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Plutão está tão longe da Terra que é difícil conseguir qualquer tipo de informação precisa
sobre o planeta anão. Mas ele finalmente será menos misterioso dentro de alguns anos, já
que a sonda New
Horizons da NASA
deve fazer um voo
rasante sobre o planeta
em julho de 2015. Será
a primeira vez em que
uma sonda visita o
mundo distante.
Enquanto a visita a
Plutão não acontece,
conheça cinco fatos
estranhos sobre o ex-
nono planeta de nosso
sistema solar:
Plutão tem uma órbita extremamente elíptica, que não está no mesmo plano das órbitas dos
oito planetas oficias. Em média, o planeta anão dá a volta em volto do sol a uma distância
de 5,87 bilhões de quilômetros, completando um circuito em 248 anos.
O estranho caminho vai fazer com que, em alguns anos, a órbita de Plutão se sobreponha a
de Netuno. Isso traz Plutão mais perto da Terra do que Netuno, o oitavo planeta do sistema
solar. Mas não se preocupe, os dois planetas não vão colidir.
03 – Planeta gelado
Plutão é um dos lugares mais frios no sistema solar, principalmente por estar tão longe do
sol. As temperaturas da superfície oscilam em torno de -225° C. Os cientistas acreditam
que o planeta anão é composto por 70% de rocha e 30% de gelo. A superfície é coberta
predominantemente com nitrogênio congelado.
Quando Plutão for visto de perto, poderemos descobrir se existe um gigante oceano
subterrâneo e pistas que expliquem a geologia ou a química da superfície gelada.
Plutão tem quatro luas conhecidas: Caronte, Nix, Hydra e um minúsculo satélite recém-
descoberto chamado de P4 – por enquanto ao menos, já que seu nome oficial pode acabar
sendo Cérbero. Enquanto Nix, Hydra e P4 são relativamente pequenos, Caronte tem cerca
de metade do tamanho de Plutão.
Por causa do tamanho de Caronte, alguns astrônomos tratam Plutão e Caronte como um
planeta anão duplo, ou um sistema binário – os dois corpos sempre apresentam a mesma
face um para o outro à medida que orbitam um centro comum de massa localizado em
algum lugar entre eles.
05 – Ar aparente
Apesar de ser menor do que a lua da Terra, o planeta anão conseguiu segurar uma fina
atmosfera – composta principalmente de monóxido de nitrogênio, metano e carbono – que
se estende a 3 mil quilômetros para o espaço.
Fonte: Space
Impactos da Terra podem levar vida a outros mundos com mais frequência
do que o esperado
Os impactos de energia mais alta levam detritos a Júpiter, que abriga duas luas que podem
ser passíveis de vida.
Os cientistas fizeram as maiores simulações até agora, cada uma com mais de 10.000
partículas sendo ejetadas da superfície da Terra. Cada uma das cinco simulações de
impactos considerou diferentes forças, com as partículas disparando em velocidades cada
vez maiores.
A questão que fica é se algum impacto realmente transportaria carga viva que pode cumprir
a hipótese da “panspermia”.
Fonte: BBC
Os mistérios de Urano
Junto com Netuno, Urano é considerado um “gigante de gelo”, uma classe de planetas
distinta dos maiores Júpiter e Saturno, que são gigantes gasosos. Embora o hidrogênio e o
hélio formem grande parte de Urano, além da significativa quantidade de água, o metano e
a amônia congelados dão ao planeta uma cor diferente.
A humanidade não conhecia muito sobre Urano até a sonda Voyager 2 observar mais
atentamente o planeta em 1986. Por enquanto, nenhuma outra missão de retorno é esperada.
Até voltarmos ao planeta gelado, alguns grandes mistérios ainda continuarão sem respostas
concretas. Confira abaixo:
Rotação incomum
Os planetas e o sol têm uma rotação parecida, já que todos eles giram sobre um eixo mais
ou menos no mesmo plano. Mas Urano é uma exceção. Ele tem uma inclinação axial de 98
graus, o que significa que os pólos “norte” e “sul” do planeta são encontrados onde seria o
equador da Terra. Parece que Urano foi simplesmente derrubado para os lados.
Aprender mais sobre o interior de Urano, que ao contrário de outros planetas não se adapta
a qualquer modelo simples, e comparar ele com Netuno poderia ajudar a desvendar esse
mistério. Isso porque pode haver indícios ou evidências da composição estrutural interior
de Urano que comprovem que o planeta realmente sofreu um impacto gigante no passado.
Intrigantemente, Urano irradia pouco ou nenhum calor para o espaço, outra coisa que o
torna único entre os planetas do sistema solar. Os planetas normalmente têm sobras de calor
dentro deles, derivadas de seu processo de formação. O interior da Terra, por exemplo,
permanece quente e derretido.
