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Marcelo Rocha
Taubaté – SP
2017
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
Marcelo Rocha
Taubaté – SP
2017
MARCELO ROCHA
Conceito final:
Aprovado em:_______/_______/______
BANCA EXAMINADORA
Primeiramente agradeço a Deus e aos bons espíritos, por terem me dado serenidade e
confiança para não desistir nas horas difíceis da vida.
Agradeço a professora e orientadora Ms. Talitha Vieira Gonçalves Batista, por sempre ter
acreditado em mim e me guiado eticamente e profissionalmente na psicologia.
Agradeço de todo o coração as Professoras Ana Cristina e Maria Emília por terem me dado
todo apoio e atenção durante esses cinco anos de muito aprendizado.
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo analisar as produções sobre o Trastorno de Pânico na base de
dados Scielo e BVS utilizando-se da técnica de análise bibliométrica, buscando informações
sobre as formas de tratamento do Transtorno de Pânico. As primeiras descrições do quadro
diagnóstico hoje classificado como Transtorno do Pânico datam do século XIX e passaram
por várias nomenclaturas até chegar a essa definição. Possui uma etiologia complexa,
provavelmente multifatorial, que inclui fatores genéticos, biológicos, cognitivo
comportamentais e psicossociais que contribuem para o aparecimento de sintomas de
ansiedade. Quanto ao diagnóstico, os ataques de pânicos são recorrentes e inesperados. Um
ataque de pânico é um surto abrupto de medo intenso ou desconforto intenso. Alguns
sintomas característicos do TP podem ser observados, falta de ar e sufocamento, taquicardia e
sensações de desmaio, despersonalização e dor toraxica. Em relação ao tratamento percebeu-
se uma variedade de intervenções, como acompanhamento psicoterápico, técnicas de
exposição virtual, autoinstrução, psicofármacos, terapias psicodramáticas e existênciais,
terapias e intervenções psicanalíticas, aprimoramento cognitivo, exercícios físicos e terapia
cognitiva comportamental e medicalização, sendo esta última a mais predominante ao
tratamento. Além disso, apresentou-se relevante avaliar as práticas para o diagnóstico e
tratamento, levando em conta práticas interdisciplinares para uma maior eficácia ao
tratamento.
This work aims to analyze the productions on Panic Disorder in the Scielo and VHL database
using the bibliometric analysis technique, seeking information on the ways of treating Panic
Disorder. The earliest descriptions of the diagnostic picture today classified as Panic Disorder
date from the nineteenth century and have gone through various nomenclatures until arriving
at this definition. It has a complex etiology, probably multifactorial, that includes genetic,
biological, cognitive, behavioral and psychosocial factors that contribute to the appearance of
anxiety symptoms. As for the diagnosis, panic attacks are recurrent and unexpected. A panic
attack is an abrupt outbreak of intense fear or intense discomfort. Some characteristic
symptoms of PD can be observed, shortness of breath and suffocation, tachycardia and
sensations of fainting, depersonalization and chest pain. A variety of interventions were
observed, such as psychotherapeutic follow-up, virtual exposure techniques, self-instruction,
psychopharmaceuticals, psychodramatic and life therapies, psychoanalytic therapies and
interventions, cognitive enhancement, physical exercises and cognitive behavioral therapy and
medicalization. the most prevalent treatment. In addition, it was considered relevant to
evaluate the practices for diagnosis and treatment, taking into account interdisciplinary
practices for a greater efficacy to the treatment.
TABELA 1 – Autores...............................................................................................................25
TABELA 2 – Periódicos...........................................................................................................26
LISTA DE GRÁFICOS
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 11
1.1 PROBLEMA ...................................................................................................................... 12
1.2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 13
1.2.1 Objetivo Geral .............................................................................................................. 13
1.2.2 Objetivos Específicos .................................................................................................... 13
1.3 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ......................................................................................... 13
1.4 RELEVÂNCIA DO ESTUDO ........................................................................................... 14
1.5 ORGANIZAÇÃO DO PROJETO ...................................................................................... 14
2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 15
2.1 TRANSTORNO DE PÂNICO ........................................................................................... 15
2.1.1 Breve Histórico .............................................................................................................. 15
2.1.2 Etiologia e definição ..................................................................................................... 16
2.1.3 Diagnóstico .................................................................................................................... 18
2.1.4 Formas de tratamento .................................................................................................. 19
3 MÉTODO ............................................................................................................................. 21
3.1 TIPOS DE PESQUISA....................................................................................................... 21
3.2 ÁREA DE REALIZAÇÃO ................................................................................................ 21
3.3 PLANO PARA COLETA DE DADOS ............................................................................. 22
3.5 PLANO PARA ANÁLISE DOS DADOS ......................................................................... 22
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................................................... 24
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 55
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 57
ANEXO A.................................................................................................................................59
12
1 INTRODUÇÃO
mencionados, norteamos nosso estudo para o Transtorno de Pânico (TP) por ser o transtorno
de ansiedade que mais acomete a população.
