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A Estratégia Do Oceano Azul
A Estratégia Do Oceano Azul
Vale lembrar que o oceano azul nasce a partir da observação de lacunas no oceano
vermelho, embora seja possível, é claro, ir muito além das fronteiras setoriais
existentes! Outro ponto importante: no livro, os próprios autores reconhecem que o
oceano vermelho é importante e nunca deixará de existir. Todavia, é insustentável
apenas construir novos negócios nos mesmos mercados sem que a oferta supere a
demanda, gerando um colapso.
Um adendo: desbravar novos mercados não é fácil. Além de ser duro alcançar o
oceano azul, a partir do momento em que um modelo de negócio é copiado, ele começa
a fazer parte do oceano vermelho. No entanto, mesmo que nem todas as empresas
consigam encontrar um oceano azul ou permanecer muito tempo nele, esse conceito
pode ajudá-las a pensar em inovações disruptivas, que apoiem a geração de novos
resultados.
Inovação de valor
A inovação de valor é a base da criação de novos mercados. No livro, Kim e
Mauborgne a chamam de pedra angular da estratégia do oceano azul. De acordo com
os pesquisadores, as empresas que estão no oceano vermelho adotam uma abordagem
convencional, pois apenas jogam as regras do jogo. Por outro lado, empresas que estão
no oceano vermelho adotam uma lógica estratégica diferente, chamada de inovação de
valor, ou seja, elas criam as suas próprias regras após um cauteloso entendimento do
que gera valor ao cliente.
Engana-se quem pensa que a inovação significa apenas adotar novas tecnologias,
aproximando-se de um cenário futurista e cibernético. Como diriam Kim e Mauborgne:
“a inovação de valor ocorre apenas quando as empresas
alinham inovação com utilidade, com preço e com ganhos de custo”. Ou seja, não
adianta lançar um novo produto superlegal e tecnológico se os consumidores não
conseguirem enxergar os benefícios de obtê-lo.
Outro ponto que constitui a inovação de valor é que o valor gerado deve ser percebido
tanto pelo cliente como pela empresa. Para isso, devem ser utilizadas
— simultaneamente — as estratégias de diferenciação e baixo custo. Enquanto as
empresas que estão no oceano vermelho normalmente investem apenas em uma ou outra
estratégia, empresas do oceano azul trabalham com as duas em paralelo, afinal, é
essa soma de vantagens que compõe a base da vantagem competitiva de empresas
inovadoras.
E qual seria o segredo para começar a operar no oceano azul, tal como fez Laliberté
com seu Cirque du Soleil? Acompanhe!