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Os Planetas e os Elementos

Podemos verificar nos livros, que a Terra nã o ocupa o centro do nosso sistema solar.
Que o nosso sistema solar não está no centro da nossa Galáxia e nem a nossa Galáxia,
a Via Láctea, está no centro do Universo. Portanto, a posiçã o de nossa Terra não ocupa
nenhum lugar privilegiado no cosmos. Para entendermos como essa ideia
transformou a humanidade, se esse texto fosse escrito na Idade Média, seus autores
seriam acusados de heresia e provavelmente seriam mortos na fogueira.
Os bió logos descobriram que cada ser vivo na Terra é composto de mais de 90% de
sua massa, de apenas quatro elementos químicos: hidrogênio (H), oxigênio (O), carbono (C) e nitrogênio (N). Esses quatro elementos e
mais o hélio (He) e o neô nio (Ne) fazem parte da lista dos seis elementos mais abundantes do Universo, sendo que o hélio e o neô nio
não combinam com quase nada. Logo, a vida terrestre é quase toda formada pelos ingredientes mais presentes e quimicamente ativos nos
cosmos. Outros elementos químicos que compõ e a massa da maioria da vida como conhecemos somam, na totalidade, menos de 1%.
São eles: o fó sforo (P), que é o mais importante e, em menores quantidades, o enxofre (S), o só dio (Na), o magnésio (Mg), o cloro (Cl),
o potássio (K), o cálcio (Ca) e o ferro (Fe).
Sabe-se que o nosso planeta é composto principalmente de oxigênio, ferro, silício e magnésio, e suas camadas mais externas são, na
sua maior parte de oxigênio, silício, alumínio e ferro. Destes elementos, apenas o oxigênio aparecer na lista dos elementos mais
abundantes para a vida. Verificando os oceanos da Terra, que são quase inteiramente de hidrogênio e oxigênio, é surpreendente que
a vida liste o carbono e o nitrogênio entre seus elementos mais presentes, em vez do cloro, só dio, enxofre, cálcio ou potássio, que são
elementos mais comuns, dissolvidos na água marinha. Como resultado, os elementos para existência da vida existem mais nos
cosmos do que no nosso pró prio planeta – um bom motivo para aqueles que esperam encontrar vida em outros planetas.
Se a vida terrestre fosse composta de elementos raros no cosmos, como o nió bio, o bismuto, o gálio e o plutô nio, aí sim, teríamos uma
forte razão para acreditar que poderíamos ser especiais, e talvez, estarmos sozinhos no universo. Portanto, a composiçã o química na
Terra nos inclina a acreditar em possibilidades de vida em outros planetas, vidas essas formadas de elementos iguais aos usadas pela
vida no nosso planeta. É claro que essas formas de vida podem ser, também, mais exó ticas do que conhecemos ou podemos prever.
Com os avanços da tecnologia, como o COBE, WMAP e HUBBLE, os astrofísicos conseguem deduzir, em sistemas estrelares, o período
orbital de planetas, o seu tamanho, a massa mínima, a forma e sua distância média em relaçã o ao seu sol. Esses dados aumentam o
otimismo dos especialistas em encontrar planetas na Via Láctea onde a vida teria uma possibilidade maior de se desenvolver. A
Agência Espacial Norte-Americana (NASA) afirma que a descoberta da vida extraterrena vai ser descoberta nos pró ximos 20 anos
com a ajuda do sucessor do HUBBLE, o JWST (James Webb Space Telescope) que poderá detectar a atmosfera dos planetas.
De uma coisa podemos ter certeza, o ser humano não desistirá e está avançando cada vez mais para decifrar esse enigma. Vai chegar
o dia em que vamos descobrir que não estamos mais sozinhos e que a vida existe em formas quase incontáveis no universo.
Antônio Aníbal Chaves é Físico e Matemático e Renato Ribeiro é professor de Física do Percurso Pré-vestibular e Enem.

Jú piter, O gigante protetor


Nos anos 90, um evento astronô mico sem precedentes animou a comunidade científica: a gravidade de Jú piter havia quebrado o
cometa P/Shoemaker-Levy 9 em diversos pedaços. Foi a primeira vez em que os pesquisadores da Terra puderam apreciar a colisã o
de corpos que vieram de fora do Sistema Solar.
Mas há um dado interessante nessa histó ria e que nem sempre é divulgado: o cometa foi capturado pelo campo gravitacional de
Jú piter cerca de 20 a 30 anos antes da colisão. Com essa informação em mente, é possível ter uma ideia de quão massivo e
importante para a estabilidade do Sistema Solar esse gigante gasoso pode ser.
Graças à sua massa, Jú piter acaba funcionando como uma espécie de “faxineiro” do Sistema Solar, sugando para ele diversos
asteroides e corpos celestes que poderiam se chocar contra a Terra ou outros planetas, reduzindo em muito o nú mero de impactos. É
provável que isso tenha acontecido em setembro de 2012, quando um astrô nomo amador flagrou Jú piter recebendo um impacto que
poderia ter sido direcionado para a Terra.
Faxineiro do Sistema Solar, mas com ressalvas
Apesar de ser bem comum essa ideia de que Jú piter ajuda a proteger a nossa integridade, ela nunca foi estudada ou contestada de
verdade. Segundo um artigo publicado pela Astrobiology Magazine, houve apenas um estudo acadêmico, no passado, sobre o assunto.
Em 2013, uma nova pesquisa veio contestar essa ideia de que Jú piter é o nosso protetor. A razão? Simulaçõ es computacionais
indicam que a presença de Jú piter não diminui, tanto assim, as chances de que corpos celestes atinjam a Terra.
Maria Luciana Rincón

Um dos motivos que o planeta Terra, não esteja sob bombardeio frequente de cometas e meteoros são a existência e disposiçã o dos
outros corpos celestes, porque nossos planetas vizinhos lhe servem de escudo. O enorme campo gravitacional de Jú piter por
exemplo, atrai boa parte da sujeira espacial que poderia destruir a Terra.
Vários planetas contribuem para a vida na terra de alguma forma, e só sabemos disso estudando o nosso sistema solar. Veja o papel
desempenhado pela Lua por exemplo, ela mantém um perfeito jogo de forças gravitacionais com a Terra, e evita que nosso planeta
oscile demasiadamente enquanto gira em torno do pró prio eixo. Se nã o fosse pelo efeito estabilizador da Lua, não estaríamos aqui,
resumindo, os outros planetas servem justamente para existir vida na terra. Isto é muito raro, é realmente uma dádiva Divina.
Gostaríamos de expor aqui qual a função de cada planeta ou lua em nosso sistema solar, com relaçã o ao nosso planeta. No entanto
ainda desconhecemos a particularidade e função de cada planeta, mais fiquem cientes de que nada existe por acaso, desde o mais
pequeno grão de areia na praia de Copacabana, até o imenso e gigantesco planeta Jú piter!!!

Relembrando os Elementos
Não é por acaso que os Elementos da Natureza – Terra, Ar, Fogo e Água são considerados pilares de sustentação do Universo. Toda a
vida e existência gira em torno dessas essências Divinas, e sem uma delas que seja não seria possível criar a trama de informaçõ es e
substâncias que compõ em o Microcosmo e o Macrocosmo.
A medicina foi por muito tempo baseada nas “qualidades” dos elementos, atribuídas por Aristó teles:
 A Terra é Fria e Seca,
 O Ar é Quente e Úmido,
 O Fogo é Quente e Seco,
 A Água é Fria e Úmida.
A partir do equilíbrio dessas qualidades no paciente, o médico curava seus males, para o caso de uma febre, por exemplo, seria
aplicada a Á gua (em ervas relacionadas, a este elemento, cores, aromas, alimentos, unguentos),pois a febre é quente, e causa
desidrataçã o.
A ciência também se baseava nesses conceitos, pois os estados da matéria até entã o conhecidos estavam diretamente ligados aos
Elementos:
 Terra – sólido,
 Ar – gasoso,
 Fogo – energia,
 Água – líquido.
Podemos observar as qualidades dos elementos em nosso corpo:
 A Terra está presente em nossos ossos e carne,
 O Ar em nossa respiração,
 O Fogo nos impulsos elétricos de nosso cérebro e em nossa temperatura,
 A Água compõe 70% de toda a nossa massa, além de ser representada por nosso sangue e outros fluídos.
Interessante salientar que como o planeta Terra tem 75 % do elemento água, assim como no nosso corpo com predominância de
70%. Se compararmos seria o macrocosmo (planeta Terra) e o microcosmos (corpo físico) Desde de nossos ancestrais estamos
ligados com os quatro elementos. Os nativos tinham essa comunhão e utilizavam-se deles no seu dia a dia.
Hoje, com a correria do cotidiano desconectamos deles, então está na hora de reconectar e estabelece este vínculo que nos une aos
quatro elementos.
As forças da natureza atuam em reciprocidade com o ser humano, pois fazemos parte de um todo. A natureza é uma dádiva Divina e
os quatro elementos foram nos dado para criarmos uma vida de plenitude. Quando, nos conectamos de forma harmoniosa com eles,
passaremos a ser conscientes de nossas funçõ es e não mais usurpadores. Compartilhar e repartir sem destruir.
Nas estações do ano, predominância de um dos quatro elementos:
 Ar – Primavera
 Fogo – Verão
 Terra – Outono
 Água – Inverno
Influência dos quatro elementos nas cores:
 FOGO_ vermelho, laranja e, principalmente, o amarelo-gema e o dourado.
 ÁGUA- azul, azul-marinho, turquesa, azul-esverdeado, branco, cinza e o prata.
 AR- Tons de rosa, salmão, champanhe, lavanda, pink e azul claro.
 TERRA-verde, ocre, caqui, bege, areia, amarelo claro, marrons quentes e claros.
Influência dos quatro elementos nas formas geométricas:
 Tetraedro (4 faces) representa o elemento: Fogo.
 Cubo (6 faces) representa o elemento: Terra.
 Octaedro (8 faces) representa o elemento : AR.
 Icosaedro(20 faces) representa o elemento: Água.
Através da meditação dos quatro elementos da Natureza, trazemos a força deles para o nosso interior. Fazer essa simbiose significa
estar perceptivo a este mundo que nos “cerca”. Lembrar que somos parte desse Universo maravilhoso e reconhecer que estamos aqui
para fazer algo especial, pois somos especiais.
 Elemento Água traz a sensibilidade, a emotividade e a empatia.
 Elemento Terra traz a estabilidade, a praticidade e o contato com a realidade.
 Elemento Fogo traz a iniciativa, o entusiasmo e a expressividade.
 Elemento Ar traz o pensamento racional, a intelectualidade e a sociabilidade.
Podemos retratar o mundo em nossa volta com esse olhar mais dinâmico em relaçã o a essa comunhã o dos quatro elementos com o
homem e o ser vivo. Reproduzir uma lavadeira lavando sua roupa no rio, vai além da primeira visão diante do retrato. Mostra os
traços de um ser humano, sua vivência, se permitimos irmos mais além podemos adentrar a um ritual: a transmutação; a passagem
do sujo para o limpo, através da água, elemento de purificaçã o. Então, temos vários fatores que servem de subjacentes para descrever
esta imagem.
Passemos a observar os detalhes intrínsecos que a vida nos oferece, no caso os quatro elementos, através da percepçã o, da intuição,
nem tudo os olhos podem ver, mas com certeza a nossa essência pode sentir, captar e transformá-los em Arte.
Texto da palestra dada no dia 28/05/2012, na Academia Vicentina de Artes e Ofícios: “Frei Gaspar da Madre de Deus” Marcia Kennusar Gomes

