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TÉTANO: ​Clostridium tetani​

Janaina Silva de oliveira

Izabele Macedo dos Santos Paiva


Evania José dos Santos
Libert Tavares Bernardo
Luciano Fernandes Barbosa

GUAMARÉ/RN
FEVEREIRO -2019
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TÉTANO 3
INTRODUÇÃO 3
2. DESENVOLVIMENTO 4
Epidemiologia 4
Causas 5
Sinais e Sintomas 5
3. CONCLUSÃO 7
Diagnóstico 7
Tratamento 7
REFERÊNCIAS 9
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1. TÉTANO

INTRODUÇÃO
Tétano é uma infeção grave caracterizada por espasmos musculares. No tipo mais comum, os
espasmos têm início no maxilar e progridem para o resto do corpo. Os episódios de espasmos
têm geralmente a duração de alguns minutos e ocorrem com frequência durante três ou quatro
semanas. Os espasmos podem ser de tal forma intensos que podem provocar fraturas
ósseas.Os outros sintomas podem incluir febre, sudação, dor de cabeça, dificuldade ao
engolir, hipertensão e aumento do ritmo cardíaco.. Os sintomas geralmente manifestam-se
entre três a vinte e dois dias após a infeção. O recobro pode levar meses. Cerca de 10% das
pessoas infectadas morrem.

O tétano é causado pela infeção com a bactéria ​Clostridium tetani​, a qual se encontra
frequentemente no solo, no pó e no estrume. As bactérias geralmente penetram no organismo
através de uma abertura na pele, como um corte ou uma punção, feitos por um objeto
contaminado. Produzem toxinas que interferem com a contração dos músculos, o que produz
os sintomas típicos da doença. O diagnóstico tem por base a observação dos sinais e
sintomas. A doença não é contagiosa.

A vacinação com a vacina contra o tétano previne a infeção. Para pessoas com feridas
significativas e menos de três doses da vacina, é recomendada a vacinação e administração de
imunoglobulina antitetânica. Em pessoas que se encontram infetadas, é usada imunoglobulina
antitetânica ou, caso não esteja disponível, imunoglobulina intravenosa. A ferida deve ser
limpa e removido qualquer tecido morto.​[1] Os espasmos podem ser controlados com
relaxantes musculares. Nos casos em que há comprometimento da respiração pode ser
necessária ventilação mecânica.

Embora o tétano ocorra em todas as regiões do mundo, é mais frequente em climas quentes e
húmidos e onde o solo contenha maior quantidade de matéria orgânica. Em 2013, a doença
foi a causa de 59 000 mortes, uma diminuição em relação às 356 000 em 1990. A descrição
mais antiga da doença que se conhece foi feita por Hipócrates desde o século V a.C. A causa
foi determinada em 1884 por Antonio Carle e Giorgio Rattone na Universidade de Turim,
tendo a vacina sido desenvolvida em 1924.
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2. DESENVOLVIMENTO

Epidemiologia
Cerca de 30% dos casos são fatais no Brasil e em Portugal, causados geralmente por asfixia
devido aos espasmos contínuos do diafragma. A maioria das mortes ocorre entre crianças
menores de 5 anos e idosos na área urbana. É mais comum em homens (62% dos casos). Em
países da África a mortalidade pode chegar a 60%.

Com a ampla vacinação da população no Brasil as taxas médias de incidência no período de


1982 a 2003, com uma redução de entre 40-100% no número absoluto de casos confirmados.
Na região Sudeste o número caiu de 1,00 para 0,01 casos por 100 mil habitantes. ​A vacinação
de toda a população é importante pois 46,2% dos casos estavam concentrados no grupo de 20
a 49 anos de idade, mas crianças e idosos tem um risco de mortalidade mais do que duas
vezes maior.

Ainda assim, em 2001 o Brasil registrou um total de 578 casos e em 2011 foram 327. A partir
de 2007, a média foi de 340 casos confirmados ao ano. Entre 1996 e 2005 foram registrados
6.503 casos pela vigilância sanitária, sendo a maior parte dos casos foi no Nordeste, Sudeste e
Sul do país.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que ocorreram 15.516 casos em todo o
mundo de tétano em 2005. O número estimado é de 290.000 mortes entre 2000 e 2003. A
maioria destes casos ocorreu entre recém-nascidos (tétano neonatal).
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Causas
A transmissão ocorre pela introdução dos esporos da bactéria em ferimentos externos,
geralmente perfurantes, contaminados com terra, poeira, fezes de animais ou humanas. A
infecção se dá pela entrada de esporos por qualquer tipo de ferimento na pele contaminado
com areia ou terra. Ferimentos com objetos contaminados normalmente representam um risco
grande de desenvolvimento da doença, se a pessoa não tiver sido vacinada.

Popularmente é associada com objetos de metal enferrujado, mas o esporo do bacilo tetânico
está em todo lugar e pode ser encontrado na terra, em plantas, em vidro, em madeira e em
outros objetos, entrando no organismo por perfuração ou corte.

Nos equinos o acesso da infecção se dá com maior frequência em lesões nos cascos (pregos
etc.), cordão umbilical, aparelho genital etc. Nos bovinos pode-se instalar através de feridas
resultantes de colocação de argola no focinho; da amputação dos chifres; da castração e de
traumatismo no parto. Em ovinos e caprinos pode ocorrer ao tosquiar, ao marcar, ao cortar a
cauda, durante o parto ou na castração.