O Transtorno de Pânico acomete aproximadamente seis milhões de norte-americanos
adultos (KESSLER et al., 2005). Este Transtorno se configura entre as questões que mais
preocupam em termos de saúde mental e coletiva, pois sendo um transtorno frequente e
recorrente faz com que os indivíduos que dele sofram tenham sua qualidade de vida
prejudicados.
14
PROBLEMA
1.1 OBJETIVOS
O estudo será realizado a partir de uma análise bibliométrica na base de dados Scielo e
BVS. Esta se refere a um conjunto de métodos de pesquisa de caráter qualitativo e
quantitativo que tem como objetivo mapear toda estrutura do conhecimento científica dos
trabalhos (TREINTA et al., 2011).
A partir dos descritores ‘Transtorno de Pânico (TP), Tratamento’; ‘Transtorno de Pânico
(TP), diagnóstico e Tratamento’, foram encontrados 28 artigos. Estes foram selecionados a
partir dos seguintes critérios de inclusão:
• Últimos quinze anos, isto é, artigos no período de 2001 a 2016;
• Artigos em Português/ Brasil.
• Artigos relacionados diretamente com a temática.
15
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1.3 Diagnóstico
Heldet (2008) nos diz que a técnica de exposição interoceptiva objetiva que esta
relacionada dentro da TCC, visa corrigir as interpretações catastróficas dos sintomas físicos
sentidos pelos pacientes durante um ataque de pânico. Com a exposição interoceptiva, os
pacientes submetem-se a uma exposição gradual para sentirem-se confortáveis com as
sensações que são submetidos. Essa exposição é feita por meio da provocação intencional dos
sintomas utilizando-se de exercícios físicos.
Para o Transtorno de Pânico, a reestruturação cognitiva visa interromper esse ciclo de
interpretações distorcidas, que é um importante foco de ansiedade. Essa técnica tem início
com a identificação de pensamentos automáticos e segue com sua avaliação, tendo em vista
verificar sua autenticidade, utilidade e as possíveis consequências de sua manutenção e
modificação. O último estágio é a modificação dos pensamentos considerados disfuncionais, a
fim de perceber a realidade de forma mais objetiva e funcional, alterando todos os
sentimentos negativos que acometem o paciente com TP. A reestruturação cognitiva é, então,
estendida às crenças intermediárias e centrais. (Carvalho et al., 2008)
Dentre os tratamentos de transtorno de pânico, encontramos as classes dos
psicofármacos, os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) (fluoxetina,
sertralina, paroxetina, fluvoxamina, citalopram e escitaloram) e a venlafaxina, um inibidor de
recaptação da serotonina e da noradrenalina (IRSN), constituem-se a primeira escolha
farmacológica para o tratamento de TP. Os tricíclicos (clomipramina e imipramina) são
igualmente eficazes, mas são menos tolerados que os ISRS e podem ser fatais em superdose;
por esses motivos, eles podem ser utilizados como segunda escolha no tratamento do TP.
(Salum et al., 2008)
Ainda Salum et al., (2008) nos coloca que o uso de benzodiazepínicos como o
alprazolam, clonazepam, diazepam e lorazepam (popularmente conhecidos como calmantes) é
controverso, sendo que algumas diretrizes internacionais recomendam seu uso para casos de
pacientes sem histórico de dependência e permitem o uso concomitante nas primeiras
semanas de uso dos ISRS tendo em vista sua eficácia em curto prazo de 1 dia a 1 semana
enquanto outras não recomendam seu uso pelo risco da dependência. Na prática clínica, seu
uso é corrente e pode auxiliar no tratamento dos pacientes com Transtorno de Pânico. No
entanto, deve-se atentar para o risco de dependência durante todo o tratamento em qualquer
paciente
22
3 MÉTODO
Este estudo analisou o panorama atual do que foi produzido em relação a temática nos
últimos quinze anos.
Para tanto, para a análise quantitativa utilizou-se os seguintes critérios:
• Ano de publicação: objetivando identificar se houve diferença de publicação no
decorrer dos últimos quinze anos;
• Autor(es): refere-se aos autores que publicaram trabalhos no que diz respeito a
temática;
• Periódicos: identificar as revistas que contiveram publicações acerca do tema na
última década;
• Objetivos: identificar a finalidade das publicações selecionadas;
• Abordagem teórica: analisar as abordagens teóricas que retratam a temática.
• Método:
o Tipo de pesquisa: identificar os tipos de pesquisa encontrados entre as
publicações selecionadas.
o População: identificar a quem o estudo é voltado.
o Instrumentos: identificar os instrumentos utilizados para a coleta dos dados.
24
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Por meio das análises das produções sobre Transtorno de Pânico (TP) na base de
dados Scielo e BVS obteve-se informações sobre as formas de tratamento para este transtorno
através da técnica de análise bibliométrica.