Os significados dos planetas a partir das Qualidades Primitivas


Na Astrologia, os significados dos planetas também são derivados, em parte, da simbologia das Qualidades Primitivas. Como a teoria
das Qualidades Primitivas é um dos alicerces da Astrologia Tradicional, ela só é consistentemente aplicável aos 7 astros considerados
por essa doutrina, do Sol até Saturno. Os planetas ditos modernos – Urano, Netuno e Plutão – seguem uma ló gica diferenciada de
interpretação e não serã o considerados nessa teoria.
Como se sabe, astronomicamente, O Sol e a Lua são luminares e nã o planetas, mas na simbologia (terminologia, vocabulário)
astroló gica eles sã o tratados, algumas vezes, como se fossem planetas, sem nenhuma perda conceitual de seus significados. Os
astró logos já estão cansados de saberem isso, mas vale fazer a observação para o leitor mais leigo.
Feitas essas consideraçõ es, segue abaixo a proporcionalidade das qualidades primitivas, na definição da simbologia dos planetas, na
Astrologia:
Sol Q 5,5 > S 2
Lua U 6 > F 5
Saturno F 3,5 > S 3
Júpiter Q 1,5 > S 1
Marte S 3 > Q 2,5
Vênus U 4 > Q 0,5
Mercúrio F 1,5 > S 1
Observe que, diferente dos signos, há um sistema de pontuação, que nesse caso, foi definido pelo astró logo do século XVII, Jean-
Baptiste Morin de Villefranche (Queiroz, 1989). Devido aos limites desse texto, vou me isentar de explicar a matemática dessas
proporçõ es por enquanto, preferindo chamar a atenção para as implicaçõ es interpretativas dessa proporcionalidade, nesse
momento.
Observemos que o Sol é o “planeta” mais Quente derivando toda a sua significação conhecida de expansã o, enquanto Júpiter que
também têm a predominância do Quente sobre o Seco, funciona como um “pequeno Sol”, tendo também a sua significação de
expansão, como planeta benéfico.
Os maléficos, Marte e Saturno, são os planetas com maior índice de secura.
Saturno e Mercúrio possuem uma estrutura parecida, tendo ambos a predominância do Frio sobre o Seco, mas a pontuaçã o de Saturno é
maior. São planetas que funcionam bem em signos de Terra (F+S), tanto que Saturno rege Capricó rnio e Mercú rio rege e exalta Virgem,
mas Saturno trata – por sua maior pontuação – da realidade mais concreta, enquanto Mercúrio tende a ser prático em questões mais
conceituais. Por outro lado, Saturno funciona bem em signos mentais (como Aquário e Libra, e mesmo em Gêmeos), provavelmente por
sua analogia com Mercú rio. Saturno também é um significador de intelectualidade, como Mercú rio.
Vênus e a Lua são os planetas mais Ú midos, e por isso, ligados ao mundo emocional. Porém, enquanto a Lua (U>F) tende a reter, a
absorver as impressõ es do mundo exterior nas emoçõ es, devido ao componente Frio, que tem alta pontuaçã o (apesar da
predominância de Ú mido), Vênus (U>Q) com sua pontuação de Quente, ainda que pequena, é menos introspectivo, e mais social,
sendo um significador mais direto dos relacionamentos interpessoais e dos vínculos do que a Lua (o que não exclui, de modo algum,
essa ú ltima, até porque a Lua fala de reaçõ es emocionais, isto é, ela é mais reativa e isso também interfere nos relacionamentos).
Vênus fala uma emocionalidade mais terna, exteriorizante, acolhedora, enquanto a Lua fala de uma emocionalidade mais reacional,
instintiva e absorvente ou instrospectiva. Ambos os planetas, por seu excesso de Umidade, são planetas Femininos (Yin).

