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INSTITUTO DE AGRONOMIA
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
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MÁRCIO PARISOTTO
ALUNO
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MAIO DE 2007
ÍNDICE
Resumo...................................................................................................................iii
Lista de Figuras....................................................................................................... iv
Capítulo 1 – Introdução
1.1 – Apresentação............................................................................5
1.2 – Objetivo.....................................................................................6
Ob
1.3 – Histórico....................................................................................6
1.4 – Conceitos..................................................................................8
1.5 – Seqüência: Unidade Fundamental..........................................10
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Capítulo 2 – Sismoestratigrafia
2.1 – Visão Geral..............................................................................13
2.2 – Interpretação Sismoestratigráfica............................................14
2.3 – Curva eustática e Arquitetura Deposicional.............................17
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3.1 – Introdução...............................................................................19
3.2 – Acomodação...........................................................................20
3.3 – Eustasia..................................................................................21
3.4 – Taxa de Variação Relativa do Nível do Mar...........................22
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Capítulo 4 – Conclusões......................................................................................37
ii
RESUMO
iii
LISTA DE FIGURAS
de nível baixo............................................................................................................................36
iv
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
1.1 – Apresentação
associáveis.
A necessidade de discussão do assunto é pertinente, e começa pela
denominação – modelo – hoje tida como um “método” de análise sísmica, visto
àss propriedades intrínsecas à bacia.
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1.2 – Objetivo
hidrocarbonetos exige cada vez mais alta resolução sísmica para suportar as
atualizações do modelo proposto inicialmente.
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1.3 - Histórico
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O centro de pesquisa de Houston, Texas, com destaque a Peter R.Vail e
Robert Mitchum III, apresentaram trabalhos de grande difusão, provocando
uma revolução científica conhecida como Estratigrafia de seqüências, esse
grupo ficou conhecido como Exxon. Inicialmente, uma série de coincidências
na variação do onlap costeiro chamou sua atenção, o que deu origem à
proposta da variação do nível do mar como causa principal.
Em 1977, no best seller da AAPG Memoir 26, a apresentação dessas
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(rocha pela rocha sem compromisso com o tempo) que foi dada aos sistemas,
apesar do próprio termo ter uma conotação holística (partes de um todo) e,
portanto cronoestrátigrafica (este tratamento veio mais tarde, com a
estratigrafia de seqüências e seus tratos de sistemas). Apresentam ainda a
evolução do conhecimento de alguns modelos deposicionais (delta, barra de
plataforma e leque submarino), principalmente face os conceitos estratigráficos
modernos.
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No Brasil o avanço da estratigrafia foi influenciado fortemente pela
Petrobrás, como reflexo, o aporte de publicações em português teve
contribuições de grande importância no ano de 2001. Helio J.P. Severiano
Ribeiro em Estratigrafia de Seqüências Fundamentos e aplicações, borda o
tema com muita propriedade em todos os seus aspectos, apresentando
novidades como a aplicação da micropaleontologia. Jorge C. Della Fávera em
Fundamentos de Estratigrafia Moderna confronta o uniformitarismo à
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1.4 – Conceitos:
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Acomodação: é o espaço disponível para a acumulação de sedimentos.
Embora a subsidência seja a maior responsável por esta acumulação, esta
ficaria modulada pela variação eustática. A disposição geométrica de uma
seqüência dependerá da distribuição da acomodação no espaço e no tempo.
(Della Fávera, 2001). Posamentier & Allen (1999) consideram inválida a
discussão de ser a eustasia ou a tectônica o fator mais importante da
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subaérea como submarina) ou não deposição e onde não haja qualquer hiato
significativo. (Della Fávera,2001)
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quando o nível de base é muito baixo, a ponto de impedir a continuidade da
deposição mergulho acima de um estrato. (Severiano,2001).
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o preenchimento da bacia. Galloway admite a ação dos três controles em
conjunto.