O mesmo impacto planetário que mudou o eixo de rotação de Urano pode também explicar
sua aparente falta de calor interno. Se um corpo gigante realmente atingiu Urano, esse
impacto pode ter despertado o interior do planeta. Isso teria levado o material quente para
perto da superfície, tornando o planeta frio mais rapidamente.
A segunda hipótese é que o fluxo de calor normal do interior quente para a superfície mais
fria, chamada de convecção, não esteja funcionando corretamente. Se esse for o caso, os
cientistas ainda não conhecem a estrutura interior de Urano o suficiente para saber em que
região a convecção estaria sendo inibida.
Não muito tempo depois que o sistema solar se formou, as interações gravitacionais
cumulativas de pequenos planetesimais começaram a mover Saturno, Urano e Netuno para
cada vez mais longe. A estimativa é que esses planetas tenham dobrado ou triplicado as
suas distâncias do sol.
Por sua vez, essa mudança de massa do sistema solar limpou a maior parte dos detritos
remanescentes da gênese do sistema solar. Um grande número de corpos gelados
provavelmente foi arremessado em direção à Terra durante o “intenso bombardeio tardio”,
que começou 4,1 bilhões de anos atrás. A partir dele, água e material orgânico foi
depositado em nosso planeta – criando o cenário perfeito para o desenvolvimento da vida.
Descobrir a história de Urano e como ele influenciou nosso planeta também é desvendar a
possibilidade de vida em outros sistemas solares. De acordo com dados da sonda Kepler da
NASA, os gigantes de gelo podem ser o tipo mais comum de planeta na galáxia.
Uma teoria por trás da confusão geológica de Miranda sugere que gelo é fluido do interior
da lua e talvez seja aquecido pela gravitação de Urano e outras luas, que empurram o gelo
através da superfície. Outra teoria sustenta que a lua foi quebrada várias vezes e depois se
reuniu novamente, criando suas características irregulares e manchas.
No universo que abrange mais de um bilhão de anos-luz, as distâncias não podem ser
medidas com uma régua. Para julgar o quão longe os objetos estão, os astrônomos precisam
de objetos de referência com propriedades já conhecidas – como certos tipos de corpos
celestes que surgem após explosões de estrelas, conhecidas como supernovas.
Esses eventos podem ser divididos em duas categorias: um envolve uma única anã branca e
sua vítima. O outro envolve duas anãs brancas, que destroem uma a outra. A nova pesquisa
quer saber quão comum uma versão de uma anã branca solitária do tipo 1 de supernova
pode ser.
Quando duas anãs brancas estão orbitando uma a outra e a menor se move para muito perto,
ela é quase inteiramente dilacerada, criando um disco que orbita a companheira destruidora.
Quase imediatamente o disco cai sobre a estrela restante, empurrando-a acima do limite da
massa crítica e provocando uma explosão.
Mas quando a segunda estrela de um par não é uma anã branca, as coisas acontecem mais
devagar. As estrelas não ficam tão próximas e as forças conseguem afastar apenas a parte
gasosa do lado mais próximo da segunda estrela. A anã branca se alimenta do material até
que ela finalmente atinja a massa crítica e exploda como uma supernova.
É esse material que interessa aos astrônomos. Quando a estrela destruída é uma anã branca,
o material é rapidamente consumido, mas quando não é, os traços do gás permanecem
mesmo após a explosão.
Josh Simon, do Instituto Carnegie, explicou que esse evento pode ajudar a determinar
distâncias no universo. “Se você sabe que uma lâmpada é de 60 watts, você pode descobrir
o quão longe a luz está de você, medindo o quão brilhante ela se parece” diz ele.
Os Mistério de Netuno
Netuno está a bilhões de quilômetros de distância do sol, cerca de 30 vezes mais longe do
sol do que a Terra. Ou seja, estudar esse planeta gelado não é nada fácil. Netuno está à
beira da nossa capacidade de detecção com telescópios terrestres.
O único olhar mais próximo que já tivemos de Netuno foi ao final dos anos 80, com a nave
Voyager 2. A investigação feita com essa nave espacial nos revelou muitos dos mistérios
do planeta – e nos trouxe novas questões a desvendar – que você confere abaixo:
Atmosfera hiperativa
Os astrônomos esperavam que Netuno fosse um mundo chato, sem grandes diferenças de
tempo – apenas mais um planeta gelado e pacato. Mas, ao invés, disso, a nave Voyager
mostrou que Netuno tem uma atmosfera turbulenta, com ondulações mais leves de nuvens e
tempestades violentas – incluindo a Grande Mancha Escura, que tinha quase o tamanho da
Terra.