Os Símbolos Planetários
Círculo, semicírculo, cruz e seta
Os símbolos (ou Glifos) planetários têm uma histó ria e significado. Ao contrário do que muitos pensam, não são só desenhos
aleató rios e desconexos. São ideias simples e singulares que se montam para criar um símbolo mais complexo, que consiga externar
as energias envolvidas. Para saber mais sobre eles, devemos voltar séculos atrás, quando a astrologia andava de mãos dadas com a
alquimia.
Precursoras das ciências modernas como astronomia, a química, e a astrologia, a alquimia deu origem aos símbolos que até hoje
usamos para representar os planetas e signos. Se esses símbolos foram conscientemente concebidos como combinaçõ es dos
significados alquímicos (ou se sua correlação com símbolos alquímicos é pura coincidência ou sincronicidade), não importa. O que é
digno de nota sobre eles é o seu uso ancestral, multicultural e internacional.
Tais símbolos atravessaram várias culturas, civilizaçõ es e segmentos de tempo em tempo, na histó ria humana até atingirem o nosso
mundo contemporâneo, e isto foi uma tarefa muito árdua, principalmente em séculos mais recentes onde a ciência ló gica e radical
passou e obter domínio sobre temas mais etéreos e análogos.
Para começar, vamos analisar os símbolos básicos, que nada mais são que os componentes que formam os diversos símbolos
planetários:
Círculo: espírito, essência, consciência, princípio uno, energias vitais de criação da vida.
Crescente (ou semicírculo): receptividade, percepção, contato com novas realidades, assimilaçã o. O Crescente pode captar vários
níveis de informação:
 Para cima em direção ao superconsciente;
 Horizontalmente em direção à percepção do lado esquerdo ou direito do cérebro;
 Para baixo, em direção ao subconsciente.
Cruz: matéria, pragmatismo, aplicaçã o prática, vivência mundana.
Seta: indica o direcionamento da energia para um objetivo específico.
Todos estes são símbolos que posteriormente se montam para expressar cada energia planetária e sua funçã o dentro da mecânica
astroló gica. Ao se posicionarem nos signos e casas na delineação de um mapa astral, os arquétipos vão sendo filtrados e se tornando
passíveis de novas interaçõ es, à medida que formam aspectos uns com os outros, gerando as energias complementares que irão
influenciar na ação e manutenção da personalidade e dos acontecimentos na cronologia universal.
Vejamos abaixo os significados de cada símbolo e sua funçã o potencial
Sol
No glifo do Sol, o círculo do espírito e vitalidade contém um ponto no centro, que simboliza a posição centralizadora do
Sol em relação ao resto dos nossos planetas. O Sol é em muitos aspectos a fonte de vida, a fonte primá ria de energia do
nosso sistema planetário pessoal, o “Astro-Rei” nos dá a energia vital e poder criativo. Somos como um mini-sol em
nossa co-relaçã o astroló gica e se formos inseguros, por exemplo, isso pode se manifestar como arrogância, falta de
consideraçã o com os outros e uma veia dramática.
No entanto, se equilibrarmos todas as energias do arquétipo solar, avançaremos para o autocontrole, coragem e consideração. O Sol
nos guia para o nosso propó sito principal na vida através da integração de todos os níveis de consciência. Para exercitar este senso de
Ego de uma maneira ideal, devemos também nos importar com as outras pessoas antes de efetivamente nos afirmarmos de forma
equilibrada, alcançando assim a autoconfiança e a verdadeira coragem.
Lua
A Lua é uma extensã o da Terra. Como seu satélite, nos sintoniza com as impressõ es do aqui e agora. Muitas vezes ela
traz referências do nosso passado pessoal e do passado coletivo, nos tentando a permanecer lá. No símbolo astroló gico
da Lua, as linhas crescentes são dobradas, indicando o alto nível de receptividade, reatividade, perceptividade e
sensibilidade envolvidos.
Enquanto a Lua física orbita a Terra, entre Vênus e Marte, ela geralmente vem imediatamente apó s o Sol nos esquemas astroló gicos,
uma vez que reflete a luz solar para o nosso planeta durante a noite. Os raios do Sol descem em suaves reflexos, enviados para nó s
pela Lua enquanto descansamos, restaurando nossas energias para as atividades do dia seguinte. Pelo alto grau de receptividade
envolvido, o astro simboliza nossos sonhos, intuição e subconsciente.
Mercúrio
No glifo de Mercú rio (também conhecido como Hermes, o mensageiro dos deuses) o Crescente acima simboliza a
receptividade às percepçõ es do superconsciente. Mercú rio é responsável pelas funçõ es elementares do intelecto. O
planeta torna possível comunicar nossas ideias, unindo o superconsciente, o consciente e o inconsciente à medida que
nos relacionamos uns com os outros.
Se o círculo abaixo do crescente estiver sob tensã o, podemos nos tornar intelectualmente arrogantes. Se o crescente for muito
acentuado, podemos nos tornar muito idealistas. Já se a Cruz (que fica abaixo do Círculo) tiver muito foco e destaque, pode indicar
que uma maneira de se comunicar mais fria, calculista ou manipuladora, motivada pelo materialismo e impulsionada a partir do
subconsciente.
A consciência das leis universais de causa e efeito e a administraçã o de energias mais harmô nicas potencializam positivamente
Mercú rio, fazendo assim com que nos comuniquemos de maneira precisa para transmitir nossas ideias.
Vênus
Em comparação com Mercú rio, Vênus está mais distante do nosso Sol e mais pró ximo da Terra. Vênus tenta abarcar
ideais do superconsciente coletivo junto com as realidades atuais e conscientes, fundamentando tudo no material e nos
sentimentos e impulsos subconscientes coletivos. Assim, está sempre preocupado em encontrar conforto, beleza e em
harmonizar as realidades terrenas e materiais através de ideais e valores compartilhados, por isso a cruz da matéria de
posiciona abaixo de tudo. É o símbolo do feminino.
A semelhança do glifo de Vênus com um espelho de mão é interessante, já que Vênus determina como nos refletimos nos outros e os
outros em nó s mesmos. Determina também como ponderamos nossas semelhanças e interesses em comum através dos valores que
compartilhamos. Astronomicamente, Vênus pode ser considerado irmã o da Terra. Ambos possuem densidade, diâmetro e
composição química similares. Dessa forma, Vênus também pode manifestar-se como nosso complemento – ou parceiro simbó lico.
Não é à toa que a versã o do Glifo da Terra é composta da Cruz sobre o Círculo, uma espécie de Vênus invertido.
          O símbolo de Vênus enfatiza a importância de equilibrar o espiritual e o material se quisermos encontrar a real e mais genuína
satisfaçã o.
Marte
No glifo de Marte, o círculo do espírito está dirigido para objetivos específicos, simbolizados pela seta. Este é o primeiro
planeta da força de vontade individual, muitas vezes focada nos instintos, nas tarefas básicas de sobrevivência diária e
nos impulsos primários envolvidos na perpetuaçã o da vida humana. A seta também simboliza a atividade dinâmica.
Com uma seta acentuada, podemos ser impulsivos ou dissipar energia em exibiçõ es quase inconscientes de paixã o
desenfreada ou raiva. Com o círculo muito acentuado, podemos parecer egoístas e arrogantes. É o símbolo do masculino.
Com os símbolos do glifo de Marte em equilíbrio, temos confiança e autodisciplina para alcançarmos nossos objetivos de forma
eficaz. Enviamos nossa vitalidade para o mundo e em troca conseguimos o que queremos de uma forma pragmática, sem desgastes
ou conflitos de interesse.
Júpiter
No glifo de Jú piter, um Crescente receptivo às percepçõ es do lado esquerdo do cérebro está ligado à Cruz da matéria,
que também simboliza realidades materiais e objetivas. Jú piter nos dá a capacidade de perceber o potencial das
circunstâncias e muitas vezes nos leva à exploraçã o física ou mental, a fim de ampliar nossa experiência e gerando uma
maior sustentação para vivermos nossas vidas no plano material.
No símbolo de Jú piter, se o Crescente prevalece sobre a Cruz, podemos ficar fascinados pela aventura, perder de vista o propó sito de
nossos empreendimentos e nos tornarmos pouco práticos, inquietos e exagerados. Se a Cruz supera o Crescente, podemos nos tornar
superficiais e materialistas. Passamos a não compreender o impacto que a nossa expansividade ou materialismo exacerbado pode
causar na vida dos outros.
