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Estamos vivendo uma era atípica, momento este pelo qual

nos deixamos enganar ou nos enganamos sobre a lei do esforço


mínimo. Queremos tudo “para ontem” e aquilo que requer
investimento de tempo nos decepciona e acabamos deixando de
lado.
Aproveitando-se desse ponto fraco, a grande maioria das
empresas de marketing nos bombardeia com propagandas que
prometem aprendizado de um segundo idioma em semanas,
fluência em meses e várias outras promessas incríveis.
Caso esteja procurando uma fórmula mágica que faça você
aprender um novo idioma sem esforço algum, aqui vem um balde
de água fria: você só consegue resultado em um segundo idioma
investindo seu tempo em prática e mais prática.
Se simplesmente deixarmos de dedicar tempo para aprender
um segundo idioma, é praticamente impossível aprendermos,
infelizmente isso dificilmente é mencionado em propagandas.
Esse é o principal motivo que me fez escrever esse ebook e
disponibilizá-lo gratuitamente.
Aprender um idioma é desenvolver uma nova habilidade:
comunicar-se naturalmente utilizando uma língua diferente da
sua, e só conseguiremos desenvolver uma nova habilidade
investindo tempo e prática para executá-la sem pensar ou “no
automático”.
Para conseguirmos chegar nesse estado em um idioma,
precisamos fazer com que uma informação seja mantida em nossa
memória de longo prazo.
Nosso cérebro dispõe de duas memórias: a de curto prazo e a
de longo prazo. A memória de curto prazo é extremamente
seletiva e não dá tanta importância para todas as informações que
vemos diariamente como, por exemplo, para lembrar qual foi a
primeira palavra desse parágrafo você precisa voltar até o começo
dele, caso contrário dificilmente se lembraria.
Isso acontece com tudo o que vemos ou vivemos durante
todo o dia, vamos relembrar apenas 3% (três porcento) de tudo o
que nos aconteceu. É daí que vem aquela famosa frase “não
lembro nem o que eu comi no almoço”.
Conseguimos acessar e nos recordar com muito mais
facilidade desses 3% que são gravados em nossa memória de
longo prazo. Ainda é desconhecida quantidade exata de memória
que conseguimos armazenar.
Quando estamos aprendendo ou desenvolvendo uma nova
habilidade é extremamente necessário que toda a informação
aprendida durante o dia faça parte desses 3% que serão salvos em
nossa memória de longo prazo.
De acordo com a PNL (Programação Neuro Linguística),
existem duas maneiras simples de fazermos uma informação ser
gravada em nossa memória de longo prazo: através da EMOÇÃO
ou da REPETIÇÃO.
Se você costuma variar suas refeições na hora do jantar,
dificilmente conseguirá se lembrar do que comeu na quarta-feira
da semana passada, porém, facilmente, conseguirá recordar quais
alimentos você consumiu durante a ceia de natal.
Como é possível se lembrar de algo que comeu há meses e
difícil de lembrar o que comeu recentemente?
Na ceia de natal havia muita emoção envolvida, por isso é
uma informação que sua memória de curto prazo validou como
importante e enviou para sua memória de longo prazo, tornando a
mesma facilmente acessível.