4
4
3
3
2 2 2
2
1
1
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
De acordo com o gráfico, verificou-se que o ano de 2008 obteve maiores produções
sobre a forma de tratamento do Transtorno de Pânico (TP) em relação aos outros anos, ou
seja, 4 (28,57%) artigos publicados em cada ano envolvendo a temática formas de tratamento
Transtorno de Pânico (TP).
Já no ano de 2009 foram publicados 3 (21,42%) artigos. Nos anos de 2001, 2007 e
2012 foram publicados 2 (14,28%) artigo respectivamente em cada ano. No ano de 2003 foi
publicado apenas 1 (7,14%) artigo, e nos anos de 2002, 2004, 2005, 2006, 2010, 2011, 2013,
2014, 2015 e 2016 não constaram artigos relacionados à temática formas de tratamento do
Transtorno de Pânico (TP).
Tem-se como hipótese uma aparente despreocupação quanto à forma de tratamento
para o Transtorno de Pânico (TP), devido ao aumento da medicalização, onde o indivíduo
após o diagnóstico clínico já sai com o tratamento medicamentoso, podendo haver pouco
26
interesse sobre pesquisas neste assunto, observando-se ainda um maior interesse em pesquisas
sobre o diagnóstico do Transtorno de Pânico (TP).
Em relação aos autores, torna-se importante ter conhecimento de quais foram os que
mais publicaram sobre a temática formas de tratamento do Transtorno de Pânico (TP) nos
últimos quinze anos. A seguir, apresentam-se os dados encontrados.
Tabela 1 – Autores
Autores Total
Albina R Torres 1
Alessandra Salina Brandão 1
Ana Teresa De Abreu Ramos-Cerqueira 1
Antonio Egidio Nardi 2
Aristides Volpato Cordioli 1
Bernard Rangé 2
Carolina Blaya 1
Claudia Kami Bastos Oshiro 1
Elizeth Heldt 1
Fernanda Augustini Pezzato 1
Gabriela Bezerra De Menezes 1
Giovanni Abrahão Salum 1
Gisele Gus Manfro 2
Gustavo Alvarenga Oliveira Santos 1
Leonardo F Fontenelle 1
Marcele Regine De Carvalho 2
Márcio Antonini Bernik 1
Márcio Versiani 1
Maria Cristina P Lima 1
Maria Mazzarello Cotta Ribeiro 1
Michael W Otto 1
Rafael Pinto Nunes 1
Rafael C. Freire 1
Ricardo William Muotri 1
27
Sara Mululo 1
Sonia B. Meyer 1
Teng C. Tung 1
Theodor Lowenkron 1
Vera Lopes Besset 1
Yuristella Yano 1
Fonte: Dados de pesquisa
De acordo com a tabela acima, verificou-se que os autores que mais publicaram nos
últimos quinze anos sobre formas de tratamento do Transtorno de Pânico (TP) foram Antonio
Egidio Nardi, Bernard Rangé, Gisele Gus Manfro e Marcele Regine De Carvalho com 2
(57,14%) artigos publicados cada, nos quais tem como abordagem teórica a psicologia
Cognitivo-Comportamental, com temas relacionados às fomas de tratamento do Transtorno de
Pânico (TP).
Em seguida, aparecem os autores Albina R Torres, Alessandra Salina Brandão, Ana
Teresa De Abreu Ramos-Cerqueira, Aristides Volpato Cordioli, Carolina Blaya, Claudia
Kami Bastos Oshiro, Elizeth Heldt, Fernanda Augustini Pezzato, Gabriela Bezerra De
Menezes, Giovanni Abrahão Salum, Gustavo Alvarenga Oliveira Santos, Leonardo F
Fontenelle, Márcio Antonini Bernik, Márcio Versiani, Maria Cristina P Lima, Maria
Mazzarello Cotta Ribeiro, Michael W Otto, Rafael Pinto Nunes, Rafael C. Freire, Ricardo
William Muotri, Sara Mululo, Sonia B. Meyer, Teng C. Tung, Theodor Lowenkron, Vera
Lopes Besset, Yuristella Yano com apenas 1 artigo (42,86%) cada, publicado sobre a temática
Formas de Tratamento do Transtorno de Pânico (TP).
Tabela 2 – Periódicos
Periódicos Total
Jornal Brasileiro de Psiquiatria 1
Revista Brasileira de Psiquiatria 3
Revista de Psiquiatria Clínica 1
Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva 1
Revista Brasileira de Medicina do Esporte 1
Revista Estudos de Psicologia 1
Estudos de Psicologia 1
28
Reverso 1
Revista da Abordagem Gestáltica 1
Revista Brasileira de Psicanálise 1
Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul 1
Revista Latinoamericana de Psicopatologia 1
Fonte: Dados de pesquisa
Por meio da tabela acima, a Revista Brasileira de Psiquiatria foi a responsável por 3
(21,42%) publicações no banco de dados Scielo no período de 2001 à 2008 sobre formas de
tratamento do Transtorno de Pânico (TP).