Quando a Cruz e o Crescente de Jú piter estã o em equilíbrio, canalizamos nossas exploraçõ es, nossa fé, julgamento e estado de graça
para o uso prático sem permitir qualquer coisa ofusque nossa consideraçã o pelos outros.
Saturno
Aqui a Cruz da matéria substitui e domina as percepçõ es do inconsciente coletivo. A compreensão de nossa herança e
experiências passadas traz a maturidade e uma compreensão real de causa e efeito.
No símbolo de Saturno, se a Cruz supera o Crescente, corremos o risco de nos tornarmos muito materialistas, frios e
insensíveis às necessidades dos outros. Se o Crescente descendente supera a Cruz, ficamos presos no passado,
temerosos do futuro, ignorantes de ideais ou dependentes do coletivo.
Quando o Crescente e a Cruz estão em equilíbrio, nos tornarmos altamente pragmáticos, responsáveis e conscientes, com base na
nossa compreensão do passado e das leis de causa e efeito. Aprendemos a viver em sociedade com responsabilidade e paciência.
Urano
No glifo de Urano, a Cruz da matéria está aberta tanto para as percepçõ es dos lados direito e esquerdo do cérebro. Ela
está enraizada no espírito do inconsciente coletivo. O complexo símbolo de Urano indica como percebemos as coisas de
maneira rápida e intuitiva. São estímulos multidimensionais que parecem “flashs”, nos proporcionando uma
compreensã o fora das percepçõ es convencionais, como verdadeiros “insights”.
Não é diferente de uma antena de rádio ou televisão que capta sinais de longe, e tais “sinais” nos estimulam com novas ideias. Um
outro símbolo de Urano, que tem a seta sobre um círculo solar, simboliza uma outra perspectiva sobre Urano: são o espírito e
vitalidade dirigidos com entusiasmo para cima, em direção a ideais, de forma espontânea. É considerado também a espada divina,
que tudo corta e tudo transpassa sem que tenhamos controle.
Neste outro símbolo de Urano que possui a seta, as energias são dirigidas para cima, em direção reta, ao contrário de Marte cuja seta
está em diagonal. Tais energias vão direto para os ideais superconscientes. Enquanto isso, os crescentes virados lateralmente
incidem sobre as percepçõ es conscientes no presente, relacionando-as justamente com os ideais superconscientes.
Se nã o for controlada, a eletricidade de Urano pode desencadear energias destrutivas ou explosivas. No entanto, se fundamentada
em consideraçõ es práticas e experiência, Urano incentiva invençõ es e inovaçõ es práticas que injetam nova vida a estruturas e
conceitos desgastados, direcionando nossas energias em direção ao futuro.
Netuno
No glifo de Netuno o Crescente é ascendente, e pela primeira vez desde Mercú rio, volta nossa atençã o para o
superconsciente, trabalhando para vinculá-lo com as realidades materiais, sobre a Cruz. Com Netuno, tentamos trazer o
idealismo dos mitos, das fantasias e dos heró is superconscientes para a realidade. Muitas vezes temos sucesso, mas
para isso temos que ter total compreensã o das nossas limitaçõ es e da realidade que nos cerca. Dessa forma, nossas
ideias podem de fato se concretizar e não apenas servirem de base para ilusõ es ou escapismo conveniente, mas sim agindo como
propulsoras de algo a mais, algo condizente com nossos ideais.
Quando o Crescente supera a Cruz, ficamos perdidos no idealismo impraticável, deixando de enxergar o que é realisticamente
possível dadas as circunstâncias. Se a Cruz supera o Crescente, tentamos negar o desapontamento que sentimos quando não
conseguimos manifestar nossas ideias. Passamos a ser escapistas, sonhamos acordados e alimentamos fantasias.
Quando a Cruz e o Crescente estão em equilíbrio, Netuno nos dá a capacidade de transformar nossos sonhos em realidade.
Entretanto, isso requer paciência, compromisso inabalável e disposiçã o para fazer sacrifícios. Impressõ es e inspiração são postos em
ação para inovar, criando formas artísticas ou invençõ es (especialmente quando Netuno é ajudado por outras energias planetárias).
Outro símbolo de Netuno que é usado na Europa mostra o círculo no lugar da cruz, enfatizando o aspecto mais dinâmico de Netuno e
sua associação com o processo de visualização e criação de imagens. Outras representaçõ es do glifo de Netuno ainda mostram uma
pequena flecha no topo da barra vertical central, ou todas as três linhas ascendentes, enfatizando o direcionamento da energia para
os ideais.
Plutão
O glifo de Plutã o se parece um pouco o de Netuno. Porém, com o Círculo do espírito dentro do Crescente ascendente,
Plutão indica receptividade a outros mundos e outras realidades. Descobertas astronô micas implicam que Plutão
poderia ser um visitante que está temporariamente em ó rbita ao redor do nosso Sol, construindo uma ponte para
outros sistemas e realidades solares. Na astrologia, Plutã o é aquele que nos dá o poder de mudar a nossa vida de forma
profunda.
Se a Cruz supera o Crescente, corremos o risco de perder de vista o propó sito dessas energias transformadoras, nos tornando
pessoas egoístas e obcecadas pelo poder. Se o Crescente ascendente e o Círculo superam a Cruz, corremos o risco de nos
desconectarmos da realidade e ter surtos de estresse (ou episó dios psicó ticos). Plutão também nos introduz aos Transnetunianos
gasosos, que foram considerados por muito tempo como “irreais” e de certa forma simbolizam um novo nível de realidade.
O antigo símbolo de Plutão contém as duas primeiras letras de Plutão que, coincidentemente, são as iniciais do astrô nomo Percival
Lowell, creditado por sua descoberta. Um terceiro glifo de Plutão, usado amplamente no norte da Europa, traz um Crescente
ascendente duplo, direcionado para o Círculo do espírito, enfatizando a receptividade a energias estelares vitais e transformadoras.
Tais energias são filtradas através do superconsciente e da percepção que Plutã o oferece.
Há ainda um quarto símbolo de Plutã o que começa com a vitalidade subconsciente primordial coroada pela Cruz da matéria no nível
consciente, com dois Crescentes acima apontados para baixo. Este glifo simboliza o domínio das energias vitais primitivas através da
compreensã o e de esforços práticos conscientes, aliados a receptividade do superconsciente.
Os Crescentes talvez indiquem a necessidade de um equilíbrio entre as percepçõ es intuitivas do lado direito do cérebro e as
percepçõ es racionais do seu lado esquerdo, a fim de maximizar o potencial dessa energia planetá ria transformadora. O que é notável
sobre as variaçõ es nestes glifos de Plutã o é que todas elas se correlacionam com as várias perspectivas interpretativas do planeta,
descritas em literatura disponível em várias línguas e diferentes culturas.
Terra
Na Alquimia, o símbolo da terra corresponde a um triângulo com a ponta para baixo e tem um corte horizontal entre o
meio e sua ponta. A terra, considerada um dos quatro elementos alquímicos, tem o significado de nascimento e criação.
Ela envolve-se em várias condiçõ es de oposiçã o. É o caso da escuridão contrária à luz; do céu que simboliza o princípio
ativo, em oposição à terra, que representa o passivo.
Nesse sentido, relaciona-se com a Filosofia Chinesa no que respeita à dualidade que equilibra o mundo – yin (terra) e yang (céu). A
terra representa a mulher, e sua função é maternal. Ela é a Grande Mã e, porque dá origem.
Na Á sia e na Á frica, acredita-se que uma mulher infértil pode provocar o insucesso da atividade agrícola. Mas, se as mulheres
grávidas espalharem sementes, a colheita é pró spera.
Na Astronomia, o planeta Terra apresenta o aspecto de um círculo dividido em quatro partes. Representa a Terra cortada pela linha
do Equador e pelo meridiano de Greenwich.
Sol FOGO
Mercúrio TERRA e AR
Vênus AR e TERRA
Lua ÁGUA
Terra ÁGUA E TERRA
Marte FOGO
Júpiter FOGO
Saturno TERRA e AR
Urano TERRA
Netuno ÁGUA
Plutão FOGO
https://www.em.com.br/app/noticia/especiais/educacao/enem/2015/12/01/noticia-especial-enem,713048/a-quimica-da-vida-em-outros-planetas.shtml https://www.megacurioso.com.br/astronomia/35797-jupiter-
entenda-por-que-ele-e-o-faxineiro-do-sistema-solar.htm https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080717095458AAW25N8 https://www.somostodosum.com.br/clube/artigos/autoconhecimento/os-
quatro-elementos-30839.html http://adalbertopessoa.blogspot.com/2012/02/logica-dos-elementos-signos-e-planetas.html https://www.astrolink.com.br/artigo/os-simbolos-dos-planetas
https://www.dicionariodesimbolos.com.br/simbolo-terra/