Provavelmente em algum momento da sua vida você já


ouviu uma música com um refrão repetitivo e ela grudou na sua
cabeça, ficando extremamente difícil de esquecê-la durante dias,
mesmo tendo ouvido apenas uma ou duas vezes.
Esse é o poder da repetição, mais uma vez sua memória de
curto prazo informou a sua memória de longo prazo que aquela
informação seria importante e fundamental para algo, por isso
você a relembra por tanto tempo.
Portanto, para aprendermos algo e realmente criarmos uma
memória de longo prazo, precisamos trabalhar uma emoção muito
forte quando estivermos estudando ou desenvolvermos o hábito
da repetição.
Focando nesses conceitos, durante os próximos capítulos
vou te explicar várias técnicas que utilizadas de maneira correta,
te ajudarão a criar hábitos de estudos que trarão resultados
fantásticos.
Geralmente, quando entro em uma conversa sobre
aprendizagem com alguém, gosto de exemplificar utilizando
exercícios físicos pelo fato de que se queremos ter resultado,
precisamos trabalhar nossos músculos.
Com isso em mente, aqui vai uma simples analogia:
Se formos até a academia e ficarmos meses apenas ouvindo
palestras e aprendendo como devemos treinar e qual a
necessidade de treinarmos corretamente, qual será nosso
resultado?
Nenhum! No começo isso faz sentido, afinal, precisamos
aprender como fazer os exercícios corretamente para obtermos os
melhores resultados. Mas se fizermos apenas isso, será impossível
desenvolver qualquer músculo.
Isso é tão lógico que parece até ser bobo estar utilizando
como exemplo. Você deve estar se perguntando: “quem em sã
consciência iria até uma academia e ficaria fazendo só isso?”
Porém, é exatamente o que fazemos quando estamos
estudando um idioma. Ao invés de passarmos mais tempo
exercitando a língua que estamos aprendendo, normalmente,
ficamos ouvindo explicações e mais explicações.
Dessa maneira iremos, apenas, entender uma regra, uma
estrutura ou um vocabulário, mas entender é diferente de
conseguir utilizar.
É basicamente impossível desenvolvemos a habilidade de se
comunicar em um segundo idioma somente falando sobre ele,
para realmente trabalharmos naturalmente com o idioma que
estamos estudando, é extremamente necessário exercitá-lo.
É por isso que devemos investir a maior parte do nosso
tempo na prática da língua e menos tempo em explicações e mais
explicações.
Agora, quanto tempo devemos investir? Para responder essa
pergunta, vamos a mais uma analogia:
Se formos para uma academia e treinarmos cinco horas em
apenas um dia, qual será o resultado?
Catastrófico! No dia seguinte dificilmente conseguiremos
mexer um músculo sem sentir dor e a nossa disposição para
retornar aos treinos será quase nula. Por isso, é de conhecimento
comum que ao invés de passarmos horas e horas dentro de uma
academia, é muito mais saudável e trará mais resultados se
dividirmos essa prática em pequenas porções durante a semana.
O mesmo acontece quando estamos aprendendo um novo
idioma, ao invés de investirmos horas e horas em apenas um dia,
o mais adequado é dividirmos a prática durante a semana, ou
melhor ainda, durante o dia.
Para ser mais específico, praticarmos três vezes ao dia o
mesmo conteúdo. Estudarmos assim que levantarmos, revisarmos
na hora do almoço e, por fim, mais uma revisão antes de irmos
dormir.
Quando acordamos, nossa memória de curto prazo está vazia
e pronta para encarar mais um dia de várias atividades, portanto,
se apresentamos um conceito novo e praticarmos ele durante esse
momento, a assimilação e retenção será mais fácil.
No momento em que revermos essa informação na hora do
almoço, estaremos reativando uma memória que já havia sido
descartada por nossa memória de curto prazo, afinal, desde que
acordamos até a hora do almoço, fomos expostos a várias
situações diferentes que precisaram de nosso foco para serem
resolvidas, entretanto, quando reativamos essa memória, nosso
cérebro começa a entender que essa informação é importante.
Depois disso, novamente voltaremos a nossa rotina e
comparado a tudo que precisamos fazer durante o dia, essa
memória será descartada novamente, afinal devemos focar nossa
atenção na escola, faculdade, trabalho, família e em todas as
outras situações que passamos todos os dias. É por isso que
revisar à noite é extremamente importante, pois ao fazermos isso,
nosso cérebro será exposto novamente a uma informação que já
havia passado pela memória de curto prazo duas vezes durante o
mesmo dia. Com essas três práticas, ele entenderá que essa
informação é importante e que ele precisa mantê-la.
Dessa maneira, tudo que você aprendeu durante o dia
anterior estará “na ponta da língua” no dia seguinte, ou seja, você
terá retido um conteúdo e conseguirá acessá-lo com mais
facilidade e também terá disposição para praticar novamente.
Entender e traduzir são coisas completamente distintas, e
para entender algo no idioma que estamos estudando, precisamos
treinar nosso ouvido.
Por exemplo: aprendemos a palavra SHOULD /ʃʊd/
(deveria), apenas ouvindo uma explicação de como utilizá-la. De
fato, aprenderemos algo, entretanto, ao ouvirmos a música Should
I stay or should I go da banda The Clash, ficaremos nos
perguntando o que raios é SHURAI?
Por isso, é extremamente importante treinarmos nosso
ouvido, acredito eu que essa seja a habilidade mais importante
para o aprendizado de um novo idioma, porque ela vai impactar
diretamente em nossos resultados como alunos.
Afinal, quando o som se torna natural e passamos a entender
os padrões e formações das frases quando são faladas,
conseguiremos entender o que está sendo dito.
Outro exemplo: podemos aprender como utilizar o verbo TO
BE /tə ˈbiː/ (ser/estar), e aprender também a palavra WRONG
/rɒŋ/ (errado), mas ao ouvirmos a música Am I Wrong dos
cantores Nico & Vinz, novamente, por termos falhado em treinar
nossos ouvidos, ficaremos nos perguntando por que eles estão
falando MARROM?
Nos dois exemplos citados, a tradução era possível mesmo
assim a compreensão não funcionou, agora você deve estar se
perguntando: mas por que isso acontece?
Normalmente a maioria dos materiais disponíveis para
estudar inglês ficam explicando apenas regras e mais regras,
como deve ser a forma correta de utilizar e qual deve ser a
estrutura seguida. Isso nos cria a impressão de que vamos ser
capazes de falar o idioma apenas se soubermos usar com maestria
as “regras” que nos foram passadas.
Caso contrário estaremos falando inglês incorretamente, mas
na caminhada do aprendizado precisamos ter algo em mente:
“Do mesmo modo que cometemos erros no português um
nativo de qualquer idioma também cometerá erros falando sua
língua nativa.”
Portanto focar todo o seu tempo em aprender o correto e
decorar regras e mais regras, vai apenas atrasar seu aprendizado,
digo isso pois a maior parte do tempo que você investe
entendendo uma estrutura teria um resultado extremamente maior
se fosse investido na prática da mesma.
Se nesse ebook eu focasse simplesmente em te explicar
todas as regras gramaticais do inglês, você teria a falsa sensação
de aprendizado, afinal seria possível entender um conceito,
entretanto o fato de entender não significa que você consegue
aplicar e utilizar tudo o que foi te passado.
Afinal, como já foi esclarecido no capítulo anterior, o
desenvolvimento de uma habilidade requer investimento de
tempo.
Algo que precisamos evitar quando estamos estudando um
segundo idioma é aprender palavras e estruturas isoladas, focando
única e exclusivamente em tradução.
É isso que nos faz passar anos estudando inglês na escola e
terminarmos o colegial com dúvidas no incrível verbo TO BE /tə
ˈbiː/ (ser/estar), afinal na escola apenas aprendemos verbos e
estruturas fora de um contexto.
Por exemplo, se simplesmente aprendermos a palavra DOG
/dɒɡ/, dificilmente conseguiremos colocá-la em algum contexto;
mas se com ela aprendermos junto as palavras MY /maɪ/ (meu),
RUN /rʌn/ (correr) e PLAY /pleɪ/ (brincar), conseguimos fazer
isso:

