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O segundo tema é sobre o Sifilis:

- Para começar, o que é o Sifilis?


A sífilis é uma "infecção sexualmente transmissível” (IST) curável, diferente da
AIDS, e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum.
Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis
primária, secundária, latente e terciária.)

- E quais são esses estágios?


Sífilis primária - sintomas
● Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva,
vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece
entre 10 a 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias.
● Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo
estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.
Sífilis secundária - sintomas
● Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do
aparecimento e cicatrização da ferida inicial.
● Pode ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo
palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em
bactérias.
● Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo.

Sífilis latente – fase assintomática - sintomas


● Não aparecem sinais ou sintomas.
● É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e
sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção).
● A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de
sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.
Sífilis terciária - sintomas
● Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção.
● Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas,
ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
- E como ocorre o tratamento?
O tratamento para sífilis geralmente é feito com injeções de Penicilina
benzatina, também conhecida como Benzetacil, que devem ser indicadas
pelo clínico geral, infectologista ou ginecologista-obstetra, no caso das
gestantes diagnosticadas com sífilis. O tempo de tratamento, assim como o
número de injeções podem variar de acordo com a fase de evolução da
doença e sintomas apresentados.

- E o tratamento durante a Gravidez?


O tratamento para a sífilis na gravidez apenas deve ser feito com antibióticos
derivados da Penicilina, como Amoxicilina ou Ampicilina, uma vez que os outros
antibióticos podem provocar malformações no feto.

- E como prevenir essa doença?


O uso correto e regular da camisinha feminina e/ou masculina é a medida
mais importante de prevenção da sífilis, parecido com a da AIDS, por se tratar
de uma Infecção Sexualmente Transmissível.
O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal de
qualidade contribui para o controle da sífilis congênita.

- E como ocorre a transmissão?


A principal forma de transmissão da sífilis é por meio do contato sexual
desprotegido com uma pessoa contaminada, mas também pode acontecer por meio
do contato com sangue ou mucosa de pessoas infectadas pela bactéria Treponema
pallidum, que é o microrganismo responsável pela doença, parecido com a
contaminação da AIds.

Curiosidades: - O contágio por via sexual ocorre apenas através de


úlceras nos órgãos sexuais masculinos e femininos?

A sífilis transmite-se através do contato direto com as lesões ulceradas das fases
precoces e que são muito contagiosas por possuírem grande quantidade de
bactérias. Mas estas lesões, que são indolores, podem surgir em locais não
facilmente visíveis e não apenas nos órgãos sexuais masculinos ou femininos
externos.
- A sífilis pode ser mortal?

Quando não diagnosticada e tratada precocemente, a sífilis evolui para formas


tardias com envolvimento potencial de órgãos vitais (como o coração e o sistema
nervoso central) podendo causar complicações graves e, até mesmo, a morte. A
sífilis congénita pode levar à morte do feto/recém-nascido.

- Tal como na Aids, o leite materno pode ser uma forma de


transmissão da sífilis?

Além da transmissão por via sexual, existe apenas o contágio vertical (da grávida
para o feto).

- A sífilis é mais comum nas mulheres ou em homens?


Segundo as informações do Departamento de Doenças de Condições
Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde,
até 2020, a quantidade de homens contaminados era quase duas vezes
maior do que a de mulheres.

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