode ser chamada de Teoria
Atô mica e Geométrica dos Elementos, adicionando, porém, um Quinto Elemento, como veremos abaixo.

A Teoria Atômico-Geométrica dos Elementos de Platão


Para uma melhor apreciaçã o desta notável teoria platô nica, é necessário uma compreensã o geométrica básica.
Sabemos que um polígono regular é um polígono onde todos os lados e ângulos internos são iguais, tais como o triângulo equilátero,
o quadrado, octó gono regular etc. Assim, temos naturalmente infinitos polígonos regulares.
Conceito similar podemos associar aos poliedros, figuras tridimensionais onde todas as faces sejam polígonos regulares, e todos os
ângulos internos também sejam iguais. No entanto, diferente do caso que se dá em duas dimensõ es, só existem 5 poliedros regulares.
Antigos pitagó ricos já haviam associado os 4 elementos à 4 dos poliedros regulares, Platão viria a associar o quinto poliedro a um
quinto elemento, produzindo as seguintes correlaçõ es.
TETRAEDRO OCTAEDRO ICOSAEDRO HEXAEDRO DODECAEDRO

4 Vértices, 4 Arestas, 4 6 Vértices, 12 Arestas, 8 12 Vértices, 30 Arestas, 8 Vértices, 12 Arestas, 6 20 Vértices, 30 Arestas,
FACES (Triangulares). FACES (Triangulares) 20 FACES (Triangulares) FACES (Quadrangulares) 12 FACES (Pentagonais)
Essa “Pirâmide de 3 lados”, A “Pirâmide de 4 lados Dada a seu peso e suas O “Cubo”, dada a sua Para Platão, Pitágoras e
é a mais simples estrutura dupla” era tida como a bases pequenas, passíveis de estabilidade e facilidade muitos filósofos antigos, o
sólida, tridimensional, que forma das partículas do AR, rolar com facilidade, com que pode ser empilhado Dodecaedro representava o
pode existir, por isso ela sendo suficientemente leve fluidez, esse poliedro formando estruturas QUINTO ELEMENTO, a
representava o elemento para flutuar e penetrar em constituiria para os antigos maiores, sugeria aos QUINTESSÊNCIA, que
mais leve, o FOGO. Dada todo o espaço “vazio”. as partículas da ÁGUA. filósofos antigos ser a permeava a tudo no
sua forma, suas pontas estrutura fundamental do Universo, sendo o poliedro
agudas explicariam a elemento TERRA. mais próximo da Esfera, a
propriedade destrutiva e forma perfeita. No caso
penetrante do calor. platônico, evidentemente se
referia também à
Alma/Ideia.

Enfim, Aristó teles de Estagira (358-322 AEC) viria a acrescentar a noção das 4 Qualidades: Frio, Quente, Seco e Ú mido, que explica de
outra forma a noçã o dos 4 elementos, sendo a Á gua a fusão das qualidades FRIA e Ú MIDA, o Fogo QUENTE e SECO, o Ar QUENTE e
Ú MIDO e a Terra FRIA e SECA.
Aristó teles também considerou o Quinto Elemento, que chamou de É ter, sendo um elemento que só existia na Esfera Supralunar, isto
é, no espaço em volta da Terra, que já era considerada como esferoide, além da ó rbita da Lua.
Podemos então esquematizar os elementos da seguinte forma.

Os poliedros então eram vistos como partículas fundamentais de cada


elemento, e é especialmente notável que apenas 3 poliedros
compartilhem o mesmo tipo de face, o que sugeriu a Platã o o motivo pelo
qual eles podiam realizar transformaçõ es entre si.
Quatro partículas de FOGO, por exemplo, possuem 4 faces cada,
totalizando 16 triângulos equilá teros, que seriam os átomos, que podem
ser desmontados e remodelados em duas partículas de AR, que possuem
cada qual 8 triângulos.
Quatro partículas de Á gua, possuindo 20 faces triangulares cada (80 ao
todo), poderiam ser transformadas em 10 partículas de Ar. Essa ideia
podia explicar a propriedade da água em vaporizar, das nuvens se formarem no ar, e choverem. Essa teoria tinha a peculiar
capacidade de ser bastante condizente com a observaçã o, visto que era fácil perceber a transformaçã o da ÁGUA em AR, e vice-versa,
bem como do FOGO em AR, e vice-versa, no ato da combustão e apagamento da chama. Por outro lado, transformaçõ es envolvendo
a TERRA não seriam observáveis, devido ao átomos desta ú ltima terem formato diferente.
Embora as faces do Hexaedro, Cubo, serem quadrados, Platão considerava que os átomos também eram triangulares, subdivisõ es dos
quadrados, porém nã o eram equilá teros. E enfim, o mesmo se daria entã o com o Quinto Elemento, que comporia a Alma e as Ideias
Imateriais, e isso explicava a diferença de substância entre os 4 elementos e a essência imortal.
Essa teoria, no entanto, tem seu ponto fraco, que é a separação da TERRA dos demais elementos, quando é claro que eles interagem.
Platão chega a tentar a soluçã o de dividir os triângulos equilá teros em dois triângulos escalenos retângulos, fazendo o mesmo com o
quadrado, que resultaria em dois isó sceles retângulos ou 8 escalenos retângulos, porém de
formato diferente dos resultantes da divisão dos triângulos equiláteros.
Se fossemos aceitar, porém, alguma possibilidade de aproximar esses triângulos distintos,
admitindo movimentos de ajustes nos vértices, teríamos que admitir também a possibilidade
de transformaçõ es não só entre os 4 elementos físicos, mas também com o quinto, o que era inadmissível para Platã o, visto que
considerava o mundo das Ideias Imateriais como essencialmente distinto do mundo físico.
Assim, parece mais aceitável admitir que a TERRA permanece isolada do grupo das transformaçõ es dos demais elementos, embora
seja claramente material, e estivesse presente no Caos original do qual o Demiurgo Divino moldou o mundo.
Voltaremos à Tradiçã o Ocidental dos elementos mais adiante, por hora, passemos para o outro hemisfério para contemplar as
notáveis similaridades, e discrepâncias, das teorias orientais dos elementos.
Teorias Orientais dos Elementos
Como frequentemente ocorre no Oriente, é mais difícil precisar os autores, visto que os conceitos parecem tã o antigos que não se tem
registros confiáveis. Ainda assim, é possível supor alguns responsáveis por contribuiçõ es para a versão oriental das teorias
elementais.
Lao-Tsé ( ?570 AEC), o mais conhecido sábio do Taoísmo, é o registro mais antigo a comentar o conceito de TAO,
um conceito de difícil traduçã o, mas que pode ser entendido como “Caminho / Modo de Ser / Agir”, melhor
entendido talvez pelo conceito inglês mais amplo encontrado na palavra WAY.
No famoso símbolo Tei-Gi, a dualidade primária do universo, os aspectos Yin e Yang, tem como principais
características ser relacionados com Masculino e Feminino, Seco e Hú mido, Quente e Frio, Dia e Noite, não tendo,
sob hipó tese alguma, qualquer relação com a ideia de bem e mal.
No taoísmo, o que poderíamos considerar como o Mal, seria a desarmonia entre o Yin e Yang, e o Bem, evidentemente, a relaçã o
equivalente e dinâmica dos aspectos.
Interessante observar que na visã o aristotélica dos elementos, as 4 qualidades que dão origem aos 4 elementos correspondem à
metade das propriedades do Yin e o Yang, no caso o par SECO e HÚ MIDO e o par QUENTE e FRIO.
Chuang-Tsé (399-295 AEC), outro sábio taoísta, chegou a sugerir que o Yin e o Yang produzem as 4 formas, que dão origem aos 8
Elementos, mas a doutrina de Huai-nan-Tsé (+122 AEC) ficou mais conhecida, afirmando que o “Céu” tem as 4 Estaçõ es e os 5
Elementos/Agentes, ou mais originalmente os Wu Xing, literalmente “5 Movimentos”.
Este mesmo conceito também está presente no Neoconfucionismo, pela Escola da Razão (960-1279 DEC), que diz serem “Os 5
Agentes” (Forças Vitais), a Á GUA, FOGO, MADEIRA, METAL e TERRA.
O mesmo diz Chou Lien-hsi (1017-1073 DEC), ao afirmar que o “Tai Chi” (“Grande Energia”) produz o Yin e o Yang, que produzem os
5 Agentes/Elementos.

Portanto, diferente da tradiçã o grega, nã o aparece o “Ar” como um elemento, mas sim a “Madeira” e o
“Metal” como elementos adicionais. É preciso notar porém a importância do termo “Agentes”, pois os 5
elementos orientais nã o são tão relacionados à ideia de constituição da matéria quanto os 4 elementos
gregos, podendo ser interpretados como “aspectos” presentes em todas as coisas.
Não há, no entanto, qualquer indício de uma teoria atô mica, não havendo tendências a se imaginar esses
elementos como compostos de partículas. Há, todavia, uma noção mais completa e harmô nica de
transformaçõ es, pois as setas em Azul Ciano representam os Ciclos Construtivos, onde um elemento
gera, ou alimenta o pró ximo, num ciclo fechado e perpétuo.
Já as setas em Vermelho representam os Ciclos Destrutivos, ou de Contenção e Controle, onde cada
elemento neutraliza ou destró i o pró ximo, de modo que a Á gua apaga o Fogo, que derrete o Metal, que corta a Madeira, que (em
excesso) enfraquece a Terra, que por sua vez absorve e contém a Á gua.
No ciclo Construtivo temos que a Á gua alimenta a Madeira, que abastece o Fogo, que produz a Terra (lembremos nas cinzas
resultante das combustõ es e na lava expelida pelos vulcõ es), a Terra por sua vez produz o Metal que, finalmente, produz a Á gua!
Este ú ltimo caso exige um explicaçã o maior. Trata-se da percepçã o de que o Metal, por ser frio e provocar a condensação da água,
parece produzí-la, ao “suar”, em especial pela manhã . Tal fato serviu como evidência de sua capacidade de produzir água,
completando o ciclo geracional.
Portanto, diferente do sistema platô nico, todos os elementos se transformam uns nos outros, e a percepção da relação da combustão
com a produção de cinzas contrasta com a noção grega de que não haveria transformaçõ es entre a Terra e os demais elementos. É
muito provável que essa parte do sistema de Platão seja na verdade uma consequência estrutural de sua teoria geométrica atô mica,
que pela questã o da incompatibilidade dos á tomos triangulares equilá teros com a estrutura hexaédrica do Cubo, do elemento Terra,
tenha desautorizado pensar numa transformaçã o desta em outros elementos, passando a considerar a evidência como a observada
pelos chineses de alguma outra forma.
Há, curiosamente, uma outra notável relaçã o. Para Platã o, os metais são Líquidos! Que apenas permanecem duros devido a
temperatura ambiente nã o ser suficiente para fundi-los. De certo, é diferente da Terra, pois é da experiência comum que o barro não
se liquefaz da mesma forma que o metal, mesmo a altíssimas temperaturas.
Voltando ao Oriente, no BUDISMO, os 5 Elementos já são, mais uma vez TERRA, Á GUA, AR, FOGO e ESPAÇO, o que não só remete ao
sistema grego, como ainda aparenta similaridade com a ideia aristotélica do quinto elemento como sendo o É ter.
No HINDUÍSMO, por sua vez, além de uma versã o primeva de 3 elementos (os 4 elementos gregos menos o Ar), temos uma noção de
7 Elementos, que correspondem aos 7 Chakras do corpo humano, na seguinte forma:
Enfim, a tradição Chinesa, bem como a Japonesa, terminou por possuir dois sistemas de 5 elementos, um com os 5 Grandes
Elementos: Terra, Á gua, Vento, Fogo e Vazio / É ter, e outro com os 5 Elementos da Tradiçã o Taoísta: Á gua, Fogo, Madeira, Metal e
Terra, o que, evidentemente, inspirou sínteses de 7 elementos como sendo TERRA, MADEIRA, METAL, Á GUA, AR, FOGO e É TER
(Vazio / Espaço).
Tais sínteses são, no entanto, menos
populares do que os sistemas
tradicionais. No Japã o, por exemplo, os
5 elementos taoístas estã o
representados nos Dias da Semana.
Finalmente, vejamos a tradição chinesa do I CHING, onde Yin e Yang são
recombinados em trios, que permitem 8 combinaçõ es, Trigramas, que correspondem
a 8 ELEMENTOS, que são CÉ U, VENTO, TERRA, FOGO, LAGO, TROVÃ O, MONTANHA e
Á GUA, que por sua vez se relacionam estreitamente com os 5 Agentes, na forma a
seguir.
O que resulta no esquema:
Como podemos notar, o modo como os 5 elementos
foram recombinados em 8 jamais teria agradado os
gregos, em especial os pitagó ricos, que provavelmente
veriam algum tipo de desarmonia numérica.
Permaneceu forte na nossa tradição ocidental a ideia
de 4 elementos físicos, que ocasionalmente recebem um Quinto, em geral associado ao Espírito /
Alma / Mente.
Já no Oriente, embora tenha havido noçõ es de 4 e por vezes, até 3 elementos em algumas tradiçõ es
Hindus mais antigas, permaneceu forte a ideia de 5, quer seja levando em conta um elemento
imaterial, como no sistema ocidental, quer seja ignorando o Ar e acrescentando Metal e Madeira.
É fácil notar, também, uma fixaçã o oriental, em especial Chinesa e Japonesa, pelos nú meros 5 e 8, ao passo que no ocidente temos
uma fixação maior no 4 e no 7. Enquanto nó s falamos em 7 cores e 7 notas musicais, os chineses e japoneses costumavam falar em 5
notas e 5 cores. Diversas outras correlaçõ es podem ser notadas, em especial levando em conta superstiçõ es desses orientais contra o
nú mero quatro, cuja pronú ncia é idêntica a da palavra ‘morte’.
O nú mero 4, entã o, traria mau agouro, e é tã o incô modo quanto o é o 13 para os ocidentais. No Japão, por exemplo, é comum não
haver apartamentos, andares e casas com o nú mero 4, da mesma foram como nos EUA e alguns países da Europa costuma ocorrer
com o 13.
Inclusive, é interessante observar que os chineses fizeram questão de iniciar as Olimpíadas de 2008 às 8 horas, 8 minutos e 8
segundos do dia 08/08/08, visto que este nú mero é tido como portador de boa fortuna.
Voltando a falar em cores e sons, podemos perceber que nossa divisã o em 7 notas, no caso 5 tons e 2 semitons, é arbitrária, e seu
principal responsável é ninguém menos que Pitágoras, que estabeleceu relaçõ es harmô nicas preferíveis ao tocar cordas simultâneas
em comprimentos diferentes. Posteriormente, no século XI, Frei Guido Darezzo viria a atribuir-lhes os nomes pelos quais as
conhecemos, Dó , Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si, que sã o a primeira sílaba de cada frase de um hino religioso à São Joã o Batista.
Na realidade, existem 12 semitons, como pode ser observado nos instrumentos de corda com
trastes, tais como o violão, em relação a um teclado.
Isso ocorre por que a medida que vamos encurtando e tocando uma corda, a tonalidade vai
subindo, e só conseguimos distinguir 12 variaçõ es que se repetem em ciclos, de modo que no
tom equivalente 12 níveis acima, a corda estará com a exata metade do tamanho. Num
instrumento como o violã o, as notas citadas acima valem para as cordas Mi, que sã o a mais
grave e a mais fina, nas partes mais alta e mais baixa.)
Por uma questã o de sensibilidade estética, os antigos gregos formalizaram a divisão de 7 notas que, sacramentada na Idade Média,
resultou em nossos instrumentos de teclado. Os orientais, por outro lado, ao invés de escolherem essa escala que mistura 5 tons com
2 semitons, não raro ignoraram estes ú ltimos, e por isso identificamos como um estilo meló dico tipicamente oriental quando
tocamos somente as teclas pretas de um teclado, que são 5, o que produz um efeito similar ao das típicas mú sicas orientais.
No modo chinês, as 5 notas são
tipicamente associadas aos
elementos:
Fazendo uma transposição de 6
semitons, temos o equivalente:
Tudo isso nos mostra como nossa
divisão da realidade em nú meros
preferenciais, 7 ou 5, é arbitrá ria,
e o mesmo acontece com as cores.
Embora consideremos 7 cores no espectro, e os orientais com frequência considerem 5, é fato que
possuímos apenas 3 cores primárias, que podem se combinar num sistema que, se dividido de forma
perfeitamente proporcional, pode também ser dividido em 12, como no exemplo abaixo.
Diferente dos tons musicais, onde nã o distinguimos mais de 12, é possível dividir a escala de cores em
milhares de níveis perceptíveis, porém, a simples existência de 3 cores primárias e 3 secundárias
imporá mú ltiplos de 6, como 24, 360, 18.000.
Mas o que chama a atenção é o modo como dividimos nossa clássica escala de 7 cores. Pegamos as
cores 1, 2, 3, para os típicos Vermelho, Laranja e Amarelo, e agrupamos os outros 3 tons seguintes no
mesmo denominador de Verde. Adicionamos a cor 7, Ciano, que normalmente chamamos apenas de
Azul Claro ou mesmo Azul, por vezes usando Anil para a cor 9, e finalmente pescando um misto
escurecido de 10 e 11 como Violeta.
Os orientais, por outro lado, costumam pegar 4 das cores da amostra acima, 1,3, uma mistura das cores 4 a 9 num ú nico tom de Verde
e Azul (em Japonês há uma ú nica palavra, aoi, que pode ser tanto Azul quanto Verde), e então adicionam Preto e Branco, que sequer
são cores da escala mas sim, sua soma total e sua subtração completa.
Há também uma alternativa que ignora o Preto, ou o Branco, e seleciona Verde e Azul em separado, mas merece maior atenção é a
preocupação em manter o nú mero 5!
É inegável, porém, como vemos na escala de cores acima, que as tonalidades esverdeadas nos parecem muito mais similares entre si
do que as demais, e que é mais fácil confundir 4 e 6, do que 12 e 2, por exemplo. Isso ocorre porque nossos olhos sã o mais sensíveis
ao verde do que às demais cores primárias, o verde é a cor que possui maior “Luminância” para nossos sentidos. Por isso os visores
noturnos aparentam tons verdes, um Laser verde é muito mais brilhante do que o Vermelho, mesmo quando gerados na mesma
potência e o Ciano e o Amarelo são mais difíceis de distinguir do branco por compartilharem a cor mais luminosa, o que não ocorre
com o Magenta.
Por outro lado, das primárias, o Azul é a menos intensa, a mais escura, e por isso mesmo se destaca mais no fundo branco, e os
modos diferentes de interaçõ es de cores acabam gerando percepçõ es desequilibradas em nossos sentidos. O Daltonismo que
confunde azul e verde, por exemplo, é mais comum do que o confunde verde e vermelho.
Toda essa digressão tem apenas o objetivo de mostrar que existem predisposiçõ es culturais a encaixar a realidade em modelos ideais
pré-estabelecidos, com a rara exceçã o dos Poliedros Regulares, que realmente só existem em nú mero de 5. Curiosamente, o chineses
parecem não ter desenvolvidos geometrias mais sofisticadas, caso contrário, associar seus 5 elementos aos 5 poliedros seguramente
seria irresistível.
Para observarmos mais exemplos de como “encaixar” o mundo em nossa categorias pré-estabelecidas, vejamos mais algumas
relaçõ es notáveis, que denunciam sutilezas psico culturais entre os dois hemisférios.
Na antiguidade desenvolveu-se a noçã o das 4 Virtudes Cardinais: Prudência, Fortaleza, Justiça e Temperança. Na Idade Média, seriam
somadas a essas as 3 Virtudes Teologais: Fé, Amor e Caridade, somando um total de 7 Virtudes que evidentemente se opunham aos 7
Pecados Capitais.
Por sua vez, no oriente, os chineses falavam em 5 Virtudes: Polidez, Bondade, Respeito, Parcimô nia e Altruísmo. Já no Japão, ficou
famoso o Bushido, o Có digo de Honra Samurai, que era constituído de 8 virtudes: Justiça, Coragem, Bondade, Polidez, Verdade,
Honra, Fidelidade e Autocontrole.
Os orientais parecem sempre encontrar um meio de adicionar um quinto elemento em classificaçõ es que no ocidente mantemos
apenas em quatro. Por isso, se consideramos as 4 estaçõ es, os orientais adicionam um período de transição, associando todos aos 5
elementos: Primavera (Madeira), Verão (Fogo), Outono (Metal), Inverno (Á gua) e Intervalos (Terra).
E consideramos 4 Pontos Cardeais, os Orientais consideram Norte (Á gua), Leste (Madeira), Sul (Fogo), Oeste (Metal) e CENTRO
(Terra).
Há muitos outros exemplos de como os nú meros 4 e 7, no ocidente, e 5 e 8, no oriente, apesar de ocasionais exceçõ es, dominam o
imaginário cultural. Mas, enfim, voltemos agora ao tema dos elementos.
Anjos
Uma auréola ou halo (do Latim aurea, “dourado”) é um círculo dourado ou peça de metal circular com que pintores e escultores
circundam muitas vezes a cabeça de personagens sagrados. Nos períodos mais antigos da arte cristã, a auréola era usada
exclusivamente em figuras pertencentes à Santíssima Trindade, como Jesus Cristo,
mas esse costume foi posteriormente alargado à Virgem Maria e aos santos.
Uma das primeiras representaçõ es de Sidarta Gautama, século I-II, Gandara: repare
no círculo cinza atrás da cabeça do Buda.
Quando envolve todo o corpo da figura, a auréola geralmente aparece em forma
oval ou elíptica, mas ocasionalmente é circular ou quadrifó lia. Quando ronda
apenas a cabeça, é chamada especificamente de auréola ou nimbo, enquanto a combinação de nimbo com auréola é chamada do
fenô meno ó ptico gló ria. A distinçã o entre nimbos e auréolas nã o são muito respeitados, de modo que esse ú ltimo termo é mais
frequentemente utilizado para designar o esplendor que ronda as cabeças dos santos, dos anjos ou de pessoas da Santíssima
Trindade.
As auréolas aparecem na arte cristã por volta do século V, mas este elemento já era conhecido e desenvolvido séculos antes, na arte
pré-cristã helenista. É encontrada em algumas representaçõ es persas de reis e deuses, e aparece nas moedas dos reis do Império
Kushana: Kanishka, Huvishka e Vasudeva, como também na maioria das imagens representando Sidarta Gautama, o Buda, no século
I, pertencentes à arte Greco-budista. O uso da auréola também é encontrado na arte egípcia, na arte grega, na arte romana, nas
representaçõ es de Trajano, e Antô nio Pio. Certos imperadores do Império Romano eram retratados radiando uma coroa no alto da
cabeça, com raios de sol iluminando suas figuras.
Anjo (do latim angelus e do grego ággelos (ἄγγελος), mensageiro), segundo a tradiçã o judaico-cristã, a mais divulgada no ocidente,
conforme relatos bíblicos, são criaturas espirituais, conservos de Deus com os homens (Apocalipse 19:10), que servem como
ajudantes ou mensageiros de Deus. Os Anjos também podem ser considerados escravos de Deus no que tange ao sentido lato da
palavra escravo, isto é, o que vive em absoluta sujeiçã o a outrem. Também podem igualmente ser considerados escravos porque nã o
recebem nenhuma remuneraçã o por seu trabalho e estão a mercê da vontade Divina, podendo Deus dispor, a Seu critério, do Anjo –
sem que ele possa exercer qualquer direito e objeção pessoal ou legal.
Na iconografia comum, os anjos geralmente têm asas de pássaro e uma auréola. São donos de uma beleza delicada e de um forte
brilho, e por vezes são representados como uma criança, por terem inocência e virtude.
Os relatos bíblicos e a hagiografia cristã contam que os anjos muitas vezes foram autores de fenô menos miraculosos, e a crença
corrente nesta tradição é que uma de suas missõ es é ajudar a humanidade em seu processo de aproximação a Deus.
Os anjos sã o ainda figuras importantes em muitas outras tradiçõ es religiosas do passado e do presente e o nome de “anjo” é dado
amiú de indistintamente a todas as classes de seres celestes. Os muçulmanos, zoroastrianos, espíritas, hindus e budistas, todos
aceitam como fato sua existência, dando-lhes variados nomes, mas às vezes são descritos como tendo características e funçõ es bem
diferentes daquelas apontadas pela tradição judaico-cristã , esta mesma apresentando contradiçõ es e inconsistências de acordo com
os vários autores que se ocuparam deste tema. O Espiritismo faz uma descriçã o em muito semelhante à judaico-cristã, considerando-
os seres perfeitos que atuam como mensageiros dos planos superiores, sem, no entanto, tentar atribuir forma ou aparência a tais
seres: seria apenas uma visão de suas formas morais. A diferença da visã o espírita se faz apenas pelo raciocínio de que Deus, sendo
soberanamente justo e bom (atributos que seguem-lhe a perfeição, ou seja, Deus não precisa evoluir, já é e sempre foi perfeito e imutável),
não os teria criado perfeitos, pois isso seria creditar a Deus a capacidade de ser injusto, face à necessidade que os homens enfrentam
de experimentação sucessiva para se aperfeiçoarem. O Espiritismo apresenta a visão de que tais seres angélicos, independentemente
de suas hierarquias celestiais, estã o nesse ponto evolutivo por mérito pró prio, são espíritos santificados e livres da interferência da
matéria pelas pró prias escolhas que fizeram no sentido evolutivo e de renú ncia de si mesmos ao longo do tempo, sendo facultado
também aos homens atuais – ainda muito materializados – atingirem, através de seus esforços morais e intelectuais nas mú ltiplas
reencarnaçõ es, tais pontos de perfeiçã o. (O Céu e o Inferno, Allan Kardec, 1865). Dentro do Cristianismo Esotérico e da Cabala, são
chamados de anjos aos espíritos num grau de evolução imediatamente superior ao do homem e imediatamente inferior ao dos
arcanjos. Para os muçulmanos alguns anjos são bons, outros maus, e outras classes possuem traços ambíguos. No Hinduísmo e no
Budismo são descritos como seres auto luminosos, donos de vários poderes, sendo que alguns são dotados de corpos densos e
capazes de comer e beber. Já os teosofistas afirmam que existem inumeráveis classes de anjos, com variadas funçõ es, aspectos e
atributos, desde diminutas criaturas microscó picas até colossos de dimensõ es planetárias, responsáveis pela manutenção de uma
infinidade de processos naturais. Além disso a cultura popular em vários países do mundo deu origem a um copioso folclore sobre os
anjos, que muitas vezes se afasta bastante da descriçã o mantida pelos credos institucionalizados dessas regiõ es.