Os ventos mais rápidos já registrados no sistema solar ocorreram em Netuno, com cerca de
2,1 mil quilômetros por hora.
O que conduz essa atividade meteorológica colossal parece ser o calor interno de Netuno,
que possivelmente é mais quente do que Urano. Relativamente falando, é claro, pois os
planetas gelados estão na faixa de -215°C.
O que fornece as fontes de calor de Netuno possivelmente inclui os restos de calor interno
da formação do planeta e a decadência de elementos radioativos.
Anéis fracos
Netuno, assim como os planetas gigantes Júpiter, Saturno e Urano, tem um sistema de
anéis. Mas ao invés de estruturas semelhantes com bambolês, os anéis são pedaços tênues e
empoeirados.
Por serem fracos e pouco visíveis, acreditava-se que eles eram incompletos, o que foi
desmentido por imagens da nave Voyager. Influências gravitacionais das pequenas luas
podem causar a irregularidade dos anéis.
Ninguém esperava que esses campos magnéticos deslocados do centro do planeta seriam
inclinados a ângulos loucos, pelo menos em nossa visão terrestre.
A melhor teoria proposta é a de que o campo magnético não é gerado no núcleo de Netuno,
como é na Terra, Júpiter e outros planetas. Em vez disso, o campo emana de uma camada
eletricamente condutora entre o núcleo e a superfície.
Lua do contra
Das 13 luas de Netuno, Tritão é de longe a maior, e a única grande o suficiente para ser
esférica. O mais estranho é que Tritão tem uma órbita “do contra”, que gira na direção
oposta das outras luas e do próprio planeta. Além disso, a órbita tem um ângulo atípico para
satélites.
Essas características sugerem que Tritão não se formou em torno de Saturno. Ao invés
disso, a gravidade do planeta deve ter capturado a lua rebelde, que deve ter pertencido ao
cinturão de Kuiper. Tritão também tem um intrigante terreno irregular, com textura
parecida com a de um melão.
Segundo o geneticista Craig Venter, formas de vida fabricadas pelo homem, usando CO2,
estão em obras.
Venter e sua equipe, que fizeram manchetes no ano passado por criar o primeiro organismo
sintético do mundo, estão tentando criar células que podem usar o dióxido de carbono
atmosférico para fazer comida, combustível, plásticos e outros produtos.
Esta capacidade,
obviamente, teria
implicações enormes
aqui na Terra. Mas não
só nesse mundo: a
habilidade também
poderia ajudar a tornar
Marte, cuja fina
atmosfera é
principalmente feita de
dióxido de carbono,
um lugar mais
habitável. “Esses tipos
de processos nos
permitem fazer quase
qualquer coisa
necessária lá, desde
que o ambiente seja de
CO2″, disse Venter.
“A criação de formas de vida novas poderia ajudar a resolver alguns dos problemas
fundamentais do mundo, como fornecimento suficiente de energia, alimentos, água potável
e medicamentos”, argumenta Venter.
Venter afirmou que sua prioridade é exatamente essa: utilizar a vida sintética para ajudar a
resolver esses grandes problemas na Terra. Nosso planeta, afinal, deve adicionar sua sétima
bilionésima pessoa em apenas alguns meses, e o crescimento da população não vai parar
por aí.
Para alcançar esse objetivo, a empresa de Venter, Synthetic Genomics, está tentando
desenvolver algas sintéticas que produzem biocombustíveis de forma barata e eficiente.
Porém, Venter diz que os benefícios da vida sintética não tem que ser restritos ao nosso
planeta. Enquanto organismos artificialmente feitos poderiam ajudar a conter a maré de
mudanças climáticas aqui na Terra, em Marte eles poderiam fornecer os blocos de
construção de vida, utilizando matérias-primas da própria atmosfera do Planeta Vermelho.
Seria interessante, não? Ou assustador? Segundo a equipe de Venter, tudo é possível.
Um buraco negro tecnicamente suga tudo ao seu redor – deixar escapar qualquer coisa não
é algo que se vê todo dia. Mas a sua força pode enfraquecer lentamente, se o universo tiver
dimensões extras, não conhecidas, algo que os pulsares poderiam nos ajudar a descobrir.
Os cientistas acreditam que buracos negros perdem massa ao longo do tempo por causa das
partículas que emitem, um fenômeno chamado radiação Hawking.
Sem dimensões extras, este processo está previsto para ser dolorosamente lento para
buracos negros gigantes, que pesam algumas vezes mais do que o sol, tornando qualquer
medição impossível.
Um pulsar em órbita de um buraco negro poderia revelar essa distância. Isso porque o tipo
de radiação que os buracos negros emitem variaria um pouco, dependendo do tamanho da
estrela em órbita.