A Revista Brasileira de Psiquiatria (RBP) é a publicação oficial da Associação
Brasileira de Psiquiatria (ABP) antiga revista ABP, a RBP é publicada trimestralmente em
março, junho, setembro e dezembro, e tem por finalidade publicar trabalhos originais de todas
as áreas da psiquiatria, com ênfase nas áreas de saúde pública, epidemiologia clínica, ciências
básicas e problemas de saúde mental relevantes em nosso meio.
Os periódicos que tiveram menos expressão de publicação, com apenas 1 (7,14%)
artigo publicado no decorrer de quinze anos foram: Jornal Brasileiro de Psiquiatria, Revista de
Psiquiatria Clínica, Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, Revista
Brasileira de Medicina do Esporte, Revista Estudos de Psicologia, Estudos de Psicologia,
Reverso, Revista da Abordagem Gestáltica, Revista Brasileira de Psicanálise, Revista de
Psiquiatria do Rio Grande do Sul, Revista Latinoamericana de Psicopatologia.
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Gráfico 2 – Objetivos
4 3
2 1 1 1
0
Conceituar e Terapia Terapia TCC e Psicologia do
Intervir Psicodrama Existencial TP Psicofámacos Esporte
Psicanálise TP
De acordo com o gráfico acima, verificou-se que 8 (57,14%) artigos voltaram-se aos
objetivos relacionados Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) e aos Psicofármacos, como
diagnóstico e tratamento do Transtorno de Pânico (TP). Estes artigos propuseram-se a discutir
e analisar as principais estratégias utilizadas para a realização do diagnóstico e tratamento do
Transtorno de Pânico (TP).
Supõe-se que por haver mais estudos positivos do que negativos em relação a Terapia
Cognitiva Comportamental (TCC) e aos Psicofármacos, e há maior possibilidade desse estudo
ser publicado outras vezes. Alguns artigos propuseram uma abordagem múltipla, ou seja,
englobando intervenções psicoterápicas de diversas formas alinhadas ao tratamento
medicamentoso.
O objetivo do artigo “Intervenção baseada na Psicoterapia Analítica Funcional em
um caso de Transtorno de Pânico com Agorafobia” apresenta a análise da relação
terapêutica de um caso de Transtorno de Pânico com Agorafobia baseando-se na FAP para
auxiliar no manejo do padrão de esquiva do processo terapêutico apresentado pelo cliente.
O artigo intitulado “Realidade Virtual no Tratamento do Transtorno de Pânico”
teve como objetivo divulgar o panorama atual do uso de RV (realidade virtual) no tratamento
do Transtorno de Pânico (TP)
30
4 3
3 2
2 1 1 1
clientes cujo repertório comportamental selecionado foi um padrão de fuga e esquiva, como
ocorre nos transtornos de ansiedade, objetivar e apresentar a análise da relação terapêutica e a
intervenção baseada na FAP no Transtorno de Pânico com Agorafobia.
O artigo intitulado “Realidade Virtual no Tratamento do Transtorno de Pânico”
nos mostra que na terapia cognitivo-comportamental, o uso de técnicas de exposição é uma
intervenção já estabelecida, que pode ser estendida a ambientes virtuais, de acordo com as
necessidades específicas do paciente. As exposições em ambientes virtuais têm se provado
eficazes no tratamento de vários transtornos e de vários tipos de pacientes: tanto os que não
utilizam computadores quanto os que têm grande contato com esta tecnologia, ressaltando que
a introdução tecnológica não implica nova abordagem teórica da psicoterapia, ou seja, o foco
é justamente potencializar os tratamentos já existentes e expandir a utilidade das técnicas já
utilizadas.
Já o artigo “Modelos de tratamento para o Transtorno do Pânico” apesenta o
Modelo teórico de que a terapia cognitivo-comportamental (TCC) nos casos de transtorno do
pânico é mais comumente usada. A TCC teria como premissa básica o descondicionamento
das sensações corporais e do medo, utilizando os princípios de aprendizagem para enfraquecer
comportamentos desadaptados. Além disso, utiliza-se de procedimentos que visam à
identificação de pensamentos distorcidos para posterior confrontação com a realidade, ou seja,
procura alterar o sistema de crenças disfuncionais que se encontram subjacentes a essas
cognições.
Este artigo “Comparação entre os enfoques Cognitivo, Comportamental e
Cognitivo-Comportamental no tratamento do Transtorno de Pânico” nos expõe que a
terapia cognitiva comportamental (TCC) é uma forma eficaz de conduta psicológica que pode
colaborar para o tratamento dos sintomas ou até para a remissão de componentes cognitivos
disfuncionais atrelados aos sintomas autonômicos do TP e de esquiva agorafóbica. Este artigo
também nos presenta como modelo teórico a importância de quatro focos essenciais no
tratamento do TP. São eles: exposição (situacional para esquiva agorafóbica e interoceptiva
para sinais corporais temidos), reestruturação cognitiva focada nas interpretações catastróficas
das sensações corporais, treino de habilidades de tratamento de sintomas corporais
(relaxamento aplicado), treino respiratório como teorias usadas no tratamento do (TP).