As hierarquias angélicas no Cristianismo


No Cristianismo os anjos foram estudados de acordo com diversos sistemas de classificaçã o em coros ou hierarquias angélicas. A
mais influente de tais classificaçõ es foi estabelecida pelo Pseudo-Dionísio, o Areopagita entre os séculos IV e V, em seu livro De
Coelesti Hierarchia.
No Cristianismo a fonte primária ao estudo dos anjos são as citaçõ es bíblicas, como quando três anjos apareceram a Abraã o, embora
existam apenas sugestõ es ambíguas para a construção de um sistema como se ele se tivesse desenvolvido em tempos posteriores.
Isaías fala de serafins; outro anjo acompanhou Tobias; a Virgem Maria recebeu uma visita angélica na anunciaçã o do futuro
nascimento de Cristo, e o pró prio Jesus fala deles em vários momentos, como quando sofreu a tentação no deserto e na cena do horto
das oliveiras, quando um anjo lhe fortalecia antes da Paixão.
São Paulo faz alusã o a cinco ordens de anjos. Depois foi Sã o Dionísio um dos primeiros a propor um sistema organizado do estudo
dos anjos e seus escritos tiveram muita influência, mas foi precedido por outros escritores, como Sã o Clemente, Santo Ambró sio e
São Jerô nimo. Na Idade Média surgiram muitos outros esquemas, alguns baseados no do Areopagita, outros independentes,
sugerindo uma hierarquia bastante diferente. Alguns autores acreditavam que apenas os anjos de classes inferiores interferiam nos
assuntos humanos.
Tradiçõ es esotéricas cristãs também foram invocadas para se organizar um quadro mais exato. As classificaçõ es propostas na Idade
Média são as seguintes:
São Clemente, em Constituiçõ es Apostó licas, século I:
 Serafins, 2. Querubins, 3. Éons, 4. Hostes, 5. Potestades, 6. Autoridades, 7. Principados, 8. Tronos, 9. Arcanjos, 10. Anjos, 11.
Dominações.
 Santo Ambrósio, em Apologia do Profeta David, século IV:
 Serafins, 2. Querubins, 3. Dominações, 4. Tronos, 5. Principados, 6. Potestades, 7. Virtudes, 8. Anjos, 9. Arcanjos.
 São Jerônimo, século IV:
 Serafins, 2. Querubins, 3. Potestades, 4. Dominações, 5. Tronos, 6. Arcanjos, 7. Anjos.
 Pseudo-Dionísio, o Areopagita, De Coelesti Hierarchia, c. século V:
 Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Virtudes, 6. Potestades, 7. Principados, 8. Arcanjos, 9. Anjos.
 São Gregório Magno, em Homilia, século VI:
 Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Principados, 6. Potestades, 7. Virtudes, 8. Arcanjos, 9. Anjos.
 Santo Isidoro de Sevilha, em Etymologiae, século VII:
 Serafins, 2. Querubins, 3. Potestades, 4. Principados, 5. Virtudes, 6. Dominações, 7. Tronos, 8. Arcanjos, 9. Anjos.
 João de Damasco, em De Fide Orthodoxa, século VIII:
 Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Potestades, 6. Autoridades (Virtudes), 7. Governantes (Principados), 8. Arcanjos,
9. Anjos.
 São Tomás de Aquino, em Summa Theologica, (1225-1274):
 Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Virtudes, 6. Potestades, 7. Principados, 8. Arcanjos, 9. Anjos.
 Dante Alighieri, na Divina Comédia (1308-1321):
 Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Virtudes, 6. Potestades, 7. Arcanjos, 8. Principados, 9. Anjos.
 De todas estas ordenações a mais corrente, derivada do Pseudo-Dionísio e de Tomás de Aquino, divide os anjos em nove coros,
agrupados em três trìades:
Primeira Tríade
A 1ª Ordem é composta pelos anjos mais próximos de Deus, que desempenham suas funçõ es diante do Pai.
Serafins
Criatura fantástica do tipo dos kerabu, proveniente de Khorsabad
O nome serafim vem do hebreu saraf (‫)שרף‬, e do grego, séraph, que significam “abrasar, queimar, consumir”. Também foram
chamados de ardentes ou de serpentes de fogo. É a ordem mais elevada da esfera mais alta. São os anjos mais pró ximos de Deus e
emanam a essência divina em mais alto grau. Assistem ante o Trono de Deus e é seu privilégio estar unido a Deus de maneira mais
íntima, e são descritos em Isaías como cantando perpetuamente o louvor de Deus e tendo seis asas.
O Pseudo-Dionísio diz que sua natureza ígnea espelha a exuberância de sua atividade perpétua e infatigável, e sua capacidade de
inflamar os anjos inferiores no cumprimento dos desígnios divinos, purificando-os com seu fogo e iluminando suas inteligências,
destruindo toda sombra. Pico della Mirandola fala deles em sua Oraçã o sobre a Dignidade do Homem (1487) como incandescentes
do fogo da caridade, e modelos da mais alta aspiração humana
Querubins
Do hebreu ‫ – כרוב‬keruv, ou do plural ‫ – כרובים‬keruvim, os querubins são seres misteriosos, descritos tanto no Cristianismo como
em tradiçõ es mais antigas às vezes mostrando formas híbridas de homem e animal. Os povos da Mesopotâmia tinham o nome
karabu e suas variantes para denominar seres fantásticos com forma de touro alado de face humana, e a palavra significa em algumas
daquelas línguas “poderoso”, noutras “abençoado”.
No Gênesis aparece um querubim como guardiã o do Jardim do É den, expulsando Adão e Eva apó s o pecado original. Ezequiel os
descreve como guardiães do trono de Deus e diz que o ruflar de suas asas enchia todo o templo da divindade e se parecia com som de
vozes humanas; a cada um estava ligada uma roda, e se moviam em todas as direçõ es sem se voltar, pois possuíam quatro faces: Leã o,
(O leão sempre foi reconhecido como forte, feroz, majestoso, ele é o rei dos animais e essa face simboliza então sua força). Touro, (o
touro é reconhecido como um animal que trabalha pacientemente para seu dono. Ele é forte, podendo carregar um urso, e conhece o
seu dono). Á guia, (como um anjo, este pássaro voa acima das tempestades, enquanto abaixo delas existem tristezas, perigos, e
angú stias. Um pássaro ligeiro e poderoso, elegante, incansável) e Homem, Esta face fala da mente, razão, afeiçõ es, e todas as coisas
que envolvem a natureza humana, isso, para alguns estudiosos, significa que eles assim como os homens possuem o livre arbítrio. E
eram inteiramente cobertos de olhos, significando a sua onisciência. Mas as imagens querubins que Moisés colocou sobre a Arca da
Aliança tinham forma humana, embora com asas.
Os Querubins, para alguns teó logos, ocupam o topo da hierarquia, pois alguns nã o consideram os serafins como anjos, uma vez que a
palavra hebraica para anjo é “malak” (mensageiro) e da mesma forma no grego, anjo é “angelus” (mensageiro) e estas figuras aladas
que aparecem, na Bíblia, apenas em Isaías capítulo 6, onde exaltam a Deus mas não comunicam mensagens ao profeta.
São Jerô nimo e Santo Agostinho interpretam seu nome como “plenitude de sabedoria e ciência”. São representados muitas vezes
como crianças pequenas dotadas de asas, chamados putti (meninos) em italiano. Têm o poder de conhecer e contemplar a Deus, e
serem receptivos ao mais alto dom da luz e da verdade, à beleza e à sabedoria divinas em sua primeira manifestação. Estã o cheios do
amor divino e o derramam sobre os níveis abaixo deles.
Satanás é descrito como o querubim ungido, sendo chamado antes pelo nome de Lú cifer ou Belial.
Tronos ou Ofanins
Os Tronos têm seu nome derivado do grego thronos, que significa “anciã os”. São chamados também de erelins ou ofanins, ou algumas
vezes de Sedes Dei (Trono de Deus), e sã o identificados com os 24 anciãos que perpetuamente se prostram diante de Deus e a Seus
pés lançam suas coroas. Sã o os símbolos da autoridade divina e da humildade, e da perfeita pureza, livre de toda contaminaçã o.

Segunda Tríade
A 2ª Ordem é composta pelos Príncipes da Corte celestial.
Dominações
As Dominaçõ es ou Domínios (do latim dominationes) têm a função de regular as atividades dos anjos inferiores, distribuem aos
outros anjos as funçõ es e seus mistérios, e presidem os destinos das naçõ es. Crê-se que as Dominaçõ es possuam uma forma humana
alada de beleza inefável, e são descritos portando orbes de luz e cetros indicativos de seu poder de governo. Sua liderança também é
afirmada na tradução do termo grego kyriotes [kuriotés], que significa “senhor”, aplicado a esta classe de seres.
São anjos que auxiliam nas emergências ou conflitos que devem ser resolvidos logo. Também atuam como elementos de integração
entre os mundos materiais e espirituais, embora raramente entrem em contato com as pessoas.
Virtudes
As Virtudes são os responsáveis pela manutenção do curso dos astros para que a ordem do universo seja preservada. Seu nome está
associado ao grego dunamis, significando “poder” ou “força”, e traduzido como “virtudes” em Efésios 1:21, e seus atributos são a
pureza e a fortaleza. O Pseudo-Dionísio diz que eles possuem uma virilidade e poder inabaláveis, buscando sempre espelhar-se na
fonte de todas as virtudes e as transmitindo aos seus inferiores.
Orientam as pessoas sobre sua missã o. São encarregados de eliminar os obstáculos que se opõ e ao cumprimento das ordens de Deus,
afastando os anjos maus que assediam as naçõ es para desviá-las de seu fim, e mantendo assim as criaturas e a ordem da Divina
providência. Eles sã o particularmente importantes porque têm a capacidade de transmitir grande quantidade de energia divina.
Imersas na força de Deus, as Virtudes derramam bênçã os do alto, frequentemente na forma de milagres. São sempre associados com
os heró is e aqueles que lutam em nome de Deus e da verdade. Sã o chamados quando se necessita de coragem.
Potestades
As Potestades ou Potências são também chamadas de “condutores da ordem sagrada”. Executam as grandes açõ es que tocam no
governo universal. Eles são os portadores da consciência de toda a humanidade, os encarregados da sua histó ria e de sua memó ria
coletiva, estando relacionados com o pensamento superior – ideais, ética, religião e filosofia, além da política em seu sentido abstrato.
Também são descritos como anjos guerreiros completamente fiéis a Deus. Seus atributos de organizadores e agentes do intelecto
iluminado sã o enfatizados pelo Pseudo-Dionísio, e acrescenta que sua autoridade é baseada no espelhamento da ordem divina e nã o
na tirania. Eles têm a capacidade de absorver e armazenar e transmitir o poder do plano divino, donde seus nomes.
Os anjos do nascimento e da morte pertencem a essa categoria. São também os guardiões dos animais.

Terceira Tríade
A 3ª Ordem é composta pelos anjos ministrantes, que são encarregados dos caminhos das naçõ es e dos homens e estã o mais
intimamente ligados ao mundo material.
Principados
Os Principados, do latim principatus, são os anjos encarregados de receber as ordens das Dominaçõ es e Potestades e transmití-las
aos reinos inferiores, e sua posiçã o é representada simbolicamente pela coroa e cetro que usam. Guardam as cidades e os países.
Protegem também a fauna e a flora. Como seu nome indica, estã o revestidos de uma autoridade especial: são os que presidem os
reinos, as províncias, e as dioceses, e velam pelo cultivo de sementes boas no campo das ideologias, da arte e da ciência.
Arcanjos
O nome de arcanjo vem do grego αρχά γγελος, arkangélos, que significa “anjo principal” ou “chefe”, pela combinação de archō , o
primeiro ou principal governante, e ά γγελος, aggělǒ s, que quer dizer “mensageiro”. Este título é mencionado no Novo Testamento por
duas vezes e a esta ordem pertencem os ú nicos anjos cujos nomes são conhecidos através da Bíblia: Miguel, Rafael e Gabriel. Miguel é
especificamente citado como “O” arcanjo, ao passo que, embora se presuma pela tradição que Gabriel também seja um arcanjo, não
há referências só lidas a respeito. Rafael descreve a si mesmo como um dos sete que estão diante do Senhor, classe de seres
mencionada também no Apocalipse.
Considerado canô nico somente pela Igreja Ortodoxa da Etió pia, o Livro de Enoque fala de mais quatro arcanjos, Uriel, Ituriel, Amitiel
e Samuel, responsáveis pela vigilância universal durante o perído dos Nefilim, os “anjos caídos”. Contudo em outras fontes apó crifas
estes sã o por vezes ditos como querubins. A igreja Ortodoxa faz de Uriel um arcanjo e o festeja com Rafael, Gabriel e Miguel na
Synaxis de Miguel e os outros Poderes Incorpó reos, em 21 de novembro.
Seu caráter de mensageiros, ou intermediá rios, é assinalada pelo seu papel de elo entre os Principados e os Anjos, interpretando e
iluminando as ordens superiores para seus subordinados, além de inspirar misticamente as mentes e coraçõ es humanos para
execuçã o de atos de acordo com a vontade divina. Atuam assim como arautos dos desígnios divinos, tanto para os Anjos como para
os homens, como foi no caso de Gabriel na Anunciação a Maria. A cultura popular faz deles protetores dos bons relacionamentos, da
sabedoria e dos estudos, e guerreiros contra as açõ es do Diabo.
Anjos
Os anjos sã o os seres angélicos mais pró ximos do reino humano, o ú ltimo degrau da hierarquia angélica acima descrita e
pertencentes à sua terceira tríade. A tradição hebraica, de onde nasceu a Bíblia, está cheia de alusõ es a seres celestiais identificados
como anjos, e que ocasionalmente aparecem aos seres humanos trazendo ordens divinas. São citados em vários textos místicos
judeus, especialmente nos ligados à tradiçã o Merkabah. Na Bíblia são chamados de ‫אלהים‬ ‫( מלאך‬mensageiros de Deus), ‫מלאך יהוה‬
(mensageiros do Senhor), ‫( בני אלוהים‬filhos de Deus) e ‫( הקדושים‬santos). Sã o dotados de vários poderes supernaturais, como o de
se tornarem visíveis e invisíveis à vontade, voar, operar milagres diversos e consumir sacrifícios com seu toque de fogo. Feitos de luz
e fogo sua apariçã o é imediatamente reconhecida como de origem divina também por sua extraordiná ria beleza. Segundo a tradição
cató lica os anjos (mensageiros) são designaçõ es de cargos, nã o de natureza. Para Deus, apesar dos vários cargos angelicais, todos são
anjos e todos sã o iguais perante Ele.

Os anjos em outras tradições

No Budismo e Hinduísmo
O Budismo e o Hinduísmo descrevem os anjos, ou devas, como os chamam, de maneira semelhante às outras religiõ es ocidentais. Seu
nome deriva da raiz sânscrita div, que significa “brilhar”, e seu nome significa, então, os “seres brilhantes” ou “autoluminosos”. Dizem
que alguns deles comem e bebem, e podem construir formas ilusó rias para poderem se manifestar em planos de existência
diferentes dos seus pró prios. O Budismo estabelece uma categorização bastante completa para os seus devas, em grande parte
herdada da tradição Hinduísta.

Islamismo
Sultã o Muhammad: A Mi’raj, ou Ascensão de Maomé, rodeado de anjos. Iluminura, c. 1650
A angelologia islâmica é largamente devedora às tradiçõ es dos Zoroastrianismo, do Judaísmo e do Cristianismo primitivo, e divide os
anjos em dois partidos principais, os bons, fiéis a Deus, e os maus, cujo chefe é Iblis ou Ash-Shaytan, privados da graça divina por
terem se recusado a prestar homenagens a Adão.
Por outro lado, existe também no Islamismo uma categorização hierárquica. Em primeiro lugar estão os quatro Tronos de Deus, com
formas de leã o, touro, águia e homem. Em sequência, vêm o querubim, e logo os quatro arcanjos: Jibril ou Jabra’il, o revelador,
intermediário entre Deus e os profetas e constante auxiliador de Maomé; Mikal ou Mika’il, o provedor, citado apenas uma vez no
Corã o (2:98) e quem, segundo a tradição, ficou tã o horrorizado com a visã o do inferno quando este foi criado que jamais pô de falar
de novo; Izrail, o anjo da morte, uma criatura espantosa de dimensõ es có smicas, quatro mil asas e um corpo formado de tantos olhos
e línguas quantas são as pessoas da Terra, que se posta com um pé no sétimo céu e outro no limite entre o paraíso e o inferno; e
Israfil, o anjo do julgamento, aquele que tocará a trombeta no Juízo Final; tem um corpo cheio de pelos e feitos de inumeráveis
línguas e bocas, quatro asas e uma estatura que vai desde o trono de Deus até o sétimo céu. Por fim, os demais anjos. Como uma
classe à parte estã o os gênios, ou djins, que possuem muitas características humanas, como a capacidade de se alimentar, propagar a
espécie, e morrer, e cujo caráter é ambíguo.

Espiritismo
Para o Espiritismo, doutrina que tem o Cristianismo por base e foi iniciada no século XIX por intermédio de Allan Kardec, os anjos
seriam os espíritos elevados de benignidade superior que são protetores dos necessitados e mensageiros do amor. Seriam, portanto,
aqueles que trazem mensagens do mundo incorpó reo. Por este motivo seriam chamados de anjos, palavra que significa mensageiros,
os quais aparecem inú meras vezes nos textos sagrados de religiõ es judaico-cristãs, indicando a comunicabilidade entre vivos e
mortos. Ainda segundo o Espiritismo, os anjos, em sua concepção mais comumente conhecida e aceita – criaturas perfeitas, a serviço
direto de Deus – seriam os espíritos que já alcançaram a perfeição passível de ser alcançada pelas criaturas. Estes, ao fazê-lo,
passariam a dedicar a sua existência a fazer cumprir a vontade de Deus na Criaçã o, por serem capazes de compreendê-la
completamente. Que haja seres dotados de todas as qualidades atribuídas aos anjos, não restam dú vidas. A revelação espírita neste
ponto confirma a crença de todos os povos, fazendo-nos conhecer ao mesmo tempo a origem e natureza de tais seres.
As almas ou Espíritos são criados simples e ignorantes, isto é, sem conhecimentos nem consciência do bem e do mal, porém, aptos
para adquirir o que lhes falta. O trabalho é o meio de aquisição, e o fim – que é a perfeiçã o – é para todos o mesmo. Conseguem-no
mais ou menos prontamente em virtude do livre-arbítrio e na razão direta dos seus esforços; todos têm os mesmos degraus a
franquear, o mesmo trabalho a concluir. Deus nã o aquinhoa melhor a uns do que a outros, porquanto é justo, e, visto serem todos
seus filhos, nã o tem predileçõ es. Ele lhes diz: Eis a lei que deve constituir a vossa norma de conduta; ela só pode levar-vos ao fim;
tudo que lhe for conforme é o bem; tudo que lhe for contrário é o mal. Tendes inteira liberdade de observar ou infringir esta lei, e
assim sereis os árbitros da vossa pró pria sorte. Conseguintemente, Deus nã o criou o mal; todas as suas leis são para o bem, e foi o
homem que criou esse mal, divorciando-se dessas leis; se ele as observasse escrupulosamente, jamais se desviaria do bom caminho.
Entretanto, a alma, qual criança, é inexperiente nas primeiras fases da existência, e daí o ser falível. Não lhe dá Deus essa experiência,
mas dá-lhe meios de adquiri-la. Assim, um passo em falso na senda do mal é um atraso para a alma, que, sofrendo-lhe as
consequências, aprende à sua custa o que importa evitar. Deste modo, pouco a pouco, se desenvolve, aperfeiçoa e adianta na
hierarquia espiritual até ao estado de puro Espírito ou anjo. Os anjos são, pois, as almas dos homens chegados ao grau de perfeiçã o
que a criatura comporta, fruindo em sua plenitude a prometida felicidade. Antes, porém, de atingir o grau supremo, gozam de
felicidade relativa ao seu adiantamento, felicidade que consiste, nã o na ociosidade, mas nas funçõ es que a Deus apraz confiar-lhes, e
por cujo desempenho se sentem ditosas, tendo ainda nele um meio de progresso.29 A Humanidade não se limita à Terra; habita
inú meros mundos que no Espaço circulam; já habitou os desaparecidos, e habitará os que se formarem. Tendo-a criado de toda a
eternidade, Deus jamais cessa de criá-la. Muito antes que a Terra existisse e por mais remota que a suponhamos, outros mundos
havia, nos quais Espíritos encarnados percorreram as mesmas fases que ora percorrem os de mais recente formaçã o, atingindo seu
fim antes mesmo que houvéramos saído das mãos do Criador. De toda a eternidade tem havido, pois, puros Espíritos ou anjos; mas,
como a sua existência humana se passou num infinito passado, eis que os supomos como se tivessem sido sempre anjos de todos os
tempos. Realiza-se assim a grande lei de unidade da Criação; Deus nunca esteve inativo e sempre teve puros Espíritos,
experimentados e esclarecidos, para transmissã o de suas ordens e direçã o do Universo, desde o governo dos mundos até os mais
ínfimos detalhes. Tampouco teve Deus necessidade de criar seres privilegiados, isentos de obrigaçõ es; todos, antigos e novos,
adquiriram suas posiçõ es na luta e por mérito pró prio; todos, enfim, são filhos de suas obras.
E, desse modo, completa-se com igualdade a soberana justiça do Criador