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Explicação:
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Fácies litorânea
Limite de seqüência estratigráfica genética e concordância correlativa
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A denominação seqüência, antes seqüência deposicional, esta inserida
no contexto da Estratigrafia de Eventos formando depósitos de Sedimentação
Episódica (Della Fávera, 2001). Os depósitos de tempestitos, turbiditos,
inunditos e sismitos podem ser interpretados como processos catastróficos
ocorridos em curtos espaços de tempo, intercalados por longos períodos de
“Bom Tempo”.
Uma seqüência constitui um ciclo transgressivo-regressivo de 3ª ordem,
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Severiano Ribeiro, 2001). Vail et al. (1977) definiu uma seqüência como uma
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1ª ordem - > 50 Ma
2ª ordem – 3 – 50 Ma
3ª ordem – 0,5 – 3 Ma
4ª ordem – 0,08 – 0,5 Ma
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CAPÍTULO 2
SISMOESTRATIGRAFIA
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2.2 – Interpretação Sismoestratigráfica
associáveis.
Os trabalhos clássicos apresentados por Vail, Wagoner, Posamentier,
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A interpretação sísmica é facilitada quando, com o objetivo de
determinar os padrões geométricos, se procuram locais onde dois ou mais
refletores convirjam. A convergência é demarcada por setas apontando a
terminação dos refletores, desta forma em escala de seqüência é possível
visualizar as relações de estratos. Os principais tipos de terminações de
estratos são descritos como toplap, onlap, truncamento, dowlap e offlap
(Fig.03). Atualmente, esses termos têm sido incorporados na estratigrafia de
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subsidência, aporte sedimentar e taxa de variação relativa do mar é
fundamental para determinação dos processos relevantes durante a deposição.
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A complexidade das relações discutidas acima, em termos de
discordâncias, geometrias estratais, fácies sísmicas, com um acompanhamento
representativo da curva eustática pode ser visualizado na figura 06, através de
uma seqüência sísmica hipotética.
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CAPÍTULO 3
ESTRATIGRAFIA DE SEQÜÊNCIAS
3.1 – Introdução
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3.2 – Acomodação
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Segundo Kenall & Lerche (1988) apud Mail (1977), não é possível medir-
se a eustasia, a menos que o nível d’água fosse aferido num poste fincado no
centro da Terra. Entretanto, movimentos eustáticos são reais e podem ser
inferidos a partir de vários métodos.
3.3 – Eustasia
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Della Fávera ressalta a importância da subsidência na sedimentação,
enfatizando as falhas contemporâneas à sedimentação, como por exemplo,
falhas de crescimento.
A inter-relação entre eustasia e a subsidência gerando a acomodação,
pode ser caracterizada pela taxa de variação relativa do nível do mar.
Considera-se que a taxa de variação eustática é negativa num ponto de
inflexão F (fall) da curva eustática e positiva num ponto R (rise) enquanto que a
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queda eustática for menor que a taxa subsidência, novos espaços estão sendo
adicionados, ou seja, a taxa de acomodação será positiva, portanto ocorrerá
uma subida relativa do nível do mar. Na situação inversa, quando o valor
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acomodação, ou seja, espaço disponível para o preenchimento sedimentar.
Assim, para Vail (1987), a eustasia é o principal controle da variação relativa do
nível do mar, a qual determina o padrão estratal de deposição de deposição e
a distribuição de litofácies, enquanto que a subsidência tectônica controla
principalmente a espessura dos sedimentos.
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unidades como uma sucessão de camadas ou conjuntos de camadas
relativamente concordantes, geneticamente relacionados, limitadas por
superfícies de inundação marinha ou superfícies correlatas. Uma superfície de
inundação marinha separa estratos mais antigos de amais jovens, na qual
existem evidências de um abrupto aumento na profundidade da água. As
parasseqüências, em geral, estão abaixo da resolução sísmica, sendo
identificadas em perfis, testemunhos e afloramentos. (Severiano, 2001).