Se o distanciamento puder ser provado, muito provavelmente a teoria das cordas também.
Fonte: NewScientist
Um novo estudo demonstrou que a lua pode ser 200 milhões de anos mais nova do que se
pensava. Os mistérios da origem da lua se tornaram ainda mais obscuros agora, pois os
cientistas acreditam que o satélite pode ter surgido de outra forma ou evoluído de maneira
muito diferente do que se teorizou.
Atualmente, a teoria vigente é a de que a lua se formou há 4,5 bilhões de anos, como
resultado de um choque titânico entre um objeto do tamanho de Marte e a Terra. Muitos
pesquisadores sugerem que a crosta fundida da lua se solidificou depois de apenas alguns
milhões de anos, mas nem todos acreditam que ela teria se resfriado rapidamente.
Para saber mais sobre o surgimento da lua, cientistas investigaram amostras de rochas
coletadas na lua em 1972 pela missão Apollo 16. Eles se concentraram no anortosito
ferroso, que se acredita ser o mais antigo tipo de rocha lunar.
Os pesquisadores determinaram a idade do anortosito ferroso e descobriram que essas
rochas lunares foram cristalizadas 4,36 bilhões de anos atrás, bem depois da época em que
se acreditava que a lua tivesse sido formada. Isso significa que a lua pode ser
significativamente mais jovem do que os pesquisadores acreditavam, ou a noção
predominante do resfriamento global de magma pode estar errada.
Um grupo diferente de cientistas sugeriu recentemente que a Terra já teve uma segunda lua
que se fundiu com a nossa única atual. “Este cenário pode ter sido responsável pelas
variações de idade aparente do anortosito ferroso”, afirma o cientista Lars Borg.
Essa ideia, defendida por astrônomos de duas universidades britânicas, é por enquanto
apenas uma hipótese. Basicamente, parte de uma teoria chamada de “inflação eterna”. Após
o Big Bang, houve diferença na expansão do espaço-tempo (escala física usada para medir
eventos espaciais) em lugares diferentes. Ou seja, cada fragmento de universo teria nascido
de acordo com suas próprias leis físicas que regem o tempo e o espaço.
O que dá suporte a essa teoria, mais recentemente, é o estudo da radiação cósmica de fundo
(CMB, na sigla em inglês). Essa radiação, que aparece no universo na frequência mais alta
possível de microondas, deixa marcas no espaço-tempo. Segundo a teoria dos vários
universos, essas marcas foram deixadas após a colisão dos vários universos ao longo de
suas existências. Nosso próprio universo, portanto, poderia já ter colidido com um ou mais
“vizinhos”.
Para que se possa entender esse mecanismo, os cientistas britânicos fizeram uma
comparação com bolhas de sabão. Imagine que cada bolha de sabão é um universo, com
suas próprias leis físicas de espaço-tempo. Quando duas bolhas de sabão encostam uma na
outra, a área em que elas se tocam torna-se circular. Da mesma maneira, quando dois
universos colidem, a radiação CMB resultante do choque também toma forma circular.
Essa radiação circular, dessa forma, seria um sinal claro de que dois universos colidiram
naquele ponto.
A parte prática desse estudo, medida a partir de um algoritmo criado pelos astrônomos, teve
um resultado que agradou em parte os cientistas.
De fato, foi possível observar a incidência de CMB circulares em certas áreas do espaço,
que foram marcadas como indicativos dessa teoria. Não se conseguiu, entretanto, definir
um padrão para o aparecimento dessas CMB, que continuam parecendo aleatórias.
Um argumento, mais lógico do que propriamente físico, é usado pelos defensores da teoria.
Segundo eles, o nosso universo é exatamente “desenhado” para que se possa haver vida, já
que a harmonia entre constantes como a gravidade e a velocidade da luz permite isso. Seria
muita coincidência, segundo eles, que em um único universo houvesse exatamente essas
condições.
O que se buscará a partir de agora, portanto, é ordenar as observações para fortalecer essa
teoria. Um satélite da Agência Europeia Espacial, chamado Planck, está no espaço desde
2009, e em 2013 deverá ter respostas mais detalhadas sobre a nova teoria.
O planeta em questão
é um gigante do
tamanho de Júpiter,
conhecido como
TrES-2b. A sonda
Kepler o detectou
rondando uma estrela
amarela, parecida
com o sol, chamada
GSC 03549-02811
cerca de 750 anos-luz
de distância, na
direção da
constelação de Draco.
Os pesquisadores
descobriram que o
gigante de gás reflete
menos de 1% da luz
solar que cai sobre
ele, tornando-o mais
escuro do que
qualquer outro
planeta ou lua visto
até agora.