Teosofia
Anatomia esquemática do anjo patrono do santuário de Borobudur, Java, segundo indicaçõ es do teosofista Geoffrey Hodson em seu
livro O Reino dos Deuses. Sua forma é na verdade esférica, com feixes de luz irradiante, e aqui se mostra em corte. Os círculos
regulares concêntricos de sua aura indicam sua avançada evoluçã o. Muitos detalhes foram omitidos
A Teosofia admite a existência dos seres angélicos, e várias classes dentre eles, embora existam relativamente poucos estudos neste
campo que as sistematizem profundamente, dos quais os de Charles Leadbeater e sobretudo Geoffrey Hodson são as fontes mais
ricas e interessantes.
Charles Leadbeater diz que, sendo um dos muitos reinos da criação divina, o reino angélico também está , como os outros, sujeito à
evolução, e que existem grandes diferenças em poder, sabedoria, amor e inteligência entre seus integrantes. Pelo mesmo motivo, o de
constituírem um reino independente, com interesses e metas pró prias, diz que os anjos não existem mormente em função dos
homens e seus problemas, como reza a cultura popular, apesar de assistí-los de uma variedade imensa de formas, como por exemplo
na ministração dos sacramentos das igrejas, na cura espiritual e corporal dos seres humanos, e na sua inspiraçã o, encorajamento,
proteçã o e instrução. Mesmo que o reino angélico como um todo esteja envolvido em muitas tarefas que não dizem respeito ao
homem, Leadbeater afirma em A Ciência dos Sacramentos que existe uma classe deles especialmente associada aos seres humanos, a
dos anjos da guarda, na verdade uma espécie de silfos, à qual se confia uma pessoa por ocasião de seu batismo, e que por seu serviço
conquistam a individualização, tornando-se serafins.
Os anjos sã o descritos por Hodson como tendo uma atitude em relaçã o a Deus completamente diversa da humana, não concebendo
uma existência personalizada individual, mas sim uma consciência ú nica central e ao mesmo tempo difusa e onipresente, de onde
suas pró prias consciências derivam e à qual estão inextrincavelmente ligadas. Sentem-se unidos a esta consciência e para eles nã o é
possível, exatamente por esta unidade, experimentarem egoísmo, separatividade, desejo, possessividade, ó dio, medo, revolta ou
amargura. Apesar de serem essencialmente seres amorosos, seu amor é impessoal, sendo extremamente raras associaçõ es estreitas
com quaisquer indivíduos. Em seus estudos Hodson os divide em quatro tipos principais, associados aos quatro elementos da
filosofia antiga: terra, água, fogo e ar.
Hodson faz também uma associaçã o dos anjos com a Á rvore Sefirotal, derivada da tradição Cabalística, definindo dez ordens. Afirma
que um dos aspectos do Logos é de natureza angélica e acrescenta que ao reino angélico pertencem os chamados espíritos da
natureza. Muitos destas classes estã o envolvidos em processos naturais básicos como a formaçã o celular e cristalização mineral,
sendo por isso de dimensõ es microscó picas, constituindo os primeiros degraus da sua longa evoluçã o em direção aos anjos
planetários e formas ainda mais grandiosas como os grandes arcanjos solares, de estatura verdadeiramente colossal, a ponto de
poderem ser percebidos de pontos pró ximos à extremidade externa do sistema solar. Outros tipos sã o os silfos, as salamandras, as
fadas, dríades, ondinas e os variados espíritos da natureza conhecidos desde a antiguidade em várias culturas. Suas descriçõ es dão
uma vívida ideia da importância destes seres na manutenção da ordem có smica e na manifestação do universo desde sua origem
insondável até as formas físicas, passando por todos os degraus intermédios. Em seu livro O Reino dos Deuses (1) oferece uma série
de ilustraçõ es do aspecto dos vários tipos de anjos, diferindo radicalmente das tradicionais representaçõ es angélicas da cultura
ocidental, e diz que apesar disso ambos, anjo e homem, derivam suas formas de um mesmo arquétipo.

Alquimia em movimento
Apresenta-se “O Selo de Salomão”, o que permite nomear os quatro
Elementos Alquímicos fundamentais e as quatro qualidades
fundamentais da matéria. “O Selo de Salomão” permite, ainda, exprimir
correspondências entre os Elementos e as qualidades, os metais, os
planetas, os humores e assim por diante. O selo salomô nico funde os princípios masculino e feminino, o Enxofre e o Mercú rio e
simboliza, entã o, o matrimó nio alquímico ou a feitura da Obra. A tríade alma, espírito e corpo completa-se com a junção do Sal.
A alquimia é como a pré-história da ciência e/ou como pecado original. Um projeto de investigaçã o prático de transmutação de matéria
vil em ouro, com a sua correspondente herança material, no primeiro caso; uma manifestação que animou a ciência, onde nem falta a
árvore, nem a maçã, nem a serpente.
Refere-se Gaston Bachelard e a sua análise do imaginá rio, enraizada nos Elementos: o reino do onirismo é inaugurado e assegurado
pela alquimia das metamorfoses.
Refere-se Lima de Freitas, o mestre pintor do Imaginal, através da sua obra e do seu mú ltiplo significado.
O Selo de Salomão
O Selo de Salomão, também conhecido por escudo ou estrela de David, é uma estrela de seis pontas, formada por dois triângulos
equiláteros, um perfeitamente invertido em relação ao outro, que contém, entre vários atributos, os quatro Elementos Alquímicos: o
Fogo no vértice superior (D), a Á gua no vértice inferior (Ñ ), o Ar na reentrância à esquerda, entre os dois triângulos e, por fim, a Terra
na correspondente reentrância à direita
O hexagrama que é o Selo de Salomã o reú ne, na sua totalidade, além do conjunto dos Elementos do universo, as qualidades
fundamentais da matéria. Estas, situam-se nas pontas laterais da estrela e correspondem-se, duas a duas, com os Elementos: quente
e seco para o Fogo, frio e hú mido, para a Á gua, quente e hú mido para o Ar e frio e seco, para a Terra.
O Selo de Salomão pretende exprimir, na sua aparente simplicidade, a complexidade có smica. Assim, dentro da tradiçã o hermética, o
Selo de Salomão apresenta uma “personalidade” mú ltipla – Figura 1 (b). Além da descrita, pode reunir:
–  os sete metais básicos: o Chumbo, o Estanho, o Ferro, a Prata, o Cobre e o Mercú rio – nas pontas da estrela e rodando segundo os
ponteiros do reló gio – e, ao centro, o Ouro;
–  os sete “planetas” básicos: Saturno, Jú piter, Marte, Lua, Vénus e Mercú rio – seguindo o mesmo trilho de anteriormente – e, ao
centro, o Sol;
– ou, por extensão: as sete esferas celestes, os sete graus de perfeição, os sete dias da semana, as sete cores do arco-íris ou mesmo os
misteriosos sete anõ es da Branca de Neve…
O mesmo símbolo estrelado pode significar, ainda: os quatro humores vitais: a Mucosidade, a Atrabílis (atrabile ou có lera negra), o
Sangue vermelho e a Bílis (Bile), todos pressupostos componentes do sangue; os quatro temperamentos: Linfático, Sanguíneo,
Nervoso e Bilioso; os quatro estados da matéria: Líquido, Gasoso, Ígneo e Só lido; as quatro etapas da vida: Infância, Juventude,
Maturidade e Velhice; as quatro estaçõ es do ano; os quatro pontos cardeais; …
São, consequentemente, possíveis inú meras correlaçõ es entre os Elementos e as qualidades, e os metais, os planetas, os humores, os
temperamentos, os estados da matéria, as etapas da vida ou as estaçõ es do ano. Assim, por exemplo:
– Fogo – quente e seco – Prata – Lua – Sangue vermelho – Nervoso – Ígneo – Maturidade – Verão – Sul …
– Á gua – frio e hú mido – Chumbo – Saturno – Mucosidade – Linfático – Líquido – Infância – Inverno – Norte …
O Selo de Salomão reduz o mú ltiplo ao uno (reduzir no sentido de transformar, converter, resumir e nunca no de limitar ou minorar);
transmuta o imperfeito em perfeito (a imperfeição, que se dispersa pela periferia, converge para perfeiçã o, que é simbolizada pelo
Ouro ou pelo Sol que se encontra no centro); funde os princípios masculino (o triângulo vermelho) e feminino (o triângulo azul); e
encaminha a Grande Obra, quer no plano material, quer no plano espiritual.
O fato do selo salomô nico fundir os princípios masculino (o triângulo do fogo) e feminino (o triângulo da água), significa que o
Enxofre, quente, expansivo, dinâmico e fixador se liga ao Mercú rio, hú mido, dú ctil e adstringente. O mesmo símbolo representa,
entã o, o “matrimó nio” destas duas matérias, criadoras primá rias de onde nasce o Ouro vivo.
Um “elemento” estático, neutral neste casamento alquímico ou feitura da Obra, o Sal, deverá juntar-se para perfazer a exigência da
tríade alma, espírito e corpo.
O Pecado Original
Um químico contemporâneo, perante este universo, interroga-se:
1) Fogo, Terra, Á gua, Ar… Que elementos alquímicos são estes que nem compostos químicos são?
2) Prata, Cobre, Mercú rio, Chumbo, Estanho, Ferro, Ouro… Que metais alquímicos são estes que não são elementos alquímicos, mas
que sã o elementos químicos?
3) Mercú rio, Enxofre, Sal… Que mercú rio é este que se associa a Mercú rio, planeta do sistema solar, umas vezes; outras, associa-se a
Enxofre, que é elemento químico e nã o metal, e a Sal, nome genérico de tantos compostos?
Um químico nos dias de hoje interroga-se mais: É a Alquimia a pré-histó ria da Química ou o seu pecado original?
Se a Alquimia for entendida como pré-histó ria da Química podemos vislumbrar naquela um verdadeiro projeto de investigação, cujo
objetivo prático consistiria em produzir ouro a partir de matérias não-nobres. É difícil encontrar diferenças fundamentais entre este
projeto e, por exemplo, o projeto que conduziu à produção de diamantes a partir do grafite, à escala industrial, empreendido por uma
equipa liderada por Tracy Hall, nos laborató rios nova-iorquinos da General Electric Company. Em 1957 iniciou-se a sua
comercialização e, daí para cá, já foram produzidos mais diamantes artificiais do que até então tinham sido extraídos diamantes
naturais.
Ainda como pré-histó ria da Química é de referir a inestimável herança “material” da Alquimia: vasos, retortas, cadinhos, fornos (o
famoso athanor alquímico), técnicas e métodos de análise e de purificação de compostos, como sejam, a destilação, a sublimaçã o e a
cristalizaçã o, e a formação e enumeraçã o das propriedades de metais e de ligas metálicas.
E a Alquimia como pecado original da Química?
Que se saiba, o pecado original de Adã o e Eva nã o teria existido sem uma árvore, uma maça e uma serpente. Analisemos
parcialmente os seus conteú dos simbó licos: a macieira é a árvore da Vida ou a árvore da Ciência, para o bem ou para o mal; a maça,
integrando um pentagrama, uma estrela de cinco pontas, desenhado pelas suas pró prias sementes, é o fruto do conhecimento, da
liberdade, da descoberta e da revelação; e a serpente, por seu turno, fria, sem patas, sem pelos e sem pernas, opõ e-se de tal modo ao
homem numa escala evolutiva (genética) que nada mais é do que uma “coisa primordial”. Não representará ela, então, um potencial
vivificante?
Os Caldeus utilizavam a mesma palavra para vida e serpente e, em árabe, serpente é el-hayyah,
vida é el-hayat e um dos nomes divinos é El-Hay, “o que dá a vida”.
O Uroboro, a serpente alquímica que morde a sua pró pria cauda numa autofecundação
permanente, representa o ciclo perpétuo de vida e morte e, superiormente, a transformaçã o da
morte em vida.
Diz a tradição que este símbolo, um arquétipo universal e ancestral segundo Carl Jung, o famoso
dissidente da congregaçã o freudiana, foi sonhado pelo químico Kekulé quando investigava a
estrutura da molécula do benzeno, sugerindo-lhe a estrutura fechada, em anel de ligaçõ es
simples e duplas.
Que mais dizer? Seja, pois, a Alquimia o pecado original da Química, na sua mais valia de
manifestação que a animou.
Na sua experiência prática, material, laboratorial, a Alquimia aproxima-se da Química; na sua
vertente espiritual, mística, afasta-se muito do conhecimento científico tal como o concebemos
no período contemporâneo.
Ler a Alquimia e os seus Elementos exclusivamente através da Química seria um pecado muito pouco original.
O Imaginário e o Imaginal
A Á gua é o princípio de todas as coisas, disse Tales de Mileto, corria o século VI antes de Cristo. Anaxímenes aceitou como elemento
básico o Ar (também com o significado de Céu) e Heraclito escolheu o Fogo. Empédocles, um século mais tarde, disse: A matéria é
formada por quatro elementos. E à triade Á gua, Ar e Fogo juntou a Terra. E mais disse: Os elementos unem-se pelo Amor e dissociam-
se pelo Ó dio.
Foi neste universo que nasceu Aristó teles (século IV a.C.). Aristó teles acreditou nos quatro elementos e com eles tudo compô s: mais
Fogo mais leve, mais Terra mais pesado…
A linguagem e a ló gica da Alquimia não têm, como vimos, natureza química – nem, porventura, filosó fica – mas sim simbó lica e
iniciática. No entanto, o ajuste entre filosofias tradicionais gregas e a via alquímica, evidenciado pela absorção feita pela Alquimia dos
elementos aristotélicos e suas qualidades permitiu ao multifacetado Gaston Bachelard, o homem sobre quem François Dagognet
afirmou que o pensamento dinamizava a vida e não o inverso, dizer que os Elementos são as hormonas da imaginação.
Gaston Bachelard foi um homem de dois séculos e de duas vidas. Nasceu em 1884, na província francesa, e morreu em 1962, na
cosmopolita Paris. Licenciou-se em Matemática e estudou Química o que lhe permitiu ser professor do ensino secundário num
colégio em Bar-sur-Aube, sua terra natal; por outro lado, por leitura espontânea, infatigável e reflexiva, compô s a sua pró pria
Filosofia – o Materialismo Racional -, o que lhe angariou o convite para lecionar na Sorbonne. Deixou uma obra notável, não só no
domínio da Epistemologia, mas também da Psicanálise. E, para mais, tinha alma de poeta.
Bachelard viveu intensamente, e da forma mais independente e objetiva que conseguiu imprimir, com uma qualidade indiscutível, as
suas duas vertentes: a razão científica do Materialismo Racional como os cientistas, de valores intelectuais, o homem diurno, e os
devaneios poéticos do mundo onírico como os artistas, de valores espirituais, o homem noturno.
É o empenhamento de Bachelard no mundo noturno, o mundo dos sonhos e, principalmente, dos devaneios, que mais nos interessa
no contexto deste trabalho.
O brilho do Fogo na lareira e o saltitar da Á gua nos ribeiros e riachos sã o imagens que nunca o abandonaram, mesmo quando o
reconhecimento o levou a lecionar na universidade parisiense.
Os quatro elementos de Aristó teles, os quatro Elementos da Alquimia, são também os quatro elementos poéticos de Bachelard. A
Alquimia das metamorfoses não originou, segundo o filó sofo, antes impediu, a origem da ciência. Mas inaugurou e assegurou o reino
do onírismo.
A dimensã o que Bachelard confere aos Elementos não parece limitar a sua interpretação, antes prolongá-la; no entanto, não é esta,
como veremos adiante, a opinião partilhada pelos alquimistas do Imaginal, onde os Elementos sã o verdades transcendentais e nã o
categorias psicoló gicas no mundo da imaginaçã o fantasiosa, do Imaginário.
Escreveu vários livros sobre este tema, cada um dos quais dedicado a um Elemento em particular. Começou pelo Fogo, em 1938.
Chamou-lhe A Psicanálise do Fogo. Depois, em 1942, publicou A Á gua e os Sonhos, em 1943, O Ar e os Sonhos e, em 1948, surgem
dois livros: A Terra e os Devaneios da Vontade e A Terra e os Devaneios do Repouso.
Um quarto (1/4) mais do que a vontade, mais do que o impulso vital, a Imaginação é a própria mola real da produção psíquica.
Psiquicamente, nós somos criados pelos nossos sonhos. Somos criados e limitados pelos nossos sonhos pois são eles quem desenha os
últimos confins do nosso espírito. A Imaginação funciona na cúpula, como uma chama, e é na realidade da metáfora de metáfora, na
região dadaísta, onde o sonho é o ensaio de uma experiência, quando o sonho transforma as formas já previamente transformadas, que se
deve buscar o segredo das energias mutantes. É preciso pois cada um de nós encontrar maneira de se instalar no ponto de onde se divisa o
impulso original, tentados sem dúvida por uma anarquia pessoal, mas apesar disso dependente da sedução alheia. Para se ser feliz é
preciso pensar-se na felicidade de um outro. Existe também uma reciprocidade nos prazeres mais egoístas. O diagrama poético deve pois
suscitar uma decomposição das forças, derrubando o ideal ingénuo, o ideal egoísta da unidade da composição. É este mesmo o problema
da vida criadora: como é possível ter-se um futuro não esquecendo o passado?, como conseguir que a paixão se ilumine sem arrefecer?
Diz a tradição que este símbolo, um arquétipo universal e ancestral segundo Carl Jung, o famoso dissidente da congregação freudiana, foi
sonhado pelo químico Kekulé quando investigava a estrutura da molécula do benzeno, sugerindo-lhe a estrutura fechada, em anel de
ligações simples e duplas.
Ora, se a imagem não se torna psiquicamente ativa senão através das metáforas que a decompõem, se ela não cria psiquismo realmente
novo senão nas transformações mais ousadas, na região da metáfora de metáfora, compreender-se-á a enorme produção poética das
imagens do fogo. Tentei demonstrar que o fogo é, entre os fatores de imagens, o mais dialetizado. Só ele é sujeito e objeto. Quando se vai
até ao fundo de um animismo encontramos sempre um calorismo. Aquilo que eu reconheço como vivo, como imediatamente vivo, é aquilo
que reconheço como quente. O calor é a prova por excelência da riqueza e da permanência substanciais; só ele confere um sentido imediato
à intensidade de ser. A par da intensidade do fogo íntimo, como são frouxas as outras intensidades inertes, estáticas, sem destino! Não
são crescimentos reais. Não cumprem a sua promessa. Não se ativam numa chama e numa luz que simbolizem a transcendência. G.
Bachelard, A Psicanálise do Fogo 

A alusã o, implícita, à Grande Obra é, todavia, evidente. É no athanor que o alquimista realiza a sua obra de transmutação, purifica os
metais e liberta o “ouro alquímico” do seu pró prio espírito. Mas o athanor é um forno: fogo, fogo íntimo, quente, calor, calorismo…; é,
pois, o Fogo, exterior e interior, constantemente ativado pelo alquimista, que decompõ e e despoja a “matéria” das suas imperfeiçõ es –
a matéria e o espírito do adepto.
O hermetismo contido no processo alquímico tem aqui o seu paralelo na realidade da metáfora de metáfora, a transmutação nas
transformaçõ es mais ousadas, a decomposiçã o da matéria-prima (a obra ao negro) na decomposiçã o da unidade da composição,
seguida da purificaçã o (a “espiritualização do corpo” ou obra ao branco) e da realização espiritual (a “corporizaçã o do espírito” ou
obra ao rubro) nos crescimentos reais, numa chama e numa luz que simbolizam a transcendência; as alteraçõ es materiais em
reunião com as modificaçõ es espirituais correspondem-se com o fogo dialetizado, objeto e também sujeito, os antagonismos iniciais
no passado e futuro, iluminado e arrefecido.
A conjunção da realidade e do símbolo, sonho de totalidade que une os destinos do homem e da natureza, revela-se exemplarmente
na lindíssima tela de Lima de Freitas, que tem por título O Amante de Fogo. Através do corpo vermelho e translú cido do homem
desenha-se já o corpo luminoso da mulher loira, bela e, necessariamente, de olhos azuis.
O azul é a mais pura, profunda e imaterial de todas as cores. É o azul sonhado, fresco, puro, unitário ao ponto de poder “dissolver”
todas as cores – mesmo o vermelho; é o indicador do caminho para o infinito.
O Ar é azul, no céu liso e desperto. E também a Á gua é azul, como espelho do céu, correndo nos rios e nos riachos.
Em A Á gua e os Sonhos, na conclusã o, Gaston Bachelard dá a palavra à água:
Gostaríamos de reunir – diz ele – todas as liçõ es de lirismo que o rio nos dá. Essas liçõ es, no fundo, têm uma grande unidade. Sã o
realmente as liçõ es de um elemento fundamental.
Para mostrar bem a unidade vocal da poesia da água, vamos desenvolver imediatamente um paradoxo extremo: a água é a senhora
da linguagem fluida, da linguagem sem brusquidã o, da linguagem contínua, continuada, da linguagem que abranda o ritmo, que
proporciona uma matéria uniforme a ritmos diferentes. Portanto, não hesitaremos em dar sentido pleno à expressão que fala da
qualidade de uma poesia fluida e animada, de uma poesia que se escoa da fonte. G. Bachelard, A Á gua e os Sonhos
A Á gua é um símbolo universal de Vida, de fecundidade e de fertilidade, a senhora, como lhe chamou Bachelard. Esta é a Á gua
entendida no plano corporal. A Á gua, todavia, inclui também a simbologia no plano espiritual.
Quem beber da água que eu lhe der, jamais sentirá sede – disse Jesus no seu diálogo com a Samaritana.
A Á gua, nesta vertente espiritual, representa uma matéria perfeita, simples, totalmente transparente; é, pois, sagrada, com virtudes
purificadoras. Um exemplo é a água do batismo, conferida uma só vez na vida, o que é suficiente para lavar o pecado original.
Transforma o homem num homem novo, pelo seu poder de regenerescência.
Quem “mergulha” na Á gua ressuscita. Este “banho” é um banho iniciático, na Fonte da Imortalidade (da alma).
Em contrapartida ao símbolo da Á gua pura e criadora, Fonte de Vida, encontra-se com frequência uma Á gua amarga, devastadora,
produtora de maldiçõ es, as águas tenebrosas dos mares profundos e das vagas gigantescas de A Odisseia de Homero e de Os
Lusíadas de Camõ es.
Bachelard, porém, foi muito mais longe e dedicou-se ao estudo
psicoló gico de subtis variaçõ es das águas: as águas claras, primaveris,
correntes, amorosas, profundas, dormentes, mortas, compostas, suaves,
violentas; a água como mestre da linguagem… Mú ltiplas são as facetas
desta palavra tão rica de significaçõ es, deste símbolo cintilante.
Uma representação, magnífica, do Elemento Á gua deve-se ao pincel de
Lima de Freitas.
Destaca-se na gravura um ovo, princípio feminino, rodeado de pequenas
labaredas, o Fogo masculino. A Á rvore da Vida, com os seus pomos e aves
esvoaçando entre os seus ramos plenos de folhas, ocupa o centro da
esfera. A sua ligação à Terra é feita pelas raízes que a penetram. Um poeta
e a sua lira, símbolo e instrumento do equilíbrio có smico, senta-se num
barco ou numa meia-lua. Sã o os acordes extraídos da lira do poeta que
fazem dançar os pássaros e os peixes, que fazem vibrar o cosmos de forma organizada e harmó nica.
O peixe é, por si pró prio, símbolo do Elemento Á gua e, como tal, todos os atributos simbó licos da Á gua são-no também atributos do
peixe. Para os cristã os, Cristo é pescador (de almas) e os seus seguidores peixes.
O apogeu espiritual, porém, só é atingido apó s luta árdua. O inimigo a combater foi aqui representado por medusas (ou gó rgonas).
Estas representam deformaçõ es da psique, cuja sublimação para que se atinja a perfeiçã o, o ideal, é absolutamente necessária. Basta
recordar Narciso que, ao mirar-se nas águas, não pô de esconder a sua vaidade: Amo-me tal como sou – disse ele.
O Ar é movimento e libertaçã o. A imagem do Ar está na base de toda uma psicologia ascensional, cuja dualidade se prefigura no voo e
na queda. Como tal, o Ar (o Céu) está sempre associado ao elemento Terra.
Quando, no processo alquímico, se transmutam os metais vis (os metais não suficientemente “amadurecidos” na Terra) até ao seu
mais elevado grau de pureza e perfeiçã o, o ouro, as substâncias são elevadas por um poder aéreo, um poder que as liberta das suas
impurezas. Mas a esta subida tem de, inevitavelmente, corresponder uma descida, uma “descensão” alquímica, protagonizada por um
poder terrestre, poder este que atrai as impurezas para a Terra.
Associado a este movimento, digamos, material, encontra-se um dinamismo transformador da mente, isto é, espiritual. A “ascensão”
do homem ajudá-lo-á entã o a (re)criar a harmonia na Natureza, o que fará de forma mais sábia, mais prudente, mais avisada –
transfigurada. Um novo Céu (um novo Ar) e uma nova Terra serão (re)criados:
 –no «Imaginário», no mundo das fantasias da imaginação, como categoria psicológica, segundo Bachelard;
 –no «Imaginal», no mundo da alma, como verdade transcendental, segundo Lima de Freitas.

