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Núcleo de Estudos Diplomáticos

Disciplina: Geografia
Professora: Márcia Rodrigues

GEOMORFOLOGIA

 Ciência que estuda a gênese, dinâmica e evolução do relevo.

Gênese:

Fatores internos:
- Tectônicos: vulcanismo, terremoto, orogênese e epirogênese
- Litologia – Rochas magmáticas, igneas ou cristalinas; sedimentares e metamórficas.

Fatores externos: intemperismo, erosão, transporte e deposição.

Grandes Unidades de Relevo:

Dobramentos Modernos
Planaltos
Planícies
Depressões

No Brasil – relevos muito antigos, de baixa altimetria - planícies, planaltos e depressões.

 Planaltos :

N – Guianas – importantes nascentes da Margem esquerda do rio Amazonas , algumas das maiores altitudes
brasileiras. Negro, branco, Trombetas e Jarí.

SE – Serra do Espinhaço – Quadrilátero Ferrrífero


Serra da Mantiqueira – Paisagem de mares de morros e meias laranjas
Nascentes importantes – Rio Doce, Paraíba do sul, Jequitinhonha
Serra da Canastra – Rio São Francisco
Escarpas de transição entre áras rebaixadas e planaltos – Serra do Mar – separa os planaltos do SE e S da
baixada litorânea.

S – Planaltos e Chapadas do PR – terrenos sedimentares areníticos, onde ocorreram derrames basálticos do


mesozóico – presença da terra roxa – solo mais fértil do Brasil.

CO – Chapadas – Parecis (Veadeiros, Guimarães) – formações elevadas e aplainadas delimitada por taludes
abruptos.
NE – Planaltos e Chapadas da Bacia do Parnaíba. – Terrenos sedimentares de altitudes modestas. Separa o Rio
Parnaíba de rios temporários no Piauí.
Espigão Mestre – entre BA e TO/GO – Rio São Francisco do Rio Tocantins

Chapada da Borborema – divisora das áreas de umidades distintas do NE.

 Depressões

N – Amazônia – Oriental, Norte e Sul Amazônicas.


CO – Altos e Médios Vales do Tocantins e Araguaia
NE - Sertaneja e Sanfranciscana.
S e SE – Depressão Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná.
Zona de contato entre terrenos vulcânicos e sedimentares - erosão diferencial
Linha de Cuestas – vertente com declividade suave em direção à calha do PR e inclinação abrupta no contato
com terrenos sedimentares.

 Planícies

N – Amazônia somente na calha do Rio


CO - Pantanal – faz parte do Chaco (Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia) – Planície do rio Paraguai.
Planícies e Tabuleiros Litorâneos - MA ao RS
Tabuleiros
Falésias - áreas cristalinas – restingas e lagunas.
Barreiras – áreas sedimentares – NE – cordões arenosos e dunas

CLIMA

Fatores que influenciam o clima

Latitude
Continentalidade Chuvas – Orográficas, Convectivas e Frontais
Altitude
Massas de ar

Tipos Climáticos

 Equatorial

Média de temperatura superiores a 24ºC anuais


Baixa amplitude térmica (2ºC)
Mês mais frio superior a 21ºC
Precipitação em torno de 2000 mm anuais.

 Tropical

Temperatura média anual superior a 21ºC


Mínimas de até 18ºC (latitude e altitude)
Precipitação em torno de 1500 mm anuais
Amplitude térmica em torno de 7ºC
Verão – atuação da mEc e no inverno mTa e MPa
 Litorâneo Úmido – Tropical Úmido

Médias térmicas – superiores a 21ºC


Pluviosidade em torno de 1500 mm anuais
Amplitude térmica em torno de 7ºC
No Nordeste – chuvas concentradas no inverno

 Tropical semi-árido – Irregularidade e escassez pluviométrica

Entre 750 e 1000 mm anuais de precipitação – normalmente no outono na região oriental


Pouco mais de 300 mm ao ano na porção ocidental
Fenômeno da seca – ainda não é totalmente explicado.
Correntes marinhas, circulação atmosférica e orogênese – Alta pressão.

 Tropical de altitude – Médias térmicas mais baixas.

Chuvas concentradas no verão


Médias anuais entre 18º e 21ºC
Médias em julho abaixo de 18ºC – Serra da Mantiqueira – Entre 12º e 15ºC
Campos do Jordão – até 14ºC.