Já a abordagem Psicanalítica apresentou 3 (21,42%) artigos publicados, enfatizando
os aspectos interventivos e teóricos durante o Tratamento do Transtorno de Pânico (TP).
No artigo “Neurose de angústia e transtorno de pânico” é abordado a evolução do
conceito de angústia e sua apresentação clínica nos indivíduos submetidos ao real que os
34
4 3
2 1 1
0
Experimental Bibliográfica Estudo de caso Bibliométrica
De acordo com o gráfico acima, pode-se perceber que o tipo de pesquisa que teve a
maior quantidade de material publicado foi o estudo bibliográfico, com 9 (64,28%) artigos
publicados nos últimos quinze anos. Neste tipo de pesquisa foram elegidos artigos que
discorriam sobre as formas de tratamento do Transtorno de Pânico.
Segundo Gil (2010, p. 29) a pesquisa bibliográfica é elaborada com base em material
já publicado, incluindo material impresso, como livros, jornais, teses, dissertações, revistas e
anais de eventos científicos. A principal característica desse tipo de pesquisa é que a revisão
permite explorar uma gama de fenômenos mais ampla do que poderia pesquisar diretamente.
O artigo “Terapia Cognitivo-Comportamental no Transtorno de Pânico” utilizou
da revisão narrativa a partir dos bancos de dados do Medline, Scielo e PsycInfo e de livros
texto especializados para descrever os fundamentos da terapia cognitivo-comportamental no
tratamento do transtorno pânico e revisar as evidências de eficácia do tratamento a curto e
longo prazo, discutindo o uso concomitante da medicação com a terapia cognitivo-
comportamental.
Já o artigo “Modelos de tratamento para o Transtorno do Pânico” apesenta o
Transtorno de Pânico salientando suas prevalências que são 8,8% (lifetime) e 5,1% (em 12
meses), sendo 3,5% pânico e 5,3% agorafobia sem pânico (lifetime) e 2,3% pânico e 2,8%
agorafobia sem pânico (em 12 meses). Também é mais comum em mulheres, na proporção de
37
três mulheres para cada homem, com igual frequência nos centros urbanos e rurais,
relacionando suas bases biológicas que parecem estar relacionados às alterações nos
neurotransmissores monoaminérgicos cerebrais. Esta pesquisa bibliográfica também nos
esclarece a importância do tratamento psicofarmacológico, os aspectos psicológicos deste
transtorno e o tratamento concomitante com a terapia cognitiva-comportamental.
Este artigo “Comparação entre os enfoques Cognitivo, Comportamental e
Cognitivo-Comportamental no tratamento do Transtorno de Pânico” parte de uma
revisão sistemática da literatura, principalmente por meio da base de dados PubMed, para
discorrer sobre a terapia cognitivo-comportamental como modalidade psicoterapêutica mais
estudada no Transtorno de Pânico (TP). Verificou-se também através desse tipo de pesquisa
diversas nuances na forma de tratamento do TP como tratamentos psicofarmacológicos e
outras formas de psicoterapias não estruturadas, assim como o provimento da psicoterapia de
forma inapropriada ou insuficiente, o que propicia o estabelecimento de sintomas residuais
nos pacientes tratados.
No artigo “Neurose de angústia e transtorno de pânico” é descrito a ordem
cronológica do conceito de angustia e neurose de angustia descrito por Freud, passando, nesse
intervalo, pelas fobias, neurose de terror, ansiedade paroxística, síndrome do pânico,
chegando aos compêndios psiquiátricos atuais como Transtorno de Pânico. Também se
destaca nesse tipo de pesquisa a indústria farmacêutica, baseada nas causas orgânicas que
acometem o transtorno de pânico, onde muito se desenvolveu e avançou na criação e eficácia
de produtos para a contenção dessas crises. A produção de medicamentos, direcionando-os,
cada vez mais, para sintomas específicos, ainda não pode ser considerada totalmente eficaz,
pois não garante a evitação da crise de angústia, e não consegue impedir que os pacientes se
sintam ameaçados pela reincidência dessas crises.
No artigo intitulado “A clínica psicanalítica atual: obsessão, compulsão, fobia e
pânico” o autor revisa as características diagnósticas do Transtorno de Pânico a partir da
psicodinâmica apontando as dificuldades do paciente nos relacionamentos apresentando-se
com frequência, na transferência com o terapeuta.
Já no artigo “Sobre a fobia e o pânico: o que pode um analista? através da
bibliografia estudada, apresenta-se neste artigo uma revisão da postura e dos procedimentos
que um analista deve ter frente a pacientes com características diagnósticas de angustia e
pânico. As pesquisas realizadas nesse interim nos elucida que o pânico é uma nova roupagem
para a velha angustia.
