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Sífilis

A sífilis é uma doença causada pela bactéria Treponema pallidum, que é transmitida,
principalmente, por meio de relação sexual desprotegida.

A sífilis é uma doença bacteriana conhecida desde o século XV e que atinge diversas
partes do corpo, como pele, sistema cardiovascular e até o sistema nervoso. Os casos no
Brasil vêm aumentando consideravelmente nos últimos anos e, por isso, essa doença
merece atenção para que se rompa a cadeia de transmissão.
→ O que causa a sífilis e como ela é transmitida?
A sífilis é uma doença causada por uma bactéria em forma de espiral chamada de
Treponema pallidum. Essa bactéria resseca rapidamente, não podendo ficar exposta ao
meio por muito tempo. Ela também morre com o uso de sabão e de outros produtos
desinfetantes.
A sífilis é transmitida, principalmente, por meio de relação sexual desprotegida com
pessoa contaminada. Pode ocorrer também a transmissão vertical da mãe para o feto e a
contaminação por transfusão sanguínea. Vale frisar que, nesse último caso, a
possibilidade é relativamente baixa em razão do controle de qualidade das bolsas de
sangue. Sendo assim, a melhor forma de prevenção é utilizar camisinhas nas relações
sexuais.
→ Como ocorre a evolução da sífilis?
A sífilis é uma doença de evolução bastante lenta e que pode ser dividida em três fases:
sífilis primária, sífilis secundária e sífilis terciária.
 Sífilis primária: ocorre após a infecção em cerca de 10 a 90 dias. Nessa fase,
observa-se o surgimento de uma lesão única no local por onde a bactéria entrou
no corpo do paciente, ocorrendo, na maioria dos casos, na região genital. Essa
lesão, denominada de protossifiloma ou cancro duro, não causa dor, tem base
endurecida, apresenta-se recoberta por um material seroso e cura-se de forma
espontânea. Essa lesão não deixa cicatriz;
 Sífilis secundária: é uma evolução da doença e ocorre quando a sífilis primária
não foi tratada. Nesse caso, o treponema já invadiu órgãos e líquidos. Os
sintomas são o surgimento de lesões na pele, que podem aparecer como
manchas, ou ainda lesões altas, arredondadas e recobertas por escamas discretas.
Caso não seja tratada, a doença pode entrar em um período de latência, ou seja,
sem causar nenhuma manifestação clínica;
Sífilis terciária: Essa fase da sífilis pode aparecer vários anos após a infecção,
demorando, em alguns casos, até 20 anos ou mais para manifestar-se. Nessa fase, a
doença provoca a inflamação e destruição de tecidos. Pode causar manifestações graves,
como a sífilis cardiovascular e a neurosífilis, que podem até mesmo causar a morte.

→ O que é a sífilis congênita?

A sífilis congênita ocorre quando a mãe contaminada transmite a doença para o seu
filho durante a gestação. Quanto mais recente é a infecção da mãe, mais grave é a
doença no filho. A sífilis pode causar nascimento prematuro, nascimento seguido de
morte e malformações. Cerca de 50% das crianças são assintomáticas ao nascer.

A sífilis congênita pode ser precoce (quando ocorre antes dos dois anos de idade) ou
tardia (quando ocorre após os dois anos). Entre os sinais e sintomas presentes na criança
ao nascer, podemos citar feridas na pele, problemas ósseos, cegueira e surdez.

→ Como a sífilis é tratada?

A sífilis, por ser uma doença causada por bactéria, é tratada com antibióticos. O
tratamento é feito à base de penicilina, sendo esse antibiótico muito eficiente,
principalmente nas fases iniciais. Vale destacar que em pacientes alérgicos à penicilina,
por exemplo, outros antibióticos podem ser utilizados, mas os benefícios são geralmente
inferiores.

Atenção: Pessoas com sífilis devem ter sua atenção redobrada na proteção contra outras
doenças sexualmente transmissíveis, pois pesquisas comprovam que a sífilis aumenta o
risco de contração do vírus da imunodeficiência humana (HIV). Além de aumentar o
risco de contrair o vírus, o treponema acelera a evolução do HIV para a AIDS.

Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma fase da infecção causada pelo


HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) em que se observa um grande
comprometimento do sistema imunológico do indivíduo. Ser portador do HIV,
portanto, não é a mesma coisa que ter aids. O vírus causador da síndrome é transmitido,
principalmente, por meio de relação sexual desprotegida com paciente contaminado.

Por muito tempo, a doença foi tratada como uma sentença de morte, hoje, no entanto, o
indivíduo HIV positivo pode ter uma vida praticamente normal. Atualmente o
tratamento da doença é feito com terapia antirretroviral, mas esse tratamento não leva
à cura do paciente. Até o momento, houve apenas dois casos de pacientes curados do
HIV.

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