 Subtropical

Precipitações entre 1250 e 2000 mm – não existe estação seca


Influência restrita da mEc e ampla da mPa – dominante no inverno
Dois subtipos:
-Verões amenos – medias anuais inferiores a 18ºC , em janeiro em torno de 22º .
-Verões quentes– médias inferiores a 18ºC e em janeiro médias superiores a 24ºC.
Maiores amplitudes térmicas anuais do Brasil – Estações do ano melhores definidas que no clima tropical.

BIOGEOGRAFIA – VEGETAÇÃO

Relacionada ao clima, relevo, solos, etc.

Classificação das formações vegetais

Quanto ao porte:

Arbóreo – árvores
Arbustivo – arbustos
Herbáceo – ervas, gramíneas

Quanto à umidade:

Xerófila – adaptadas a áreas secas, de baixa umidade.Ex. Caatinga


Mesófila - climas mesotérmicos, sem secas pronunciadas. Ex. Florestas temperadas
Higrófila (ombrófila) – áreas de grande umidade. Ex. Floresta Amaz\õnica.
Hidrófila – formações adaptadas a ambientes aquáticos. Ex. mata de Igapó, Pantanal.
Tropófila – adaptadas a uma estação seca e outra chuvosa. Ex. Cerrado
Quanto a sazonalidade das folhas:

Caducifólia (decídua) – todas as espécies perdem as folhas , durante a estação seca. Ex. Caatinga
Subcaducifólia (semidecídua) – algumas espécies perdem as folhas, outras, não.Ex. Cerrado
Perenefólia – As espécies não perdem folhas durante o ano Ex. Floresta Amaz\õnica.

Quanto ao formato das folhas.

Acicufoliada – forma de agulha (pinheiros)


Latifoliada. – folhas largas

Quanto à diversificação de espécies :

Homogênea – predomínio de uma espécie.


Heterogênea – várias espécies diferentes.

Formações Vegetais do Brasil

 Floresta Equatorial – Hiléia Amazônica


Latifoliada, perenefólia, três estratos, higrófila e heterogênea.
 Cerrados
Latifoliada, subcaducifólia, três estratos, tropófila e heterogênea
 Caatinga
Lati e acicufoliada, caducufólia, estratos arbustivo / herbáceo, e heterogênea.
 Floresta Tropical – Mata Atlântica
Latifoliada, perene e subcaducifólia, três estratos e heterogênea.
 Campos – Pradarias
Latifoliada, perenefólia, herbácea e homogênea.
 Floresta de Araucária.
Acicufoliada, perenefólia, arbórea e homogênea.

DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS:

Florestados
 Amazônico
 Mares de Morros Florestados
 Domínio dos Planaltos de Araucárias

Formações Herbáceas e Arbustivas


 Cerrados
 Caatingas
 Pradarias

Faixas de Transição

 Complexo do Pantanal
 Mata dos Cocais
 Manguezais
DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS

FLORESTADOS

 Amazônico

Relevo – Planícies, depressões e baixos planaltos em áreas sedimentares predominantemente.


Clima – Equatorial.
Solos - pobres, ácidos e lixiviados. Horizonte A pouco desenvolvido.
Hidrografia – Imensos cursos d’água se comunicam por pequenos canais conhecidos como igarapés. Rios
perenes, volumosos – águas claras, barrentas e pretas.
Rochas sedimentares.
Vegetação – maior corpo florestal contínuo do planeta – latifoliada e perene
Grande diversificação de espécies – mais de 80 mil espécies vegetais e 30 milhões de animais.
Mata de de Igapó – terreno sempre inundado – veg. de pequeno porte, raízes respiratórias
Mata de Várzea – áreas de inundação periódica – mais homogênea e explorada pelas madeireiras. Espécies:
virola, sumaúma e seringueiras.
Mata de Terra Firme - Espécies chegam a atingir 60 – 65m de altura – onde atualmente ocorre a exploração de
madeira. – três estratos bem desenvolvidos.
Impactos – desmatamento/ queimadas

 Mares de Morros Florestados

Relevo – mares de morro e serras em terrenos cristalinos.


Clima – Tropical úmido e de altitude.
Solos – Massapé e terra roxa – o segundo mais fértil do Brasil.
Hidrografia – rios perenes, curtos, fortemente influenciados pelo tectonismo. Rio Paraíba do Sul e Doce.
Vegetação – Mata Atlântica - a mais devastada do país, restando em torno de 3% da original. Maior
biodiversidade do planeta – árvores em torno de 20 m nas áreas escarpadas e 35 nos topos das serras.
Impactos – Urbanização acelerada, café e pecuária – agravando os processos de erosão e assoreamento.