O Istmo – tela de Lima de Freitas -, assegura a máxima alquímica: o que está em baixo é como o que está em cima… Terra e Céu e Céu
e Terra.
O istmo do mundo Imaginal faz a mediaçã o entre o mundo material e o mundo espiritual, entre o inteligível e o sensível, entre o
imaginário e o simbó lico. Está de acordo com o objetivo da Obra alquímica: (re)ligar Céu e Terra, espírito e matéria, por outras
palavras, “materializar o espírito” e “espiritualizar a matéria”.
A pró pria palavra Alquimia é, como salienta José Manuel Anes, em ajuste com a tradiçã o islâmica, um barzak, um “entredois”, um
istmo entre dois mares: numa leitura clássica, na horizontal, ou então numa leitura na vertical, entre o mar das águas inferiores, a
Á gua propriamente dita e o “mar” das águas superiores, o Ar.
O Fogo destró i e solidifica. A Á gua e o Ar são, igualmente, destruidores e protetores. A Terra é vontade e repouso. Todos os Elementos
exteriorizam contradiçõ es, antinomias, dualidades, quer materiais, quer espirituais; e, de modo semelhante aos Elementos, também
as operaçõ es alquímicas o fazem: enquanto a destilaçã o alquímica é uma seta de duplo sentido, a destilação química é um processo
de um só sentido.  (Não deixa de ser curioso, porém, que a sublimação química tenha conservado os vestígios da dupla seta original:
de só lido a vapor e de vapor a só lido.)
A nossa imaginação alimenta-se destas antíteses, E quem lê – e quem escuta – a poesia do poeta continua as imagens da imaginaçã o,
amplia o domínio do Imaginário. O “leite negro”, a “água seca”, o “fogo frio” ou o vinho que é “Á gua e Fogo” ao mesmo tempo, são
contrários ou complementares –  imprevisíveis, sem dúvida -, fonte inesgotável do mundo do onirismo.
Os alquimistas nã o deixam de encarar a versão bachelardiana sem algumas reservas. O Imaginal – o mundo real da alma –
transcende, segundo estes, a simples imaginação psíquica.
Mas nada é virtualmente uma só coisa.
E a cada um sua verdade.
O Quaternário (O número quatro)
A visão do orbe permite estabelecer os quatro pontos cardinais, os quatro ventos tã o distintos de cada direçã o, como ainda as quatro
estaçõ es, que se apresentam nitidamente diferentes nos climas temperados.
O exame do espaço leva a estabelecer as direçõ es quaternárias, as mais simples com os quais se pode dividir o espaço, como alto e
baixo, direita e esquerda. Ao observar os estados da matéria, pô de o homem reduzi-los a quatro estados elementares: o só lido, o
líquido, o aeriforme é o fluídico, cujas combinaçõ es dariam os outros estados conhecidos. No exame do clima, percebeu o homem que
ele é quaternariamente distribuído: quente, seco, frio e ú mido, cujas combinaçõ es dariam a heterogeneidade dos climas conhecidos.
Ao examinar etnologicamente a constituição das raças humanas, verificou que, conforme os pontos cardiais, as raças eram também
quatro: a branca no norte, a negra no sul, a amarela ao leste e a vermelha no oeste. Ao examinar o funcionamento na natureza,
observou que quatro eram as funçõ es características: a assimilaçã o, que se dá até no reino vegetal; o catabolismo animal, que revela
características diferentes da vegetal; e, finalmente, a constituiçã o do sistema nervoso, com funcionamento diferente dos outros.
O homem, por exemplo, é mineral, é vegetal, é animal e é o racional. Na divisã o da natureza, comprovou que podia reduzi-la a quatro
reinos; o animal, o vegetal, o mineral e o humano.
Se perpassarmos os nossos olhos pelas obras dos antigos jô nicos, e se formos além, até o pensamento das culturas egípcia, hindu,
japonesa, encontramos sempre a afirmativa de que quatro sã o os elementos fundamentais, de cujas combinaçõ es surgem todos os
outros: terra, água, ar e fogo, que correspondem aos quatro estados da natureza. Verificou ademais o homem que os quatro estados
da natureza não se seguem um ao outro arbitrariamente, pois não se passa do estado só lido para o gasoso sem que o anteceda o
estado liquido, como no campo das estaçõ es o verão não passa para o inverno, sem que se intercale o outono. Encontramos ainda na
química moderna uma reprodução destes quatro estados, dos quatro elementos primordiais, como seja o hidrogênio, que
corresponde à água, o oxigênio, que corresponde ao fogo, o azoto, que corresponde ao ar, e o carbono que corresponde à terra.
São estes quatro elementos os principais de cada um destes estados da matéria ou pelo menos os fundamentos, e vemos nos mitos
religiosos gnomos correspondendo à terra, ondinas correspondendo à água, sílfides correspondendo ao ar, e salamandras
correspondendo ao fogo.
Em toda a parte a mesma simbó lica do quaterná rio, até quando o homem procura classificar os caracteres, ou melhor, os
temperamentos, como na concepção hipocrática. O linfático corresponde à água, o sanguíneo corresponde ao ar, o bilioso
corresponde ao fogo, e o nervoso corresponde à terra.
Também na filosofia encontramos sempre a presença do quaternário. Ao estudar as causas, Aristó teles reduziu-as a quatro
fundamentais: a eficiente, a formal, a material e a final. Quando Jung classificou os caracteres em dois, introvertido e extrovertido,
pouco depois teve de estabelecer quatro funçõ es, e posteriormente subdividir o introvertido em ativo e passivo e, identicamente, o
extrovertido, classificando os caracteres quaternariamente.
Quatro eram as regras da alquimia, quatro as escalas da natureza, quatro as idades do homem, quatro os períodos do homem, como
os períodos do dia.
Os pitagó ricos consideravam quatro os nú meros sagrados, a tetractys, pois a divindade pode também ser vista quaternariamente
como mais adiante veremos. A tetractys é simbolizada pelos quatro primeiros algarismos, 1 + 2 + 3 + 4 = 10, cuja soma é a grande
década, a unidade suprema. Estes quatro nú meros podem referir-se, na aritmologia, ao ponto (1), linha (2), superfície (3), cubo (4),
mas, para os pitagó ricos, está simbó lica é somente de grau de paraskeiê, pois nos graus mais elevados, ela simboliza o quaternário
tomado no sentido mais profundo, isto é, além da tríade inferior, que já tivemos oportunidade de examinar.
Examinando a natureza e os seus ciclos evolutivos, veremos que eles podem ser sempre reduzidos a quatro.
O quaterná rio é o nú mero do tempo e das coisas temporais.
O quaterná rio é assim o símbolo das coisas corpó reas, o nú mero, o arithmó s em sentido pitagó rico, do universo có smico.
Em todas as religiõ es do mundo, há o emprego do quaternário como símbolo da natureza, e uma filosofia ou um pensamento
religioso, que se ativesse apenas ao campo do quaterná rio, seria uma filosofia ou religiã o meramente naturalista.
Entre os iniciados, fala-se no quaternário quando se faz referência ao universo dos ciclos revolutivos.
E até no setor da histó ria e da sociologia nã o são poucos os estudiosos que se vêem forçados a estabelecer o quatro, quando desejam
estudar as fases da histó ria, como Spengler, que divide os ciclos culturais em quatro períodos, pois é impossível reduzir um ciclo a
menos de quatro, se deseja ter um conhecimento fundamental.
A circunferência, cortada em cruz pelos diâmetros (horizontal e perpendicular) nos revela o quatro imerso na circunferência. E
temos aqui uma visão simbó lica da unidade, a circunferência, dividida em suas quatro partes. É uma simbó lica panteísta, naturalista,
materialista, etc. Se no entanto fô r a de um quadrado incluso na circunferência, teremos uma visão panteísta, isto é, tudo (pan) está
em Deus (em theos).
Temos o quaternário simbolizado pelo quadrado, como ainda o encontramos pelo tetraedro. A cruz suástica é símbolo do
quaterná rio, mas as suas pontas, os segmentos verticais e horizontais representam a expansão e o dinamismo do quaterná rio. Entre
os hindus, encontramos o quaterná rio simbolizado pelo ló tus de quatro pétalas.
Um dos símbolos mais expressivos do quaternário é a base das pirâmides do Egito, tendendo cada lado para um dos pontos cardiais.
Em sua base, a pirâmide é quaternária. Mas como convergem as linhas para um ápice central é símbolo também do quinário. Na
verdade as pirâmides são símbolos de todos os nú meros, e querem referir-se aos arithmó i archai (os nú meros arquetípicos) que são
9, nos quais já estudamos a unidade, a oposição e a relaçã o, correspondentes ao 1, ao 2 e ao 3, e agora o 4, que é símbolo da
reciprocidade, da evoluçã o básica.
Encontramos o 4 simbolizado em diversas tétradas de divindades, como entre os fenícios, Baal, princípio masculino abstrato, Baan,
princípio feminino abstrato, Cusoros, princípio masculino realizador, e Mot, princípio feminino realizador, ou ainda Indra, Mitra,
Varuna e Agni, entre os brâmanes, etc.
Quatro são os evangelhos, quatro as letras que estã o colocadas ao alto da cruz (I . N . R . I.) interpretadas geralmente como Jesus
Nazarethus Rex Judaeorum, – Jesus de Nazarét, Rei dos Judeus, que os hermetistas interpretam por Igne Natura Renovatur Integra,
“pelo fogo é a natureza totalmente renovada.”
As quatro letras, no alfabeto hebraico, são as seguintes, com os seus significados: Jam, que significa o mar, água; Nour, o Fogo, a
lâmpada, Ruach, o Ar, o sô pro; e Iabeshah, a Terra, o sal.
Em alguns quadros renascentistas, a cruz imerge na terra, ergue-se para o ar ao céu, uma das extremidades aponta a água de um
riacho e, a outra, ao Fogo, simbolizado por um raio.
Quatro são os soldados que partilham os despojos de Cristo, e o quatro encontramos em muitas passagens da Bíblia, sempre
apontando a criaçã o no sentido evolutivo e cíclico.
Aplicando a nossa dialética, que até aqui foi esboçada, é fácil compreendermos o uso simbó lico do quaternário, mas antes
examinaremos o sentido da tetractys, dos pitagó ricos.
A unidade aponta à Mô nada suprema, ao Ser Supremo, que é UM. Dois indica a oposição das duas positividades opostas, contrá rias,
os dois vetores de toda a criaçã o, a Díada menor. As relaçõ es que surgem da díade dão surgimento à série.
Todo ser finito é composto de um ser ativo, determinante que é o seu ato, e um passivo, determinável, que é a sua potência. Se o que é
em ato já é, o que é em potência ainda não é. Consequentemente o ser finito, em ato, não é tudo quanto pode ser. Falta-lhe algo, de
algo carece, de algo está privado. Portanto, além do ato e da potência, há ainda a privação. Quando a potência se atualiza, o nã o-ser
passa a ser. Da díade de ser e não-ser, na atualizaçã o, temos o não-ser que agora é. Neste caso, a síntese quase forma, entre as
antíteses ser e não-ser, não é apenas triádica, mas quaternária, pois a síntese é a afirmaçã o do que era antes e do não-ser anterior,
cuja possibilidade podia atualizar. Na síntese, há ainda a afirmação da atualização da possibilidade, a negação do ser antes, e a
negação do nã o-ser, e negaçã o binária do ser anterior e do não-ser anterior, que estã o, na síntese, afirmados e negados.
Interpretação dos Textos Alquímicos
A pró pria palavra “hermético” sugere a dificuldade dos textos dos autores alquímicos. Esta tem por causas
 os autores se referirem às substâncias e processos por nomes próprios à Alquimia,
 haver vários processos (vias) de operação que não são explicitados,
 a maioria das substâncias serem referidas com perífrases elaboradas,
 a existência de muitas referências mitológicas e cultas,
 o uso de palavras que, lidas em voz alta, produzem uma outra,
 o não apresentar partes de processos, referindo o leitor a outro autor,
 o não apresentar as operações por ordem,
 o enganar propositadamente o leitor.

Em alguns casos (e.g. Mutus Liber, O Livro Mudo) a exposição é feita apenas, ou predominantemente, por gravuras alegó ricas. Escrito
dessa maneira, até um livro de culinária seria impenetrável em seu conteú do. As finalidades deste obscurecimento eram proteger-se
de perseguiçõ es e não deixar os processos cair na via pú blica.
Qualificaçõ es habituais dos autores são o ser “caridoso”, se expõ e os seus temas corre(c)tamente, ou “invejoso” (cioso do seu
conhecimento) se engana o leitor. Um autor pode ser caridoso num trecho e invejoso noutro.
http://triplov.com/alquimias/rgoncalves1.htm
[1] Muitos estudiosos consideram a Estrela de Salomão como tendo apenas 5 pontas, sendo assim, um pentagrama

Deuses X Elementos

O símbolo gráfico do planeta Jú piter é uma representação estilizada da letra grega zeta, para
designar o seu deus correspondente,  Zeus.
Na mitologia, enquanto Urano era o deus do Panteã o dos deuses, Jú piter ou Zeus era
considerado o rei dos deuses do Olimpo.
Os Quatro Elementos, de tã o furiosos e de controle inacessível, já foram considerados “deuses”
na antiguidade. E mesmo hoje apesar de tanta tecnologia continuam sendo vistos da mesma
forma. Capazes de aniquilar cidades inteiras e ceifar centenas de vidas em poucos minutos.
Talvez estas grandiosidades sejam espíritos controladores enviados por Deus para manterem
os homens em seus devidos lugares (bons alunos). Podem chama-los de anjos se assim
quiserem.
São partes, fraçõ es do que somos. Lembre-se que Deus disse que somos sua imagem e
semelhança, contida entre nó s todos os elementos, somos pequenos deuses, ou semi-deuses, se
assim quiserem, e ponto de evolução para explosão e acessã o final.
Deuses, elementos da natureza e suas correspondências
Á gua: Feminino, limpeza e cura. Corresponde ao Oeste. Ligado às emoçõ es, o subconsciente, o
outro mundo. Uma transformação assim como o fogo, porém, mais devagar.
Deuses: Afrodite e Netuno.
-Afrodite: o fato de Afrodite ter sido ligada a esse elemento, não significa ser exatamente pelo seu nascimento Afrodite – nascida das
espumas. Mas sim pelo fato de ser a deusa das emoçõ es. E mesmo não sendo uma deusa de temperamento agressivo, é considerada
uma das mais poderosas, pois com seus encantos e artifícios, consegue seduzir os deuses de acordo com suas vontades.
-Netuno: Impulsivo e tempestivo. O deus do mar e das riquezas submersas, seria o aspecto masculino do elemento água se é que
podemos assim dizer, ganhou o reino das águas apó s divisã o do mundo depois da batalha dos titãs e dos deuses. Embora impulsivo
(característica de fogo), é extremamente cuidadoso com os filhos e filhas.
Terra: Feminino só lido e estável. A morada. Tem correspondência com o norte.
“…O norte que desejamos encontrar, o norte que desejamos chegar apó s uma longa batalha lutar”…
Ligado aos bens materiais, agricultura e segurança.
Deuses: Deméter, Hades e Perséfone
-Deméter: Senhora dos campos, da colheita, do casamento e mãe de Perséfone. Ou proserpina. Deméter foi a encarregada de ensinar
os humanos a arte da colheita. Apó s a guerra entre deuses e titãs, que durou 10 anos. Deméter abençoa o trigo, cujo grão usamos
para fazer o pão. Representada geralmente com ramos de trigo em sua cabeça como em forma de coroa, ou ainda com a cornucó pia
símbolo de fartura e fertilidade.
Hades: Senhor do submundo. É em seu reinado que ficam as almas. Dono dos segredos do subterrâneo, e esposo de Perséfone. Era
conhecido como impiedoso e austero, mas ao mesmo tempo carinhoso. Seu nome em grego significa “invisível”.
Fogo: Masculino. Quente e enérgico. Corresponde ao sul. Raiva, impetuosidade, paixã o, raiva, criatividade, força, brilh e luz. A
transformaçã o.
Deuses: Hefestos, Ares e Vesta.
-Heféstos: Deus da forja, do fogo dos trabalhos manuais. Simboliza o aspecto impulsivo do fogo. Filho de Hera, irmão de Ares. Teve
seu lugar do Olimpo tirado pela pró pria mãe, ao descobrir sua deficiência física quando o dera a luz. Hefestos cresceu longe do
Olimpo mas soube tirar proveito de suas habilidades para tomá-lo de volta. Ao dar em segredo um trono encantado de presente para
Hera sua mãe. E esta quando sentara no trono esteve atada a ele por correntes mágicas que nem mesmo Zeus conseguiu arrancar.
Hefestos foi entã o chamado ao Olimpo para retirar a Deusa de seu trono, e Zeus lhe prometera o que quisesse em troca da liberdade
de sua esposa. Sem pensar duas vezes, Hefestos escolheu Afrodite como esposa.
-Ares: Deus da guerra, assim como Athena sua irmã . Porém a representava no aspecto mais sangrento, representava a carnificina e a
crueldade ligada a ela. Enquanto sua irmã simbolizava o lado racional e ló gico da guerra: A estratégia. Simboliza todo o poder de
destruição do fogo, assim como sua impulsividade. O não pensar e simplesmente agir. Simboliza o aspecto destruidor do fogo.
-Héstia: Filha primogênita de Chronos e Rea. Era a deusa mais querida do panteã o grego e romano (cujo nome era vesta). Protetora
do fogo sagrado e da família. Tinha morada em todos os lares por ser a guardiã do fogo. Fogo que aquecia, cozia e animava. Simboliza
o aspecto purificador do fogo.
Ar: Masculino. O intelecto. Corresponde o leste. Nascimento, juventude e inspiração. Conhecimento e escrita.
Deuses: Hermes e Atena
-Hermes: O mensageiro dos deuses. Protetor dos rebanhos e dos viajantes. Deus da eloquência e da arte do bem falar. Segunda a
lenda, foi Hermes quem levou as três deusas. Athena, Afrodite e Hera. Para que Páris pudesse decidir qual delas seria a mais bela.
Tendo Hera lhe prometido o mundo, Athena o conhecimento e a sabedoria. Páris ficou com Afrodite, que lhe mostrara em visão o
rosto da bela Helena de Tró ia e lhe prometera Helena como esposa caso ela fosse escolhida a deusa mais bela dentre as três. O que de
fato aconteceu. Hermes foi o inventor da lira, instrumento usado por Apolo.
-Atena: Deusa da sabedoria, conhecimento e justiça. Filha de zeus, saída de sua cabeça. Representa o intelecto nas artes, na guerra e
na filosofia. Athenas era a capital da filosofia do mundo antigo. Athena simboliza a pureza de pensamento.
Deuses primordiais
Os deuses primordiais da mitologia grega, também chamados Protogonos (em grego Πρωτογονος, transl. Prô togonos, ou
Πρωτογενος, Prô togenos, “nascido primeiro”, “primordial”) eram as divindades que nasceram em primeiro lugar, que surgiram no
momento da criaçã o, e cujas formas constituem a estrutura básica do universo.
Os antigos gregos dispunham de várias teogonias diferentes, e ainda que estas apresentassem alguns personagens comuns, é difícil
elaborar uma lista ú nica de divindades primordiais para a mitologia grega, pois essas divindades, assim como o papel de cada uma,
variam de uma fonte para outra.
Fontes mitológicas
Hesíodo – A fonte mais famosa a este respeito é inquestionavelmente a Teogonia, de tal forma que se confunde frequentemente o
panteão primordial grego com o descrito na obra. A primeira divindade que se cita na obra é o Caos, seguido por Chronos Gaia,
Tártaro, Eros, É rebo, Ponto, Urano, Ó reas, Nix, e então Hemera e É ter. Homero – A teogonia homérica parece considerar Oceano e
Tétis os pais de todos os deuses, vinculando o seu nascimento ao mar.
Alcman – O poeta Alcman considera a Titânide Tétis a primeira deusa que “ordena todas as coisas”, criadora de poros (“caminhos”),
tekmor (“sinais”) e skotos (“escuridão”) no monó tono e uniforme vazio.
Epiménides – Epiménides faz de Air (o Ar) e de Nix os dois seres primordiais, que se unem para parir o Tártaro. Posteriormente
nasceriam dois Titãs, que engendrariam um ovo primordial de onde surgiria uma nova ordem.
 Caos: a primeira fase do Universo, sendo talvez o vazio, o vácuo, ou mesmo a explosão que deu origem à todas as coisas;
 Gaia: a Terra;
 Urano: o céu;
 Nix: a noite;
 Érebo: a escuridão, as trevas;
 Éter: a luz, o céu superior (atmosfera, o espaço sideral), o ar;
 Hemera: a primeira divindade do Sol, o dia;
 Tálassa: o mar Mediterrâneo;
 Pontos: o furioso alto-mar;
 Tártaro: o inferno, o submundo, o abismo sombrio;
 Óreas: as montanhas;
 Nesoi: as ilhas;
 Ananke: a necessidade, o destino, o fato, a precisão;
 Chronos: o tempo bruto e cronológico;
 Calígena: a névoa primordial;
 Fanes: a criação;
 Eros: o amor, a junção (para alguns é filho de Afrodite, e não é primordial);
 Oizus: a miséria (para alguns não é primordial);
 Ofíon: a serpente dos ventos, do ar em movimento;
 Eurínome: as planícies marinhas;
 Euríbia: os perigos e monstros marinhos (para alguns não é primordial);
 Physis: a matéria (para alguns não é primordial, pois muitos gregos não a cultuavam como viva ou como podendo se manifestar);

