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MICROCEFALIA:

Informações que você precisa


ter!!!
Fevereiro - 2016

Direitos reservados ao NANAP – Fevereiro de 2016


Quem Somos

a. Nanap (Núcleo de Avaliação Neuropsicológica e Acompanhamento


Psicoterapêutico Ltda - http://www.nanap.com.br): Inaugurado em 2000,
o NANAP tem se dedicado à avaliação neuropsicológica e ao
acompanhamento psicoterapêutico de crianças, adolescentes, adultos e
idosos. Como um centro de estudos e pesquisa, tem contribuído
também com a formação de profissionais de Psicologia e de Educação,
através da oferta de cursos no campo da Psicoterapia e da Avaliação
(Neuro)Psicológica, grupos de estudo e formação de professores e
assessoria escolar, envolvendo questões relacionadas às
dificuldades/transtornos de aprendizagem e ao (neuro)desenvolvimento
infantil.

b. Eliana Almeida: Psicóloga Clínica e Bacharel em Psicologia (UFPE).


Mestre em Psicologia Cognitiva (UFPE). Especialista em Neuropsicologia
Clínica. Sócia fundadora do NANAP. Idealizadora do projeto do 1º
Congresso Nacional de Microcefalia (online).
Microcefalia: Cenário Atual

Desde Agosto/2015 estamos vivenciando uma nítida alteração do


padrão de ocorrência de registro de casos de Microcefalia em recém-
nascidos no Brasil, o que agrava muito as condições de saúde
pública na medida em que compromete a qualidade de vida das
crianças e das famílias
Microcefalia: Tipos de Microcefalia

A microcefalia é a redução do perímetro cefálico que acontece


em decorrência de fatores que determinam o fechamento prematuro
da moleira (fontanela) e das suturas que ficam entre as placas
ósseas do crânio. A depender da natureza destes fatores, pode ser
classificada como:

a. Microcefalia Primária: Quando fatores Genéticos ou


Congênitos determinam esse fechamento até o sétimo mês de
gestação.

b. Microcefalia Secundária: Quando outros fatores determinam


esse fechamento prematuro na fase final da gravidez (após o 7º mês)
ou após o nascimento.
Microcefalia: Causas Primárias

3. Etiologia – Microcefalia Primária – Genética e Congênita

 Diabetes materna mal controlada;


 Hipotiroidismo materno;
 Pré-eclâmpsia;
 Insuficiência placentária e outros fatores associados à restrição do crescimento
fetal;
 Anomalias genéticas;
 Exposição a radiação de bombas atômicas;
 Consumo abusivo de álcool e/ou exposição a drogas durante a gravidez (tais como
aminopterina, metil-mercúrio, piriproxifeno, cocaína, heroína);
 Infecções durante a gravidez, especialmente rubéola, citomegalovírus,
toxoplasmose e Zika vírus.
Microcefalia: Causas Secundárias

3. Etiologia – Microcefalia Secundária – Fase Final da Gestação


ou Pós-Natal

 Má-formação do metabolismo;
 Infecções intra-craniais (encefalite e meningite);
 Intoxicação por cobre;
 Hipotireoidismo infantil;
 Anemia crônica infantil;
 Traumas disruptivos (como AVC);
 Insuficiência renal crônica
Microcefalia e Zika Vírus

3. Etiologia dos altos índices de Microcefalia no Brasil

Segundo Coordenações e Secretarias do Ministério da Saúde,


Especialistas e Representantes da Secretarias de Saúde dos Estados,
Municípios e do Distrito Federal, apesar dos estudos serem ainda
muito recentes, existem evidências que correlacionam esse aumento
epidêmico da Microcefalia com o vírus Zika (transmitido pelo
mosquito aedes aegypti).

Quando causada por quadros infecciosos, como no caso do Zika


Vírus, por exemplo, a alteração é agravada pela destruição do tecido
cerebral e por calcificações em uma parte específica do cérebro, os
ventrículos.
Microcefalia: Diagnóstico

No pré-natal através da ultrassonografia morfológica;

No momento do nascimento – perímetro cefálico;

No cotidiano familiar – Dificuldade na amamentação e na alimentação,


espasticidade (distúrbio muscular que casa rigidez) e convulsões.
Microcefalia: Aleitamento Materno

O Aleitamento Materno deve ser garantido desde o primeiro


momento, sendo ele a estratégia que isoladamente mais previne
mortes infantis, além de promover saúde física, mental e psíquica da
mulher que amamenta.
Segundo o Ministério da Saúde, a identificação do vírus Zika na
urina, leite materno, saliva e sêmen pode ter efeito prático apenas no
diagnóstico da doença, não se demonstrando que essas vias sejam
importantes para a transmissão do vírus para outra pessoa.
Estudos realizados na Polinésia Francesa não identificaram a
replicação do vírus em amostras do leite, indicando a presença de
fragmentos do vírus que não seriam capazes de produzir doença.
No caso de identificação no sêmen, ocorreu apenas um caso descrito
nos Estados Unidos da América e a doença não pode ser classificada
como sexualmente transmissível, e também não há descrição de
transmissão por saliva.
Microcefalia: Quadro Clínico

