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© 2023 Autores. Direitos para esta edição cedidos à Editora UFS. Proibida a
reprodução total ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idên-
tica, resumida ou modificada, em Língua Portuguesa ou qualquer outro idio-
ma. Este livro segue as normas do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
de 1990, adotado no Brasil em 2009.
Obra selecionada e publicada com recursos públicos advindos do Edital
001/2021 do Programa Editorial da UFS.
Preparação
Juliana Cecci Silva
Revisão
Juliana Cecci Silva e Manuela Oliveira de Jesus
Iconografia da obra
Vinícius Dantas Andrade. Elemento ilustrativo central da capa, da página 6
e página 7.
Ficha Catalográfica
Biblioteca Central – UFS
71 p. : il.
ISBN 978-85-7822-715-9
CDU 58:37.02:784.4(81)
Sumário
Introdução 9
Método do Arco 12
Análise 15
(EF07CI07) 18
(EF07CI08) 26
(EF08CI07) 36
Músicas extras:
seleção de obras complementares 44
Conclusão 67
Sobre os autores 70
Referências 71
“A árvore quando é cortada chora
e sofre de tal maneira pois vê que
o machado que sangra
o seu tronco também
é feito de madeira”
(EL EFECTO – TROVOADA)
Apresentação
por Vinícius Dantas Andrade
Este livro paradidático tem como finalidade auxiliar professoras e professo-
res de Ciências da rede pública ou privada que desejam tornar as aulas de
Botânica no Ensino Fundamental mais dinâmicas e efetivas.
Desta forma, a música sendo aplicada no contexto escolar pode ser uma alter-
nativa eficiente no aprendizado, especialmente na Botânica. Através de letras
populares com foco no Reino Vegetal, os alunos e alunas podem associar os con-
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ceitos aprendidos durante as aulas com as mensagens extraídas das músicas.
A música utilizada como recurso didático garante aos alunos e alunas uma
liberdade criativa importante para o desenvolvimento educacional, pensa-
mento crítico e na resolução de problemáticas. Outra considerável contri-
buição está relacionada à comunicação e à expressão de sentimentos.
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Botânica. A atividade apoia-se na interpretação crítica de músicas populares
brasileiras cuja temática trata de conteúdos botânicos. Serão apresentadas
letras de músicas divulgadas pela grande mídia ou não, nas quais cabem aos
alunos(as), juntamente com o(a) professor(a), identificar também as temá-
ticas socioambientais presentes nas letras, para então correlacionar com o
Reino Vegetal e problematizar aspectos do cotidiano da comunidade escolar
Alguns clássicos da música popular como “Terra, planeta água” (de Guilher-
me Arantes) ou “Xote Ecológico” (de Luiz Gonzaga) não foram selecionados
para compor o trabalho, pois queríamos dar oportunidade de apresentar mú-
sicas que não são utilizadas frequentemente em aulas de Ciência e Biologia.
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Destacamos as competências exigidas nas habilidades por cores distintas e,
durante a análise das letras, selecionamos as frases das músicas colorindo-
-as de acordo com as habilidades. Esta abordagem facilita visualizar a proxi-
midade das letras com os conteúdos. Em cada análise de música consta um
resumo do que é dito nela, sugestões de objetivos e os conteúdos descritos
que se relacionam com o Currículo de Sergipe. Por fim, será apresentada
uma lista de músicas que não fizeram parte da primeira análise crítica, mas
que, entretanto, aumentam o leque de possibilidades.
Método do Arco
E como aplicar
O método criado e desenvolvido pelo francês Charles Maguerez, em 1970,
surgiu devido à necessidade de aclimatar as(os) imigrantes de países afri-
canos que se mudavam para a França em busca de trabalho. Por não esta-
rem habituadas(os) com os novos costumes e o idioma, pensou-se em um
método alternativo de ensino e aprendizagem que reduzisse os obstáculos
(NUNES et al., 2019).
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realidade. Neste trabalho, cada etapa será aplicada ao âmbito musical apre-
sentado e à realidade da comunidade, contextualizando os problemas.