Deuses Primários
CAOS – Segundo Hesíodo em sua obra, Teogonia, Caos foi à primeira divindade a surgir. Os filhos destes nasceram de cisõ es: Nix e
É rebo nasceram a partir de pedaços dele. Do Caos também surgiram Gaia, a terra, Tártaro, as trevas e Eros, o amor. Caos é uma força
antiga e obscura que manifesta a vida por meio de cisã o de elementos. Parece ser um deus andró gino, característica comum a todos
os deuses primogênitos nas mitologias antigas.
GAIA – Deusa da terra primordial, geradora dos demais seres. Gera sozinha Urano, com quem vem a se unir posteriormente e da
origem os 12 Titãs, aos Ciclopes e os Hecatô nquiros, Ó reas (montanhas) e Pontos, o mar primordial. Geia diferencia-se no culto grego
de Deméter por ser um elemento primordial e deusa có smica, enquanto Deméter representa a terra cultivada. É a Mãe-Terra ou
Grande-Mãe, simbologia comum as demais deusas geradoras do mundo em diversas mitologia
TÁ RTARO – É o mundo inferior, as trevas. Surgiu a partir do Caos, era o lugar onde Urano aprisionou os seus filhos gerados com Gaia.
Segundo Hesíodo em sua Teogonia, o Tártaro localizava-se abaixo do reino de Hades, a mesma distância que o céu era da terra. Com a
divisão geográfica do Hades, uma divisão pó s-homérica, o Tártaro se tornou o local de suplícios permanente dos grandes criminosos,
mortais e imortais. De sua união com Gaia gerou Ê quidna e o gigante Tífon.
EROS – Deus do amor, gerado por Caos, atribui-lhe também um papel unificador e coordenador dos elementos, contribuindo para a
passagem do caos ao cosmos. Com o passar do tempo, várias versõ es surgiram a respeito do nascimento de Eros, dentre elas a que o
deus do amor seria filho da união entre Hermes e Afrodite ou de Ares com Afrodite. Era representado como uma criança alada,
armada de aljava e flechas, que fazia apaixonar os coraçõ es de deuses e homens. Seu correspondente romano era Cupido.
NIX – Personificação da noite, Nix surgiu do Caos e uniu-se com É rebo, uniã o que gerou É ter(luz celestial) e Hemera (o dia).
Percorria o céu recoberta por um manto negro por um carro puxado por 4 cavalos negros e acompanhado das Queres, suas filhas.
Gerou também sozinha outros seres como Moros (sorte), Kera (a que decide a morte dos homens), Tânatos (morte), Hypnos (sono),
Oniro (sonhos), Momo (escárnio), Oizos (miséria), as Hespérdes (tarde), guardadoras dos pomos de ouro, as Moiras (destinos),
Nêmesis (retribuiçã o), Apate (fraude), Filotes (amizade), Geras (velhice), É ris (discó rdia), Limos (fome), Ftono (inveja), Ê nio (deusa
da carnificina), Lissa (loucura) e Caronte (o barqueiro do reino de Hades). Com sua uniã o com É rebo, Nix foi considerada a primeira
rainha do mundo das trevas.
É REBO – Personificaçã o da escuridão, das trevas infernais. Gerou com sua irmã Nix É ter e Hemera. Demarcava seus domínios com
mantos escuros e sem vida. Conhecido por ser um dos maiores inimigos de Zeus, É rebo socorreu os Titãs quando estes pediram
ajuda para se libertarem do Tártaro, descendo pessoalmente até esse reino para libertá-los, porém Zeus e Hades o surpreenderam e
com a ajuda de Nix acabou o lançado nas profundezas do rio Aqueronte.
É TER – Personifica o Céu superior, o ar elevado, puro e brilhante, respirado pelos deuses. Filho de Nix com É rebo, irmã de Hemera (o
dia). De sua união com Hemera gerou a Tristeza, a Có lera, a Mentira e Tálassa (deusa do mar primordial).
HEMERA – Personificaçã o do dia, irmã de É ter. Personificação do dia como divindade feminina, guardiã das fronteiras entre o mundo
aonde chegava à luz e o mundo das sombras.
Ó REAS – Deus que simboliza as montanhas, filho de Gaia. Nas antigas mitologias, as montanhas representavam o lugar que a
humanidade prestava culto e segundo acreditava-se poder alcançar os deuses.
PONTOS – O mar primordial, surgiu de Gaia sem relação com outro deus. Com Gaia gerou Nereu, o velho do mar, e de Taumante dos
aspectos perigosos do mar, Forcis e sua irmã e esposa Ceto, e de Euríbia. Com Tálassa gerou os Telquines.
URANO – Personificaçã o do céu, foi gerado espontaneamentepor Gaia e com ela gerou os Titãs, os Ciclopes e os Hecatonquiros.
Odiava os filhos e os faziam ficar preso no Tártaro até que ela revoltou-se com a atitude do deus e incitou uma revolta contra Urano.
Com uma foice confeccionada pela pró pria Gaia, Cronos, o mais novo dos Titãs e o ú nico a rebelar-se, ao momento que Urano iria
unir-se a Gaia, castra-o e de seu sangue surgiram vários seres: os Gigantes, as Erínias e as Melíades. Do testículo, ao cair do mar,
nasceu Afrodite, a deusa do amor. Urano simbolicamente traduz uma proliferaçã o criadora desmedida e indeferenciada, destruindo o
que gera.
Primeira Geração Divina
TÍFON – Personificação da seca. Inimigo de Zeus foi incitado por Gaia a derrotar os olimpianos para vingar a derrota dos Gigantes.
Era representando como maior que todas as montanhas e o corpo cercado de plumas e rodeado de serpentes. Era tã o horrendo que
até os Titãs, seus irmãos, os rejeitaram. Enfrentou os deuses olimpianos e estes ao perceberem a aproximação do monstro, fugiram
para o Egito e lá transformaram-se em vários animais, com exceção de Zeus e Atena que o enfrentaram. Apó s ser derrotado foi
arremessado ao Tártaro. Gerou vários seres monstruosos em sua união com Equidna: Cérbero, o cão de 3 cabeças; Ortro, o cã o de 2
cabeças que cuidava do rebanho do gigante Geriã o; a Esfinge que assolava Teba;, o dragão da Có lquida Ládon; a Hidra de Lerna que
aparece em um dos 12 trabalhos de Hércules;  Ethon, a águia que comia o fígado de Prometeu ; e a Quimera.
NEREU – Conhecido como o “velho do mar”, filho de Pontos, está entre as forças elementares do mundo. Desposou Dó ris, uma das
Oceânidas e com ela teve 50 filhas conhecidas como as Neréiades. Como uma divindade marinha, tinha o poder da profecia e de se
metamorfosear-se em vários seres. Era representando como uma longa barba branca e cavalgando um tritão e considerado uma
divindade pacífica e benfazeja.
TAUMAS – Divindade marinha, filho de Pontos e Gaia. De sua uniã o com Electra, uma das oceanides, gerou as Harpias e Íris, a
mensageira dos deuses.
FÓ RCIS – Divindade marinha, filho de Pontos e Gaia. Com sua irmã Ceto gerou filhos mostruosos: as Gó rgonas, Ládon, as Gréias e
Equidna.
CETO – Irmã de Fó cis e uma divindade marinha. Personificava os horrores e formas estranhas e exuberantes que o mar pode revelar.
EURÍBIA – Filha de Pontos com Gaia. Uniu-se ao Titã Creo dando origem a Astreu(os ventos), Pallas (belicosidade) e Perses
(destruição). Representa as forças incontida nos mares como maremotos e tsunamis.
MORO – Personificação da sorte e do destino, filho de Nix. Sem ver a quem reservava o futuro, tinha o caráter da inevitabilidade.
Deuses e mortais a ele eram subordinados.
MOMO – Personificação do sarcasmo e das ironias. Foi Momo que aconselhou Zeus a entregar Tétis em casamento a um mortal e
dessa união nasceria um filho e ele pró prio engendraria uma filha que suscitaria uma guerra entre asiáticos e europeus, a Guerra de
Tró ia, que teria muitos mortos que daria equilíbrio demográfico necessário.
TÂ NATOS – Personificação da morte, filho de Nix e Erebo. Irmão gêmeo de Hipnos, o Sono, era representado como um homem de
cabelos e olhos prateados, conhecido por ter um coraçã o de pedra e entranhas de bronze. Seu ú nico mito de importância foi quando
Zeus pediu para ele ir à procura de Sísifo, por esse ter delatado o deus na sua união com Egina, filha do rio Asopo. Sísifo o elogiou
pela sua beleza e com isso acabou prendendo Tânatos, cessando assim a morte de qualquer ser vivo. Hades, assim que teve
conhecimento do ocorrido, libertou a morte e o enviou para trazer Sísifo imediatamente ao mundo dos mortos.
HIPNOS – Personificação do Sono, filho de Nix e Erebo e irmão gêmeo de Tãnatos. Era representado como um homem de cabelos e
olhos dourados. Viveu na Ilha de Lemmos e percorria o mundo rapidamente e fazia adormecer todos os seres. Hipnos teve 5 filhos:
Morfeu, personificaçã o dos sonhos, Icelos, responsável pelos pesadelos e aparece nos sonhos nas formas de animais e monstros,
Fantaso, que aparece nos sonhos nas formas de objetos inanimados, os mil Onírios e Fantasia, sua ú nica filha, personificaçã o do
devaneio.
NÊ MESIS – Personificação da justiça divina, deusa da É tica, castigava inexoravelmente a presunção humana em suas atitudes de
demasia e arrogância.
É RIS – Personificação da discó rdia, filha de Nix. Aparece na mitologia como a provocadora da Guerra de Tró ia ao gerar a disputa
entre as deusas Hera, Afrodite e Atena, quando estas, participando da festa de casamento entre Peleu e Tétis, disputaram uma maçã
dourada jogada pela deusa da discó rdia. Acompanhava Ares em seu cortejo de guerra. Tinha vários filhos, sendo eles: Ponos (Fadiga),
Lethe (Esquecimento), Limos (Fome), Algos (Dor), Horkos (Juramento), Hisminas (Disputas), Macas (Batalhas), Fonos (Matanças),
Androctasias( Massacres), Neikeia (Ó dio), Pseudologos (Mentiras), Anfilogias (Ambiguidade), Disnomia (Desordem) e Ate (Ruina,
Insensatez).
GRÉ IA – Personificação da velhice. Tinham apenas 1 olho e 1 dente e deles serviram-se. Aparecem na mitologia no mito de Perseu
quando este estava à procura das Gó rgonas e ao capturar seu ú nico olho as fizeram adormecer. Eram 3: Enio, Pefredo e Dino.
HESPÉ RIDES – Personificação da tarde eram 3 deusas: Egle, “radiante”, deusa da luz avermelhada da tarde, Erítia, “esplendorosa”,
deusa do esplendor da tarde e Hespéra, “crepuscular”, deusa do crepú sculo vespertino. Residiam nos Jardim das Hespérides e lá
guardavam os Pomos de Ouro, um presente de Gaia a Hera na época do casamento com Zeus, capturados por Heracles em um de seus
12 trabalhos. Sã o guardiãs das fronteiras entre os dias e as noites.
QUERES – Personificação do destino cruel, fatal e impossível de escapar, sã o deusas que trazem a morte violenta aos mortais, sã o
filhas de Nix, geradas sem có pula. Sã o representadas com gênios alados, vestidas de preto, com longas unhas que despedaçam
cadáveres e bebem o sangue dos mortos e feridos. Aparecem em cenas de batalhas e de grande violência. Por serem deusas das
mortes violentas, eram convocadas por Ares assim que ele partia para a guerra e apó s as batalhas devoravam os mortos e levavam as
almas destes ao inferno. Eram 3: Hibride (desmedida), Limos (fome) e Poinê (a que castiga).
MOIRAS – Personificaçã o dos destinos eram as deusas responsáveis pelo fio da vida dos mortais e dos deuses. Eram 3: Cloto, a que
fia, segura o fuso e puxa o fio da vida, Láquesis, a sorteadora, enrola o fio da vida e sorteia o nome de quem deve morrer e Á tropos, a
que corta o fio da vida.
Segunda Geração Divina
OCEANO – É a personificação das águas que rodeiam o mundo, representado como um rio, o Rio-Oceano, pai de todos os rios. Da
união com sua irmã Tétis originaram as ninfas dos mares, as Oceânidas, os rios e todos os seres marinhos. Na guerra entre os titãs e
os deuses olímpicos se mantém afastado dos conflitos. Devido a sua vastidã o é considerado a imagem da indeterminação primordial.
CÉ OS – Personificaçã o da inteligência casou-se com Febe, sua irmã e com ela teve Astéria, deusa estelar e Leto, deusa do anoitecer,
mãe de Á rtemis e Apolo.
CRÉ OS – Personificaçã o dos seres marítimos e seu poder destrutivo envolvia as criaturas desconhecidas do mar abissal. Casou-se
com Euríbia e gerou Pallas, Astreu e Perses.
HIPÉ RION – Personificaçã o solar casou-se com Téia, sua irmã , e gerou Selene, a deusa lua, Hélios, o deus sol e Eos, a deusa da aurora.
JÁ PETO – Casou-se com Climene e dessa união nasceram Prometeu, o criador dos homens, Epimeteu, Atlas, o gigante que sustenta a
abó bada celeste e Menecéio.
CRONOS – Personificaçã o do tempo é o mais novo dentre os Titãs. Ú nico a revoltar-se contra Urano, a pedido de Gaia, Cronos castrou
o mesmo quando Urano foi unir-se a ela. Com a derrota do deus celeste, Cronos assumiu a soberania do universo e governou de
forma bem pior que seu pai. Casou-se com Réia, sua irmã, da qual teve 6 filhos: Héstia, Démeter, Hera, Poseidon, Hades e Zeus.
Derrotado pelos seus filhos, comandado por Zeus, foi atirado ao Tártaro com os demais Titãs. Na tradição ó rfica Cronos reconcilia-se
com Zeus e acaba vivendo na Ilha dos Bem-aventurados.
TÉ IA – Primeira das Titânidas, sua ú nica apariçã o no mito se deve a uniã o com seu irmão Hipérion na qual geraram Hélio, o sol,
Selene, a lua e Eos, a aurora.
RÉ IA – Esposa de Cronos, Réia tem papel importante no mito do esposo. Indignada pela atitude do esposo de devorar os filhos apó s
nascerem, já que segundo um oráculo profetizado por Urano de que Cronos seria destronado por um dos filhos, quando estava
grávida de Zeus Réia refugiou-se em uma gruta em Creta e lá deu a luz Zeus, Este, quando adulto, foi instigado pela mãe para
destronar Cronos e vingar seus irmãos. Fazendo Cronos beber uma poção mágica e vomitou os filhos, Zeus e seus irmão aliaram-se e
destronaram o titã, jogando-o junto com os demais no Tártaro.
TÊ MIS – Personificaçã o da justiça foi a segunda esposa de Zeus. Foi criada juntamente com Nêmesis pelas Moiras, já que Gaia havia
entregue a Nix a filha para criá-la para livrá-la das loucuras de Urano, mas Nix estava cansada devido a várias geraçõ es de seres e a
entregou as Moiras. Têmis empunha a balança, com que equilibra a razã o com o julgamento, é tida como a conselheira de Zeus, e
apesar de ser uma Titânida, foi admitida pelos olímpicos e prestava vários serviços aos deuses.
MNEMOSINE – Personificação da memó ria, foi amada por Zeus e com ele gerou as noves musas: Calíope, preside a poesia épica, Clio,
à histó ria, Polímia, à retó rica, Euterpe, à mú sica, Terpsícore, à dança, É rato, à lírica coral, Melpô mene, à tragédia, Tália, à comédia e
Urânia, à astronomia.
FEBE – A mais belas das Titânidas, simbolizava a deusa lua primordial, representada como a lua cheia. Casou-se com Céos e gerou
Leto e Astéria. Antiga deusa da profecia, Febe dividia o Oráculo de Delfos com Gaia e Têmis, mais tarde as deusas passaram essa
função a Apolo.
TÉ TIS – Personifica a fecundidade aquática, casou-se com Oceano e gerou as Oceânidas e os rios. Criou a deusa Hera por Réia à época
da guerra entre os olímpicos e os Titãs. Em agradecimento, Hera reconciliou Oceano e Tétis que haviam se desentendido.
Terceira Geração Divina
ZEUS – Rei dos deuses, senhor do Olimpo e chefe dos deuses da 3ª geraçã o divina, assumiu o comando do universo apó s destronar
seu pai, Cronos. Zeus foi o ú nico salvo por sua mãe, Réia, que impediu que o pai o devora-se. Zeus nasceu em uma gruta na Ilha de
Creta e lá foi amamentado pela cabra Almatéia e criado pelos Curetes. Apó s saber que seus irmã os haviam sido devorados pelo pai,
Zeus preparou uma cilada: entregou a Cronos uma porção mágica que o fez vomitar os irmã os. Apó s 10 anos de luta, Zeus e o irmã o
venceram os Titãs e dominaram o Universo. Na partilha do mundo, juntamente com seus irmã os Poseidon e Hades, ficou com os
domínios do céu e da terra. Seu principal mitologema é acerca de suas relaçõ es e prole com deusas e humanas. Pai de vários deuses,
como Atena, Apolo, Artemis, Ares, Hebe, Hefesto, Perséfone e Dionísio, e de vários heró is como Heracles (Hércules), Perseu e de
outros personagens como Helena, a causadora da Guerra de Tró ia, Minos, um dos 3 juízes do mundo dos mortos e das Musas. Apesar
de sua infidelidade, era casado oficialmente com sua irmã Hera, que perseguiu todos os seus filhos fora do casamento.
POSEIDON – Senhor dos mares, irmã o mais velho de Zeus, assumiu o posto de deus marinho apó s a partilha do mundo. Seu principal
mitologema gira em torno da disputa com Atena para saber qual dos dois seria o padroeiro da cidade de Atenas. Nessa disputa ele
atirou uma lança ao chão que fez brotar uma fonte na Acró pole. Atena conseguiu vencê-lo criando uma oliveira. Na Ilíada já aparece
como sendo deus supremo dos mares e durante a Guerra de Tró ia esteve do lado dos gregos. Na Odisséia Poseidon aparece como um
deus vingativo, impedindo Odisseu de retornar a ilha de Ítaca devido ao heró i ter assassinado um dos filhos do deus, o ciclope
Polifermo. Assim como Zeus, Poseidon teve vários filhos que eram de caracteres maléficos e violentos, dentre eles o ciclope
Polifermo, o gigante Crisaor, Pégaso, Náuplio, os gigantes Aloídas, Oto e Efialtes e Tritão, com quem teve com sua esposa oficial,
Anfitrite.
HADES – Senhor do mundo dos mortos, irmão de Zeus e de Poseidon, passou a governar o submundo apó s a partilha do mundo entre
os 3 irmã os. Hades era descrito como um deus misterioso, impiedoso, insensível as preces e sacrifícios, intimidativo. Seu nome
causava medo e era invocado através de eufemismos como Climeno (Ilustre) ou Eubeleu (o que dá bons conselhos) e raramente se
envolvia nos assuntos humanos ou olimpianos, tendo saído apenas 2 vezes do seu reino: uma para o Olimpo para curar-se de uma
ferida causada por Heracles e outra para raptar Perséfone. É nesse mito que melhor enfatiza Hades: vendo a garota brincando perto
de uma fenda, Hades surge da terra e a rapta para o submundo. Angustiada com o desaparecimento da filha, Demeter, sua irmã, faz
com que toda a plantaçã o do mundo seque e a humanidade entra em um período de caos. Apó s intervençã o de Zeus, Hades permite
que Perséfone passe 6 meses do ano com sua mã e, período que corresponde a Primavera e Verã o, e 6 meses no submundo como sua
esposa, período do Outono e do Inverno. Teve poucos filhos, tais como Macária, ú nica filha da relação com Perséfone, Oberon e Fégia.
HERA – Rainha do Olimpo, esposa oficial de Zeus e irmã dos demais deuses, Poseidon, Hades, Héstia, Demeter. Seu principal
mitologema é a perseguição aos filhos de Zeus advindo das relaçõ es extraconjugais. Era representada de caráter severa e
extremamente ciumenta e agressiva, Hera chegou a tentar matar o pró prio Heracles quando este apenas era um bebê. Apó s a
ascensão do mesmo ao Olimpo, refizeram as pazes e entregou Hebe para ser esposa dele.
HÉ STIA – Deusa dos laços familiares simboliza o fogo doméstico. Foi cortejada por Zeus e Apolo, mas jurou virgindade. Suas
sacerdotisas, as Vestais, em Roma, serviam a deusa durante 30 anos e só depois é que podiam casar-se e levarem uma vida normal.
Não tendo um mito principal, Héstia era adorada como protetora das cidades e das famílias.
DEMETER – Deusa da agricultura, Demeter tem em seu principal mito o rapto de sua filha Perséfone pelo seu irmão, Hades. Apó s o
rapto, Demeter pô s a vagar pelo mundo e uma catástrofe aconteceu: as plantas pararam de nascer, a terra tornou-se infértil. Com a
intervençã o de Zeus, Hades devolveu Perséfone à mã e, fazendo com o que ela passa-se 6 meses com a mã e e 6 meses no mundo dos
mortos. Os Mistérios de Elêusis celebravam esse mito como símbolo de morte e ressurreiçã o.
ARES – Deus da Guerra, filho de Zeus e Hera, descrito como o mais odiado dos deuses por ser sanguiná rio e violento. Vivia sempre
em disputa com Atena, também deusa da guerra, mas não sanguinária como o irmão. Na Guerra de Tró ia apoiou os troianos e no
campo de batalha acabou sendo ferido por Diomedes quando este arremessou uma lança, que guiada por Atena atingiu o deus. Um
dos seus principais mitos está ligado ao seu romance com Afrodite: a deusa era casada com Hefesto e certa vez o deus sol Hélio viu o
casal unido e assim relatou a Hefesto. O deus das forjas entã o preparou uma cilada: colocou em volta da cama uma rede invisível e
assim que Ares e Afrodite deitaram foram presos pela rede. Hefesto chamou todos os deuses que zombaram o casal. Em seu cortejo
de guerra era acompanhado pelos seus filhos, Phobos (medo), Deimos (terror), pela irmã É ris (discó rdia), Ê nio (grito de guerra),
Queres (devastação), Enyalio, filho de Ê nio com Ares, Makhai (batalha), Hysminai (carnificinas), Polemos (espírito de guerra) e Alala,
filha de Polemos. Ares também está ligado ao mito da fundaçã o de Tebas, tendo Cadmo, rei da cidade, casado com Harmonia, filha do
deus com Afrodite.
ATENA – Deusa da justiça e da sabedoria, filha de Zeus com Métis. Atena nasceu da cabeça de Zeus quando este, ao saber da gravidez
de Métis e prevendo ser destronado por esse filho, segundo uma antiga profecia, engoliu a deusa e depois de alguns meses sentiu
uma forte dor de cabeça. Pediu a Hefesto para dar-lhe uma machadada na cabeça e apó s esse golpe Atena saltou da cabeça do pai já
adulta e armada. Em sua disputa pela cidade de Atenas com Poseidon, Atena ofereceu aos atenienses uma oliveira que produzia
azeite e alimentos para a cidade. Atena era considerada uma deusa virgem e segundo versõ es tradicionais de seu mitologema nã o
teve filhos, pois caso tivesse algum teria que abandonar as guerras.
APOLO – Deus da mú sica, da arte, das profecias, era filho de Zeus com Leto, irmã o gêmeo de Artemis. Patrono do Oráculo de Delfos,
segundo o mito o local aonde o deus matou a serpente Píton. Em seu mito há vários casos de amores, tanto com homens quanto
mulheres, como a ninfa Dafne e o jovem Jacinto e entre seus descendentes está Asclépio, deus da medicina. Durante a Guerra de Tró ia
esteve do lado dos troianos e era protetor de Heitor.
ARTEMIS – Deusa da caça, irmã de Apolo e filha de Zeus e Leto. Apó s o seu nascimento ajudou sua mãe no parto do irmã o. Deusa
virgem vivia vagando nas florestas e nã o deixava nenhum homem vê-la. Apesar de seu voto de castidade, Artemis chegou a
apaixonar-se pelo jovem Ó rion, mas o ciú me de seu irmão fez com que ela o mata-se por engano, pois Apolo desafiou a deusa a
atingir um ponto negro que indicava a tona da água. Artemis então atirou a flecha que atingiu o alvo que logo desapareceu no abismo
do mar, onde logo viu espumas ensanguentadas. A flecha havia atingido Ó rion que ali nadava, pois estava fugindo de um escorpiã o
enviado por Apolo para matá-lo. Ao saber do ocorrido e em desespero, Artemis pediu ao pai que transformasse Ó rion e o escorpiã o
em constelação.
AFRODITE – Deusa do amor e da beleza, inspiradora de paixõ es entre os mortais e imortais, a deusa nasceu da espuma do mar
quando Urano foi castrado por Cronos. Seu mito gira em torno de casos amorosos. Seu esposo oficial era Hefesto, o deus das forjas
mas que confeccionou para a deusa as melhores jó ias do mundo. Teve diversos casos com outros deuses e o mais conhecido deles é o
caso da deusa com Ares, o deus da guerra. Alguns de seus filhos são Hermafrodito, filho que teve com Hermes, com Ares teve Eros,
Phobos, Deimos, Anteros e Harmonia, com Apolo teve Himeneu, com Dionísio teve Príapo e o heró i troiano Enéias com Anquises
HEFESTO – Deus do fogo, da metalurgia e das forjas, filho de Zeus com Hera. Segundo uma versão do mito, o deus era coxo por ter
sido arremessado por Hera do Olimpo quando esta discutia com Zeus. Foi-lhe entregue Afrodite como esposa, mas ela o traia com
deuses e mortais. Era o deus que confeccionava as armas dos deuses, tendo feito para Zeus uma égide e um escudo para enfrentar os
Titãs. Também foi responsável pela criaçã o de Pandora, a primeira mulher, e responsável de forma indireta pelo nascimento de
Atena, pois está saiu da cabeça de Zeus apó s Hefesto desferir no deus uma machadada.
HERMES – Mensageiro dos deuses, deus do comercio e protetor dos ladrõ es, Hermes também era o deus que conduzia a alma dos
mortos até a entrada do Hades. Filho de Zeus e Maia era o mais inteligente e astuto dos deuses, sendo o ú nico filho de Zeus com outra
deusa que Hera agradou-se. Hermes foi o inventor da Lira, com o qual trocou o instrumento com Apolo, recebendo em troca o
Caduceu, e da flauta Siringe em troca de Apolo dar-lhe o dom da adivinhaçã o. Entre seus filhos estão Hermafrodito, filho que teve
com Afrodite e Pã , filho do deus com a ninfa Dríope.
DIONISIO – Deus da bebida, das festas, do lazer e do prazer, filho de Zeus e Sêmele. Hera com ciú mes instigou Sêmele a pedir ao seu
amante, que caso ele fosse realmente Zeus que mostra-se toda a sua onipotência. Zeus avisou a Sêmele do que poderia acontecer, mas
a mesma insistiu e assim que o deus mostrou todo o seu poder Semele acabou fulminada pelos raios. Zeus entã o retirou o filho que
ainda estava em gestaçã o e o colocou na coxa. Apó s o período de gestação, Dionísio foi criado pelas Horas e as Ninfas. Dionísio era
caracterizado como um jovem risonho e festivo. Em suas festas as pessoas entravam em transe e as mulheres que o seguia eram
chamadas de bacantes. Também considerado o protetor do Teatro.
É OLO – Deus dos ventos, filho de Poseidon. Seu principal mito resume-se a passagem de Odisseu em sua ilha. Ao chegar ao local
Odisseu pediu ajuda ao deus. Este, compadecido pelo problema do heró i colocou em um grande saco os ventos, mas pediu para não
abrir o saco até chegar a Ítaca. Apó s embarcarem um dos tripulantes, pensando no saco ser ouro, decidiu abrir. Todos os ventos
saíram do saco e os reconduziu novamente a ilha de É olo. Odisseu pediu nova ajuda, mas o deus irritado o expulsou-o
Outras Divindades
PERSÉ FONE – Filha de Zeus e Démeter, esposa de Hades. Seu principal mito é justamente a união com o deus do mundo dos mortos.
Foi raptada por ele quando colhia flores com ninfas na planície de Ena. Apaixonado por ela, Hades surgiu de uma fenda na terra e a
raptou para o submundo. Démeter, ao saber do rapto pô s a vagar pelo mundo e durante esse tempo a vegetaçã o nã o nascia. Zeus,
preocupado com o problema que se alastrava, já que as terras estavam estéreis e houve escassez de alimentos, solicitou que Hades
devolvesse Perséfone a mãe, mas a mesma já havia comido uma semente de romã e por isso estaria ligada ao reino dos mortos para
sempre. Dessa maneira estabeleceu-se um acordo: Perséfone passaria seis meses com sua mãe, época que correspondia à primavera
e verão, e seis meses com o esposo, no período de outono e inverno.
EOS – A Autora, personificava o amanhecer, era filha de Hipérion e Teia, irmã de Selene e Hélio, era encarregada de abrir as portas do
céu para a passagem dos carros de Hélio. Seu principal mito é em torno de sua relaçã o com Titono, irmã o mais velho de Príamo, rei
de Tró ia. Era tã o apaixonada por Titono que o raptou e pediu para que os deuses concedessem a imortalidade mas esqueceu e pedir
a juventude eterna, fato que o fez transforma-se num velho descrépito. Eos então pediu a Zeus que o transformasse numa cigarra.
Também foi amante de Ares, deus da guerra, fato que deixou Afrodite enciumada e a fez jogar uma maldição em Eos para que ela
apenas se apaixonasse por mortais.
ASCLÉ PIO – Deus da medicina, filho de Apolo e de Corô nis. Foi entregue ao centauro Quiron e aprendeu o poder curativo de ervas e a
cirurgia, e adquiriu tanta habilidade que chegou a ressuscitar muitos mortos. Zeus o puniu e o fulminou com um raio. Apó s a sua
morte Asclépio foi transformado na constelação de Serpentário.
ADÔ NIS – Jovem de grande beleza que nasceu da relação incestuosa do rei Cíniras de Chipre com sua filha Mirra. Adô nis despertou o
amor em Perséfone e Afrodite e devido a essa disputa Zeus sentenciou que ele passaria um terço do ano com cada uma delas, mas
Adô nis nã o cumpria o combinado, passando mais tempo com Afrodite. Ares, sabendo da traição de Afrodite enviou um javali que
matou Adô nis. Adô nis então desceu ao submundo e lá ao vê-lo Perséfone apaixonou-se por ele e compadecida com o sofrimento de
Afrodite fez um acordo no qual ele passaria seis meses com ela e seis meses com Afrodite, mas o acordo foi quebrado e Zeus teve que
intervir no problema, decidindo que durante 4 meses Adô nis seria livre, 4 meses passaria com Afrodite e os outros 4 com Perséfone.
Seu mito mostra que Adô nis cumpre um rito da vegetação que durante o inverno morre, descendo ao mundo dos mortos e na
primavera ressurge.
HEBE – Deusa da juventude, filha de Zeus e Hera, casou-se com Heracles assim que o mesmo ascendeu ao Olimpo apó s a sua morte.
Representava a donzela que fazia trabalhos domésticos e no Olimpo tinha diversas obrigaçõ es: servia o néctar aos deuses, atrelava os
carros de Hera e preparava o banho de Ares. Um dia foi zombada pelos deuses apó s cair numa posiçã o inconveniente e apó s esse
incidente negou-se a continuar os servindo.
HIMENEU – Deus do casamento, filho de Apolo e Afrodite. Era tã o belo que os atenienses o confundiam com uma moça. Certa vez
quando um grupo de moças nobres foram a Elêusis oferecer um sacrifício a Demeter um grupo de piratas atacou-as levando todas,
inclusive Himeneu que foi confundindo com uma mulher. Himeneu os matos quando eles dormiam e retornando a Atenas prometeu
trazer as moças de volta com a condição de que fosse lhe dado em casamento sua amada. Concordaram com o acordo e desde então
Himeneu era invocado nos casamentos.
GRAÇAS – Deusas das danças, dos modos e da graça do amor, filhas de Zeus e Hera, eram 3: Aglaia, a claridade, Tália, a que faz brotar
as flores e Eufrosina, o sentido da alegria. Eram seguidoras de Afrodite e dançarinas do Olimpo.
HORAS – Deusas que presidiam as estaçõ es do ano, filhas de Zeus e Têmis, eram 3: Irene(paz), Dice(justiça) e Eunô mia(disciplina).
Estã o ligadas à legislaçã o e ordem natural, sendo uma extensão dos atributos de sua mã e Têmis. Eram também as porteiras do
Olimpo.
ÍRIS – Mensageira dos deuses, filha de Taumante e Electra, e também personificaçã o do arco-íris. Íris é a mensageira dos deuses para
os homens e é representada como uma virgem com asas de ouro.
HARMONIA – Deusa da harmonia e da concó rdia, filha de Ares e Afrodite. Foi esposa de Cadmo, rei de Tebas.
PROTEU – Um dos deuses marinhos, filho de Oceano e Tétis. Tinha o dom da premonição e por isso atraia o interesse de muitos que
queriam saber o futuro. Por não gostar de falar os acontecimentos que possam vim a acontecer, quando alguém se aproximava dele
fugia ou assumia aspecto e um monstro marinho mas se o homem fosse corajoso revelava a verdade. Menelau foi um dos que
conseguiram já que procurava saber se retornaria apó s a Guerra de Tró ia.
GLAUCO – Divindade marinha, Glauco nasceu mortal, mas ao descobrir uma erva mágica que fazia voltar à vida os peixes que pegava
decidiu experimentar. Apó s comer a erva tornou-se imortal. Apaixonado pela ninfa Cila, que sempre o rejeitava, pediu ajuda a Circe
para criar uma poçã o mágica que fizesse Cila apaixonar-se por ele. Circe, rejeitada por Glauco, fez uma poçã o mágica e a jogou em
uma fonte aonde Cila banhava-se. Cila então se transforma em um monstro de doze pés e seis cabeças. Foi à procura de Glauco, mas
esse, ao ver o aspecto horrendo de Cila, fugiu dela. Circe aguardou Glauco ir procurá-la, mas esse, sabendo que tal fato aconteceu
devido a Circe, não a perdoou pela crueldade.
ANFITRIRE – Deusa do mar, esposa de Poseidon, filha de Dó ris e Nereu. A princípio, se recusou a unir-se ao deus, se escondendo nas
profundezas dos oceanos, em um lugar conhecido apenas por sua mã e. Acabou cedendo, se tornando rainha dos oceanos. É
representada portando um tridente, símbolo de sua soberania sobre os mares.
HÉ CATE – Deusa da magia e da noite, filha de Perses e Astéria. Era conhecida como a mais pró xima de nó s, pois se acreditava que, nas
noites de lua nova, ela aparecia com sua horrível matilha de cachorros fantasmas diante dos viajantes que por ali cruzavam. Ela
enviava aos humanos os terrores noturnos e apariçõ es de fantasmas e espectros. Era representada com 3 corpos e 3 cabeças ou
apenas 1 corpo com 3 cabeças. Participou da Titanomaquia ao lado de Zeus, ajudou Demeter a procurar Perséfone e combateu
Heracles quando ele tentou enfrentar Cérbero, seu cão de companhia no mundo subterrâneo.
PÃ – Deus dos boques, dos pastores, dos campos, filho de Zeus com a cabra Almatéia. Era representado com orelhas, chifres e pernas
de bode. Amante da mú sica, trazia sempre consigo uma flauta. Era temido por todos aqueles que necessitavam atravessar as florestas
à noite, pois as trevas e a solidão da travessia os predispunham a pavores sú bitos, desprovidos de qualquer causa aparente e que
eram atribuídos a Pã; daí o nome pânico.

