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Agregados para concreto

„ Material granular
sem forma e volume
definidos;
„ Geralmente inerte; e
„ Propriedades
adequadas para uso
em obras de
Engenharia

Tipos de agregados
„ Rochas britadas
„ Fragmentos rolados
nos leitos dos
cursos d’água;
„ Materiais
encontrados em
jazidas provenientes
de alterações de
rocha

1
Aplicações de agregados

„ Lastro de vias
férreas;
„ Bases para
calçamentos;
„ Camadas
drenantes;

Aplicações de agregados

„ Reforço das
camadas de um
pavimento;
„ Concretos
asfálticos;

2
Aplicações de agregados

„ Argamassas para
assentamento e
revestimento de
pisos, paredes e
tetos;

Aplicações de agregados

„ Concretos:
„ Simples;
„ Armado;
„ Protendido; e
„ Especiais.

3
Argamassas e concretos

„ Funções dos agregados:


„ resistir aos esforços:
„ mecânicos
„ ao desgaste

„ ao intemperismo

„ reduzir as variações volumétricas; e


„ reduzir o custo.

Classificação dos agregados


„ Naturais:
„ areia;
„ pedregulho,
cascalho ou seixo
rolado.

4
Classificação dos agregados
„ Artificiais:
„ pedra britada;
„ areia artificial;
„ escória siderúrgica;
„ argila expandida;
„ cinza volante
sinterizada; etc.

Classificação dos agregados


Massa específica
Leves Normais Pesados

Vermiculita Areia Minérios de


ferro
Argila Seixo rolado Minérios de
expandida bário
Poliestireno Pedra britada Sucata
expandido metálica

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Classificação dos agregados
Tamanho dos grãos
„ Filer: material que passa na # 0,075 mm
„ rejeito da britagem de rochas

„ Miúdo: material que passa na # 4,8 mm


„ areia natural ou artificial

Classificação dos agregados


Tamanho dos grãos
„ Graúdo: material que fica retido na # 4,8 mm
„ seixo rolado:

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Classificação dos agregados
Tamanho dos grãos
„ Graúdo: material que fica retido na # 4,8 mm
„ pedra britada:

Classificação dos agregados


Tamanho dos grãos
„ Mescla: mistura de miúdo com graúdo

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Aplicações do filer

„ Espessador de asfaltos diluídos

„ Mastiques betuminosos

„ Argamassas e concretos betuminosos

„ Borracha artificial

„ Concretos pobres

Agregado miúdo
„ NBR 7211 – Agregados
para concreto: areia
natural ou resultante da
britagem de rochas
estáveis, ou a mistura
de ambas, cujos grãos
passam na # 4,8 mm e
ficam retidos na # 0,075
mm

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Extração de areia lavada

Agregado miúdo
Massa específica real
„ Picnômetro

„ Frasco de Chapman

„ NBR 9777

„ 2,65 g/cm3

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Agregado miúdo
Massa unitária
„ NBR 7251
„ Estados solto ou
compactado
„ Teor de umidade
„ Areia seca: 1,50 kg/dm3
„ Areia pouco úmida:
1,30 kg/dm3
„ Areia muito úmida:
1,20 kg/dm3
„ Granulometria
„ Areia média seca 1,50
kg/dm3
„ Areia fina seca 1,40
kg/dm3

Umidade e absorção
Seco em Seco ao Saturado Saturado
estufa ar sup. seca sup. molhada

água livre

absorção
efetiva
absorção umidade
superficial

umidade total

„ Umidade interna „ Umidade superficial


„ Absorção „ Aderida à superfície dos grãos
„ É mínima: ≤ 2% „ Inchamento

Mh − Ms
„ Umidade em % h= *100
Ms

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Umidade em agregados
Mh h
h=( − 1) *100 Mh = ( + 1) * Ms
Ms 100

„ Massa do agregado „ Massa do agregado


úmido seco

100 + h 100
Mh = * Ms Ms = * Mh
100 100 + h

Métodos para determinar a


umidade
„ Secagem em estufa

„ Frasco de Chapman
„ NBR 9776

„ Picnômetro

„ Speedy moisture
tester

CaC2 + 2 H2O ⇒ Ca(OH)2 + C2H2

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Inchamento da areia
Areia seca
67,41 kg

Inchamento da areia

Areia úmida
55,43 kg

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Inchamento da areia
„ Na areia úmida a água forma em torno dos grãos uma tênue
película provocando um afastamento entre eles ocasionando o
aumento de volume do conjunto.