Deuses nórdicos e os quatro elementos

O Valknut é possivelmente o principal símbolo nó rdico. É o símbolo de Odin, o deus do céu, da guerra, da
vitó ria e da riqueza.
Também chamado de “nó dos enforcados” ou “nó dos escolhidos”, é um símbolo da morte na medida em que
faz parte do culto aos mortos.
De acordo com divindade nó rdica, Odin é o responsável por fazer a passagem das almas para a vida eterna.
Esse símbolo é formado por três triângulos entrelaçados, o que pode ser interpretado como o poder da vida sobre a
morte.
Runas
As runas são letras características, usadas para escrever nas línguas germânicas da Europa do Norte,
sobretudo Escandinávia, Ilhas Britânicas e Alemanha (regiões habitadas pelos povos germânicos) desde o século
II ao XI. Tais caracteres têm sido encontrados em pedras rúnicas, e em menor número em ossos e peças de madeira,
assim como em pergaminhos e placas metálicas.

As inscrições rúnicas mais antigas datam de cerca do ano 150. O alfabeto rúnico foi sucessivamente substituído
pelo alfabeto latino, com o avanço do cristianismo na Europa Central, no século VI, e na Escandinávia, no século
XI. O alfabeto rúnico germânico primitivo tinha 24 runas, e era usado nas atuais Alemanha, Dinamarca e Suécia,
desde a época inicial. A lista ordenada das runas é conhecida como Futhark antigo (devido às suas primeiras seis
letras serem ‘F’, ‘U’ ‘Th’, ‘A’, ‘R’, e ‘K’ – ᚠᚢᚦᚨᚱᚴ), e foi usada até à Idade Média.

Na Escandinávia – Dinamarca, Suécia e Noruega, as inscrições mais antigas que se conhecem, usavam esses 24
caracteres, tendo todavia esse alfabeto inicial sido sucessivamente reduzido a apenas 16 caracteres – o Futhark
recente, também conhecido como “runas escandinavas”.

A versão anglo-saxónica, com 28 caracteres, é conhecida como Futhorc (um nome também com origem nas
primeiras letras deste alfabeto).

Contudo, o uso de runas persistiu para propó sitos especializados, principalmente na província histó rica sueca de Dalarna até ao
início do século XIX (usado  principalmente para decoração e em calendários rú nicos). Além do alfabeto, a cultura germânica antiga
possuía um calendário rú nico, cujo ano se iniciava no dia 29 de junho, representado pela runa Feob.
Runemal era a arte do uso de alfabetos rú nicos para obter respostas, como um oráculo, instrumento usado pelos iniciados nesta arte
desde o pré-cristianismo para o auto-conhecimento. Arte denominada de pagã pelo cristianismo.
Origem Mitoló gica das Runas
Contam as lendas víkings que os deuses moravam em Asgard, um lugar localizado no topo de Yggdrasil, a Árvore
(talvez a árvore do bem e do mal) que sustenta os nove mundos. Nesta árvore, o deus Odin conheceu a sua maior
provação e descobriu o mistério da sabedoria: as Runas. Alguns versos da Edda poética, um livro de poemas
compostos entre os séculos IX e XIII, contam esta aventura de Odin em algumas de suas estrofes. Esta é a criação
mítica das Runas, na qual o sacrifício de Odin (que logo depois foi ressuscitado por magia) trouxe para a humanidade
essa escrita alfabética antiga, cujas letras possuíam nomes significativos e sons também significativos, e que eram
utilizadas na poesia, nas inscrições e nas adivinhações, mas que nunca chegaram a ser uma língua falada.
Runas e os Elementos
As Runas do Aettir de Freya: Fehur, Uruz, Thurizas, Ansuz, Raido, Kano, Gebo e Wunjo sã o ligadas ao elemento terra, ao plano físico, a
materialidade.
As Runas do Aettir de Thor: Hagalaz, Nautiz, Isa, Jera, Eiwhaz, Peorth, Algiz e Sowulo estão relacionadas ao elemento gelo (ou água),
elemento sempre presente na realidade física dos povos rú nicos, que para maior facilidade interpretativa pode ser lembrado como
água, emoçõ es, auto controle, sentimentos.
As Runas do Aettir de Tyr: Teiwaz, Berkana, Ewhaz, Manaz, Laguz, Inguz, Othila e Dagaz estã o relacionadas ao elemento fogo,
iluminaçã o, espiritualidade.
O elemento ar esta disposto em diversos deuses como veremos a seguir