Júpiter tem nuvens que refletem mais de um terço da luz solar que o alcança, mas TrES-2b,
aparentemente, não tem nuvens reflexivas. Ele é superaquecido, com uma atmosfera de
mais de 980 graus Celsius por uma estrela apenas 5 milhões de quilômetros de distância
dele.
“Ele não é completamente escuro. É tão quente que emite um brilho vermelho fraco, como
uma brasa”, diz o coautor do estudo, David Spiegel.
Os pesquisadores propõem que substâncias químicas que absorvem luz, como sódio
vaporizado ou potássio na atmosfera do planeta poderiam ajudar a explicar porque ele é tão
escuro. Ainda assim, nada disso pode explicar por que o mundo é tão sombrio. “Há uma
boa chance de ser por causa de um produto químico que ainda não pensamos”, diz Kipping.
Os astrônomos pensam que TrES-2b está “preso” à sua estrela, como a nossa lua, de tal
forma que um lado do planeta enfrenta sempre a estrela. Isto o levaria a mudar de fases,
uma vez que orbita a sua estrela, assim como nossa lua, fazendo com que o brilho total dos
dois varie um pouco ao longo do tempo.
Os cientistas dizem que, apesar de TrES-2b, atualmente, ser o planeta mais escuro
conhecido, mundos semelhantes, sem dúvida, esperam para ser descobertos. Por enquanto,
os resultados reforçam a ideia de que nosso sistema solar pode não ser tão típico como se
pensava, com uma extraordinária variedade de mundos.
A missão Kepler continua até 2012. Novas investigações em mais de 1.200 possíveis
mundos poderiam transformar-se em outros planetas invulgarmente escuros.
O espaço ao redor de Saturno é muito movimentado. Além dos anéis gigantes do planeta,
mais de 60 luas orbitam Saturno – algumas delas orbitam até mesmo dentro dos anéis. No
geral, o grupo de satélites de Saturno é intrigante, mas alguns deles se destacam ainda mais.
Os segredos de Titã
A mais famosa lua de Saturno sem dúvidas é Titã. Ela é a segunda maior lua do sistema
solar, perdendo apenas para o satélite Ganímedes, de Júpiter. Titã tem várias
particularidades. A primeira é que ela é a única lua que possui uma atmosfera densa; a
segunda é que é o único lugar além da Terra que tem líquido estável em sua superfície.
Ao invés de água, é o etano e o metano que preenchem os lagos e mares de Titã – esses
dois elementos existem como gases na Terra, mas são líquidos na temperatura ambiente de
Titã, -179 °C. As chuvas de metano em Titã são muito parecidas com as de água em nosso
planeta, corroendo as montanhas da lua e criando rios parecidos com canais.
Existem elementos químicos orgânicos na atmosfera, solo e lagos de Titã, o que sugere vida
nas áreas marinhas, que poderiam se alimentar desses compostos.
Em muitos aspectos, Titã se assemelha com uma Terra primitiva congelada. Os cientistas
esperam desvendar o funcionamento do clima e da geologia de Titã, aprendendo mais sobre
o nosso próprio planeta.
Outra esquisitice orbitando Saturno: Jápeto. Essa lua tem hemisférios em cores diferentes –
um iluminado, o outro na escuridão – e uma cadeia montanhosa com cerca de 10
quilômetros, em grande parte do equador do satélite.
O hemisfério escuro é possivelmente resultado de vários fatores. Uma lua mais distante,
chamada de Phoebe, poderia ter escurecido parte de Jápeto. No hemisfério escurecido, o
gelo não teria evaporado e, ao longo do tempo, esse efeito térmico teria levado a lua a ter
dois tons.
Um vôo de 2008 da Cassini sugeriu a presença de três finos anéis na lua Reia. No entanto,
em observações posteriores, nenhum sinal visual dos anéis foi observado. Reia tem ou não
anéis? Essa é uma resposta que os cientistas ainda não sabem, mas talvez a Cassini ajude a
desvendar.
Astrônomos descobriram três pequenos planetas gelados que orbitam o sol perto de Plutão,
nos confins do sistema solar. Os três corpos são grandes o suficiente para serem
arredondados devido a suas próprias gravidades, o que os caracteriza como “planetas
anões”, assim como o nosso velho conhecido Plutão.
Os cientistas descobriram também outros onze novos objetos celestes durante a pesquisa no
Cinturão de Kuiper – o anel de corpos gelados além de Netuno. Os outros objetos não são
considerados planetas anões por serem muito pequenos, provavelmente pedaços irregulares
de gelo ou rocha.