Os Deuses e Os Quatro Elementos

A Natureza
A expressão Natureza aplica-se a tudo aquilo que tem como característica fundamental o facto de ser natural: ou seja, envolve todo o
ambiente existente que não teve intervençã o filantró pica. Dessa noçã o da palavra, surge seu significado mais amplo: a Natureza
corresponde ao mundo material e, em extensão, ao Universo físico: toda sua matéria e energia, inseridas em um processo dinâmico
que lhes é pró prio e cujo funcionamento segue regras pró prias (estudadas pelas ciências naturais).
Os Quatro Elementos – Á gua, Ar, Fogo e Terra – são básicos em todas as estruturas materiais e orgânicas. Sã o forças vitais que
compõ em toda a criação que pode ser percebida pelos sentidos físicos. Toda vida física e mental é uma manifestaçã o de energias
específicas que agem em cada pessoa. Cada Elemento representa um tipo básico de energia e consciência em cada um de nó s. Todos
os Elementos estão contidos e são ativos, em maior ou menor grau, em cada corpo. Assim, cada pessoa está conscientemente mais
afinada com alguns tipos de energia do que outras Os elementos dentro da simbologia alquimica compõ em a base de tudo o que
existe. Esses quatro elementos Terra, Ar, Fogo e Á gua, são ao mesmo tempo visíveis e invisíveis, físicos e espirituais.  Tudo na
alquimia se baseia nos quatros elementos, Á gua, Terra, Fogo e Ar. Os quatro elementos correspondem às quatro direçõ es do nosso
mundo físico, norte, sul, leste e oeste.

Elemento Ar
Personifica a energia da primavera, quando as plantas tiram nutrientes do solo para se alimentar. É o amanhã quando vemos as
primeiras energias do sol, ligada ao leste e ao calor. Tem energia interior, atraindo a energia de fora, da mesma forma que puxamos o
ar dos pulmõ es. O elemento Ar é responsável pelo pensamento racional. Ele é leve e essencial ao movimento; quando o elemento Ar
está equilibrado, existe graça nos movimentos, percepção equilibrada e ó tima comunicação. O elemento Ar rege os sistemas
respirató rio e nervoso.
O elemento ar é a energia vital que tem sido relacionada com a respiração ou com aquilo que os iogues chamam de “prana”. O
domínio do ar é o mundo das ideias arquetípicas, que estã o atrás do véu físico, da energia có smica convertida em padrõ es de
pensamento específicos. Está associado às linhas geométricas de força que funcionam através da mente, à energia que modela os
padrõ es das coisas que virã o.
Direçã o: leste
Rege: a mente, todos os trabalhos psíquicos, intuitivos e mentais, o conhecimento, o aprendizado, as montanhas expostas ao vento, as
praias, o vento e a respiração.
Cores: branco, amarelo claro, amarelo ouro, dourado
Planetas: Mercú rio, Vênus, Urano
Elementais: silfos, e elfos que também se manifestam em borboletas , beija-flores e libélulas.
Animal: todos os pássaros, principalmente a águia que é o seu símbolo, pertencem ao elemento ar.
Deuses: Hermes, Ouranus, Toth, Oxossi
Instrumentos:  Sopro
Arcanjo: MICHAEL
Elementais: Silfos, Sílfides, Elfos e Fadas

Elemento Água
Personifica a energia do outono, quando os frutos estão maduros e plenos. É o oeste, direção do pô r-do-sol, a noite. Tem uma energia
fria e ascendente, flutuante e que pode ser comparada ao modo como nó s sentimos depois de um dia de trabalho duro.
O elemento Á gua representa, o reino da emoção profunda e das reaçõ es de sentimento, indo desde paixõ es compulsivas e temores
irresistíveis, até uma aceitação e um amor que abrange toda a criação.
Direçã o: Oeste
Rege: as emoçõ es, os sentimentos, o amor, a coragem, a ousadia, o oceano, as marés, os lagos, as lagoas, os có rregos e rios, as
nascentes e os poços, a intuição, a mente inconsciente, o ú tero, a geraçã o, a fertilidade.
Cores: azul, verde azulado, prata
Planetas: Lua, Plutã o, Netuno
Elementais: sereias, nereidas, ondinas, ninfas e as pequenas criaturas das fontes e dos rios.
Deusas: Afrodite, Iemanjá, Isis
Deuses: Osíris, Poseidon, Netuno
Animal: as baleias, os golfinhos e todos os peixes.
Instrumentos: Cordas, Teclados
Arcanjo: GABRIEL

Elemento Fogo
O Fogo personifica as energias do verã o e do meio-dia, os momentos em que o poder do Sol está mais forte. E o Sul tem uma energia
quente, expressiva – quando começa um incêndio, o fogo se espalha em todas as direçõ es. No calor do Sol, no ponto máximo do dia, a
Natureza está em seu momento mais ativo e expressivo. O Fogo também é ligado à Lua Cheia, quando a luz da Lua está mais
brilhante. Sua cor é a branca, a cor do Sol no auge de um dia quente de verão.
O elemento fogo se refere a uma energia universal irradiante, uma energia que é excitável e entusiástica e que, através da sua Luz, dá
colorido ao mundo.
Direçã o: Sul
Rege: a energia vital, o espírito, o calor, a chama sagrada, a seiva, a vida, a vontade, a cura, a intuiçã o e a destruição.
Cores: vermelho, laranja, dourado, carmesim.
Elementais: as salamandras
Deuses: Jú piter, Zeus, Ogum, Prometeu, Vulcano
Deusas: Brigid, Vesta, Iansã
O Animal: os dragõ es, o leão e todos os felinos.
Instrumentos: Metais
Arcanjo:  SAMAEL

Elemento Terra
O elemento Terra é responsável pelas nossas sensaçõ es, inclusive dor e prazer. As pessoas que têm o elemento Terra em equilíbrio
são práticas, estáveis, têm senso de responsabilidade e podem ser muito prestativas e protetoras como a pró pria Terra.
O Elemento Terra, é o contato com o sentido físico, é sintonizado com o mundo (formas) que o sentido e mente pratica encara como
real. É a compreensã o inata a respeito de como o mundo material funciona.
Direçã o: Norte
Rege: O corpo, a natureza, os dementais da terra, gnomos, duendes, orixás, os campos, as rochas, os metais, os cristais, os ossos, as
plantas (suas raízes), os abismos, as grutas, o nascimento, a criatividade.
Cores: preto, verde escuro, azul escuro, branco
Planetas: Vênus, Mercú rio e Saturno
Animal: o gamo, o touro, as cobras
Arcanjo: MELQUISEDECK
Elementais:  Gnomos e Pigmeus, Duendes
Deusas: Ceres, Deméter, Gaia, Perséfone, Nanã Buruku
Deuses: Omulu, Obaluaiê, Dioniso, Pã, Cronos, Xangô
http://circulandomagia.blogspot.com.br/2010/05/deuses-elementos-da-natureza-e-suas.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Deuses_primordiais
http://deusesdasmitologias.blogspot.com.br/p/gregos.html

Aliança
Origem da palavra Aliança
Vem do latim alligare, “compor, ligar-se a”. Já no português medieval significa um comprometimento
mú tuo, seja no sentido religioso, político ou jurídico. Na tradição bíblica, houve duas Alianças entre
Deus e os homens: o Novo Testamento corresponde ao cristianismo (a Nova Aliança), enquanto o
Antigo corresponde ao judaísmo (a Antiga Aliança). Acredita-se que o povo judeu transportava, em seu
êxodo, uma arca com as Tábuas da Lei que Moisés recebeu no Monte Sinai, contendo os Dez
Mandamentos. A partir do séc. 13, aliança passa a significar também “laço matrimonial que une duas
famílias”, até que, alguns séculos depois, assume o seu significado atual de “anel de casamento”.
O casamento na Roma Antiga era uma das principais instituiçõ es da sociedade romana e tinha como
principal objetivo gerar filhos legítimos, que herdariam a propriedade e o estatuto dos pais. Entre as classes mais prestigiadas, servia
também para selar alianças de natureza política ou econó mica. Refira-se a título de exemplo Jú lia, filha de Jú lio César e de Cornélia
Cinnila, que inicialmente prometida a Quinto Servílio Cepiã o, acabaria por casar com Pompeu quando o seu pai estabeleceu com este
a aliança que conduziu ao primeiro triunvirato ou ainda o casamento de Octávia com Marco Antó nio, parte do Tratado de Brundísio.
Vários ritos do casamento romano foram legados ao mundo ocidental contemporâneo, como a existência de um anel de noivado, do
véu de noiva, a uniã o das mãos direitas dos nubentes ou ainda o ato de levar ao colo a noiva para dentro da habitaçã o.
Verifica-se que costumes estes venham talvez antes de Roma, mais em todos os impérios e domínios, como forma de contrato entre
povos e famílias, para manterem a soberania sobre seus legados
O anel, aliança, surgiu entre os gregos e os romanos, tendo provavelmente por origem um costume hindu de usar um anel para
simbolizar o casamento. Os romanos acreditavam que no quarto dedo da mã o esquerda passava uma veia (vena amoris) que estava
diretamente ligada ao coraçã o, costume culturalmente seguido até aos dias de hoje.
No início a aliança era tida como um certificado de propriedade da noiva, ou de compra da noiva, indicando que a mesma nã o estava
mais disponível para outros pretendentes. A partir do século IX, a igreja cristã adaptou a aliança como um símbolo de união e
fidelidade entre casais cristãos.
Muitas crenças nasceram então, como, por exemplo, o fato de os escoceses dizerem que a mulher que perde a aliança está condenada
a perder o marido.
Os anéis podem ser reproduzidos com a fusão de material metálico, como aço, ouro e prata, podendo fundi-los numa mesma peça, e
podem ser compostos por diferentes materiais como pedras preciosas ou semelhantes.

História das Alianças


Um dos mais famosos e antigos casos da utilização das alianças ocorreu em 1477, quando o Arquiduque Maxiliano, da Aú stria,
presenteou Mary Burgundy com um anel de diamante. Assim, iniciou-se a tradiçao dos anéis de noivado; sobretudo, daqueles com
brilhante. O diamante das alianças passou a representar a solidez do relacionamento, isso porque, a valiosa gema é imperecível e
extremamente resistente. Alguns gregos acreditavam que os diamantes eram estilhaços de estrelas que chegaram a Terra; outros,
porém, criam até mesmo que essas pedras preciosas eram lágrimas dos deuses do Olimpo.
Seja qual for a crença, nota-se que as alianças desempenham, nas mais diversas culturas, a importante funçã o de simbolizar a união
entre um casal. Tamanha responsabilidade exige que se escolha com cuidado o par que acompanhará os noivos nessa nova fase de
suas vidas
Alguns historiadores dizem que os Faraó s do Egito foram os primeiros a usarem esse símbolo que na época significava eternidade.
Era como uma promessa pú blica de honrar um compromisso ou um contrato. O anel, aliança, era também muito usado entre os
gregos e os romanos, Entre os romanos e gregos anéis de ouro eram usados por senadores e imperadores além dos sacerdotes de
Jú piter, que usavam os Anéis Pastorais. Para os demais, apenas os de ferro. Tendo provavelmente outra origem um costume hindu de
usar um anel para simbolizar o casamento.
Os antigos egípcios, em 2.800 a.C., foram os pioneiros de um dos maiores símbolos do compromisso atual.  Reza a lenda que o
acessó rio circular – e portanto sem ponta, sem fim – foi a maneira encontrada pelos apaixonados egípcios para simbolizar o amor
infinito e que deveria ser carregado para a vida toda. As alianças tinham um significado sobrenatural, pois se acreditava que uniam o
casal com amor eterno. E é desse povo que vem a teoria mais aceita para a origem da aliança como conhecemos hoje. Elas eram
provindas do antigo costume egípcio de colocar no dedo da noiva um anel que substituía as moedas em tempos em que elas ainda
não eram cunhadas. Com isso demonstrava-se que ela estava sendo adquirida através da riqueza do seu marido.
Na Grécia, as alianças de noivado e casamento eram usadas como selos e símbolos de posse e fortuna. Alguns deles serviam de
chaves para os quartos onde os bens de um homem eram armazenados. No casamento, có pias delas eram dadas para as noivas,
criando-se o costume de dar à esposa um anel. Sendo que esse não era dado na cerimô nia, mas depois que a mulher fosse erguida
sobre a entrada da casa. Presenteá-la com a chave demonstrava confiança e era um amuleto que reforçava que dali em diante eles
dividiriam todas as suas posses. E o uso dos diamantes para alguns gregos, eles acreditavam que os diamantes eram estilhaços de
estrelas que chegaram a Terra; outros, porém, criam até mesmo que essas pedras preciosas eram lágrimas dos deuses do Olímpio.
Seja qual for a crença, nota-se que as alianças desempenham, nas mais diversas culturas, a importante funçã o de simbolizar a união
entre um casal.
Há historiadores que dizem que os judeus já usavam a aliança como forma de matrimonio muito antes de os cristã os começarem a
usá-la em suas cerimô nias. No começo, a aliança também servia como um certificado de propriedade. A aliança nada mais era do que
um contrato que dizia que o noivo havia comprado a noiva. Ou seja, ela nã o estaria mais disponível para nenhum outro pretendente.
E este termo aliança, bérith em hebraico, possui o sentido de compromisso. E tem o sentido na cultura judaica de a função da
ambivalência de unir e, ao mesmo tempo, isolar. No casamento judaico, as alianças são usadas no dedo indicador.
A partir do século IX a igreja cristã adotou a aliança como um símbolo de uniã o e fidelidade entre casais cristãos. Nas lendas
irlandesas, o anel serve como meio de reconhecimento, símbolo de uma força ou mesmo de um laço que nada pode romper. Na
Inglaterra os documentos mais antigos falam de alianças nú pcias feitas de ferro, aço, prata, cobre, bronze, couro e junco.
Em 1217 o bispo de Salisbury, Richard Poore, publicou uma lei proibindo a troca desses anéis sob o argumento de que “nenhum
homem deveria se utilizar disso para seduzir jovens virgens, através de celebraçõ es dissimuladas, pois ele pode nã o estar realmente
preparado para o matrimô nio”. Se o jovem colocasse o anel na noiva em presença de testemunhas e publicamente declarado que a
teria como sua esposa, a lei e a igreja tomariam o casamento como uma uniã o real.
O Papa Inocente III declarou que deveria haver um período de espera que deveria ser observado entre o pedido de casamento e a
realização da cerimô nia matrimonial. É por isso que hoje existe um anel de noivado e depois a aliança de casamento.
Apó s a guerra civil inglesa os puritanos pregaram contra o uso das alianças, alguns proibindo até seu o uso em casamentos. O anel
era obviamente uma jó ia e, por isso, um objeto diabó lico.
Até o século XIII não havia aliança de noivado ou compromisso. Hoje em dia, a aliança tem quase o mesmo propó sito. O que temos
nas cerimô nias atuais, é a perpetuaçã o de todas essas tradiçõ es, que tem por fim, trazer bons fluídos aos noivos. Os casais usam
alianças de noivado ou alianças de namoro para mostrar para a sociedade que não estã o mais disponíveis para novos pretendentes.