A aplicação dessas soluções será opcional, uma vez que depende das con-
dições da escola em questão. Entretanto, é indispensável que as discussões
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promovidas em sala de aula retornem para a sociedade, incentivando a ci-
dadania dos estudantes e estimulando a capacidade de resolução de proble-
mas. Isso levaria os(as) alunos(as) a problematizarem o ambiente em que
vivem e, assim, intervirem da maneira que for possível, como, por exemplo,
elaborando uma carta para a prefeitura, criando campanhas de conscienti-
zação virtuais ou não, entre outros.
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autores originais e suas obras.
Possibilidade de contextualização
com a realidade sergipana
Outros: Especificar_________
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na Base Nacional Comum Curricular, a compatibilidade com a realidade bra-
sileira, a possibilidade de contextualização com o estado no qual se decida
aplicar esse paradidático, e a possibilidade de gerar reflexões de cunho so-
cial, ambiental, ético ou político. No quadro consta Sergipe, pois foi o estado
pensado originalmente para a aplicação deste trabalho; entretanto, pode-se
extrapolá-lo para qualquer região do Brasil.
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à
à temperatura etc.,
correlacionando essas características
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Papagaios, periquitos, cuidavam de suas cores
fauna e flora específicas quantidade de água
Os peixes singrando os rios, curumins cheios de amores
19
Depois tem o passarinho, tem o ninho, tem o ar
quantidade de água Igarapé, rio abaixo, tem riacho e esse rio que é um mar
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Pegou a primeira estrada, sem rumo, sem direção
disponibilidade de luz solar Era uma vez uma floresta na Linha do Equador
Objetivos
• Identificar as características do ecossistema amazônico e relacionar a ou-
tros ecossistemas brasileiros, focando principalmente nos que ocorrem
em Sergipe.
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• Discutir as causas dos problemas ambientais presentes nestes ecossiste-
mas e seus impactos na sociedade.
Conteúdos
• Diversidade de ecossistemas.
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fauna e flora específicas Catingueira se és feliz
O marmeleiro se enrama
fauna e flora específicas
Mas não agüenta a queimada fauna e flora específicas
Sentindo como quem ama
Catingueira se um vintém
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Puder se tornar um milhão
Nessa letra, o eu lírico utiliza Cenostigma pyramidale (Tul.) Gagnon & G.P.
Lewis (Catingueira) como objeto de observação para compreender o ecos-
sistema em que está inserido. Com isso, relaciona a deciduidade caracte-
rística desta espécie com os índices pluviométricos da região. Logo, é um
ótimo ponto de partida para discutir conceitos ecológicos.
Objetivos
• Identificar as relações ecológicas de Cenostigma pyramidale.
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Conteúdos
• Diversidade de ecossistemas.
catástrofes naturais
provocados por
físicos,
biológicos
ou sociais de um ecossistema
afetam suas populações,
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podendo ameaçar ou provocar a
extinção de espécies,
alteração de hábitos,
migração,
especiação etc.
“Matança”
– Augusto Jatobá
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De nada vale tanto esforço do meu canto
mudança nos componentes biológicos
Pra nosso espanto tanta mata haja vão matar
mudança nos componentes biológicos Que triste sina teve o Cedro, nosso primo
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a extinção de espécies Que se respira e a clorofila
Peroba, Massaranduba
ameaçar ou provocar
Carvalho, Mogno, Canela, Imbuzeiro Catuaba,
a extinção de espécies
Janaúba, Aroeira, Araribá Pau-Ferro,
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Copaíba, Pau-Brasil, Jequitibá.
Objetivos
• Identificar a importância de conservar a flora nativa.
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• Discutir a problemática do extrativismo ilegal e seus impactos ambien-
tais e socioeconômicos.
Conteúdos
• Diversidade de ecossistemas.