38
transtorno de pânico e realidade virtual e aqueles que continham conceitos sobre exposição a
partir de realidade virtual e sobre o conceito de presença.
41
Gráfico 5 – População
4 3 3
2 1
0
Crianças e Psicólogos Adultos de Psicanalistas
Adolescentes e/ou ambos os
Psiquiatras sexos
Gráfico 6 – Instrumentos
4 3
3 2
0
Testes Publicações Consulta
Científicas Banco de
dados digital
De acordo com o gráfico acima, pode-se perceber que o instrumento mais utilizado
para o estudo referente às formas de tratamentos do Transtorno de Pânico (TP) nos últimos
quinze anos foram as publicações científicas, com 9 (64,28%) publicações. Através das
consultas das bases eletrônicas o pesquisador colhe informações a partir das teorias
publicadas em diversos tipos de fontes: livros, artigos, manuais, enciclopédias, anais, meios
eletrônicos, etc. Este instrumento é de suma importância para que se conheça e analise as
principais contribuições teóricas sobre um determinado tema ou assunto.
Podemos deduzir que a pesquisa bibliográfica, utilizando-se de diversos instrumentos
como as publicações científicas, nos traz informações importantes para um maior
entendimento sobre o conhecimento e tratamento do Transtorno de Pânico (TP).
No artigo intitulado “Tratamento Cognitivo-Comportamental para o Transtorno
de Pânico e Agorafobia: Uma história de 35 anos” o autor descreveu o tratamento
cognitivo-comportamental para o transtorno de pânico e agorafobia através da história de 35
anos desse tratamento, permeando por diversos pesquisadores. Todo esse material de pesquisa
fundamentou o protocolo criado pelo autor, Vencendo o Pânico: Programa de Tratamento
Multicomposto Específico para o Transtorno de Pânico e a Agorafobia. Ele é constituído de
oito sessões (a primeira versão era constituída de seis sessões) de tratamento cognitivo-
comportamental, com duas sessões de avaliação inicial, mais uma bateria de escalas a ser
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preenchidas em casa; e ainda uma reavaliação das escalas ao final da penúltima sessão, que
novamente os pacientes levavam para preencher em casa. Nessa sessão são aplicadas
entrevistas estruturadas além de uma variedade de testes, escalas e inventários que os
pacientes levam para casa para preencher: Questionário de Pânico e de Crenças de Pânico,
Inventários Beck de Depressão e de Ansiedade, Inventário de Ansiedade Traço Estado, Escala
de Sensações Corporais e Escala de Cognições Agorafóbicas.
Já o artigo “Modelos de tratamento para o Transtorno do Pânico” o autor
descreve pela publicação científica um tratamento para o Transtorno de Pânico delimitando a
importância entre as bases biológicas, o tratamento psicofarmacológico, tratamento
psicológico assim como seus aspectos psicológicos.
No artigo “Neurose de angústia e transtorno de pânico” a autora nos leva a
entender a configuração do nome Transtorno de Pânico através de sua etiologia histórica. As
crises de angústia da nossa ancestral Neurose de Angústia se atualizam hoje nos transtornos
de pânico, não se fala mais em Neurose de Angústia, falamos, escutamos e recebemos no
consultório Transtornos de Pânico. Isto evidencia a falência do funcionamento psíquico, não
só como uma descarga pulsional, mas, muito mais, como uma reação desesperada do sujeito
diante da condição de desamparo radical do existir.
No artigo intitulado “A clínica psicanalítica atual: obsessão, compulsão, fobia e
pânico” o autor discorre a partir de uma visão psicodinâmica, embora as evidências de fatores
fisiológicos no transtorno do pânico chamem a atenção, tais observações são mais patogênicas
do que etiológicas, nenhum dos dados fisiológicos explica o que desencadeia o início de um
ataque de pânico. A psicanalise nos traz a luz de que fatores estressores tendem a estar ligados
a alguma alteração no nível de expectativa colocada sobre o paciente, perdas são associadas a
experiências na infância, nas quais o vínculo com um dos pais é vivido como ameaçador,
crítico, controlador e exigente. Quando o analista avalia essas experiências e discursos,
detecta-se um padrão de ansiedade em relação à socialização durante a infância, relações
parentais de pouco acolhimento.
Já no artigo “Sobre a fobia e o pânico: o que pode um analista? tais transtornos,
aparentemente contemporâneos, que Freud entendia como “crises de angústia”, teriam
chances de serem classificados como “ataques de pânico” nos dias atuais. A autora parte desse
pressuposto para analisar e delimitar a similaridades entre angustia e pânico, e como um
analista deve interver nessa patologia.