Assim, Plutão foi rebaixado a planeta anão, uma classificação que partilha com os gelados
Éris, Haumea e Makemake, e com o gigante asteroide Ceres. Estes são os únicos cinco
planetas anões oficialmente reconhecidos no momento, apesar de outras centenas ou
mesmo milhares poderem existir.
Os três planetas anões encontrados parecem ter mais de 400 quilômetros de largura. A nova
pesquisa não encontrou nenhum objeto tão grande quanto Plutão ou Éris, que têm cerca de
2.300 quilômetros de largura – por enquanto, ele ainda são os reis da área do Cinturão de
Kuiper.
O Sedna ainda é um mistério, mas sua descoberta prova que pode haver vários objetos
celestes parecidos por aí. Objetos ainda maiores do que o Sedna podem orbitar em torno do
sol, e indetectados. Sem dúvidas, ainda há muito sobre planetas anões a se descobrir.
A Segue 1 orbita a Via Láctea e tem um pequeno grupo de cerca de mil estrelas, pouco
perceptíveis. Enquanto a maioria dessas estrelas parece ter quase a massa do sol, a galáxia
como um todo pesa 600 mil vezes mais do que nosso astro rei. Isso significa que a massa
comum das estrelas é amplamente superada pela da matéria escura.
Os astrônomos observaram a Segue 1 com o telescópio Keck II, no Havaí. A galáxia anã
tem massa 3,4 mil vezes maior do que pode ser explicado observando apenas suas estrelas
visíveis. Em outras palavras, ela é como uma enorme nuvem de matéria escura salpicada de
estrelas.
A Segue 1 é interessante não apenas por causa de sua natureza sombria, mas também
porque ela tem uma coleção de estrelas quase primordiais.
Uma maneira de saber há quanto tempo uma estrela foi formada é a partir de seu conteúdo
de elemento pesado, que pode ser observado a partir dos comprimentos de onda de luz
emitidos por uma estrela.
As estrelas muito velhas ou primitivas surgiram quando o universo era jovem e algumas
grandes estrelas tinham crescido o suficiente para se fundir com átomos leves como
hidrogênio e hélio, e com elementos pesados, como ferro e oxigênio. Essas estrelas antigas
se formaram a partir de nuvens de gases primordiais, com pouca quantidade de elementos
pesados.
Os pesquisadores conseguiram coletar dados sobre o ferro de seis estrelas de Segue 1 com o
telescópio Keck II, e uma sétima estrela foi medida por uma equipe australiana que utilizou
um telescópio no Chile. A pesquisa sugeriu que três dessas estrelas são algumas das mais
antigas conhecidas.
A matéria escura, invisível, nunca foi detectada diretamente, mas os cientistas acham que
ela existe com base na força gravitacional que ela exerce sobre o resto do universo.
Cientistas fazem uma descoberta empolgante: uma faixa fina de partículas de antimatéria,
chamadas antiprótons, envolvendo a Terra.
Esse flagra inédito confirma o trabalho teórico que prevê que o campo magnético da Terra
pode “capturar” antimatéria.
Os antiprótons
foram vistos pelo
satélite Pamela
(uma sigla em
inglês que
significa, em
português, ‘carga
paga para
exploração de
antimatéria e
astrofísica de
núcleos leves’),
lançado em 2006
para estudar a
natureza das
partículas de alta
energia do sol e de
além do nosso sistema solar, os chamados raios cósmicos.
A equipe diz que um pequeno número de antiprótons está “preso” entre matéria normal
também presa dos cinturões de Van Allen. Segundo os pesquisadores, lá pode haver o
suficiente para implementar uma nova tecnologia que utilize antimatéria para abastecer
futuras naves espaciais.
Partículas de raios cósmicos podem bater em moléculas que compõem a atmosfera da
Terra, criando chuveiros de partículas. Muitas das partículas de raios cósmicos, ou “filhas”
de partículas que eles criam, são apanhadas nos cinturões de Van Allen, regiões em forma
de rosquinha onde o campo magnético da Terra as prende.
A nova análise mostra que, quando Pamela passa por uma região chamada Anomalia
Magnética do Atlântico Sul, vê milhares de vezes mais antiprótons do que seria esperado
pelo decaimento normal de partículas, ou em outras partes do cosmos.
Segundo os cientistas, isso é uma evidência que as faixas de antiprótons, análogas aos
cinturões de Van Allen, seguram a antimatéria no lugar – pelo menos até que ela encontre a
matéria normal da atmosfera, e se “aniquile” em um flash de luz.
“Antiprótons capturados podem ser perdidos nas interações com elementos atmosféricos,
especialmente em baixas altitudes, onde a aniquilação torna-se o principal mecanismo de
perda. Acima de altitudes de várias centenas de quilômetros, a taxa de perda é
significativamente mais baixa, permitindo uma grande oferta de antiprótons”, explica
Bruno.