[...]
mudança nos componentes físicos Para vocês, que emitem montes de dióxido
mudança nos componentes sociais Pobre tem mais é que comer com agrotóxico
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mudança nos componentes biológicos
É o que acha, é o que disse um certo dia
ameaçar ou provocar
Miss motosserrainha do desmatamento
a extinção de espécies
Já o que acho é que vocês é que deviam
31
E que rebaixam planta, bicho e outros entes
a extinção de espécies
E acham pobre, preto e índio “tudo” chucro
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Vocês já não tão nem aí com aquelas vidas
mudança nos componentes físicos Por essa seca, essa crise, esse crime
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ameaçar ou provocar O que será que os seus filhos acharão de
a extinção de espécies
Vocês diante de um legado tão nefasto
[…]
Essa música permite estender a discussão para diversas áreas, como: poluição,
desmatamento, escassez de recursos hídricos, desertificação, alimentos trans-
gênicos, problemas relacionados à monocultura e à utilização de fertilizantes,
entre outras.
Objetivos
• Identificar a parcela de envolvimento do agronegócio na devastação de
ecossistemas, levando a extinção da biodiversidade.
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• Discutir a utilização de fertilizantes e seus impactos na saúde humana.
Conteúdos
• Diversidade de ecossistemas.
mecanismos adaptativos e
evolutivos.
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“Orquídea”
– Djavan
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Pleurothallis, Paphiopedilum
Nada comum
Cyrtopodium, Sarcoglottis
De um bem-querer
Javanica, Guttata-me
Cattleya ou Purpurata mecanismos evolutivos
Me remete a você
Desacata
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mecanismos evolutivos Sépala, labelo, coluna
Objetivos
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• Identificar os gêneros de Orchidiaceae presentes na música e buscar
qual deles ocorrem em Sergipe através da plataforma speciesLink (CRIA,
2022).
Conteúdos
• Mecanismos reprodutivos.
• Sexualidade.
“Ciranda”
– El Efecto
É debaixo da terra
No silêncio do chão
mecanismos evolutivos
Onde não é superfície
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É no fundo do peito
Junto do coração
40
Do fruto nasce a semente
[...]
Objetivos
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• Identificar os mecanismos reprodutivos e relacionar com as adaptações
evolutivas das plantas.
Conteúdos
• Mecanismos reprodutivos.
• Sexualidade.
Quadro de resumo das músicas
Música Habilidade Conteúdo científico Conteúdo sociocientífico Problematização
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escolha de espécie ban-
Extrativismo ilegal de le-
nomenclatura botânica; Botânica deira da flora local para
Matança EF07CI08 nha; identificação da flora
econômica; educação ambiental incentivar a preservação
local
ambiental
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no Quadro 1 (p. 15), apresentamos outras obras complementares cujo de-
bate fornecem embasamento para expandir as percepções da utilização de
músicas como recurso didático. Portanto, sugerimos: o primeiro episódio
da série “Explicando”, que explana sobre a percepção musical e seus efeitos
cognitivos; o álbum “Matança” completo de Augusto Jatobá, no qual encon-
tramos a música de mesmo nome discutida anteriormente e outras obras
significativas para a discussão da conservação ambiental. Quanto à música
“Frutos da Terra”, vale a pena ser trabalhada, pois apresenta as relações de
cuidado com as plantas.
“Refazenda”
– Gilberto Gil
45
Abacateiro, sabes ao que estou me referindo
Refazendo tudo
Refazenda
Refazenda toda
Guariroba
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nenhuma delas têm origem no Brasil, o que é um fato interessante para se
discutir em sala de aula. Vale ressaltar também uma nova música de Gilber-
to Gil, a “Refloresta”, que, lançada em 2021, foi inspirada pela destruição da
Floresta Amazônica; ótima para abordar questões de Educação Ambiental.
Vem me desfrutar
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Linda morena fruta de vez temporana
Vem me desfrutar
VALENÇA, A. Morena Tropicana. Rio de Janeiro: Cavalo de Pau; Gravadora Ariola, 1982.
Suporte (3:46).
Na música “Morena tropicana”, é possível perceber citações de diversos
frutos carnosos e referências a outros órgãos vegetais e até derivados de
interações entre fauna e flora, como é o caso do mel, dando margem para
se trabalhar sobre grãos de pólen. O título da música faz alusão ao clima tro-
pical, referenciando as praias do Nordeste, principalmente em Pernambuco,
estado natal do autor.
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Devido às analogias românticas, a letra apresenta uma diversidade de frutos
famosos pelo seu sabor e/ou beleza. Isso nos remete à ideia do papel disper-
sivo de sementes em relação aos atrativos, como a cor, o cheiro e o sabor.