„ Coeficiente de „ Inchamento em %
inchamento
Vh − Vs Vh − Vs
I= I =( ) *100
Vs Vs

„ Relação entre volumes úmido e seco

Vh δs 100 + h
= ( )
Vs δh 100

Curva de inchamento da areia


„Umidade
1,36
crítica
1,32

1,28 hcrit = 4,8%


1,24
Relação Vh/Vs

1,20
„Inchamento
1,16
médio
1,12

1,08
Vh
1,04 = 1,30
1,00
0 2 4 6 8 10 12 14
Vs
Umidade, %

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Composição granulométrica
„ É a proporção relativa dos diferentes
tamanhos de grãos que se encontram
constituindo o todo.
„ É expressa em termos de porcentagem em
massa:
„ do material que passa; ou
„ do material retido por peneira.
„ MB 7 (NBR 7217) Análise granulométrica de
agregados.
„ MB 6 (NBR 7216) Amostragem de agregados

Séries de Tyler
Mesh
Série Série
Normal Intermediária
peneiras 76 mm
64 mm
50 mm
38 mm
32 mm
25 mm
19 mm
12,5 mm
9,5 mm
6,3 mm
n.º 4 4,8 mm
n.º 8 2,4 mm
n.º 14 1,2 mm
n.º 28 0,6 mm
n.º 48 0,3 mm
n.º 100 0,15 mm

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Análise granulométrica
Peneiras (mm) Massa retida (g) % retida % acumulada
9,5 0 0 0
6,3 0 0 0
4,8 30 3 3
2,4 260 26 29
1,2 200 20 49
0,6 190 19 68
0,3 150 15 83
0,15 100 10 93
Fundo 70 7 100
Massa final (g) 1000
Dimensão máxima característica 4,8 mm
Módulo de finura 3,25

„ Dimensão máxima característica (Diâmetro máximo)


„ Abertura da peneira em que ficar retida, acumulada, uma
porcentagem igual ou imediatamente inferior a 5%
„ Módulo de finura (Módulo de Abrams)
„ Soma das porcentagens retidas, acumuladas, na série
normal de peneiras, dividida por 100.

Curva granulométrica
100

90
Porcentagens retidas e acumuladas (%)

80

70

60

50

40

30

20

10

0
Fundo 0,15 0,3 0,6 1,2 2,4 4,8 6,3 9,5

Abertura das peneiras (mm)

Curva granulométrica do agregado Zona ótima Zona utilizável

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Limites granulométricos para
agregado miúdo - NBR 7211
ABNT Zona utilizável Zona Zona utilizável
inferior ótima superior
9,5 mm 0 0 0
6,3 mm 0 0 0 a 7
4,8 mm 0 0 a 5 5 a 10
2,4 mm 0 a 10 10 a 20 20 a 25
1,2 mm 5 a 20 20 a 30 30 a 50
0,6 mm 15 a 35 35 a 55 55 a 70
0,3 mm 50 a 65 65 a 85 85 a 95
015 mm 85 a 90 90 a 95 95 a 100

Impurezas orgânicas
„ São constituídas por húmus geralmente de
origem vegetal
„ Ação nas argamassas e concretos
„ neutralizam a água alcalina das argamassas e
concretos inibindo as reações de hidratação do
cimento;
„ retardamento da pega;
Baixas resistências nas
„ endurecimento lento
primeiras idades

„ Cura cuidadosa

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Impurezas orgânicas
„ Em filmes
„ impedem a aderência pasta - agregado
acarretando em diminuição da resistência
mecânica
„ Avaliação do teor de impurezas orgânicas
nas areias
„ MB 10 (NBR 7220) - Ensaio colorimétrico
„ MB 95 (NBR 7221) - Ensaio de qualidade da areia

Impurezas orgânicas - MB 10

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Materiais pulverulentos
„ Silte (0,002 < φ < 0,06 mm)

„ Argila (φ < 0,002 mm)

„ Em pó
„ preenche os vazios, aumentando a trabalhabilidade

„ Em filmes
„ impede a aderência do grão à pasta de cimento

„ Determinação do teor de materiais pulverulentos


„ MB 9 - NBR 7219

Outras substâncias nocivas


„ Argila em torrões
„ inclusões de baixa resistência
„ determinação pelo MB 8 (NBR 7218)
„ Materiais carbonosos
„ intumescem e desagregam o concreto
„ afetam o endurecimento do cimento
„ determinação pela ASTM C123
– separação em líquido de γ = 2 kg/dm³

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Outras substâncias nocivas
„ Mica
„ afeta a resistência e a consistência
„ Sais
„ Cloretos
„ revestimentos higroscópicos
– manchas de umidade
– eflorescências
„ favorecem a corrosão das armaduras do
concreto armado
„ Sulfatos

Areias artificiais
„ Originadas da britagem de rochas
„ Granito: são as melhores
„ Basalto: grãos lamelares e aciculares

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Areia artificial - Influência nas
argamassas e concretos
„ Trabalhabilidade
„ forma do grão
„ elevado teor de material pulverulento
„ requer lavagem