A tipologia da palavra
A palavra “aliança” tem origem no latim alligare, e significa “compor”, “ligar-se a”. Outro termo para aliança (bérith no hebraico)
possui o sentido de compromisso ou de pacto, o anel nupcial. Este significado também é encontrado em duas palavras gregas:
diathéke e synthéke. E nas latinas: foedus e testamentum. O anel serve essencialmente para indicar um elo, o signo de uma aliança,
de um voto, a ambivalência desse símbolo provém do fato de que o anel une e isola ao mesmo tempo.
Por si só , significa um acordo, um pacto entre duas partes. No contexto do casamento, as alianças celebram um acordo de
cumplicidade, amor e fidelidade. Dessa maneira, esse simples objeto ganha um significado muito simbó lico: representa um elo
material entre duas pessoas emocionalmente envolvidas, as quais compartilham sonhos, alegrias e até mesmo os percalços da vida
cotidiana.
A aliança na história
 O anel de noivado já foi de vários materiais, desde o couro entrançado a simples argolas de ferro ou de ouro. Só na idade média é
que começaram a usar outros materiais para produzi-las, como o ouro e as pedras preciosas.
 Do século IV a.c. vem o anel mais antigo do mundo e era feito de couro trançado ou junco. As futuras esposas recebiam um desses
anéis quando eram pedidas em casamento, e na cerimó nia de casamento representava a aliança.
Um dos mais famosos e antigos casos da utilização das alianças ocorreu em 1477, quando o Arquiduque Maxiliano, da Á ustria,
presenteou Mary Burgundy com um anel de diamante. Assim, iniciou-se a tradição dos anéis de noivado; sobretudo, daqueles com
brilhante. O diamante das alianças passou a representar a solidez do relacionamento, isso porque, a valiosa gema é imperecível e
extremamente resistente. As pedras mais populares das alianças eram o rubique simbolizava o vermelho (coração), a safiraque é azul
e representava o céu e o famoso e intocável diamante.

a) Porque o uso do Diamante


Um anel de noivado deve ter pelo menos um diamante. O diamante é o símbolo dos apaixonados. Na Antiguidade, o diamante era
chamado “Pedra de Vénus”. A Deusa Vénus, pois ela é a Deusa do Amor e da prosperidade. O nome dado ao diamante advinha do seu
intenso brilho, que era relacionado com o resplandecente brilho do planeta Vénus. Assim, sendo que Vénus representava o amor, os
diamantes passaram a ser vistos como objetos advindos de Vénus e por isso relacionados com o feminino e com a paixã o.
Na Grécia, o diamante era chamado de “adamas”, que significa: eterno, invencível. Pois na verdade o amor é eterno, e também o sã o os
diamantes, símbolos da eternidade desta Deusa que apesar de todas as lutas para ser apagada da histó ria, jamais se desvaneceu.
O diamante foi caracterizado como joia da noiva a partir do século XV. Do século XVII ao XIX, usavam-se argolõ es como anéis de
noivado. No século XX, ficou em moda o “chuveiro” de diamantes, mais tarde a aliança de diamantes e depois o solitário, sendo este o
estilo mais usado atualmente.
b) Outros matérias usados no formado da aliança
Somente em 1549 é que ficou decidida finalmente em qual mã o a aliança de casamento deveria ser usada. Na verdade foi até escrito
um livro, o Livro de Oraçõ es Comuns. Ali estava descrito todo o ritual de casamento, inclusive que os casados deveriam usar a aliança
na mã o esquerda. Desde então ficou definido que os casais casados usam a aliançana mão esquerda.
O casal também escolhe a cor do ouro. Seja aliança de ouro amarelo, aliança de ouro branco ou aliança de ouro vermelho até mesmo
a mista onde se usa na aliança o ouro amarelo o branco e o vermelho a ser usado. A aliança de ouro vermelho dá uma aparência mais
antiga à jó ia e, talvez por isso, a maioria das alianças de hoje é feita com o par em ouro amarelo. Depois da aliança de namoro,
noivado e casamento, chega à hora das bodas, que significam cada ano vivido pelo casal. Esta comemoração nada mais é do que do
que a confirmação do compromisso de amor feito no ato do casamento.
Observação
Existem três datas que o casal comemora de uma maneira especial:
1ª Bodas de prata, 25 anos: quando, normalmente, o casal muda de alianças.
2ª Nas bodas de ouro, 50 anos: normalmente o casal usa duas alianças conjugadas com diamante;
3ª Bodas de Diamante, 75 anos: o casal usa brilhante maior nas alianças.
Hoje, as alianças de casamento deixaram de ser simples anéis e passaram a ser consideradas verdadeiras obras de arte. Os modelos,
materiais, pedras utilizadas e formatos, deram a essa jó ia, carregada de sentimentos e tradiçã o, um poder de seduçã o e uma
participaçã o toda especial na cerimô nia de casamento.

Aliança no esoterismo
No plano esotérico, a aliança possui poderes mágicos. É a protetora simbó lica da uniã o. Colocar um anel no dedo de outra pessoa
significa aceitar o dom de outrem como um tesouro exclusivo.
http://www.reisman.com.br/historia-origem-das-aliancas-casamento-noivado.htm
http://www.dicionarioetimologico.com.br/alianca/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Casamento_na_Roma_Antiga
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alian%C3%A7a_(anel)
http://www.reisman.com.br/historia-origem-das-aliancas-casamento-noivado.htm
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgChMAI/origem-alianca

Fênix
Fênix é um pássaro lendário da mitologia grega, que morria, mas depois de algum tempo renascia das
próprias cinzas. O pássaro fênix, antes de morrer, entrava em combustão, para depois renascer.

A fênix possuía uma grande força, capaz de transportar pesadas cargas durante seu voo, chegando ao
ponto de carregar até mesmo elefantes. Segundo a mitologia, as lágrimas da fênix possuíam
características curativas.
 Na Antiguidade, a fênix era um ser venerado por vários povos, como os egípcios, principalmente os
habitantes de Helió polis, onde a fênix era vista como a reencarnação do deus Rá .
A fênix também tem o poder de se transformar em uma ave de fogo muito parecida com uma águia. Pela sua morte diferente, a fênix
tornou-se um símbolo de força, da imortalidade e do renascimento. É uma das figuras mais representadas pelas pessoas que fazem
tatuagens no corpo.
 Acredita-se que a ave mitoló gica surgiu no Oriente, e depois foi adaptada pelos gregos. Até mesmo a Igreja Cató lica possuía uma
relação com a fênix, os cristãos acreditavam que o pássaro era um dos símbolos da ressurreiçã o de Cristo. Dizia-se na época que as
cinzas da fênix eram tã o poderosas, que podiam até ressuscitar os mortos.
Origem do Termo Fênix: O nome fênix, na verdade é um equívoco de um historiador grego, que confundiu o nome da palmeira, que se
chama phoinix, em grego, como o nome do verdadeiro pássaro.
A Fênix é uma ave mítica, símbolo universal da morte e do renascimento, bem como do fogo, do sol, da vida, da renovaçã o, da
ressurreição, da imortalidade, da longevidade, da divindade e da invencibilidade.

Mitologia
De origem Etíope, a Fênix é retratada por uma ave sagrada que se ergue das chamas visto que possui a capacidade de renascer de
suas pró prias cinzas depois de ser consumida pelo fogo.
Não obstante, perto do momento de sua morte, ela prepara um ninho com ramos perfumados onde se consome no pró prio calor,
porém, antes de ser consumida totalmente pelas chamas, põ em seus ovos nas cinzas.
 Para os gregos, a ave de fogo vivia durante muito tempo além de possuir uma força imensa, o que corrobora sua simbologia da
longevidade e da força.
Para os egípcios, a Fênix é o símbolo das revoluçõ es solares e, por isso, está associada à cidade de Helió polis, palavra que do grego
significa “a cidade do sol”. Ademais ela está intimamente ligada ao ciclo cotidiano do sol bem como das cheias do Rio Nilo,
simbolizando a renovação e a vida.

Religião
Embora, inicialmente, o mito dessa bela ave – cuja cauda tem bonitas penas vermelhas e douradas – tivesse surgido com o objetivo de
explicar a natureza cíclica do nascer e do pô r do sol, depois de algum tempo, passou a ser um emblema de ressurreiçã o.
Na Idade Média, os cristãos a consideraram uma ave sagrada, símbolo da ressurreiçã o de Cristo, bem como do triunfo da vida sobre a
morte.

Culturas Antigas
Interessante notar que a figura de Fênix aparece em muitas culturas antigas, todavia, seu significado e simbologia originais sã o
preservados, de modo que nas culturas egípcia, grega e chinesa, a Fênix conserva seu significado de ave lendária magnífica e fabulosa
bem como seu simbolismo de pássaro da ressurreiçã o.
Vale lembrar que na China, seu significado se estendeu, de maneira que a Fênix macho – símbolo da felicidade – simultaneamente
com a Fênix fêmea – emblema da rainha, em oposiçã o ao dragão imperial – representam a uniã o e a felicidade conjugal.
No processo químico, a Fênix é utilizada para representar a sua finalizaçã o, ou seja, o produto final.
A fênix (português brasileiro) ou fénix (português europeu) (em grego clássico: ϕοῖνιξ) é um pássaro da mitologia grega que, quando
morria, entrava em auto-combustã o e, passado algum tempo, renascia das pró prias cinzas.
Teria penas brilhantes, douradas, e vermelho-arroxeadas, e seria do mesmo tamanho ou maior do que uma águia. Segundo alguns
escritores gregos, a fênix vivia exatamente quinhentos anos. Outros acreditavam que seu ciclo de vida era de 97 200 anos. No final de
cada ciclo de vida, a fênix queimava-se numa pira funerária. A vida longa da fênix e o seu dramático renascimento das pró prias cinzas
transformaram-na em símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual.
Suas lágrimas têm propriedades para curar qualquer tipo de doença ou ferida.
 Os gregos parecem ter se baseado em Bennu, da mitologia egípcia, representado na forma de uma ave acinzentada semelhante à
garça, hoje extinta, que habitava o Egito. Cumprido o ciclo de vida do Bennu, ele voava a Helió polis, pousava sobre a pira do deus Rá,
ateava fogo em seu ninho e se deixava consumir pelas chamas, renascendo das cinzas.
De forma semelhante a Bennu, quando a ave sentia a morte se aproximar, construía uma pira de ramos de canela, sálvia e mirra em
cujas chamas morria queimada. Mas das cinzas erguia-se então uma nova fênix, que colocava piedosamente os restos da sua
progenitora num ovo de mirra e voava com ele à cidade egípcia de Helió polis, onde os colocava no Altar do Sol.
Dizia-se que estas cinzas tinham o poder de ressuscitar um morto. O imperador romano Heliogábalo (204-222 d. C.) decidiu comer
carne de fênix, a fim de conseguir a imortalidade. Comeu uma ave-do-paraíso, que lhe foi enviada em vez de uma fênix, mas foi
assassinado pouco tempo depois.
Atualmente os estudiosos creem que a lenda surgiu no Oriente e foi adaptada pelos sacerdotes do Sol de Helió polis como uma
alegoria da morte e renascimento diários do astro-rei. Tal como todos os grandes mitos gregos, desperta consonâncias no mais
íntimo do homem. Na arte cristã, a fênix renascida tornou-se um símbolo popular da ressurreição de Cristo.
Para os gregos, a fênix por vezes estava ligada ao deus Hermes e é representada em muitos templos antigos. Há um paralelo da fênix
com o Sol, que morre todos os dias no horizonte para renascer no dia seguinte, tornando-se o eterno símbolo da morte e do
renascimento da natureza.
Os egípcios a tinham por “Bennu” e estava relacionada a estrela “Só tis”, ou estrela de cinco pontas, estrela flamejante, que é pintada
ao seu lado.
Na China antiga a fênix foi representada como uma ave maravilhosa e transformada em símbolo da felicidade, da virtude, da força, da
liberdade, e da inteligência. Na sua plumagem, brilham as cinco cores sagradas.Pú rpura, azul, vermelha, branco e dourado.
No início da era Cristã esta ave fabulosa foi símbolo do renascimento e da ressurreição. Neste sentido, ela simboliza o Cristo ou o
Iniciado, recebendo uma segunda vida, em troca daquela que sacrificou.
A bandeira da cidade de São Francisco mostra uma fênix, acreditado de estar um símbolo de renovaçã o depois o sismo que devastou
a cidade em 1906. A bandeira e o selo da cidade de Atlanta mostram uma fênix também.
No Acidente na mina San José em 2010, a cápsula que estava retirando um por um dos 33 mineiros foi chamada de Fênix, porque o
resgate deles a uma profundidade muito funda de terra lembra a ressurreição da ave mítica das cinzas.
Citações
“Existe outro pássaro sagrado, também, cujo nome é fénix. Eu mesmo nunca o vi, apenas figuras dele. O pássaro raramente vem ao
Egito, uma vez a cada cinco séculos, como diz o povo de Helió polis. É dito que a fénix vem quando seu pai morre. Se o retrato mostra
verdadeiramente seu tamanho e aparência, sua plumagem é em parte dourado e em parte vermelho. É parecido com uma águia em
sua forma e tamanho. O que dizem que este pássaro é capaz de fazer é incrível para mim. Voa da Arábia para o templo de Hélio (o
Sol), dizem, ele encerra seu pai em um ovo de mirra e enterra-o no templo de Hélio. Isto é como dizem: primeiramente molda um ovo
de mirra tão pesado quanto pode carregar, então abre cavidades no ovo e coloca os restos de seu pai nele, selando o ovo. E dizem, ele
encerra o ovo no templo do Sol no Egito. Isto é o que se diz que este pássaro faz.” – Heró doto,
“E a fénix, ele disse, é o pássaro que visita o Egito a cada cinco séculos, mas no resto do tempo ela voa até a Índia; e lá podem ser visto
os raios de luz solar que brilham como ouro, em tamanho e aparência assemelha-se a uma águia; e senta-se em um ninho; que é feito
por ele nas primaveras do Nilo. A histó ria do Aigyptos sobre ele é testificada pelos indianos também, mas os ú ltimos adicionam um
toque a histó ria, que a fénix enquanto é consumida pelo fogo em seu ninho canta cançõ es de funeral para si” – Apolô nio de Tiana,[2]
“Estas criaturas (outras raças de pássaros) todas descendem de seus primeiros, de outros de seu tipo. Mas um sozinho, um pássaro,
renova e renasce dele mesmo – a Fénix da Assíria, que se alimenta nã o de sementes ou folhas verdes mas de ó leos de Bálsamo e gotas
de olíbano. Este pássaro, quando os cinco longos séculos de vida já se passaram, cria um ninho em uma palmeira elevada; e as linhas
do ninho com cássia, mirra dourados e pedaços de canela, estabelecida lá, inflama-se, rodeada de perfumes, termina a extensã o de
sua vida. Então do corpo de seu pai renasce uma pequena Fénix, como se diz, para viver os mesmos longos anos. Quando o tempo
reconstró i sua força ao poder de suportar seu pró prio peso, levanta o ninho – o ninho que é berço seu e tú mulo de seu pai – como
imposição do amor e do dever, dessa palma alta e carrega-o através dos céus até alcançar a grande cidade do Sol (Helió polis, no
Egito), e perante as portas do sagrado templo do Sol, sepulta-o” – Ovídio
“Seus braços viraram longas asas vermelhas com umas penas douradas no interior, seu corpo mudou para algo indefinido, como se
não houvesse vértebra. Uma enorme cauda cheia de penas vermelhas e douradas começa a encher o salão. Era uma criatura de
proporçõ es gigantescas, quase nã o cabendo no salã o.” – Clayton De La Vie
O poeta persa sufista Farid al-Din Attar, no livro A Conferência dos Pássaros, de 1177, descreve a fênix:
“Na Índia vive um pássaro que é ú nico: a encantadora fênix tem um bico extraordinariamente longo e muito duro, perfurado com
uma centena de orifícios, como uma flauta. Não tem fêmea, vive isolada e seu reinado é absoluto. Cada abertura em seu bico produz
um som diferente, e cada um desses sons revela um segredo particular, sutil e profundo. Quando ela faz ouvir essas notas plangentes,
os pássaros e os peixes agitam-se, as bestas mais ferozes entram em êxtase; depois todos silenciam. Foi desse canto que um sábio
aprendeu a ciência da mú sica. A fênix vive cerca de mil anos e conhece de antemã o a hora de sua morte. Quando ela sente aproximar-
se o momento de retirar o seu coração do mundo, e todos os indícios lhe confirmam que deve partir, constró i uma pira reunindo ao
redor de sí lenha e folhas de palmeira. Em meio a essas folhas entoa tristes melodias, e cada nota lamentosa que emite é uma
evidência de sua alma imaculada. Enquanto canta, a amarga dor da morte penetra seu íntimo e ela treme como uma folha. Todos os
pássaros e animais são atraídos por seu canto, que soa agora como as trombetas do Ú ltimo Dia; todos aproximam-se para assistir o
espetáculo de sua morte, e, por seu exemplo, cada um deles determina-se a deixar o mundo para trás e resigna-se a morrer. De fato,
nesse dia um grande nú mero de animais morre com o coraçã o ensanguentado diante da fênix, por causa da tristeza de que a veem
presa. É um dia extraordinário: alguns soluçam em simpatia, outros perdem os sentidos, outros ainda morrem ao ouvir seu lamento
apaixonado. Quando lhe resta apenas um sopro de vida, a fênix bate suas asas e agita suas plumas, e deste movimento produz-se um
fogo que transforma seu estado. Este fogo espalha-se rapidamente para folhagens e madeira, que ardem agradavelmente. Breve,
madeira e pássaro tornam-se brasas vivas, e entã o cinzas. Porém, quando a pira foi consumida e a ú ltima centelha se extingue, uma
pequena fênix desperta do leito de cinzas.
Aconteceu alguma vez a alguém deste mundo renascer depois da morte? Mesmo que te fosse concedida uma vida tã o longa quanto a
da fênix, terias de morrer quando a medida de tua vida fosse preenchida. A fênix permaneceu por mil anos completamente só , no
lamento e na dor, sem companheira nem progenitora. Não contraiu laços com ninguém neste mundo, nenhuma criança alegrou sua
idade e, ao final de sua vida, quando teve de deixar de existir, lançou suas cinzas ao vento, a fim de que saibas que ninguém pode
escapar à morte, não importa que astú cia empregue. Em todo o mundo nã o há ninguém que não morra. Sabe, pelo milagre da fênix,
que ninguém tem abrigo contra a morte. Ainda que a morte seja dura e tirânica, é preciso conviver com ela, e embora muitas
provaçõ es caiam sobre nó s, a morte permanece a mais dura prova que o Caminho nos exigirá”.

A Fênix na literatura ocidental moderna


 Uma fênix é protagonista da novela “A Princesa da Babiló nia” de Voltaire. Voltaire faz a seguinte descriçã o desta ave fabulosa:
“Era do talhe de uma águia, mas os seus olhos eram tã o suaves e ternos quanto os da águia sã o altivos e ameaçadores. Seu bico era
cor-de-rosa e parecia ter algo da linda boca de Formosante. Seu pescoço reunia todas as cores do arco-íris, porém mais vivas e
brilhantes. Em nuanças infinitas, brilhava-lhe o ouro na plumagem. Seus pés pareciam uma mescla de prata e pú rpura; e a cauda dos
belos pássaros que atrelaram depois ao carro de Juno não tinham comparação com a sua.”
http://www.significados.com.br/fenix/
http://www.dicionariodesimbolos.com.br/fenix/
https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%AAnix

Chakras
Desequilíbrio Elemental – Distúrbios de Personalidade

Equilibrando o elemento Éter


 Os princípios subjacentes à prática da psicologia somática focam na liberação da tensão, resistência e
“armaduras” de caráter do corpo para trazê-lo de volta à harmonia com as “forças mais sutis da inteligência
criadora”.
O sistema cérebro-espinhal é o centro ultra-sô nico do corpo e ressoa com a Fonte — o Campo de Vida. O
corpo etéreo irradia desse centro. Todas as energias do corpo são um processo de descida desse campo
nuclear. O corpo etéreo mantém um espaço natural no qual as energias do corpo emanam.
O Dr. Stone, usando uma metáfora bíblica, se refere a ele como “o rio do qual os outros quatro rios fluem”, O
É ter é a ponte entre o plano mental e o físico.
 O É ter rege o espaço geral do corpo e fornece o receptáculo sô nico que define o campo do organismo. É ter, também chamado Akasa,
Espaço ou Madeira, é o meio ultra-sô nico da criação.
O É ter ressoa com o vazio do Campo Unitivo. E a quietude no coraçã o do movimento. Ele mantém o espaço neutro no qual os outros
elementos se movem. E o elemento neutro potente do qual os outros elementos emergem. De uma perspectiva teomó rfica, o chacra
do pescoço e da garganta, como o centro do elemento É ter, é o ponto no qual os elementos interiores sutis se mesclam em
combinaçõ es pentâmeras (cinco vezes) de elementos brutos para a manifestaçã o física.
O éter rege a comunicaçã o e as emoçõ es em geral, e se combina com o Ar, o Fogo e a Terra para manifestar a gama de emoçõ es.
Especificamente, ele governa a emoção do pesar. É a morada da poderosa força neutrô nica de sattva guna, o estado da fixação, a força
do equilíbrio, a quietude, a essência.
O É ter rege a garganta, predominando no pescoço, que é o nexo ou ventre através do qual os impulsos mentais nascem em expressão
emocional e física. O plasma gerado na medula ó ssea tem a predominância do É ter. O É ter predomina no centro ultra-sô nico, através
da linha do meio do chacra da coroa, através do caduceu da coluna e através dos ó rgãos reprodutivos, até o dedão do pé.
O É ter mantém o espaço no qual o corpo físico se manifesta. Está associado ao bem-estar geral da pessoa e a seu senso de auto-
estima. Assim, quando o É ter está em equilíbrio, a pessoa experimenta uma grande quantidade de “espaço psíquico” na vida e uma
sensação de segurança e liberdade.
O É ter equilibrado manifesta uma persona “madura” que é responsável e que faz escolhas conscientes em um processo de auto-
realização.
Em contraste, quando uma pessoa é centrada em sua estrutura de ego, a mente é consumida pela prioridade do ego em lidar com as
ameaças percebidas, com o apego, a raiva, inveja, tristeza ou com estratagemas para se elevar — tudo isso consome espaço psíquico.
O É ter excessivamente contraído (tamásico) se manifesta como tristeza e baixa auto-estima, uma sensação de inutilidade, vergonha e
de ser uma vítima.
O É ter excessivamente expandido (rajásico) se manifesta como arrogância, tirania ou um falso senso de superioridade em seu modo
de expressão yang.
O É ter excessivamente expandido também se manifesta como com um modo yin “desligado”, sem fixaçã o.
Quando equilibrado (sáttvico), o É ter manifesta qualidades de auto-estima, auto-amor e humildade. O É ter entra em equilíbrio
através do mais profundo tipo de autoconhecimento, que eleva o ser para fora do drama do ego e o leva para os reinos transpessoais
da autopercepçã o.
É ter é Liberação (moksha); a libertação do drama constante do ego e a liberação na segurança do Conhecimento Superior. Equilibrar
o É ter envolve autoconhecimento, desapego, auto-aceitação e uma humilde e genuína auto-estima.
 O É ter equilibrado flui de um estilo de vida sáttvico e uma vida focada na comunhã o da Alma.  O nú cleo ultra-sô nico, onde há a
predominância do É ter, é o centro das forças sutis de vibração dos reinos transpessoais da consciência no corpo. Ele ressoa com uma
potência superior de energia e consciência.
O equilíbrio da energia da Polaridade dessa harmonia de ressonância frequentemente resulta em uma volta para dentro, em direção
à profunda quietude e harmonia de nossa essência em uma comunhão pacífica (ioga) com o Eu.
A Terapia da Polaridade oferece uma ampla gama de técnicas que focam no equilíbrio do elemento É ter. Elas incluem os protocolos
simples, fáceis de serem seguidos, listados na tabela Técnicas para equilibrar o elemento É ter.