“Caldo de Cana”
– Nação Zumbi
Eu decido é agora
Eu decido é agora
Eu vou admirar
Eu vou admirar
Eu decido é agora
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Feito caldo de cana
Eu decido é agora
NAÇÃO ZUMBI. Caldo de Cana. Rio de Janeiro: Nação Zumbi; Sony/ATV Music Publishing,
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damental quanto para o médio, dificultaria sua utilização.
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O ai roxo dessa lavora tardã
Diligença pega o pano e cum balai
Vai cum tua irmã, vai num rumo só
Vai cuiê o ai, o ai da tua avó
MELO, E. F. Arrumação. Rio de Janeiro: Nas Quadradas das Águas Perdidas; Discos Marcus
Pereira, 1979. Suporte (4:19).
Em “Arrumação”, Elomar demonstra uma situação característica de mui-
tos interiores do Nordeste, nos quais os(as) agricultores(as) dependem da
chuva para plantar. Para isso, utilizam dos conhecimentos meteorológicos
empíricos passados de geração em geração. Com o início do período chuvo-
so, inicia-se também o plantio de feijão; logo, pode-se relacionar os índices
pluviométricos no sertão com os costumes dos(as) agricultores(as) destas
regiões. Permite também o debate sobre agricultura familiar e a importân-
cia dos investimentos em políticas públicas para favorecer a produção de
alimentos mais saudáveis.
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fe, mostrando a necessidade de prender a criação no curral. O refrão inicia
com “Futuca a tuia, pega o catador”, referindo-se à “tuia” ou dispensa onde
se guardam ferramentas de trabalho no campo.
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Adeus Remanso, Casa Nova, Sento-Sé
Adeus, adeus
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to nas proximidades, e até interferir em cidades inteiras, como no caso da
construção de Sobradinho.
De onde veio
De onde apareceu
Por que que o meu destino
É tão parecido com o seu?
Eu sou a terra
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Você minha Semente
Na chuva a gente se entende
É na chuva que a gente se entende Oh Semente!
[...]
Semente eu sei
Tem gente que ainda acredita
E aposta na força da vida
E busca um novo amanhecer
Lá vem o sol
Agora diga que sim
Semente eu sou sua terra
Semente pode entrar em mim...
[...]
ARMANDINHO. Semente. Rio de Janeiro: Semente; Gravadora Universal Music Brasil, 2007.
Suporte (4:02).
A música “Semente” pode ser utilizada dentro da habilidade EF08CI07, pre-
sente na BNCC, pois relata de maneira poética a interação da chuva e a ger-
minação de sementes. Dessa maneira, os conteúdos de reprodução apre-
sentam a capacidade de serem trabalhados, destacando principalmente os
processos envolvendo as sementes. Isso permite falarmos desde o surgi-
mento da flor até a germinação de um novo indivíduo (RAVEN et al., 2014).
Outro ponto que pode ser pensado a partir dessa temática está relaciona-
do aos mecanismos evolutivos, constatando o surgimento das sementes no
Reino Plantae; quais as relações ecológicas que favoreceram o desenvolvi-
mento dessas estruturas nos vegetais; quais são as vantagens relacionadas
à dispersão e ao predomínio em novos ambientes; quais os tipos morfoló-
gicos e quais adaptações estão relacionadas a tal conformação; quais os
tecidos que compõem as sementes; entre outros.
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Esta maneira de enxergar a música ocorre de maneira extrapolada, pois não
apresenta discussões sobre problemáticas que possibilitem a contribuição
na formação de consciência socioambiental tão explicitamente. Vale lem-
brar que buscar aprofundar o olhar sobre o que percebemos na música é,
por si só, um exercício estimulante para o raciocínio crítico, e mesmo que
não apresente os conteúdos de maneira nítida, tais conjecturas fornecem
outros atributos, além dos conceituais (GOHN; STAVRACAS, 2010).
“Casa da Floresta”
– Nanan
Eu quero morar
Numa casinha feita à mão
Numa floresta onde eu possa plantar o que eu quiser
E andar de pés no chão
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Lá no alto a seringueira
Com o guapuruvu na beira
Contemplando uma vista pro mar
[...]