Elementos x deuses
Odin
A maior par te dos mitos e lendas nó rdicas coloca em evidência a figura complexa e poderosa de Odin, Alfadhir, “O Pai Supremo”
(Zeus), chefe dos outros deuses, o omnideus.
Odin era conhecido por vá rios nomes, títulos e apelidos, como Grimnir, o encapuzado; Ganglery, o andarilho; Har, o
caolho; Svipal, o que mudava de forma; Fjolnir, o que se escondia; Sigfadhir, o pai das vitórias; Galdrfadhir, o pai das
canções mágicas; Harbardr, o barbudo grisalho; Offlir, o estrangulador; Svafnir, o que adormecia os escolhidos;
Hangatyr, o Deus dos enforcados; Valfadhir, o Pai dos caídos na batalha; Svithur, o sábio; entre outros. Odin recebeu
características e aspectos diferentes, de acordo com o país em que era cultuado. Apesar de alguns autores
afirmarem que cada nome era a indicação de um deus diferente, a maior parte dos pesquisadores acredita na
existência de um único arquétipo, fosse ele chamado Wodanaz ou Wotan, na Alemanha; Wodan, na Holanda;
Woden, na Inglaterra, ou Odin, na Escandinávia. Wodanaz é o nome mais antigo contemporâneo de Thurisaz e
Teiwaz, os precursores de Thor e Tyr.
 Elementos: ar, fogo.
 Animais totêmicos: cavalo, corvo, lobo, serpente e águia (as formas nas quais se metamorfoseou para obter o
elixir da inspiração).
 Cores: azul, índigo e cinza.
 Arvores: cedro, freixo, teixo.
 Plantas: amaranto, cogumelos sagrados, mandrágora, sangue-de-dragão.
 Pedras: turquesa, esmeralda, sardônica, opala de fogo, rubi-estrela, ônix.
 Metais: ouro, prata, ferro, mercúrio.
 Símbolos: lança, espada, escudo, cajado, anel, manto azul-escuro com capuz, valknut (três triângulos
entrelaçados), nós em movimentos serpentilíneos, fylfot, a cruz de Wo tan e a suástica (símbolos quádruplos),
trefot (símbolo tríplice), bastão em forma de serpente, as estrelas Capella, Corona Borealis e a constelação Ursa
Maior.
Dia da semana: quarta-feira (antigamente chamada Wodenstag – dia de Woden, – e depois cristianizada como Mittwoch – meio da
semana).
Thor
Asa-Thor, Thunor, Donar, Donner, Punnor, Perkun (o deus do trovã o). O arquétipo desse deus tem uma certa complexidade, retratada
nos mistérios da runa Thurisaz. Seu culto é muito antigo e persistiu até o século XI. Foi considerado o principal adversário de Jesus
durante a cristianizaçã o. Os amuletos com seu símbolo sagrado – o martelo – coexistiram por longo tempo com o crucifixo, até
finalmente serem por ele substituídos. Ao contrá rio de Odin (visto como o deus dos nobres), Thor era o padroeiro dos trabalhadores
braçais, fazendeiros, viajantes, camponeses e até mesmo dos escravos.
Descrito como um deus celeste, regente do trovão e do relâmpago, Thor era muito popular e largamente
reverenciado, tendo sido encontrados mais altares e templos dedicados a ele do que a qual quer outra divindade. Ele
era o protetor dos vários aspectos da vida humana, defendia as comunidades dos cataclismos naturais, ajudava no
cultivo da terra (como filho de Jord, a Mãe Terra), criava leis, protegia os viajantes e abençoava os nascimentos, os
casamentos e os enterros. Seu mito o descreve como “defensor de Asgard”, atento às investidas dos gigantes, e
zeloso do bem-estar e da segurança das divindades. Para a humanidade, ele era o grande protetor de suas humildes
moradias e de suas colheitas contra as tempestades e o frio. Thor era invocado pelos viajantes e por todos aqueles
que juravam em seu nome, precisavam tomar uma decisão ou ganhar uma causa.
 Elementos: fogo, terra, chuva.
 Animais totêmicos: bode, touro.
 Cor: vermelho.
 Árvores: castanheira, carvalho, espinheiro.
 Plantas: barba-de-bode, cardo, tojo.
 Pedras: jaspe-sanguíneo, ágata-de-fogo, hematita, tectito, moldavita, amonite, belemnite.
 Metais: ferro, estanho.
 Símbolos: martelo, luvas, cinto, carruagem, raio, trovão, tempestade, anel de ferro, roda solar, suástica, pilar,
pregos, as estrelas Aldebaran, Antares e Rigel.
Dia da semana: quinta-feira (em alemão Donnerstag, “dia de Thor”; equivale, em inglês, a Thursday).
Loki
Loke, Lokje, Lodur (o trapaceiro, talvez similar a Hades). É a figura mais misteriosa, complexa e de difícil compreensã o do panteão
nó rdico. Tem características ambíguas, atuando ora como embusteiro ou ator cô mico em histó rias divertidas, ora como uma força
motivadora e fator catalisador de intrigas, conluios e tragédias. Em relatos mais recentes, influenciados pelos valores e dogmas
cristã os, Loki adquire características muito negativas, tornando-se uma figura demoníaca, equivalente a Lú cifer (Lukifer), em
contraposição à figura benévola e crística de Baldur.
Nas descriçõ es do historiador Snorri Sturluson, apesar da ênfase dada aos aspectos negativos, é fácil notar que Loki é um
personagem travesso, astuto, maldoso e pernicioso, mas sem ser total ou permanentemente ruim, maléfico ou perverso. Sua
ambivalência aparece nos mitos dos quais ele participa, tanto dos processos criativos (ajudando a construir o muro de defesa de
Asgard), quanto dos destrutivos (provocando a morte de Baldur e o início do Ragnarö k). Suas açõ es provocam sofrimento e prejuízos
aos deuses, como no episó dio em que ele rouba as maçãs da imortalidade, o colar de Freyja e o cinto de Thor, ou quando corta os
cabelos de Sif. Mas Loki também ajudou os deuses em vá rias ocasiõ es, como no resgate do martelo de Thor, nas aventuras de Odin e
Thor e na recuperaçã o do barco de Frey.
Mesmo que muitas das histó rias sobre sua maldade sejam complementaçõ es tardias feitas pelos escritores medievais (monges
cristã os, em sua maioria), o elemento presente em todos os mitos antigos de Loki é sua costumeira conduta como ladrão, trapaceiro,
sabotador e fofoqueiro (suas calú nias sobre as escapadas extraconjugais das deusas tinham sempre uma base real).
São essas contradições no comportamento desse companheiro temido e respeitado dos deuses, irmão de sangue de
Odin e morador de Asgard, que indicam as semelhanças de Loki com o “Trapaceiro” (Trickster) sobrenatural,
personagem comum dos mitos e das lendas dos índios norte-americanos. O trapaceiro é egoísta, traiçoeiro, invejoso;
ele aparece em histórias cômicas ou trágicas, com for mas e atributos de animais — ora como homem, ora como
mulher, podendo gerar e ter filhos. Ele costuma pregar peças nos seres humanos, embora também tenha lhes trazido
a dádiva do fogo e da luz solar (tal como Prometeu). Às vezes, é uma figura grotesca outra hilária; outras vezes, é um
herói, meio xamã ou adivinho, que ensina pela farsa ou pelo disfarce, pelas brincadeiras ou pelas armadilhas.
 Elementos: fogo (descontrolado), terra, ar, água.
 Ani mais to tê mi cos: cavalo, raposa, lobo, pulga, mosca varejeira, serpente-aquática, salmão.
 Cores: furta-cor.
 Árvores: espinhentas.
 Plantas: venenosas, alucinógenas.
 Pedras: vulcânicas e radioativas.
 Metal: chumbo.
Símbolos: fogueiras, queimadas, terremotos, incêndios, erupçõ es vulcânicas, explosõ es atô micas. Mentiras, espertezas, fraudes,
enganos, trapaças, máscaras, armadilhas, roubos, sagacidade, vingança, destruiçã o, magia negra, morte.
Frigg
Friga, Fricka, Fria, Frige, Frijja, Freke, Fraugode (a amada). Filha da deusa da terra Fjorgyn e irmã do deus Thor, Frigga herdou da mãe
as qualidades telú ricas e a sabedoria. Frigga, cujo nome significa “a amada”, era a rainha das divindades celestes e guerreiras Æsir,
esposa do deus Odin e mãe dos deuses Baldur, Bragi, Hermod, Hodur e Idunna. Apesar de sua origem telú rica, era também uma
deusa celeste; observava, de seu trono acima das nuvens, tudo o que se passava nos nove mundos e compartilhava suas visõ es com
Odin. Também supervisionava os salõ es para onde eram levadas as almas dos guerreiros protegidos por Odin. Era considerada um
modelo de fidelidade, apesar de ter sido acusada por Loki de ter vivido com os irmãos de Odin – Vili e Vé – durante sua ausência.
Alguns autores justificam o modelo de esposa virtuosa representado por Frigga afirmando que esses deuses eram simples aspectos
de Odin.
No aspecto juvenil, era a deusa da primavera – conhecida pelos anglo-saxõ es como Eostre ou Ostara – a quem eram ofertados, no
equinó cio da primavera, flores e ovos coloridos para propiciar a fertilidade e a renovação.
No aspecto maternal, Frigga era a padroeira das mulheres, dos mistérios de sangue, dos casamentos, da maternidade, da família e do
lar. Representava a percepçã o intuitiva e a sabedoria feminina, a paciência, a tolerância e a perseverança, bem como a prudência e a
lealdade.
Sua manifestação guerreira era Val-Fria, a senhora dos campos de batalha, que acompanhava o espírito dos
guerreiros a seu local de repouso. Também era a guardiã da fonte do renascimento e unia o espírito dos maridos e
das esposas devota dos e leais nos aposentos de seu palácio.
 Elementos: ar, água (névoa, nuvens).
 Animais totêmicos: falcão, garça, coruja, ganso selvagem, cegonha, pintassilgo, águia aquática, aranha,
carneiro (puxa sua carruagem), caracol, bicho-da-seda.
 Cores: cinza-prateado, azul, branco.
 Árvores: ameixeira, macieira, paineira, nogueira.
 Plantas: teixo, cânhamo, hera, linho, rainha-dos-prados, verônica.
 Pedras: âmbar, cristal de rocha, calcedônia, calcita, crisólita, safira.
 Metais: ouro, cobre.
Dia da semana: sexta-feira (junto com Freyja) e quinta-feira (junto com Thor). Nesses dias nã o se podia fiar, nem tecer. Como chefe
das matronas e guardiã das parturientes, das mães e das crianças, Frigga era reverenciada juntamente com a deusa Nerthus, na noite
de 24 de dezembro, a assim chamada Modranicht, a “Noi te da Mãe”.
Bragi
Bragar (o poeta). Filho de Odin — de quem recebeu as runas da oratória na língua e a maior par te do hidro mel da
inspiração – e de Frigga – ou Gunnlud, de pendendo da fonte -, marido da deusa Idunna, Bragi era o deus regente da
poesia. Sua função era receber os guerreiros mortos, recém-chegados aos salões de Valhalla, com poemas nos
quais enalte cia seus atos de heroísmo. Descrito como um velho com barbas brancas – apesar de ser casado com a
guardiã das maçãs da juventude -, Bragi era o padroeiro dos poetas (skalds), dos menetréis, dos músicos e dos
artistas. Antigamente, nos funerais dos reis e dos chefes guerreiros, eram feitos brindes e juramentos solenes sobre
uma taça de bebida. A taça era chamada de bragarfull, ou “A taça de Bragi”, enquanto bragarmal significava o dom
poético dado por Bragi a seus escolhidos.
 Elementos: ar, água.
 Animais totêmicos: pássaros canoros.
 Cores: branco, azul.
 Árvores: frutíferas.
 Plantas: cevada, trevo.
 Pedras: berilo, fluorita.
Símbolos: taça, harpa, brinde, poema, canção, hidromel.
Hel
Helle, Hela, Heljar (a senhora do mundo subterrâneo). Era a regente nórdica do reino subterrâneo, a senhora do
mundo dos mortos e do além (Nifelhel), cujo nome foi usado pelos missionários cristãos como sinônimo do inferno.
Mas o real significado de seu nome é “aquela que esconde ou cobre”, pois em seu rei no, formado por nove círculos,
ficavam as almas daqueles que faleciam de velhice ou doenças. Os que morriam de maneira heróica eram levados
pelas Valquírias para os salões de Freyja e de Odin, as moças solteiras iam para Gefjon e os afogados para Ægir e
Ran.
 Elementos: terra, lama, gelo.
 Animais totêmicos: corvo, égua preta, pássaro vermelho, cão, serpente.
 Cores: preto, branco, cinza, vermelho.
 Árvores: azevinho, amoreira preta, teixo.
 Plantas: cogumelos sagrados, meimendro, mandrágora.
 Pedras: ônix, azeviche, quartzo enfumaçado, fósseis.
Dia da semana: sábado.
Tyr
Tiw, Zio, Ziu, Tei, Tiuz, Dieus, Tuísco (o deus da batalha). A origem de Tyr se perde nos tempos: foi venerado sob o no me de Tiwaz ou