O cientista disse que, além de confirmar o trabalho teórico que há muito previu a existência
dessas faixas de antimatéria, as partículas podem também se tornar uma nova fonte de
combustível para futuras naves espaciais, uma ideia explorada pela NASA.
Uma nova teoria sugere que a Terra já teve duas luas. A lua menor teria “morrido” em uma
colisão em câmera lenta com sua irmã maior.
Os cientistas acreditam que a colisão poderia explicar a misteriosa montanha do lado escuro
da nossa lua. A velocidade relativamente lenta do acidente foi crucial para a adição de
material no hemisfério lunar raramente visível.
Os pesquisadores
esperam que os dados de
duas missões da NASA
comprovem ou
contestem a teoria no
próximo ano.
Durante décadas,
cientistas vêm tentando
entender por que o lado
próximo da lua – o
visível da Terra – é
plano e sem crateras,
enquanto o lado escuro,
raramente visto, é cheio
de crateras e tem cadeias
de montanhas superiores
a 3.000 metros.
O estudo mais recente propõe uma solução diferente: uma série de colisões cósmicas.
Os pesquisadores afirmam que a Terra foi atingida cerca de quatro bilhões de anos atrás por
um outro planeta do tamanho de Marte. Essa hipótese sugere que os detritos resultantes
eventualmente se fundiram para formar a nossa lua.
Mas os cientistas dizem que um outro corpo lunar, menor, pode ter se formado do mesmo
material e ter ficado preso em uma força gravitacional – um cabo de guerra entre a Terra e a
lua maior.
Depois de ficar milhões de anos “presa”, a lua menor embarcou em uma rota de colisão
com a sua irmã mais velha, chocando-se com ela a uma velocidade de menos de três
quilômetros por segundo, mais lenta do que a velocidade do som em rochas.
“Foi uma colisão suave, inferior à velocidade do som – isso é importante porque significa
que não houve choques enormes ou fusões e derretimentos”, explica o líder do estudo,
Martin Jutzi.
No momento da colisão, a maior lua tinha um “oceano de magma” com uma crosta fina na
parte superior. Assim, os cientistas argumentam que o impacto teria levado ao acúmulo de
material sobre a crosta lunar, e também redistribuído o magma subjacente ao lado mais
visível da lua, uma ideia apoiada por observações feitas pela NASA.
Especialistas notam que o novo estudo demonstra plausibilidade, em vez de provas, mas
levanta uma possibilidade legítima de que um impacto gigante na Terra provocou mais de
uma lua.
Os pesquisadores acreditam que uma forma de provar sua teoria é comparar seus modelos
com a estrutura interna detalhada da lua que será obtida por uma nave da NASA em breve.
Eles também esperam um mapeamento de alta resolução que deve realizado no próximo
ano.
Jutzi disse que sua equipe prefere colocar as mãos em amostras do lado escuro da lua para
provar sua teoria, e que, no futuro, eles esperam um retorno de amostra ou uma missão
tripulada para lá para poder comprovar melhor a nova ideia.
Agora sim os astrônomos podem respirar aliviados: pela primeira vez, foram descobertas
moléculas de oxigênio no espaço, depois de uma busca de quase 230 anos.
As moléculas
foram
detectadas
pelo
Telescópio
Herschel, em
uma missão
da Agência
Espacial
Europeia
(ESA). Elas
foram
encontradas
em uma
região de
formação
estelar na
nebulosa de
Órion, cerca
de 1.500
anos-luz da
Terra.
Átomos individuais de oxigênio (chamados de oxigênio atômico) são comuns no espaço,
particularmente em torno de estrelas. Mas o oxigênio molecular, que é formado por dois
átomos de oxigênio ligados, e que constitui cerca de 20% do ar que respiramos na Terra,
nunca tinha sido detectado.
O gás oxigênio foi descoberto na década de 1770, mas só agora – mais de dois séculos
depois – os astrônomos puderam afirmar que essa molécula simples existe no espaço. As
moléculas não foram encontradas em grandes quantidades, e ainda não se sabe o que há de
tão especial nos pontos em que é possível encontrá-las.
Astrônomos sugerem que as moléculas estavam presas dentro de minúsculos grãos de gelo,
que se aqueceram após a formação das estrelas, liberando água que foi convertida em
oxigênio.
“O Herschel está provando ser uma ferramenta poderosa para investigar este mistério sem
solução. O observatório oferece aos astrônomos um poderoso meio de olhar para todo um
novo conjunto de comprimentos de onda que revelam onde o oxigênio pode estar
escondido”, afirma Bill Danchi, cientista da NASA.