Trilha pro rio, cachoeira e cascata
No berro do tucano e canto do sabiá
E no voar da borboleta a saíra, bem faceira
Fica à espreita na procura do jantar
Abelha nativa fazendo colmeia
Colhendo pra lá e pra cá
Espero que tenha
Um fogão a lenha
E muito pra aqui celebrar
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“Bem Leve”
– Marisa Monte
Dessa maneira
Imbuia, Cerejeira
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Bem leve leve, releve
ANTUNES, A; MONTE, M. Bem Leve. Rio de Janeiro: Gravadora Universal Music Brasil, 1993.
Suporte (2:34).
A música “Bem Leve” relata os impactos ambientais da extração de plantas
lenhosas presentes na mata nativa brasileira e até um exemplo estrangeiro
(Cerejeira) para confecção de móveis. Assim como em “Matança”, realiza
críticas ao desmatamento e homenageia algumas espécies de árvores nati-
vas e até mesmo exóticas.
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seres vivos, que possuem papéis fundamentais no ecossistema, e conse-
quentemente para nós, para construir móveis e caixões.
“Luz do Sol”
– Caetano Veloso
Luz do sol
Em verde novo
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Reza a correnteza, roça a beira, doura a areia
[...]
VELOSO, C. Luz do Sol. Rio de Janeiro: Gravadora Warner Chappell Music, 1985. Suporte (3:34).
Esta música traz de maneira bastante poética e subjetiva referências à cap-
tação da luz solar para a utilização no processo fotossintético. A primeira
estrofe da música pode ser utilizada para introduzir a discussão sobre como
funciona a fisiologia envolvida na produção primária dos seres autótrofos.
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fluvial, demonstrando o fluxo de desague do rio no mar e suas influências
na dinâmica dos ecossistemas terrestres.
Sugestões Complementares
“Frutos da Terra”
– Jurandy da Feira
Sapoti, jabuticaba
Mangaba, maracujá
Cajá-manga, murici
Cana-caiana, juá
Araticum, araçá
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Engenho Velho,
Canavial,
Favo de mel
No meu quintal
[...]
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ao mesmo tempo que explicita a satisfação na realização de tais atividades.
O álbum “Matança”, de Augusto Jatobá, é uma rica fonte de músicas com
temáticas vegetais. Devido à qualidade do áudio, somente a música tema foi
explorada neste trabalho. Entretanto, vale a pena conhecê-lo por completo
e extrair as informações possíveis.
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música foi explanada nas p. 24-26.
6. “Ave Árvore” – Aqui, o autor faz uma analogia da sua vida com a de uma
árvore, aplicando concepções filosóficas sobre a existência das árvores.
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sódio exemplifica graficamente os processos constituintes da percepção
sonora, além de trazer o curioso caso de Jennifer Lee, uma DJ e produtora
musical que possuiu, por muitos anos, um distúrbio que a impossibilitava de
perceber qualquer parte de uma música.
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bre as problemáticas que circundam a escola, o que é fundamental para o
desenvolvimento das(dos) discentes.
Referências
AMARAL, A. R. P.; SANTOS, J. M. A barragem de Sobradinho e os atingidos
de Sento-Sé – BA. In: CONGRESSO NACIONAL DA DIVERSIDADE DO SEMIÁ-
RIDO (CONADIS), p. 1-10, 2018.
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na formação crítica do estudante do ensino superior. Cairu em Revista, n.
4, p. 119-14, 2014.
RAVEN, P.H.; EICHHORN, S.E.; EVERT, R.F. Biologia Vegetal. 8 ed. Rio de Ja-
neiro: Guanabara; Koogan, 2014. 867 p.
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Sobre os autores
Vinícius Dantas Andrade
Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Sergipe.
Desenvolveu projetos de pesquisas e monitoria na área da Botânica junto
ao Laboratório de Sistemática Vegetal (UFS).
70
mesma instituição. Atualmente, é professor do Departamento de Biociên-
cias (DBCI), da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Professor permanen-
te do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação (PPEC/UFS
São Cristóvão) e Programa de Pós-Graduação em Ciências Naturais (PPGCN/
UFS Itabaiana).