„ Resistência à tração e ao desgaste


„ forma e textura superficial do grão

Substâncias nocivas - EB 4
Limites máximos em % da massa do material
„ Torrões em argila (NBR 7218)
„ 1,5
„ Materiais carbonosos (ASTM C123)
„ em concreto aparente
– 0,5
„ nos demais concretos
– 1,0
„ Materiais pulverulentos (NBR 7219)
„ em concreto submetido a desgaste superficial
– 3,0 (10% para areia artificial)
„ nos demais concretos
– 5,0 (12% para areia artificial)

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Substâncias nocivas - EB 4

„ Impurezas orgânicas (NBR 7220 – MB 10)

„ deve ser mais clara que a solução padrão

– (300 ppm)

„ caso contrário (NBR 7221 - MB 95)

– ensaio de qualidade da areia

Agregados Graúdos - NBR 7211


„ Pedregulho ou a brita proveniente de
rochas estáveis, ou a mistura de ambas,
cujos grãos passam pela peneira 152 mm
e ficam retidos na peneira 4,8 mm.
„ Rochas utilizadas na produção de
agregado graúdo
„ Granito
São as melhores pois
„ Basalto
são mais estáveis
„ Gnaisse
„ Diorito „ Calcário
„ Gabro „ Quartizito
„ Diabase „ Arenito

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Forma dos grãos

„ Arredondados - cascalhos

„ Angulares com arestas vivas - britas

„ Melhor forma
„ Esférica para cascalhos;

„ Cúbica para britas

Classificação dos grãos quanto


as suas dimensões
„ Comprimento (C) - maior dimensão

„ Largura (L) - diâmetro da menor abertura

circular que o agregado passa

„ Espessura (e) - distância mínima entre

dois planos paralelos que contêm o grão

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Classificação dos grãos quanto
as suas dimensões
„ Normais

„ quando as três dimensões têm a mesma


ordem de grandeza
–C/L<2 e L/e<2

„ Aparência:
– Cúbicos

– Esféricos

– Tetraédricos

Classificação dos grãos quanto


as suas dimensões
„ Lamelares
„ quando há grande variação na ordem de
grandeza das três dimensões
„ Alongados ou em forma de agulhas
(aciculares)
–C/L>2 e L/e<2
„ Discóides ou quadráticos
–C/L<2 e L/e>2
„ Planos ou em forma de placas
–C/L>2 e L/e>2

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Classificação dos grãos quanto
às arestas cantos e faces
„ Normais
„ Angulosos
– Arestas vivas, cantos angulosos e faces planas
„ Arredondados
– Sem arestas, cantos arredondados e faces convexas

„ Irregulares
„ Conchoidais
– Uma ou mais faces côncavas
„ Defeituosos
– Apresentam partes com seções grossas ou
enfraquecidas em relação à forma geral do agregado

Índice de forma
NBR 7809
„ Amostra representativa das frações
granulométricas
„ 200 – nº de grãos da amostra
„ Ni - nº de grãos da fração i
„ Fi - % em massa da fração i

200
Ni = xFi
F 1 + F 2 + ...Fi... + Fn
„ Índice de forma
c
„ Comprimento – c IF =
„ Espessura - e e

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Influência da forma do agregado
graúdo nas propriedades do
concreto
„ Propriedades do concreto
„ Trabalhabilidade do concreto fresco
„ Resistência do concreto endurecido
„ Características do agregado
„ Dimensão máxima característica
„ Granulometria
„ Forma
– Arredondada
– Angulosa

Influência da forma do agregado


graúdo nas propriedades do
concreto
„ Forma arredondada

„ Menor índice de vazios;

„ Menor quantidade de areia no concreto;

„ Menor superfície específica da mistura fresca;

„ Menor quantidade de água de amassamento;

„ Maior resistência.

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Influência da forma do agregado
graúdo nas propriedades do
concreto
„ Forma arredondada

„ Facilita o movimento dos grãos;

„ Boa trabalhabilidade com menos água;


– Para a mesma quantidade de água: o concreto de

seixo rolado é mais plástico que o de pedra britada;

– Para a mesma trabalhabilidade: consome se menos

água no concreto de seixo rolado.

Influência da forma do agregado


graúdo nas propriedades do
concreto
„ Pedra britada
„ Forma angulosa e superfície áspera;
„ Maior aderência à argamassa que envolve o
grão;
„ Para a mesma relação água / cimento:
– Menor trabalhabilidade;
– Maior resistência.
O material pulverulento afeta mais o concreto de
seixo rolado que o concreto de pedra britada
pela diminuição da aderência

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Massa específica
„ Absoluta
„ Real
„ Aparente
„ Depende da rocha
„ Rocha densa e impermeável
„ Porosa
„ Volume aparente do grão
„ Espaço ocupado pelo grão no concreto

Massa específica e absorção de água de


agregado graúdo: NBR 9937
„ Colocar a amostra em imersão em água
durante 24 horas;
„ Secar a superfície dos grãos e
determinar a sua massa no estado
saturado superfície seca (B);
„ Colocar a amostra na balança
hidrostática e determinar a sua massa
imersa na água (C);
„ Colocar a amostra para secar em estufa
por 24 horas e determinar a sua massa
no estado seco em estufa (A).