Depois que penetram no organismo, as bactérias e seus esporos elaboram duas potentes
toxinas ou venenos, que entram na corrente sanguínea e vão agir nos grandes centros
nervosos e também produzir espasmos tônico-clônicos.

A contaminação de feridas com esporos leva ao desenvolvimento e multiplicação local de


bacilos. Eles não são invasivos e não invadem outros órgãos, permanecendo junto à ferida. Aí
formam as suas toxinas, que são responsáveis pela doença e por todos os sintomas.

Sinais e Sintomas

O período de incubação pode variar de 3 a 21 dias (sendo o mais comum 8 dias). Em casos de
recém-nascidos, o período de incubação é de 4 a 14 dias, sendo 7 o mais comum. Na maioria
dos casos, quanto mais afastada do sistema nervoso estiver a ferida, mais longo é o período
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de incubação. O período de incubação e a probabilidade de morte são inversamente


proporcionais.

O tétano caracteriza-se pelos espasmos musculares. Eles podem ser provocados pelos mais
pequenos impulsos nervosos, como barulhos, luzes e encostar no paciente ou podem surgir
espontaneamente. Duram de dois a cinco dias. Os sintomas de tétano são:

● Trismus (dificuldade de abrir a boca);


● Rigidez do pescoço e costas;
● Risus sardonicus (riso causado pelo espasmo dos músculos em volta da boca);
● Dificuldade de deglutição;
● Rigidez muscular do abdômen;
● Contração de músculos dos braços e pernas;
● Opistotóno, (espasmo tetânico em que se recurvam para trás a cabeça e os
calcanhares, arqueando-se para diante o resto do corpo);
● Insuficiência respiratória.

O paciente permanece lúcido e sem febre. A rigidez e espasmos dos músculos estendem-se de
cima para baixo no corpo. Sinais típicos do período toxêmico incluem uma elevação da
temperatura corporal de entre 2 a 4 °C, sudorese (suor excessivo), aumento da tensão arterial,
taquicardia(batida rápida do coração). Os espasmos podem durar semanas e a recuperação
completa pode levar meses.

Complicações da doença incluem espasmos da laringe (cordas vocais), músculos secundários


(aqueles do peito usados para respiração), e diafragma (o músculo primário usado na
respiração); fraturas de ossos longos por causa de espasmos violentos; e hiperatividade do
sistema nervoso autônomo.
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3. CONCLUSÃO

Diagnóstico
O diagnóstico do tétano é eminentemente clínico, ​podendo ser confirmado através de
diagnóstico laboratorial coletando material do ferimento ou do baço e pesquisando a
neurotoxina ou fazendo uma cultura anaeróbia com o material coletado​. Os exames
laboratoriais também auxiliam no controle das complicações e tratamento do paciente. O
hemograma habitualmente é normal, exceto quando há infecção secundária associada. As
transaminases e ureia podem elevar-se nas formas graves. A gasometria e a dosagem de
eletrólitos são importantes nos casos de insuficiência respiratória. As radiografias de tórax e
da coluna vertebral devem ser realizadas para o diagnóstico de infecções pulmonares e
fraturas de vértebras. Hemoculturas, culturas de secreções e de urina são indicadas apenas
nos casos de infecção secundária.

Tratamento
A ferida deve ser limpa com antisséptico ou oxidante (como água oxigenada) e é
administrado antídoto, um anticorpo que se liga à toxina e inibe a sua função. São também
administrados fármacos relaxantes musculares. A penicilina e o metronidazol eliminam as
bactérias, mas não têm efeito no agente tóxico que elas produzem. Os depressores do sistema
nervoso central Diazepam e DTP também são dados, reduzindo a ansiedade e resposta
espásmica aos estímulos. A internação deve ser imediata em UTI de alta complexidade, com
isolamento, baixa estimulação sonora, luminosa e tátil enquanto durarem os riscos de
espasmos.

No caso veterinário o tratamento é mais difícil e problemático. Pode-se usar vários recursos
como aplicação de soro antitetânico, em doses adequadas para o animal, por via endovenosa e
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repeti-las quando necessário. Também se usa penicilina ou outro antibiótico para eliminar as
bactérias. Em casos de ferimentos profundos é fundamental manter em acompanhamento
veterinário para limpar, drenar e debridar (retirada do tecido morto) da ferida. O animal deve
ser mantido em ambiente escuro, silencioso e isolado para evitar espasmos. Pode ser feito uso
de fármacos relaxantes musculares.
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REFERÊNCIAS

DRÁUZIO VARELLA. ​Tétano​. Disponível em:


<http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/tetano/> Acesso em: 11 de fevereiro de
2019

INFO ESCOLA. ​Tétano em animais​. Disponível em:


<http://www.infoescola.com/medicina-veterinaria/tetano-em-animais/> Acesso em: 11 de
fevereiro de 2019

SAÚDE ANIMAL. ​Tétano​. Disponível em: <http://www.saudeanimal.com.br/tetano.html/>


Acesso em: 11 de fevereiro de 2019

PORTAL SAÚDE. Casos de ​tétano tem queda de 44% em 10anos​.Disponível


em:<http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/7747/162/casos-de-tetano-tem-queda
-de-44-em-dez-anos.html> Acesso em: 11 de fevereiro de 2019

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