Equilibrando o Elemento Ar
O Ar rege o movimento no corpo. Os ritmos da respiração e batimento cardíaco, a peristalse dos ó rgã os e a oscilação dos átomos, são
todos regidos pelo elemento Ar.
A harmonia Ar de vibração alonga o campo de energia da ressonância unitiva da fase do É ter do ciclo para a polaridade da
ressonância centrífuga/centrípeta que rege a manifestação física.
O Ar é a primeira fase material na descida quântica em vibração de cima para baixo, de dentro par fora. À medida que as ondas de
vibração se movem através do campo, o Ar se torna um alongamento das vibraçõ es emanando de dentro para fora.
 Na medicina chinesa, acredita-s que o Ar (Metal) é o relacionamento entre o Fogo e a Á gua. O Ar é um servo da totalidade e mantém
um profundo equilíbrio entre yin e yang.
Todo movimento na natureza ocorre como uma expressão do ciclo do Tao do Fogo para Á gua. Entã o o Ar é a força transversa natural
que é o fulcro para a manifestação do Fogo centrífugo e da Á gua centrípeta.
A energia emana da fonte através do bindu de um fulcro que é o centro do campo de energia. O Sol (Fogo) e a Lua (Á gua) nascem e se
põ em, mas o ar (Ar) é uma constante na natureza.
O Ar sustenta os ritmos fundamentais que enchem o corpo com a sintonizaçã o às forças do Cosmos. O batimento cardíaco é a fonte
neutra; o ciclo de inspiração e expiraçã o dos pulmõ es é o campo positivo; e a peristalse do có lon é o campo negativo do torso, onde
predomina o Ar. No corpo anterior, o campo positivo do Ar é a cavidade torácica; o campo neutro é o có lon; e o campo negativo é
formado pelas panturrilhas.
Esses relacionamentos são chamados “tríades” nesta visã o. Os contatos bipolares trabalham com campos de força trinos subjacentes,
que ressoam no corpo e são profundamente terapêuticos.
 O Ar rege a mente, cuja natureza mercurial é o movimento incessante e também a atenção e o pensamento. Um desequilíbrio do Ar
pode ser expresso como “a análise leva à paralisia,” onde há excessiva atividade mental, preocupaçã o, mas nenhuma ação.
Um desequilíbrio do Ar pode ser caracterizado por uma pessoa que fica presa a pensamentos, mas que não está em contato com seus
sentimentos e não está presente no corpo.
Na Sanatana Dharma é dito que:
“Todos os nossos problemas são causados por não conhecermos quem somos”.
Somos tão identificados com nossa mente-ego e seu drama que esquecemos o Eu Sagrado. De uma perspectiva terapêutica, a
essência da sabedoria antiga é: “Identificação é ignorância”.
Autoconhecimento, uma dieta sáttvica e um estilo de vida saudável sã o as chaves para aquietar a mente.
O Ar rege os apegos, desejos e aversõ es que motivam fundamentalmente nosso comportamento. Há duas forças em desejo: atraçã o,
empurrando em direçã o; e aversã o, afastando-se.
Os orientais dizem que a “mente” é a superfície do coração. Quando o coração deseja, a mente procura. A mente é uma escrava de
nossas aversõ es e apegos. Se o coração está partido ou ameaçado, a mente está incessantemente ativa, procurando a cura.
Quando o ego está ameaçado, a mente está incessantemente fixada na ameaça – primeiramente em negação, depois em um complexo
de defesas. Curar a mente é promover a segurança física e emocional.
Esse processo pode levar décadas, se feito inconscientemente. Pode ser dramaticamente acelerado através do uso desses princípios
da Polaridade, que nos sintonizam com um nível mais profundo da inteligência e orientaçã o inatas dentro de nosso pró prio ser.
A chave para aquietar a mente e amadurecer em direçã o à paz interior está em cultivar a moderaçã o e a auto regulação e abandonar
o desejo insaciável de uma vida autocentrada.
O Ar rege o sistema nervoso. A atividade mental excessiva, preocupação e ansiedade criam impulsos mentais e emocionais
excessivos, confusos e contraditó rios, que levam ao desequilíbrio do sistema nervoso.
Quando não é “seguro” para nó s experimentar ou expressar nossos sentimentos, provocamos tensão nas áreas do corpo onde esses
sentimentos sã o centrados e criamos uma “armadura” de caráter
O ar rege a velocidade e o movimento; e predomina nos centros de movimento das articulaçõ es no corpo. O excesso de atividade
mental de um desequilíbrio do Ar pode provocar tensão, rigidez e “armaduras” de caráter, que limitam a gama de movimento nas
articulaçõ es e a variedade de emoçõ es em nossa estrutura de cará ter.
Quando, a liberdade ou segurança do Espírito (É ter) é ameaçada, a mente (Ar) fica obcecada por tentar lidar com a ameaça. Se a
ameaça subjuga o ego ou é incessante por um período de tempo, causamos tensã o nos mú sculos da cavidade torácica, do diafragma e
do coração para reduzir nosso nível de vivacidade e sentimento e suprimimos nossa energia expressiva.
Nó s provocamos tensão e “armaduras” nas áreas do corpo para suprimir nossos sentimentos, nossa consciência, nossa dor. Um
desequilíbrio do Ar com frequência se manifesta estruturalmente como tensão nos ombros, diafragma contraído, gaiola torácica
imó vel e peito inclinado para a frente.
Energeticamente, um desequilíbrio no Ar é frequentemente um padrã o de tensã o que contrai o “coração” para protegê-lo de doenças
que foram percebidas como ameaçadoras. O ato de dar e receber amor é defensivo e inibido quando o centro do coração é “cercado
por uma armadura”, racionalismo frio e questionador dos sentimentos que serve como ponto para o crescimento da ambição.
 O Ar rege o apego incessante do desejo, da ganância e aversão que caracterizam o ciclo involucioná rio. No ciclo evolucioná rio, o Ar
manifesta anseio por liberaçã o, falta de desejo, caridade, amor universal e compaixão.
Sattva guna rege o princípio do Ar (feito dos elementos Ar e É ter). Quando equilibrado, sattva guna promove integridade,
honestidade, contentamento e moderaçã o.
Equilibrar o equilíbrio do Ar promove a receptividade a sattva guna, quietude, essência e paz da sintonizaçã o com o Campo Unitivo. A
Terapia da Polaridade oferece uma ampla gama de técnicas que focam no equilíbrio do elemento do Ar. Elas incluem protocolos
simples, fáceis de serem seguidos, listados na tabela Técnicas para equilibrar o elemento Ar

Equilibrando o elemento Fogo


O elemento Fogo rege a força dirigida no corpo. O Fogo expressa propó sito, a força de vontade inteligente, a motivaçã o, o desejo e a
excitação da criaçã o. O Fogo rege a cabeça como visão, intençã o, foco e concentração.
O Fogo rege o plexo solar e o coração como calor, motivação, vitalidade, força de vontade e entusiasmo. O fogo rege as coxas como
propó sito, o poder de se mover no mundo, de cuidar, e de assumir responsabilidades.
O fogo rege o poder pessoal (centro umbilical) e propó sito (coxas) no mundo.  O Fogo busca o autoconhecimento, para conhecer a si
mesmo através do reflexo da criaçã o. Quando excessivamente expandido, o Fogo é explosivo, insensível e age ignorando as realidades
das outras pessoas.
O Fogo rege as emoçõ es da raiva e do ressentimento. Ele pode ser controlador, acusador e embaraçoso. Suprimir o Fogo leva a
encolerizar ressentimentos e a raiva dirigida para dentro de si.
Muito pouco Fogo é implosivo e se manifesta como insegurança, culpar a si mesmo e falta de poder; nesse estado uma pessoa é
facilmente controlada pelos outros, não expressa pensamentos e sentimentos.
Quando equilibrado, o Fogo tem princípios; é responsável, direto e honesto, capaz de agir e de cuidar dos outros com calor humano,
perdão e entusiasmo.
O Fogo rege a direção no corpo.
Os olhos, sentido da visão; e as coxas, têm a predominância do Fogo.
 O plexo solar, os mú sculos e todos os tecidos vermelhos e ó rgã os de assimilação são regidos pelo Fogo. O Fogo é a força motora da
vitalidade no corpo. O umbílico é o centro radiante da energia vital e irradia calor e vitalidade por todo o corpo.
 A Terapia da Polaridade apresenta uma grande variedade de técnicas que focam no equilíbrio do elemento Fogo. Elas incluem
protocolo simples, fáceis de serem seguidos, listados na tabela para equilibrar o elemento Fogo.

Equilibrando o elemento Água


A Á gua é a fase na qual a consciência se precipita em solidez substancial. A água é o meio da vida. A Á gua se refere à cristalização
centrípeta da ressonância que experimentamos como “forma”. A Á gua predomina na bacia pélvica, o centro dos ó rgãos de limpeza,
renovaçã o e cura.
A Á gua ressoa com a qualidade tamásica, contraente, que está sempre fluindo para baixo e que rege a eliminaçã o. A pélvis é o centro
dos ó rgãos reprodutivos, que encenam novamente o mistério da criaçã o para fazer nascer a vida nova.
A Á gua é o reino do sentimento.
O Dr. Stone chamou a pélvis aquosa de “pó lo irracional” porque a Á gua predomina nas emoçõ es inconscientes e nos sentimentos
profundos (o Ar é o pó lo “racional”). A Á gua governa o apego, a força da emoção que nos liga às coisas, ideias e pessoas.
A pélvis pode ser entendida como o pó lo negativo do cérebro, onde as imagens que emanam do cérebro são incorporadas em
emoçõ es e nascidas para o mundo como ação. Quando nã o é seguro para nossos sentimentos aquosos fluir para fora em expressão,
temos uma crise na eliminação emocional. Medos crô nicos e tensão emocional se alojam na pélvis.
Apegos e amor ressoam com a Á gua. Seu foco é “eu preciso” e sua qualidade primordial é o auto cuidado emocional. Quando
equilibrada (sáttvica), a Á gua é fluente, crescente, receptiva, empá tica, sensível, intuitiva, compassiva, fortalecedora, moderada.
Quando expandida (rajásica), a Á gua é isolada, antidependente, insensível. Quando contraída (tamásica), é excessivamente sensível,
emperrada, dependente, carente, desesperada, paranó ica, possessiva, viciada em luxú ria e amor e regida por forças irracionais e
inconscientes.
O elemento Á gua se relaciona com os meios pelos quais nos fortalecemos. A Á gua rege os lábios quando recebemos sustento e
expressamos nossas necessidades. A Á gua também rege os quadris e a pélvis, onde as questõ es relativas a gênero estão centralizadas
no corpo.
A tensã o na pélvis pode indicar questõ es relativas a dar e receber sustento sexual e emocional. Tensão na regiã o glú tea, nos quadris e
na pélvis pode indicar isolamento e uma falta de ligaçõ es fortalecedoras.
Á Á gua afunda no solo, limpando o campo das impurezas. A tríade da Á gua —é uma chave para restaurar a eliminaçã o saudável. Os
pés são o pó lo mais negativo do corpo.  E através deles que nos fixamos à Terra; e eles são fundamentais para liberar tensõ es e
problemas de saú de crô nicos.
No trabalho do Dr. Stone há um foco principal no pó lo negativo. Á energia sempre se move em ciclos. E no campo negativo do ciclo
que problemas de resistência, tensã o e eliminação represam o fluxo emanando do centro.
Uma chave para a Terapia da Polaridade é trabalhar com a eliminação física e emocional no corpo/ mente. Um foco principal é o
trabalho com o campo negativo do períneo e da pélvis para liberar tensõ es crô nicas e emoçõ es nã o expressas para restaurar a
eliminação saudável.
A Terapia da Polaridade apresenta uma grande variedade de técnicas que focam no equilíbrio do elemento Á gua. Elas incluem
protocolos simples, fáceis de serem seguidos, listados na tabela Técnicas para equilibrar o elemento Á gua.

Equilibrando o elemento Terra


A Terra rege a finalização, os limites e a forma no corpo.
O pó lo positivo da tríade da Terra é o pescoço, que rege o corpo etéreo e sua precipitaçã o nos limites gerais do torso;
 O có lon, que rege a discriminaçã o e os limites entre o que sustenta o corpo e o refugo, levando para dentro e jogando para fora; os
joelhos, que rege a forma do esqueleto, onde tudo se prende; e também as bases emocionais.
A Terra se relaciona com questõ es de limites, autoproteçã o e sobrevivência. Quando em excesso, o elemento Terra se manifesta
como imaginação e intuiçã o limitadas; resistências e defesas; inércia; medo; invulnerabilidade; paranó ia; reserva excessiva; falta de
confiança; e apego à Terra. Quando contraída, a Terra se manifesta como problemas de limitação: sensibilidade excessiva; dúvidas a
respeito de si mesmo ou excesso de confiança; vulnerabilidade excessiva; ficar na defensiva; ou ansiedade.
Quando em equilíbrio, o elemento Terra é fixador, encorajador, estável, com os pés no chã o e prático; com limites claros, paciência,
perseverança e coragem.
As pessoas em quem predomina o elemento Terra têm, com frequência, o controle do plano físico. A inércia da Terra pode levar à
preguiça, apego à rotina e falta de imaginação.
Tamas guna, a força da contração, rege o elemento Terra. Qualquer forma de contraçã o física, mental e emocional — tem a
predominância da Terra. Inércia, rigidez, distanciamento e mente fechada são sintomas de um desequilíbrio do elemento Terra.
As emoçõ es do medo e coragem são regidas pela Terra. Quando os limites sã o ameaçados, o medo se manifesta e as primeiras
reaçõ es de sobrevivência do chacra sã o estimuladas. O medo crô nico pode nos manter fora do corpo e incapazes de estar presentes e
fixados. “O elemento Terra governa as reaçõ es de medo.
Reaçõ es de medo comuns são: tremor nos joelhos; intestinos descontrolados e pescoço rijo. Se você já passou por um terremoto de
grande escala, quando o chã o é literalmente tirado debaixo de seus pés, você pode ter experimentado algumas dessas reaçõ es da
Terra.
 Na vida diária o medo pode manifestar sintomas corporais através de um có lon espástico, colite, diarréia, rigidez no pescoço e
joelhos fracos, com tendência a ferimentos.
Tamas guna rege as correntes de retorno — movendo-se de baixo para cima e de fora para dentro — que regem a estrutura no corpo
e o sistema muscular-esquelético.
Esse padrão de ressonância tem sua base nos calcanhares, no sacro e occipício. Reaçõ es profundas geralmente resultam do equilíbrio
das energias, que trabalha com esses princípios.
 A Terapia da Polaridade apresenta uma grande variedade de técnicas que focam no equilíbrio do elemento Terra. Elas incluem
protocolos simples, fáceis de serem seguidos, listados na tabela Técnicas para equilibrar o elemento Terra.

A Terapia Flora, os Chacras e os Elementos


Os florais podem atingir níveis elevados da nossa anatomia sutil. Todas as essências florais
trabalham os quatro elementos (Terra, Fogo, Á gua e Ar) – embora algumas tenham
predomínio de um determinado elemento.
O corpo humano contém em si milhares de “pontos de energia”. Existe, contudo, centros
maiores, onde a energia se concentra, denominados chacras.
Os chacras são na realidade “vó rtices de energia”. Cada um deles tem relação com glândulas ou
pontos vitais do corpo físico e também com um determinado elemento. São eles:

CHACRA BÁSICO ou Muladhara (Chakra da raíz)


Localização: Base da espinha
Mantra: Lam
Pétalas: 4
Cor: Vermelho
Elemento: Terra
Localizado no Plexo Sacral, na altura do có ccix. Relaciona-se as Glândulas Supra Renais ao esqueleto e
a linfa. É onde nasce a Kundalini – a energia da vida que sobe pela coluna.
Corresponde ao elemento Terra.
O elemento terra está relacionado com a nossa Natureza a nossa sustentação – nossa postura perante
o mundo – nosso instinto de preservação.
No sistema inglês Florais de Bach, existem essências estruturais que são de extrema valia para
trabalhar o elemento terra, e consequentemente o chacra a ele relacionado: Wild Oat – Crap Apple –
Centaury – Beech – Hornbean – Mimulus – Gentian – Willow –Chestnut Bud – Rock Water.

CHACRA SEXUAL ou Swadhistana (Chakra das emoções)


Localização: Abaixo do umbigo
Mantra: Vam
Pétalas: 6
Côr: Laranja
Elemento: Água
Localizado no Plexo Lombar, corresponde a área de nossas gô nadas, nosso sistema reprodutor.
Relaciona-se com o elemento Á gua.
O elemento água está relacionado com o “fluir da vida”, aos nossos sentimentos e sensaçõ es. Os
Florais de Bach que atuam com mais propriedade nesse elemento são: Agrimony – Aspen – Water
Violet – Wild Rose – Cherry Plum – Gorse – Star of Bethlehem

CHACRA UMBILICAL  ou Manipura (Chakra do


Plexo Solar)
Localização: Umbigo
Mantra: Ram
Pétalas: 10
Côr: Amarelo
Elemento: Fogo
 Localizado na altura do Plexo Solar. Trabalha o nosso sistema digestó rio, nossa pele, mú sculos. A glândula correspondente é o
pâncreas.
Está relacionado ao elemento Fogo. O elemento fogo está relacionado ao nosso sangue e aos nossos processos transformação, ao
como nos colocamos no mundo, a nossa AÇÃ O. Os Florais de Bach que mais atuam no elemento fogo são:  Holly – Honeysuckle – Vine
– Sweet Chestnut – Vervain – Mustard – Rock Rose –Impatiens – Heather – Elm.

CHACRA CARDÍACO ou Anahata (Chakra do Coração)


Localização: Coração
Mantra: Yam
Pétalas: 12
Côr: Verde
Elemento: Ar
Localizado no Plexo Cardíaco. A glândula correspondente é o Timo. Rege o nosso sistema
imunoló gico, a respiração e a circulaçã o (sistema cardio-respirató rio). Está relacionado ao elemento
Ar.
O elemento ar trabalha o nosso Pensamento – o movimento de interiorização e exteriorização
psíquica. Os Florais de Bach que atuam no elemento Ar são:  Pine – Olive – White Chestnut – Red
Chestnut – Walnut – Clematis – Cerato –Scleranthus – Larch – Rescue Remedy.

CHACRA LARÍNGEO ou Vishuda (Chakra da garganta)


Localização: Garganta
Mantra: Ham
Pétalas: 16
Côr: Azul claro
Elemento: Éter
Localizado na altura do Plexo Cervical. A glândula correspondente é a Tireó ide (e as paratireó ides).
Rege o nosso metabolismo. O chacra laríngeo tem ligação com o nosso modo de expressã o no mundo
– a palavra. Consequentemente trabalha também a criaçã o. Na Bíblia – Gênesis – que quer dizer
criação. No princípio era o Verbo – e o Verbo disse: “Faça-se a Luz!” e a Luz se fez…
O Chacra laríngeo está relacionado ao elemento É ter. O éter ou Akasha é o elemento que contém em si
todos os outros elementos. Relaciona-se com a nossa exteriorizaçã o através da fala e também aos
nossos processos criativos. (Eu tive uma professora que dizia que a palavra criatividade seria: “Cria a
vida em ti em qualquer idade” – eu nunca me esqueci disso). Podemos entã o relacionar alguns florais
do sistema Bach ao elemento éter, atuando através de outros elementos: Rescue Remedy (éter+os 4
elementos) – Heather ( éter/fogo) – Agrimony e Water Violet (éter/água) – Larch e Cerato (éter/ar) – Centaury (éter/terra)
Obs: Existem outros florais, de outros sistemas que trabalham magnificamente o chacra laríngeo – a comunicação e a expressã o
criativa, de forma mais específica dentro de cada quadro apresentado pelo paciente. Os florais acima mencionados são apenas uma
ilustraçã o sobre a possibilidade quase infinita de unir-se o trabalho com os chacras e a terapia com os florais.

CHACRA FRONTAL ou Ajna (Chakra da intuição)


Localização: Ponto entre as sobrancelhas
Mantra: Om
Pétalas: 2
Côr: Índigo
Elemento: Todos os elementos
 Localizado na altura do Plexo Carotídeo. A glândula correspondente é a hipó fise (ou pituitária), que
controla todo o nosso sistema endó crino. É o chacra da nossa Sabedoria Interior e relaciona-se com a
nossa visã o, tanto física como metafísica.
Para um trabalho inicial com este chacra, eu sugiro os florais Cerato (éter/ar) e Chestnut Bud
(éter/terra) do sistema Bach, embora florais como Califó rnia Poppy , Lotus , Angélica, Queen´s Anne
Lace, Black-Eyed Susan, Shasta Daisy, Star Tulip , do sistema Californiano, bem como alguns florais do
sistema Minas (Luceris por exemplo) e muitos outros do Sistema Australiano, dos Florais do Alasca,
do Sistema Saint Germain; mostram excelentes resultados, dependendo da causa do bloqueio no
referido centro energético.

CHACRA CORONÁRIO ou Sahasrara (Chakra da coroa)


Localização: No topo da cabeça
Mantra: Aum
Pétalas: 1000
Côr: Violeta
Elemento: Todos os elementos
 É o chacra que se localiza no topo da nossa cabeça, na altura da glândula Pineal (ou epífise), a glândula
receptadora e controladora da Luz que entra em nosso corpo. É o ponto de contato do nosso eu interior com
o nosso eu superior. O floral Gentian (o éter atuando no elemento terra, ou seja o céu na terra) do sistema
Bach é indicado para o coronário. Curiosidade: As flores do Floral de Bach Gentian – (Gentiana Amarella, por
causa da raiz amarelada) – tem uma coloração que vai do violeta azulado ao violeta púrpura e só brotam se a
planta for muito exposta à Luz.

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