B B A
γ sss = a= × 100
B C A

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Massa unitária de agregado
graúdo (NBR 7251)
„ Massa da unidade de volume aparente do
agregado (inclui no volume os vazios entre
os grãos)
„ Importância

„ Conversão de traços;
„ Cálculo do consumo de material por m³ de
concreto;

Massa unitária de agregado


graúdo (NBR 7251)
„ Fatores que afetam
„ Teor de umidade
– aumento da massa (não ocorre o fenômeno do
inchamento)

„ Grau de adensamento
– menos dependente do que o agregado miúdo

„ Forma e volume do recipiente


– Cilíndrico ou paralelepipédico

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Resistência e durabilidade
„ Rochas inertes
„ Sem alteração química sobre o cimento
„ Inalteráveis
– ao ar
– à água
– a variações de temperatura
„ Verificação da alterabilidade do agregado pelo
método M-14 do IPT-SP
– determinação da perda de massa após 5 ciclos de
imersão do agregado em uma solução de sulfato de
sódio, por 20h, seguido de secagem em estufa a
105ºC, por 4h
– perda de massa máxima de 15%

Reação álcali-agregado
„ Hidróxidosalcalinos liberados na
hidratação do cimento
„ KOH, NaOH
„ Minerais
reativos presentes em certos
agregados (sílica ativa)
„ Opala; „ Cristobalita; e
„ Calcedônia; „ Zeólitas.
„ Tridimita;
„ Teor máximo de álcalis permitido quando
se utiliza agregados reativos
„ Na2O + 0,658K2O < 0,6%

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Reação álcali-agregado

Métodos para verificação da


nocividade do agregado (reação
alcalina)
„ Método químico: mede-se a redução da
alcalinidade de uma solução normal de NaOH
colocada em contato com o agregado
pulverizado, em temperatura de 80ºC; e
determina-se o teor de sílica dissolvida.
„ Comparam-se os resultados com os do
gráfico de Mielenz e Witte

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Gráfico de Mielenz e Witte para
determinação da reatividade dos agregados

Métodos para verificação da


nocividade do agregado (reação
alcalina)
„ ASTM C 227: Medida da expansão a 1, 3,
6, 9 e 12 meses de idade de corpos de
prova de 25 x 2,5 x 2,5 cm, preparados
com agregado e cimento em estudo,
conservados a 37ºC em ambiente saturado
„A reação alcalina é perigosa se a
expansão longitudinal for superior a:
„ 0,05% aos 3 meses;
„ 0,10% aos 6 meses.

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Granulometria

„ Amostragem: NBR 7216 (MB 6)


„ Análise granulométrica: NBR 7217
(MB 7)
„ Composição granulométrica
„ Dimensão máxima característica
„ Módulo de finura

Limites granulométricos para


agregado graúdo - NBR 7211
Peneira %, em massa, retida e acumulada na peneira, para a
ABNT Graduação Graduação Graduação Graduação
4,75 a 12,5 mm 9,5 a 25 mm 19 a 31,5 mm 25 a 50 mm
62,5 mm 0 0 0 0
50 mm 0 0 0 0 a 5
37,5 mm 0 0 0 5 a 30
31,5 mm 0 0 0 a 5 75 a 100
25 mm 0 0 a 5 5 a 25 87 a 100
19 mm 0 2 a 15 65 a 95 95 a 100
12,5 mm 0 a 5 40 a 65 92 a 100
9,5 mm 2 a 15 80 a 100 95 a 100
6,3 mm 40 a 65 92 a 100
4,8 mm 80 a 100 95 a 100
2,4 mm 95 a 100

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Substâncias nocivas - EB 4
Limites máximos em % da massa do material
„ Torrõesde argila e partículas friáveis
(NBR 7218)
„ Em concreto aparente 1,0
„ Em concreto submetido à abrasão 2,0
„ Nos demais concretos 3,0
„ Materiais pulverulentos (NBR 7219)
„ 1,0
„ Materiais carbonosos (ASTM C123)
„ Em concreto aparente 0,5
„ Nos demais concretos 1,0

Índices de qualidade para o


agregado graúdo - EB 4
„ Forma dos grãos (NBR 7809)

„ O índice de forma não deve ser maior que 3.

„ Abrasão Los Ângeles (NBR 6465)

„ Inferior a 50%

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