Teiwaz (o supremo deus celeste) pelas tribos indo-européias e depois foi adotado pelos povos nó rdicos e teutô nicos como Pai Celeste
e Senhor da Guerra.
O nome Tei, ou Ziu, tem como origem a palavra indo-européia djevs, que simbolizava “céu” ou “luz” e que também
originou o latino dieus e o grego Zeus, também uma forma antiga para ass ou oss – que, nas línguas
protogermânicas, também significava “deus”. Teiwaz, portanto, representa o deus celeste associado ao poder solar e
à luz do dia, transformado posteriormente em deus da guerra, conforme se comprova pela inscrição da palavra Teiwa
em elmos e espadas.
 Elementos: fogo, ar.
 Animais totêmicos: lobo, cão.
 Cores: vermelho-escuro, púrpura.
 Plantas: espinheiro, carvalho, verbena, zimbro, pinheiro.
 Pedras: granada, topázio, rubi, safira-estrela, diamante.
 Metais: estanho, bronze.
 Símbolos: escudo, elmo, flecha, espada, juramentos, leis, ordem, a estrela Polar e Arcturus, Sirius e as
Plêiades
Dia da semana: terça-feira.
Njord
Njordrh (o deus da riqueza). Casado primeiro com Skadhi e depois com Nerthus, pai dos gêmeos Frey e Freyja, Njord
era um deus do clã dos Vanir, por eles cedi do aos Æsir como parte do acordo que pôs fim à batalha entre eles. Seu
título esotérico era “O Irrepreensível Condutor dos Homens”. Regente do mar e dos ventos, Njord morava em Noatun,
“O recinto dos barcos”, e concedia, aos que o honravam e veneravam, abundância nas pescas, bom tempo, ventos
favoráveis e sucesso nas viagens marítimas. Ele era reverenciado ao longo do litoral da Noruega
 Elementos: água e vento.
 Animais totêmicos: aquáticos: gaivota, baleia, golfinho, peixes.
 Cores: azul, verde, cinza, índigo, violeta.
 Metais: chumbo, ouro.
 Pedras: ágata esverdeada, água-marinha, pérola, estrela-do-mar fossilizada (astéria).
 Plantas: junco, musgo, algas, plânctons.
Símbolos: barco, leme, vela (de barco), machado, tridente, anzol, rede, arado, a marca do pé descalço no campo arado (para atrair a
fertilidade), estrelas usadas na navegaçã o (Polar, Arcturus, Vega).
Freyr
Freyr, Frodhi, Fro, Yngvi, Ing (o senhor, o fértil). Filho de Nerthus e Njord, irmã o gêmeo de Freyja e marido de Gerda, Frey era o
regente de Alfheim, o reino dos elfos claros responsáveis pelo crescimento e florescimento da vegetação. Frey era um deus da
fertilidade, da abundância e da paz, cujo título era “O Senhor” (The Lord), enquanto o de Freyja era “A Senhora” (The Lady). Ele tinha
também uma simbologia solar por ser o dirigente dos elfos claros e senhor da luz.
Junto a Njord e Freyja, Frey tinha sido cedido pelos Vanir para o clã dos Æsir, como parte do tratado de paz e
colaboração que pôs fim à prolongada guerra entre as divindades. Frey era um deus extremamente benéfico para a
Natureza e a humanidade, sendo invocado para trazer tempo bom, calor, fertilidade, prosperidade e paz. Seu culto
persistiu muito tempo após a cristianização, sendo chamado de Ve raldar God, “O deus do mundo”. Outro título de
Frey era Inn Frodhi, “O fértil”; também outorgava-se o nome de Frodhi aos reis para indicar sua ligação com os
atributos do Deus. Seu equivalente na Dinamarca era Frodhi, enquanto os anglo-saxões o reverenciavam com o
nome de Ing ou Yngvi.
 Elementos: terra, água.
 Animais totêmicos: javali, cavalo, touro, alce, cervo.
 Cores: verde, dourado.
 Árvores: aveleira, nogueira, pinheiro.
 Plantas: alho-porró, alfineiro, narciso.
 Pedras: esmeralda, pedra-do-sol.
 Metais: cobre, bronze, prata.
 Dia da se ma na: sexta-feira.
Símbolos: Sol, luz, calor, espada, elmo, barco, chifres, pulseiras, carruagem, sino, elfos, colina, câmara subterrânea, emblemas de
javali, símbolos fálicos, adornos de chifres.
Skadi
Scathe, Skathi (a senhora do inverno). Deusa do inverno, dos esquis, dos trenós e da caça, Skadhi, cujo nome
significava “a sombra”, simbolizava também a morte. Era reverenciada por sua coragem, força, honra, combatividade
e resistência perante as adversidades e os desafios. Supõe-se que fizesse parte das divindades nórdicas ancestrais,
e seu nome foi escolhido para designar a Escandinávia – Skadhinauja. Filha de gigantes, Skadhi morava no palácio
Thrynheim – que herdara de seu pai – e era uma mulher extremamente bonita, conhecida como “a noiva brilhante dos
deuses”. Ela costumava aparecer envolta em peles brancas, deslizando sobre esquis e segurando um arco e flechas.
Tentou vingar a morte do pai, morto pelos deuses Æsir, mas acabou fazendo as pazes e se casando com um deles.
Skadhi cobiçava o lindo deus solar Baldur, mas, ao esco lher seu futuro marido (podia olhar apenas os pés dos
deuses) se deixou enganar pelas aparências e escolheu Njord, o deus do mar. Em breve, o casal tornou-se in
compatível por causa de suas preferências: Njord sentia falta do mar, no palácio gelado de Skadhi nas montanhas, e
ela odiava o barulho das ondas e os sons estridentes das gaivotas, na morada dele à beira-mar. Após a separação,
Skadhi casou-se com Ullr, o deus arqueiro que andava sobre esquis, regente do inverno e da morte também.
 Elementos: neve, gelo.
 Animais totêmicos: urso e raposa polar, lobo, alce, foca, leão-marinho, serpente.
 Cor: branca.
 Árvore: pinheiro.
 Pedras: obsidiana, floco-de-neve, calcedônia, opala, mármore.
 Plantas: líquens, musgo.
 Metais: prata, ferro.
Símbolos: arco-e-flecha, esquis, trenó , patins, casaco de pele com capuz, botas e luvas, floco de neve, estalactite de gelo, montanhas,
noite, inverno.
Forseti
Forsete (aquele que preside, o justo). Filho de Baldur e de Nanna, Forseti era descrito como um jovem louro,
amistoso eluminoso, parecido com o pai, que vivia em Glitnir, salão resplandecente, com pilares de ouro e telha do de
prata. Ele era responsável pela justiça feita aos deuses e aos homens, por isso era considerado o regente das leis,
dos julgamentos, das negociações, da arbitragem, da reconciliação e da paz. Seu equivalente frísio era Fosite,
reverenciado no templo da ilha de Helgoland, onde os juramentos e os acordos eram selados perto de sua fonte
sagrada. Acredita-se que Forseti significas se “Aquele que preside”, pois ele era sempre invocado nos conselhos e
nas assembléias, sendo conhecido por seu senso de justiça.
 Elemento: ar.
 Animais totêmicos: coruja.
 Cores: púrpura, dourado.
 Árvores: carvalho, nogueira.
 Plantas: cinco-folhas, dedaleira.
 Pedra: diamante.
 Metais: ouro, prata, estanho.
Símbolos: machado duplo de ouro (com duas lâminas), balança, Irminsul (o pilar có smico).
Balder
Baldur, Baldr (o brilhante, o belo, o luminoso). Filho de Odin e Frigga, marido de Nanna e pai de Forseti, Baldur é um deus misterioso
e enigmático. Há poucos indícios da existência de um culto organizado a Baldur; sua importância parece resumir-se à sua morte e
ressurreição no Ragnarö k.
No mito, ele é descrito como um deus belo e radiante, amado por todos os deuses, com exceção do invejoso Loki.
Devido aos pesadelos em que Baldur pressente a própria morte, Frigga pede a todas as cria turas sobre a Terra —
deuses, homens, animais, plantas ou minerais –  que façam um voto de não prejudicar seu filho. Frigga esqueceu-se,
no entanto, do visco: quando Loki descobriu essa omissão, ele confeccionou uma flecha de visco e a entregou a
Hodur, o irmão cego de Baldur. No teste da invulnerabilidade de Baldur, no qual todos os deuses tentaram, em vão,
feri-lo, a flecha atirada por Hodur atingiu-o mortalmente. A pedido de Frigga, o deus Hermod atravessou o rio Gjoll,
entrou no reino dos mortos e pediu à deusa Hel que deixasse Baldur voltar. Ela concordou, com a condição de que
todas as criaturas deveriam lamentar sua morte e implorar por sua volta. Mas Loki novamente interferiu; disfarçado
como avelha Thokk, recusou-se a chorar por Baldur, o que impediu sua volta para Asgard. Assim, o corpo inanimado
de Baldur foi colocado sobre a pira funerária acesa em seu próprio barco, junto ao de sua esposa, Nanna, que
morrera de dor e tristeza. Odin colocou na pira flamejante, como último presente ao filho, seu precioso anel Draupnir,
e a giganta Hyrokkin empurrou o barco para o mar. Quando os deuses descobriram que a maldade de Loki
ocasionara a morte do lindo e bondoso deus, decidiram que era chegado o momento de acabar, em definitivo, com
suas ações maléficas. Após várias manobras, conseguiram finalmente prendêlo e mantê-lo em cativeiro, até o
Ragnarök.
 Elementos: fogo, ar.
 Animais totêmicos: águia, galo, cavalo.
 Cores: amarelo, vermelho, dourado, branco.
 Árvore: acácia branca, tília.
 Plantas: camomila, dente-de-leão, girassol, hipericão.
 Pedras: âmbar, topázio, diamante, feldspato da Islândia.
 Metais: ouro, platina, prata.
 Datas de celebração: nos solstícios (Yule, de inverno, e Midsom mar, de verão).
Símbolos: luz, brilho, beleza, cavalo, escudo, roda solar, barco, pira funerária, anel.
Freya
Freyja, Frija, Frowe, Frea, Fro, Vanadis, Vanabrudr, Mardoll, Horn, Syr, Gefn (a senhora). Segundo Snorri Sturluson, Freyja era “a mais
gloriosa e brilhante” das deusas nó rdicas. Alguns autores consideravam Freyja e Frigga aspectos de uma mesma Deusa – porém, as
diferenças são ó bvias. Enquanto Frigga é a padroeira da paz e da vida do méstica e protetora da família, Freyja é a regente do amor e
da guerra, da fertilidade, da magia e da morte. Chamada de “Afrodite nó rdica”, Freyja era considerada “A Senhora” e seu irmã o Frey, “O
Senhor”, ambos invocados para atrair a fertilidade da terra e a prosperidade das pessoas.
Filha da deusa da terra Nerthus e do deus do mar Njord, Freyja fazia parte das divindades mais antigas, Vanir, e foi cedida junto com o
pai e o irmão ao clã dos Æsir, como parte do acordo firmado entre os dois clãs de deuses. Da análise de seu arquétipo, podem ser
feitas algumas comparaçõ es com deusas de outras culturas e identificadas semelhanças.
Como Perséfone, Freyja também se ausentava da terra por alguns meses, causando a queda das folhas e a chegada
do inverno.
 Elementos: fogo, água e terra.
 Animais totêmicos: gato, falcão, porca, lince, felinos, cisne, cuco, aves de rapina, doninha, javali (considerado
a metamorfose do seu amante Ottar), joaninha (“lady’s bug”).
 Cores: dourado, verde, vermelho-escuro.
 Árvores: sabugueiro, giesta, macieira, cerejeira, sorveira, tília.
 Plantas: avenca, catnip (espécie de valeriana), lady’s slip per (“sapato-de-vênus”), rosa vermelha, lágrimas-
de-nossa-senhora, mandrágora, verbena.
 Pedras: âmbar, olho-de-gato e de falcão, pedra-do-sol, esmeralda, calcopirita, granada, safira, azeviche
(chamado de “âmbar negro”).
 Metais: ouro, cobre.
Dia da semana: sexta-feira (Freitag ou Friday, dia de Freyja).
Erce
Erda (a mãe Terra). Uma antiga e quase esquecida deusa da Terra, Erce simbolizava a fertilidade e a abundância.
Para os povos nórdicos, o planeta Terra era todo o Universo, do qual dependiam suas vidas e seu sustento. Era em
função de seus ciclos que eles viviam e se movimentavam, garantindo assim sua nutrição e proteção. Os antigos
reconheciam e honravam tanto a vida quanto a morte, pois era a própria Natureza que lhes ensinava a promessa da
regeneração. Erce representava a Mãe Terra, descrita de forma semelhante a Fjorgyn e reverenciada nos plantios,
nas colheitas, na mudança das estações e nos momentos de transição da vida humana.
 Elemento: terra.
 Animais totêmicos: gado, cavalo.
 Cores: verde, amarelo, marrom, preto.
 Árvores: todas.
 Plantas: todas.
 Pedras: ágata, madeira fossilizada, azeviche.
 Metais: todos.
 Símbolos: sementes, plantio, colheita, implementos agrícolas, árvores, plantas, pedras, Roda do Ano.