No artigo intitulado “Transtorno do Pânico” os autores através das bases de dados
existentes (Medline, Psychinfo e Scielo) e em livros textos atualizados, discorre sobre o
47
transtorno de pânico propondo uma revisão narrativa. Foi permeado durante esta pesquisa
uma definição do transtorno, que se configura pela presença de ataques de pânico recorrentes
que consistem em uma sensação de medo ou mal-estar intenso acompanhada de sintomas
físicos e cognitivos e que se iniciam de forma brusca, tal como os fatores de prevalência e
fatores etiológicos. Neste artigo fica claro a importância do tratamento psicofarmacológico no
tratamento do transtorno de pânico, assim como os critérios diagnósticos estabelecidos
concomitantes com a psicoterapia.
Já o artigo “Resistência ao tratamento nos Transtornos de Ansiedade: fobia
social, transtorno de ansiedade generalizada e transtorno do pânico” relata que apesar de
diversas medicações terem se demonstrado eficazes no tratamento do TP em ensaios clínicos
controlados, um percentual significativo de pacientes permanece sintomático após período
adequado de tratamento. Este artigo nos proporciona refletir qual seria a melhor intervenção
farmacológica no caso de resistência ao tratamento dos transtornos de ansiedade, uma vez que
o número de estudos controlados a respeito ainda é muito escasso. Para o tratamento do
transtorno de pânico resistente a esses medicamentos, há diversas opções disponíveis, embora
nem sempre adequadamente testadas. Estas abordagens dependem do cenário clínico em
questão, por exemplo, se há ausência ou apenas insuficiência de resposta ao tratamento desse
transtorno.
No artigo “Exercício Aeróbio como Terapia de Exposição a Estímulos
Interoceptivos no tratamento do Transtorno de Pânico” os autores propuseram através de
dados bibliométricos, revisar toda a literatura da eficácia do exercício físico no tratamento do
transtorno de pânico. Observou-se que o exercício pode reduzir sintomas ansiosos
mensurados, mas que ainda existem poucos estudos que dizem respeito a esse tipo de
tratamento direcionado ao transtorno de pânico.
Neste artigo “A Espacialidade na compreensão do Transtorno do Pânico: uma
análise Existencial” o autor discorre sobre um caso clínico de um atendimento revisando e
explicitando o conceito de espacialidade segundo a ontologia fundamental de Heidegger em
seu trabalho “ Ser e Tempo”. A compreensão do homem como Dasein como referido pelo
autor permiti possibilidades de compreensão das patologias mentais, embasados nos modos de
relação homem-mundo. Destaca-se também nesse texto aspectos do ser do homem como
Dasein, no sentido de elucidar este caso clínico, em especial no que tange à questão da
espacialidade, já abordada por Heidegger e aplicada por Binswanger em sua psicopatologia no
tratamento do transtorno de pânico.
48
Gráfico 7 – Conclusão
0 1 2 3 4 5 6
Como evidenciado no gráfico acima, pode-se perceber que das formas de tratamentos
para o indivíduo que apresenta Transtorno de Pânico (TP), apresentou-se em uma maior
quantidade a Terapia Cognitiva Comportamental e os Psicofármacos com 6 (42,85%) artigos
como principal estratégia para a realização do diagnóstico e tratamento do Transtorno de
Pânico.
Alguns artigos propuseram intervenções na linha da psicodinâmica com um total de 3
(21,42%) artigos publicados.
Quanto à Terapia Psicodramática, a Terapia Analítica Funcional, os Exercícios
Físicos como tratamento, o acompanhamento psicoterápico existencial, e a tecnologia como
tratamento, apresentaram-se como as abordagens que menos se expressam em relação ao
número de artigos relacionados à temática, com 1 (7,14%) artigo publicado cada em um
período de quinze anos como propôs esta pesquisa.
No artigo “Neurose de angústia e transtorno de pânico” após pesquisas e
levantamento das hipóteses, a autora conclui que há muitos anos o indivíduo é desconsiderado
pelas exigências da sociedade consumista e de objetos descartáveis, que inclui o próprio
sujeito. Tudo causa angústia, desde a magnitude do perigo em comparação com suas próprias
forças até a ameaça de rompimento dos laços emocionais. O sujeito não encontra espaço para
sua inserção nos grupos, assim como também vê uma possível exclusão de algum grupo
social, intelectual, econômico ou familiar, tendo como pano de fundo episódios de depressão.
51
igualmente eficazes para esse transtorno, mas são menos tolerados que os ISRS e podem ser
letais ao paciente em uma possível superdose; por esses motivos, eles podem ser utilizados
como segunda escolha no tratamento do transtorno de pânico. O uso de benzodiazepínicos
(alprazolam, clonazepam, diazepam e lorazepam) “popularmente conhecidos como
calmantes” são controversos quanto ao uso, sendo que algumas diretrizes internacionais
recomendam seu uso concomitante nas primeiras semanas de uso dos ISRS tendo em vista sua
eficácia em curto prazo, enquanto outras não recomendam seu uso pelo risco da dependência.
Na prática clínica, seu uso é corrente e pode ajudar no manejo dos pacientes que sofrem do
pânico. No entanto, deve-se atentar para o risco de dependência durante todo o tratamento dos
pacientes.