My dog runs. (Meu cachorro corre)


My dog plays. (Meu cachorro brinca)
My dog runs and plays. (Meu cachorro corre e brinca)

Uma breve explicação da estrutura utilizada acima: quando


utilizamos a terceira pessoa em inglês (ele/ela), precisamos
conjugar o verbo. Por isso que foi acrescentado um “S” nos
verbos run e play.
Como foi possível perceber, conseguimos deixar a simples
palavra DOG /dɒɡ/ muito mais próxima da nossa realidade e até
participando de atividades diferentes, tornando-se assim, muito
mais fácil de ser relembrada futuramente.
Ao focarmos em ouvir inglês e transformarmos a estrutura
em algo real, fazendo parte do nosso dia a dia, conseguiremos
quebrar uma barreira gigantesca: a da tradução.
Um último exemplo sobre a importância de focar seu tempo
em prática e repetição com ênfase em ouvir mais o idioma e trazê-
lo o mais próximo da sua realidade:
Com certeza em algum momento você já viu alguém que
está aprendendo um idioma ficar por um tempo pensando e ficar
emitindo sons do tipo “hmm...” “ééé...”, quando lhe é perguntado
algo. Isso acontece pelo fato de que essa pessoa está tentando
lembrar com todas as forças o que era SHOULD, afinal ela já
aprendeu a tradução dessa palavra, além de ter ouvido uma linda
explicação de como utilizá-la, além de estar com muito medo de
cometer qualquer erro na hora de responder.
Por isso é extremamente importante que uma metodologia
seja eficiente, pois se formos expostos a um idioma de uma forma
que consiga tirar o máximo de proveito possível de nosso cérebro
e suas funcionalidades, além de nos dar autonomia na hora de
utilizar o idioma, podemos aprender em uma velocidade
tremendamente incrível.
É o idealizador e fundador da Endless.
Além de ser formado em Letras e ter anos
de experiência no ensino de inglês, participou
de vários cursos e seminários de neurociência
e PNL.
É um eterno aprendiz, ama buscar mais
conhecimento a cada dia, para que assim, possa
estar sempre atualizado e compartilhar ainda mais.
Procura ser carismático e sempre se adaptar a todas as mudanças,
acima de tudo procura nunca desistir e sempre se fortalecer nos momentos
de dificuldade, direcionando todas as suas energias em ajudar pessoas a
conquistarem mais em suas vidas, pois é apaixonado por elas e por suas
diferenças, afinal são nossas diferenças que nos fazem únicos.
Procura sempre sorrir, pois é um sonhador e um entusiasta da vida.
Tem um coração que não cabe no peito, por isso é inconformado
com algumas situações e procura sempre tentar fazer a diferença onde
pode.
Esse é o motivo pelo qual esse ebook nasceu, é uma vontade que
você descubra a chave (Key) que faça com que sua vida seja incrível.
O inglês tem o poder de abrir uma quantidade infinita de portas,
essas portas podem ser pessoais ou profissionais, através do inglês você
pode conhecer lugares e pessoas novas, ter uma promoção e conseguir
aquele aumento que tanto almeja, além de tantas outras oportunidades.
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