Os Mistérios de Saturno
Embora outros três gigantes gasosos do nosso sistema solar – Júpiter, Urano e Netuno –
também tenham anéis, nenhum deles é tão denso, espesso e surpreendente quanto os de
Saturno.
Isso porque os cientistas ainda não têm a certeza de quando os anéis foram formados e
quanto tempo eles podem durar. As duas teorias mais aceitas são que os anéis surgiram a
partir da destruição de uma lua do planeta, causada pela gravidade de Saturno ou em uma
colisão com outro corpo, ou então os anéis surgiram a partir de restos antigos da formação
de Saturno.
Tempestades enfurecidas
Os astrônomos têm observado essas grandes tempestades a cada 30 anos terrestres. Isso
significa que o evento ocorre a cada ano em Saturno, o que sugere algum tipo de conexão
com as tempestades sazonais.
A origem da fonte de energia para estas tempestades ainda são desconhecidas. Mas é
conhecido que elas têm muita energia e podem ter algo a dizer sobre a grande diferença do
funcionamento das atmosferas em cada planeta.
No início da década de 80, a sonda Voyage avistou nuvens de formato hexagonal acima do
pólo norte de Saturno, e a nave Cassini tem seguido esse fenômeno meteorológico nos
últimos anos. O formato estranho chama a atenção, e seu tamanho também: o hexágono
poderia suportar quatro planetas Terra dentro dele.
Medir a duração do dia em Saturno – ou em qualquer outro gigante gasoso – não é uma
tarefa fácil. Ao contrário dos planetas com bases sólidas e pontos de referência, os padrões
de nuvens em planetas gasosos não representam, necessariamente, o giro interno do seu
núcleo.
Para compensar isso, os cientistas registram o ritmo do planeta a partir das emissões de
rádio que são geradas naturalmente por ele. Essa técnica funcionou bem para Júpiter, mas
as medições da sonda Cassini em 2004 indicaram um dia com misteriosos 6 minutos lá, o
que obviamente não era possível.
Mais tarde, pesquisas descobriram que o campo magnético de Saturno produz sinais de
rádio, mas eles não ficam em sintonia com a rotação do planeta. Depois de percebida a
falha, cientistas conseguiram dados razoavelmente precisos de que o dia em Saturno dura
10 horas, 32 minutos e 35 segundos. A margem de erro pode ser de até quatro dias de um
ano para o outro.
Segundo um novo estudo, uma lua gelada de Saturno está regando seu planeta de origem,
criando um halo enorme de vapor de água.
A descoberta
significa que a
Enceladus, a
sexta maior lua
de Saturno, é a
única lua do
sistema solar
conhecida por
influenciar a
composição
química de seu
planeta-mãe. Isso
também resolve
um mistério de
14 anos que
intrigava os
cientistas: qual a
fonte da água na
atmosfera de
Saturno.
Os astrônomos já
sabiam que a
atmosfera de
Saturno tinha
traços de água
gasosa em suas camadas mais profundas, mas a presença de água na atmosfera superior do
planeta era um mistério. O fenômeno foi primeiramente relatado em 1997, mas até agora, a
fonte da água era desconhecida.
Enceladus tem uma superfície frígida de gelo, mas seu interior é ativo, especialmente em
seu pólo sul. Nesta região dinâmica, a atividade geotérmica está concentrada em quatro
trincheiras que são apelidados de “listras de tigre”, por causa de suas marcas na superfície.
Essas fissuras, que tem cerca de 130 quilômetros de comprimento e 2 de largura, formam
géiseres (aquelas erupções de água) que expelem vapor no espaço.
Os pesquisadores estimam que cerca de 3 a 5% da água expelida pela lua acaba caindo
sobre Saturno. Enquanto a maioria da chuva de Enceladus é perdida no espaço, congela nos
anéis de Saturno, ou cai sobre outras luas do planeta, a quantidade que atinge Saturno é
suficiente para explicar a água em sua atmosfera superior.
Análises da Agência Espacial Europeia revelaram que esta água cria um anel de vapor de
água em torno de Saturno. A largura total desse anel é mais de 10 vezes o raio de Saturno.
A órbita elíptica da Enceladus significa que a distância da lua de Saturno varia à medida
que ela viaja ao redor do planeta. Observações indicam que os constantes jatos de vapor
reabastecem o anel ao longo de sua órbita.
Apesar do tamanho do anel, ele não havia sido detectado até agora porque o vapor de água
é transparente. Sintonizados com comprimentos de onda infravermelhas, equipamentos
permitiram que ele fosse detectado.
Não há como comparar esse comportamento com a Terra. Segundo os pesquisadores, não
há quantidades significativas de água do espaço entrando na nossa atmosfera; isso é
exclusividade de Saturno