Microcefalia (também conhecida com Nanocefalia) não é uma


doença. É uma quadro clínico caracterizado pela má formação do
encéfalo (estrutura neurológica composta pelo cérebro, tronco
cerebral e cerebelo). A má formação é tanto do crescimento do
cérebro quanto das dimensões do perímetro encefálico apresenta-se
menor do que o esperado para o sexo e a idade.
O diagnóstico de Microcefalia, por si só, não significa que vai haver
comprometimento mental ou motor. É possível haver diminuição do
perímetro encefálico e preservação do funcionamento cognitivo,
sobretudo se a microcefalia for de origem familiar. Mas é raro. O
mais comum é que o diagnóstico seja acompanhado de algumas
alterações.
Microcefalia: Principais Comprometimentos

01. Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e da fala;

02. Déficit Intelectual;

03. Comprometimento das funções sensitivas (audição e visão)

04. Distorções Faciais

05. Nanismo ou Baixa Estatura


Microcefalia: Principais Comprometimentos

06. Hiperatividade (que não se confunde com o TDAH);

07. Crises Convulsivas;

08. Dificuldades de Coordenação e Equilíbrio

09. Alterações Neurológicas

10.
Microcefalia

A criança com Microcefalia poderá precisar de cuidados durante


toda a vida, mas isso só é confirmado após o primeiro ano de vida e
irá depender muito do quanto o cérebro conseguiu se desenvolver e
de que áreas do cérebro estão mais comprometidas.
Todas essas condições dependem do grau de acometimento do tecido
cerebral afetado durante o desenvolvimento.
Crianças que foram diagnosticadas ainda na gestação geralmente
são as que tem mais limitações, enquanto que as crianças que foram
diagnosticadas com microcefalia após o nascimento tem maiores
possibilidade de se desenvolverem melhor.
Microcefalia: Tratamento

Sobre o Tratamento, a Microcefalia não tem um tratamento


específico, pois as intervenções dependem das características do
comprometimento.
O acompanhamento ideal é realizado por uma equipe
multidisciplinar e é direcionado para as áreas de comprometimento.

 Neurologista/Neuropediatra
 Fonoaudiólogo
 Fisioterapeuta
 Psicólogo
 Terapeuta Ocupacional
 Psicopedagogo
 Outras especialidades médicas (a depender do comprometimento)
 Técnico em Enfermagem (a depender do comprometimento)
Microcefalia: Educação Inclusiva

O Decreto no. 7.611 de 2011 dispõe sobre a Educação Especial, o


Atendimento Educacional especializado e dá outras providências. Uma
das diretrizes da Educação Especial é garantir um sistema
educacional inclusivo em todos os níveis, sem discriminação e com
base na igualdade de oportunidades.

Como os níveis de comprometimento são muito variados, não é


possível se definir padrões educacionais fixos. O importante nestes
casos é reconhecer, antes de qualquer coisa, o direito e a necessidade
destas crianças de cursar uma escola normal. Garantir que este
direito seja respeitado e buscar compreender quais são as suas
necessidades individuais e respeitá-las em seu processo de
desenvolvimento.

http://www.crechesegura.com.br/escola-inclusiva-o-aluno-com-microcefalia-o-que-a-escola-pode-
fazer/
Microcefalia: Educação Inclusiva

Escolas e Creches são espaços legítimos de promoção de


desenvolvimento e tem como grande desafio a inclusão de todas as
crianças com necessidades especiais. Mas essa inclusão precisa ser
efetiva.

Temos, diante deste cenário, um desafio ainda maior na medida em


que essas crianças hoje diagnosticadas, em número muito maior do
que é esperado para estes casos, irão precisar e muito dos espaços de
promoção de desenvolvimento que lhe forem de direito.

http://www.crechesegura.com.br/escola-inclusiva-o-aluno-com-microcefalia-o-que-a-escola-pode-
fazer/
Microcefalia e Zika Vírus

Embora a legislação seja clara, ainda há muito o que fazer para que
as Escolas possam acolher os alunos com necessidades especiais.
Por exemplo, somos ainda muito carentes em:

 Recursos humanos (por exemplo, vontade política e qualificação


inicial e continuada dos educadores);
 Materiais adequados e de infraestrutura (estrutura física inclusiva
e recursos adaptados)
1º Congresso Nacional de Microcefalia

O Congresso Nacional de Microcefalia foi idealizado com o objetivo de


prestar assistência às famílias de crianças com microcefalia. Estamos
vivenciando um momento muito delicado no país e no mundo, com uma
epidemia gravíssima e que está preocupando também governantes de
muitos outros países.

Essas famílias, fragilizadas pela falta de esclarecimento e de suporte


social para as suas necessidades, estão precisando de todo o apoio
possível.

Esta iniciativa, juntamente com muitas outras, tem por objetivo somar,
contribuindo de forma direta e indireta para a promoção do
desenvolvimento destas crianças. Pretendemos que também esse
congresso se constitua como fonte de informação e de transformação na
vida não somente das crianças, mas das famílias e dos especialistas que
desejam ajudar mas não se sentem preparados para fazê-lo.
09 a 15/05/2016
Online e Gratuito!!!

www.congressomicrocefalia.com.br
Facebook.com/congressonacionaldemicrocefalia/
contato@congressomicrocefalia.com.br
www.nanap.com.br
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nanap.psi@gmail.com
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NANAP – Rua Bernardino Soares Silva, n. 70, Sala 301 –


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Fevereiro - 2016

NANAP – Rua Bernardino Soares Silva, n. 70, Sala 301 –

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