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retrogradacional e agradacional, dependedo da razão entre a taxa de
deposição e a taxa de acomodação. (Fig. 11)
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A discordância Tipo 2 é uma superfície regional marcada por uma
exposição subaérea e deslocamento para baixo da onlap costeiro para uma
posição que não chega atingir o limite deposicional da linha de costa. Essa
discordância é mais sutil e não apresenta rejuvenescimento de correntes.
Ocorre uma lenta e ampla erosão subaérea, provocando uma gradual
degradação da fisiografia. Esse tipo de discordância é caracterizado,
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Vail et al., (1987) desenvolveram uma forma diagramática de
representar as relações entre esses dois tipos de seqüências, com os tratos
de sistemas e o timing de cada um deles em relação à curva eustática.
(Fig.16).
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3.7 – Tratos de sistemas
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Trato de sistema de mar baixo inicial (early lowstand)
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continua se realizando, independentemente do aporte sedimentar, ocorre uma
regressão forçada. (modif. Embry et al., 2007). (Fig.18).
O trato de mar baixo pode ser acompanhado na curva eustática, com
seu posicionamento situado sobre o ponto de inflexão de queda eustática (F).
Arenitos do leque de assoalho da bacia, em forma de mound, como
alguns turbiditos da Bacia de Campos, embora próximos do talude, constituem
excelentes reservatórios de formam muitos campos gigantes. Essas areias em
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Trato de sistema de mar baixo tardio (late lowstand)
na direção do continente.(Fig.19).
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3.7.2 – Trato de sistemas transgressivo (transgressive
system tract – TST)
retrogradacionais (Fig.11).
Com o desenvolvimento da transgressão, os vales incisos são
transformados em estuários, cessando a sedimentação fluvial. Ocorre
depósitos residuais provenientes do retrabalhamento por ondas que podem
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Nessa fase desenvolvem-se as superfícies de inundação máxima,
separando o trato de sistemas transgressivo do trato de sistemas de mar alto.
Ocorre máxima deposição de sedimentos continente adentro, por outro lado a
região bacia adentro terá uma baixa taxa de sedimentação, caracterizando a
denominada seção condensada, rica em depósitos hemipelágicos. Esses
sedimentos são oriundos do processo de ressurgência marinha (upwelling),
que provocam uma alta produtividade orgânica. (Fig.21).
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3.7.3 – Trato de sistema de mar alto (highstand system tract)
progradacional. (Fig.11).
Após essa fase, ocorre novamente, um trato de sistemas de nível baixo.
Verifica-se um rebaixamento do nível do mar, por conseguinte, destruição do
espaço de acomodação. O nível do mar cai para a quebra da plataforma com
exposição e erosão da plataforma e formam-se os vales incisos, na região do
talude e elevação continental ocorre à deposição de leques de assoalho de
bacia. (Fig.23).
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CAPÍTULO 4
CONCLUSÕES
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CAPÍTULO 5
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MILANI, E. J. – Aspectos da evolução das bacias do Recôncavo e Tucano Sul,
Bahia, Brasil. PETROBRAS, CENPES, Séc. Exploração de Petróleo,
n° 18, 61 p., Rio de janeiro, 1987.
MITCHUM, R. M. – Seismic Stratigraphy and Global Changes of Sea Level.
Part 1: In: Payton, C. E., ed.: Seismic Stratigraphy – Applications to
Hydrocarbon Exploration. AAPG, Memoir 26, pp. 205-202, 1977.
POSAMENTIER, H. W., ALLEN, G. P., JAMES, D. P., & TESSON, M. – Forced
Ob
Paleontology, 1999.
SLOSS, L.L. – Comparative anatomy of cratonic uncorformities. In: Schlee,
J.S.org.: Interregional Unconfomities and Hydrocarbon
Accumulation. AAPG Mem.36, pp. 1-6, 1984.
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