Já o artigo “Resistência ao tratamento nos Transtornos de Ansiedade: fobia
social, transtorno de ansiedade generalizada e transtorno do pânico” nos explicita que
existe uma porcentagem significativa de pacientes que permanecem sintomáticos após o
período de tratamento com psicofármacos. A combinação de medicamentos tem sido sugerida
em estudos anedotais sobre o transtorno de pânico. A associação dos psicofármacos
imipramina e moclobemida, de tricíclicos e imipramina, de benzodiazepínicos e valproato de
sódio ou d-fenfluramina e de carbonato de lítio e clomipramina foram descritos em relatos de
caso estudados como resultados preliminares considerados positivos. Outros casos de resposta
positivas com a potencialização concomitante de fenelzina, tiagabina e gabapentina também
foram relatados em outros estudos por outros autores respectivamente. Alguns psicofármacos
foram descritos como eficazes em monoterapia no transtorno de pânico como resistente ao
tratamento. Dados de alguns casos sugerem a eficácia da trimipramina, da tiagabina e do
clonazepam. Em estudo aberto realizado com a reboxetina (8 mg ao dia) por seis semanas,
apresentaram melhoras significativas dos sintomas nos pacientes anteriormente resistentes ao
tratamento. Em outro estudo conduzido por com pacientes portadores do transtorno de pânico
e instabilidade do humor, o divalproato se mostrou eficaz no tratamento dos sintomas do
desse transtorno. A exemplo dos demais transtornos de ansiedade resistentes, o uso de
antipsicóticos atípicos tem sido alvo crescente de atenção e estudos, demonstrando a eficácia
do aripiprazol e da risperidona associados a ISRS ou benzodiazepínicos, e relatos de caso nos
quais a associação da olanzapina à paroxetina ou ao tratamento anteriormente utilizado
mostra-se eficaz ao tratamento do transtorno de pânico. Conclui-se que a resistência ao
tratamento tem especial relevância nos transtornos de ansiedade. As condições clínicas estão
associadas a maiores taxas de mortalidade e morbidade, piora na qualidade de vida e grande
prejuízo social em uma grande parte dos indivíduos que sofrem do transtorno de pânico.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa foi realizada a partir de uma revisão bibliométrica, onde pode-se
alcançar os objetivos propostos nesse trabalho, corroborando para o entendimento e
ampliação do conhecimento a respeito do tratamento do Transtorno de Pânico, identificando
assim como os profissionais estão olhando e atuando frente a este tema. Neste trabalho
observamos que os anos mais expressivos abordados sobre o Transtorno de Pânico foram
2008 e 2009, sendo o primeiro com quatro artigos publicados em cada ano e o segundo com
três artigos. Por meio da análise de produção científica brasileira Scielo e BVS pode-se
perceber que os anos de 2002, 2004, 2005, 2006, 2010, 2011, 2013, 2014, 2015 e 2016 não
foram encontrados artigos relacionados à temática, podendo existir pouco interesse sobre
pesquisas neste assunto durante esses anos.
Verificou-se que os autores que mais publicaram nos últimos quinze anos sobre
formas de tratamento do Transtorno de Pânico (TP) foram Antonio Egidio Nardi, Bernard
Rangé, Gisele Gus Manfro e Marcele Regine De Carvalho com 2 artigos publicados cada, nos
quais tem como abordagem teórica a psicologia Cognitivo-Comportamental, com temas
relacionados às fomas de tratamento do Transtorno de Pânico (TP). A Revista Brasileira de
Psiquiatria foi a responsável por três publicações no banco de dados Scielo no período de
2001 à 2008 sobre formas de tratamento do Transtorno de Pânico (TP).
Verificou-se nesta pesquisa que oito artigos tiveram como objetivo relacionar e
explicitar a importância da Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) e aos Psicofármacos no
tratamento do Transtorno de Pânico (TP). Estes artigos propuseram-se a discutir e analisar as
principais estratégias utilizadas para a realização do diagnóstico e tratamento e da medicação
psiquiátrica nos indivíduos que sofrem do Transtorno de Pânico (TP). Também nesta pesquisa
percebe-se que a abordagem predominante foi a Cognitiva-Comportamental com seis artigos
publicados, onde foram selecionados artigos que estudaram sobre fatores cognitivos-
comportamentais para se explicar o Transtorno de Pânico em seu diagnóstico, eficácia e
tratamento.
Pode-se perceber que o tipo de pesquisa que teve a maior quantidade de material
publicado foi o estudo bibliográfico, com nove artigos publicados nos últimos quinze anos.
Neste tipo de pesquisa foram elegidos artigos que discorriam sobre as formas de tratamento
do Transtorno de Pânico. Podemos supor que esta pesquisa bibliográfica, utilizou-se de
diversos instrumentos como as publicações científicas, nos trazendo informações importantes
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REFERÊNCIAS
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