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ACESSOS VENSOSOS

O acesso venoso é uma das vias de acesso a parte interna do organismo


que possibilita a administração de medicamentos para melhores condições de
tratamento de pacientes. A realização da punção do acesso venoso norteia não
apenas os cuidados ao paciente e as possibilidades de acesso, mas também devem
interagir conforme o conforto e menores possibilidades de lesões ao local escolhido
para realização deste. As principais indicações incluem:

1. monitorização hemodinâmica invasiva (pressão venosa central, pressão


de artéria pulmonar, débito cardíaco por termodiluição);
2. acesso vascular para a infusão de soluções cáusticas, irritantes ou
hiperosmóticas;
3. terapêutica substitutiva renal de urgência (hemofiltração, hemodiálise);
4. acesso vascular de longo prazo para nutrição parenteral prolongada ou
quimioterapia;
5. reposição rápida de fluidos ou sangue no trauma ou cirurgia;
6. estimulação cardíaca artificial temporária;
7. acesso venoso em pacientes com veias periféricas ruins.
Ao que se referem os sítios de punção do acesso venoso periférico (AVP),
as veias dos membros superiores são as mais frequentemente utilizadas em função
de seus calibres e facilidade de visualização. Frente a esse contexto, os possíveis
sítios de punção do AVP em membros superiores são: Plexo venoso dorsal da mão,
veia radial superficial, ulnar superficial, antecubital, basílica, cefálica (Normalmente
são mais simples em função de seus calibres médios, serem mais facilmente visíveis
e palpáveis, são considerados como a primeira linha dos acessos venosos para o
politraumatizado).
Tendo em vista a realização do AVP em veia basílica, segue-se a seguinte
sequência para realização do referido procedimento:
Preparar o material:

1. Garrote;

2. Material para assepsia • (Álcool 70% ou PVPI e Algodão ou gaze);


3. Luva descartável;

4. Cateter de escolha (scalp ou jelco);

5. Seringa 5 ou 10ml com SF 0,9%;

6. Material para fixação • (Esparadrapo ou micropore, tala rígida s/n);

7. Soroterapia, se prescrito.

Técnica:

 Lavar as mãos
 Iniciar o procedimento (Explicar o procedimento ao paciente, quando lúcido)
 Calçar as luvas e usar demais EPI’s;
 Deixar o equipo ou polifix previamente completo com SF 0,9% ou água
bidestilada;
 Aplicar o garrote acima do local escolhido para punção (o suficiente para
impedir o fluxo venoso, mas não a circulação arterial), solicitando ao paciente
para realizar movimento de abre e fecha das mãos;
 Realizar assepsia do local;
 Inserir o cateter com o bisel voltado para cima a um ângulo de 30º a 40º e
após perfurar a veia, reduzir o ângulo até que se torne paralelo à pele;
 Verificar o retorno de sangue no interior do cateter;
 Soltar o garrote;
 Conectar a seringa ou o equipo conforme prescrição, injetando o líquido
lentamente;
 Realizar fixação segura do Jelco ou Scalp;
 Identificar com data, hora e nome do responsável que puncionou o acesso.
REFERÊNCIAS

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de


Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, Brasília: Anvisa, 2017. Disponível em:
http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/medida
s-de-prevencao-deinfeccao-relacionada-a-assistencia-a-saude-3. Acesso
em:26/06/2020.

CARLOTTI, A. P. C. P. Acesso Vascular. Rev Medicina Ribeirão Preto. 2012;45(2):


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PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO PARA AS UNIDADES BÁSICAS


DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DO SALVADOR. Salvador- Bahia, 2019. Disponível
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SANTOS, J. Acesso Venoso. Emergência Rules, 2019. Disponível em:


https://emergenciarules.com/2019/07/14/acesso-venoso-central/. Acesso em:26/06/2020.

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