 Planaltos das Araucárias

Relevo – Planaltos, depressões e fronts de cuestas sobre derrames basálticos e arenitos.


Clima – Subtropical
Solos – Terra roxa
Hidrografia – Rios perenes e de alto potencial energético. Bacia do Rio Paraná.
Vegetação – Floresta de Araucária – menor biodiversidade das formações florestadas. Segunda mais devastada –
Super utilização da madeira e agricultura, estima-se que resta apenas 5% da área original.
Impactos – Agricultura, indústria madeireira – Desertificação e esgotamento dos solos.

FORMAÇÕES HERBÁCEAS E ARBUSTIVAS

 Cerrado

Relevo – Planaltos e depressões centrais sobre rochas cristalinas e sedimentares


Clima – Tropical propiamente dito
Solos – latossolos – profundos e ácidos funciona como isolante térmico durantes as queimadas, fazendo com
que muitas espécies brotem novamente. As cinzas funcionam como nutrientes.
Hidrografia – Rios Perenes e a maior parte das nascentes do país. Paraná, Amazonas, São Francisco, etc.
Vegetação - Três estratos bem marcantes alta biodiversidade – pouco estudado em relação às demais formações.
Árvores e arbustos apresentam galhos retorcidos, cascas grossas e raízes profundas. Sistema peculiar que se
regenera após as queimadas, especialmente o estrato herbáceo-arbustivo. Ao longo dos cursos d’água ,
predominam as matas galerias, também conhecidas como ciliares.
Cerradão – maior quantidade de espécies arbóreas
Cerrado - os três estratos bem representativos
Campo-cerrado – mais espécies herbáceas e arbustivas.
Campo sujo – mais espécies herbáceas.
Impactos – Área de grande exploração urbano-industrial e ultimamente agricultura mecanizada. Grande
propensão à queimadas provocando erosão e assoreamento dos rios.

 Caatinga

Relevo – Planaltos e depressões nordestinas


Clima - Semi-árido – balanço da evapotranspiração negativo durante a maior parte do ano
Solos – rasos e pedregosos, incapazes de reter umidade.
Hidrografia – Rios Intermitentes e sazonais predominantemente. Prsença de brejos onde ocorrem formações
vegetais relativamente densas.
Vegetação – Xeromórfica e Caducifólia – elevada biodiversidade (Xique-xique, mandacaru e cactáceas)
Impactos – Mineração, agricultura itinerante e pecuária extensiva - Área propensa à desertificação.

 Pradarias

Relevo – suavemente ondulado, com colinas conhecidas como coxilhas.


Clima – subtropical
Solos - arenosos
Hidrografia – Bacia do rio Paraná.
Vegetação – gramíneas
Impactos – Pecuária extensiva e monocultura mecanizada – arenização.

FAIXAS DE TRANSIÇÃO

 Complexo do Pantanal

Relevo – planície de inundação do Rio Paraguai parte brasileira do Chaco sul-americano


Clima – tropical
Solos – predomínio de hidromórficos
Hidrografia – Rios perenes, lagoas intermitentes e perenes (baías). Durante as cheias, canais que se
intercomunicam
Vegetação – espécies hidrófilas, tropófilas e xerófilas. Apresenta trechos de cerrados, campos e florestas.
Impactos – Pecuária extensiva, mineração, agricultura mecanizada e extrativismo(pesca e caça).

 Mata doa Cocais

Relevo –Planaltos e Chapadas da Bacia do Parnaíba


Clima – Subúmido a semi-árido
Hidrografia - Rio Parnaíba – principal Rio Perene e única foz em Delta no país.
Vegetação – Palmáceas (Carnaúba e Babaçu)
Impactos – extrativismo vegetal.
 Manguezais

Relevo – planícies litorâneas, litorais lodosos constituídos por baías e estuários.


Clima – Tropical úmido
Solos - salinos, pobres em oxigênio e hidromórficos.
Hidrografia – baías e estuários – área de água mista.
Vegetação – baixa biodiversidade, raízes respiratórias
Impactos – Realizam importante papel de retenção e reciclagem dos nutrientes, funcionando como
“encubadeira” para a vida marítima (fauna aquática e estoques de pesca)
Sofrem duplo impacto: poluição dos oceanos e infra-estrutura urbana como portos, turismo etc.

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