Dias da Semana
Dia Alemão Inglês Sueco Origem
Segunda-feira Montag Monday Måndag dia da Lua
Terça-feira Dienstag Tuesday Tisdag dia de Tir
Quarta-feira Mittwoch Wednesda Onsdag Meio da Semana (alemão), dia de Odim (Woden ou Wotan)
y
Quinta-feira
Donnersta Thursday
Torsdag dia do trovão (alemão), dia de Tor (inglês)
g
Sexta-feira Freitag Friday Fredag dia de Freia
Sábado Samstag Saturday Lördag Sabá (alemão), dia de Saturno (inglês)
Domingo Sonntag Sunday Söndag dia do Sol
Longe de ser um fenômeno recente, os deuses da Mitologia Nórdica sempre marcaram presença na cultura ocidental,
a ponto de estarem presente em nosso dia a dia na forma dos dias da semana.
 
Tyr – Dia da semana: Tuesday (Tyr’s day): Terça-feira
Atribuiçã o: Deus do combate singular e da guerra. Era a Tyr que os guerreiros pediam proteção antes das batalhas.
Curiosidade: Talvez o menos conhecido dentre os deuses aqui listados, Tyr possuía inicialmente a mesma importância de Odin e
Thor, e é o ú nico que possui força semelhante ao conhecido Deus do Trovão Thor.
Quiçá por conta desta relevância passada ele esteja presente nos dias da semana ao invés de deuses nó rdicos mais conhecidos hoje,
como Balder e Heimdall.
Associado no Império Romano ao Deus da Guerra Marte, Tyr é particularmente conhecido por ter sido o ú nico deus com coragem
suficiente para por a mão na boca do lobo Fenrir, como garantia de que o mesmo pudesse ser acorrentado. Esse sacrifício, que o fez
perder a mã o, faz de Tyr um símbolo da gló ria imortal e a principal virtude cultivada entre os nó rdicos.
Segundo as profecias do Ragnarö k, Tyr está destinado a morrer junto com Garm, o cã o que guarda Hel, o reino dos mortos.
Odin – Dia da semana: Wednesday (Woden day / Wodnesday): Quarta-feira
Atribuiçã o: Senhor dos Deuses, Deus supremo do panteão nó rdico. Associado a vários elementos, muitos contraditó rios, como morte,
cura, poesia e conhecimento.
Curiosidade: Relacionado na cultura romana ao deus Mercú rio, Odin (ou Woden, como era chamado e Inglês antigo), assim como
qualquer outra divindade que possui sabedoria suprema, precisou demonstrar mérito e fazer sacrifícios para adquirir o saber.
Em busca da onisciência, Odin passou nove dias e nove noites trespassado por sua pró pria lança pendurado em Yggdrasil, a Á rvore
da Vida. Por isso ele também era o deus dos enforcados.
Foi durante este período que ele inventou as runas, por meio dos quais os deuses e os homens eram capazes de saber o que está alem
do tempo.
Também em busca de mais conhecimento, Odin sacrificou um dos olhos em troca da chance de beber um gole do poço do deus Mimir,
cuja água confere a quem bebe sabedoria suprema.  O olho que Odin perdeu se tornou a lua cheia.
Como arma, o Senhor dos Deuses possui a lança Gungnir, que nunca erra o alvo e sua montaria era o cavalo de oito patas Sleipnir. Ele
também possui dois corvos, Hugin e Munin que deixam Asgard, a morada dos deuses a cada manhã e retornam apenas a noite para
trazer as notícias dos nove reinos para Odin.
Profetizado a ser engolido vivo e inteiro pelo lobo Fenrir no Ragnarö k, Odin é um dos mais complexos deuses da mitologia nó rdica e
possui muitos atributos, sendo por vezes descrito como uma divindade cruel.
O escritor J. R. R. Tolkien se baseou em Odin para criar o mago Gandalf, o Cinzento.
Thor – Dia da semana: Thursday (Tor’s day): Quinta-feira
Atribuiçã o: Deus do trovã o, do clima, das plantaçõ es e protetor dos marinheiros.
Curiosidade: O mais popular dentre todos os deuses nó rdicos, Thor, filho de Odin, era a divindade a quem os escandinavos pediam
proteçã o a ponto de, antes desse povo ser convertido ao Cristianismo, usarem um pingente com a forma do martelo Mjö llnir.
Posteriormente os catequizadores aproveitaram a semelhança entre o martelo de Thor e o crucifixo cristã o para evangelizar o povo.
Na cultura romana, Thor era associado a Jupiter, que era o Senhor dos raios e trovõ es.
Thor era um deus que resolvia as coisas sempre por meio da força física e não pelo uso da inteligência. Essa imagem foi trabalhada
pelo escritor Neil Gaiman na série em quadrinhos Sandman nos anos 90 onde Thor era representado como um brutamontes sem
cérebro.
Descrito como possuidor de longas barbas e cabelos ruivos, Thor era casado com Sif, deusa da fertilidade como Freya e Frigga, e era
pai de Magni e Modi.
Atravessando os céus em sua carruagem puxada pelos bodes Tanngrisnir e Tanngnjó str Thor irá perecer no Ragnarö k defendendo
Midgard contra seu inimigo jurado, a Serpente que circunda a terra Jormungand.
Frigga – Dia da semana: Friday (Frige’s Day): Sexta-feira
Atribuiçã o: Deusa da profecia e da fertilidade.
Curiosidade: Esposa de Odin e associada no Império Romano a Vênus, Frigga é a mais importante deusa do panteã o nó rdico e se
diferencia de Freya, outra deusa da fertilidade pelo fato desta ú ltima estar ligada ao sexo selvagem, a luxuria e a lascivia, enquanto
que Frigga é o sexo romântico, ligado ao matrimô nio.
Frigga passa grande parte de seu tempo fiando nuvens coloridas. É ela que pinta de dourado as nuvens do poente e é a ú nica
divindade autorizada a sentar no trono de Odin.
Assim como outras mulheres da cultura nó rdica, Frigga era altiva e mantinha certa independência em relaçã o aos homens. Em
algumas narrativas ela trai Odin com os irmã os do senhor dos deuses, Vili e Ve.
Pontos Cardeais
Os pontos cardeais tem o seus nomes inspirados nos quatro anões que seguram a cúpula celestial, criada a partir do
crânio de Ymir, sendo eles Nordri (Norte), Sudri (Sul), Austri (Leste) e Vestri (Oeste).
A Mitologia
Na mitologia Nó rdica, se acreditava que a terra era formada por um enorme disco liso. Asgard, onde os deuses viviam, se situava no
centro do disco e poderia ser alcançado somente atravessando um enorme arco-íris (a ponte de Bifrost). Os gigantes viviam em um
domicílio equivalente chamado Jotunheim (Casa dos Gigantes). Uma enorme ábade no subsolo escuro e frio formava o Helheim, que
era governada pela deusa Hela. Este era a moradia eventual da maioria dos mortos. Situado em algum lugar no sul ficava o reino
impetuoso de Musphelhein, repouso dos gigantes do fogo. Outros reinos adicionais da mitologia nó rdica incluem o Alfheim, repouso
dos elfos luminosos (Ljó sálfar), Svartalfheim, repouso dos elfos escuros, e Nidavellir, as minas dos anõ es. Entre Asgard e Niflheim
estava Midgard, o mundo dos homens.
Não há uma clara definição sobre quais seriam os mundos da mitologia nórdica, pois muitos se sobrepõem e vários
nomes são utilizados, designando, normalmente, o mesmo lugar. Diferentemente de outras culturas mitológicas, na
nórdica não há uma clara definição sobre os lugares que, às vezes, são separados por mares ou oceanos, não
constituindo mundos separados na acepção da palavra. Deste modo, podemos verificar a existência de nove mundos,
conhecidos como os Nove Mundos da Mitologia Nórdica, que podem ser considerados os principais:
 Godheim ( Asgard, Ásgarðr), mundo do Æsir
 Mannheim (Midgard, Miðgarðr), mundo dos homens e trolls
 Jotunheim (Utgard,Jötunheimr), mundo dos gigantes e gigantes de gelo (ambos Jotuns)
 Vanaheim (Vanaheimr), mundo dos Vanir
 Alfheim (Álflheimr), mundo do elfos claros
 Musphelhein , mundo dos gigantes de fogo
 Svartalfheim (Nidavellir), mundo dos elfos negros ( svartálfar ) e dos anões
 Hel (local) , mundo dos mortos
 Niflheim , mundo da névoa e frio
imagens: revista superinteressante
Outros clãs de seres sobrenaturais
O Æsir e o Vanir são geralmente inimigos dos gigantes Jotuns (Eotenas ou Entas, em inglês arcaico). Estes são comparáveis aos Titãs
e aos Gigantes da mitologia grega e traduzidos geralmente como “gigantes”, embora trolls e demô nios sejam sugeridos como
alternativas apropriadas. Entretanto, os Æsir sã o descendentes dos Iotnar e tanto os Æsir como os Vanir realizaram diversos
casamentos entre eles. Alguns dos gigantes são mencionados pelo nome no Edas, e parecem ser representaçõ es de forças naturais.
Há dois tipos gerais de gigante: gigantes da neve e gigantes do fogo. Havia também elfos e anõ es e, apesar de seu papel na mitologia
ser bastante obscuro, normalmente são apresentados tomando o partido dos deuses.
Além destes, há muitos outros seres supernaturais: Fenris (ou Fenrir) o lobo gigantesco, e Jormungard, a serpente do mar que circula
o mundo inteiro (tal como oroboros). Estes dois monstros sã o descritos como primogênitos de Ló ki, o deus da mentira, e de um
gigante. Hugin e Munin (pensamento e memó ria), são criaturas mais benevolentes, representadas por dois corvos que mantêm Odim,
o deus principal, informado do que está acontecendo na terra; Ratatosk, o esquilo que atua como mensageiro entre os deuses e
Yggdrasil, a árvore da vida, figura central na concepçã o deste mundo.
Assim como muitas outras religiõ es politeístas, esta mitologia nã o apresenta o característico dualismo entre o bem e o mal da
tradição do oriente médio. Assim, Ló qui não é primeiramente um adversário dos deuses, embora se comporte frequentemente nas
histó rias como o adversário primoroso contra o protagonista Thor, e os gigantes não sã o fundamentalmente malignos, apesar de
normalmente rudes e incivilizados. O dualismo que existe nã o é o mal contra o bem, mas a ordem contra o caos. Os deuses
representam a ordem e a estrutura visto que os gigantes e os monstros representam o caos e a desordem.
Vö luspá: a origem e o final do mundo
A origem e o final eventual do mundo são descritas em Vö luspá (“A profecia dos Vö lva” ou “A profecia de Sibila”), um dos poemas mais
impressionantes no Edda poético. Estes versos assombrados contêm uma das mais vívidas criaçõ es em toda a histó ria religiosa e
representa a destruiçã o do mundo, cuja originalidade está na sua atenção aos detalhes.
No Vö luspá, Odim, deus principal do panteã o dos nó rdicos, conjura do espírito de um Vö lva morto (xamã ou sibila) e requer que este
espírito revele o passado e o futuro. O espírito se mostra relutante: “O que você pede de mim? Porque você me tenta?”; mas como ela
se encontra morta, nã o mostra nenhum medo de Odim, e continuamente o pergunta, de forma grosseira: “Bem, você quer saber
mais?” Mas Odim insiste: se deve cumprir sua função como o rei dos deuses, deve possuir todo o conhecimento. Uma vez que o Sibila
revela os segredos de passado e de futuro, cai para trás em forma de limbo: “Eu dissiparei agora”.
O passado
No início havia somente o mundo das névoas, Niflheim e o mundo de fogo, Musphelhein, e entre eles havia o Ginungagap, “um grande
vazio” no qual nada vivia. Em Ginungagap, o fogo e a névoa se encontraram formando um enorme bloco de gelo. Como o fogo de
Musphelhein era muito forte e eterno, o gelo foi derretendo até surgir a forma de um gigante primordial, Ymir, que dormiu durante
muitas eras. O seu suor deu origem aos primeiros gigantes. E do gelo também surgiu uma vaca gigante, Audumbla, cujo leite jorrava
de suas tetas primordiais em forma de 4 grandes rios que alimentavam Ymir. A vaca lambeu o gelo e libertou o primeiro deus, Buro,
que foi pai de Borr, que por sua vez foi pai do primeiro Æsir, Odim, e seus irmãos, Vili e Vé. Então, os filhos de Borr, Odim, Vili e Ve,
destroçaram o corpo de Ymir e, a partir deste, criaram o mundo. De seus ossos e dentes surgiram as rochas e as montanhas e de seu
cérebro surgiram as nuvens.
Os deuses regularam a passagem dos dias e noites, assim como das estaçõ es. Os primeiros seres humanos eram Ask (carvalho) e
Embla (olmo), que foram esculpidos em madeira e trazidos à vida pelos deuses Odim, Honir/Vili e Lodur/Ve. Sol era a deusa do sol,
filha de Mundilfari e esposa de Glen. Todo dia, ela montava através do céu em sua carruagem puxada por dois cavalos nomeados
Alsvid e Arvak. Esta passagem é conhecida como Alfrodul, que significa “gló ria dos elfos”, que se tornou um kenning comum para o
sol. Sol era perseguida durante o dia por Skoll, um lobo que queria devorá-la. Os eclipses solares significavam que Skoll quase a
capturava. Na mitologia, era fato que Skoll eventualmente conseguia capturar Sol e a devorava; entretanto, a mesma era substituída
por sua filha. O irmão de Sol, a lua, Máni, era perseguido por Hati, um outro lobo. Na mitologia nó rdica, a terra era protegida do calor
do sol por Svalin, que permanecia entre a terra e a estrela. Nas crenças nó rdicas, o sol não fornecia luz, que emanava da juba de
Alsvid e Arvak.
A Sibila descreve a enorme árvore que sustenta os nove mundos, Yggdrasil e as três Nornas (símbolos femininos da fé inexorável,
conhecidas como Urðr (Urdar), Verðandi (Verdante) e Skuld, que indicam o passado, a atualidade e futuro), as quais tecem as linhas
do destino. Descreve também a guerra inicial entre o Æsir e o Vanir e o assassinato de Balder. Então, o espírito gira sua atenção ao
futuro.
O futuro
A visão antiga dos nórdicos sobre o futuro é notavelmente sombria e pálida. No final, as forças do caos serão
superiores em número e força aos guardiões divinos e humanos da ordem. Lóqui e suas crianças monstruosas
explodirão suas uniões; os mortos deixarão Niflheim para atacar a vida. Heimdall, guardião das divindades,
convocará os deuses com o soar de sua trombeta de chifre. Se seguirá uma batalha final entre ordem e caos
(Ragnarök), que os deuses perderão, como é seu destino. Os deuses, cientes de sua sina, recolherão os guerreiros
mais finos, o Einherjar, para lutar em seu lado quando este dia vier. No entanto, no final, seus poderes serão
pequenos para impedir que o mundo caia no caos onde ele se emergiu, e os deuses e seu mundo serão destruídos.
Odim será engolido por Fenrir, o lobo. Mesmo assim, ainda haverá alguns sobreviventes, humanos e divinos, que
povoarão um mundo novo, para começar um novo ciclo. Ou assim Sibila nos diz; os estudiosos ainda se dividem na
interpretação das últimas estrofes e deixam em dúvida se esta não foi uma adição atrasada ao mito por causa da
influência cristã. Se a referência for anterior a cristianização, o mito do final dos tempos do Völuspá pode refletir uma
tradição indo-europeia que se deriva dos mitos do zoroastrismo persa.
Mistérios Nórdicos – Mirella Faur
https://pt.wikipedia.org/wiki/Runas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_n%C3%B3rdica
http://fantasticursos.com/voce-conhece-os-4-deuses-nordicos/
http://templodopensarsoturno.blogspot.com/2011/09/runas-separando-as-runas-por-elementos.html
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-sao-os-principais-deuses-nordicos/

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