Você está na página 1de 5

CAPÍTULO 20

Diabetes na gravidez
1 Introdução que 6 mmol/l em jejum. Os valores situados entre o normal e
2 Aconselhamento e avaliação pré-gestacional o diagnóstico de diabetes são considerados “questionáveis”,
3 Atenção geral durante a gravidez sendo recomendada avaliação com estímulo de glicose (por ex.,
4 Controle do diabetes
75 g por via oral após jejum noturno). Valores maiores que
5 Atenção obstétrica
6 Atenção no trabalho de parto e no parto 11 mmol/l 2 horas após estímulo são considerados diagnósti-
7 Atenção após o parto cos de diabetes, e aqueles entre 8 e 11 mmol/l são denomina-
8 Conclusões dos “intolerância à glicose”.

2 Aconselhamento e avaliação pré-gestacional


Cada vez mais, as mulheres com diabetes desejam discutir as
1 Introdução
implicações da gravidez antes de conceber, e isso deve ser in-
A mortalidade perinatal na gravidez associada ao diabetes di- centivado por todos os profissionais de saúde antes de cada gra-
minuiu dez vezes nas últimas quatro décadas, em comparação videz. Embora a clínica pré-concepção possa ter um papel im-
com uma diminuição de quatro a cinco vezes da mortalidade portante, a assistência pré-concepcional e o aconselhamento
perinatal em geral. Hoje, alguns centros especializados relatam adequados não dependem necessariamente dessas clínicas
taxas de mortalidade perinatal semelhantes às taxas observadas especializadas. Todos aqueles que cuidam de mulheres diabé-
na população sem diabetes, mas em geral o risco de morte ticas devem estar cientes e preparados para discutir a impor-
perinatal do feto na mulher diabética média ainda é maior que tância da contracepção apropriada e o momento da gravidez,
na mulher não-diabética, mesmo após ajuste para malformação o significado da gravidez para a mulher diabética, os riscos para
fetal. Levantamentos da população sugerem que o resultado da o feto e o recém-nascido, bem como para si própria, a impor-
gravidez em geral é pior do que o indicado na literatura. tância do controle rigoroso do diabetes imediatamente antes
Diversos fatores foram responsáveis por essa melhora sig- e durante a gravidez e a necessidade de estimativa precisa da
nificativa. Eles incluem, entre outros: maior aceitação pelos data de concepção.
médicos da importância do controle rigoroso do diabetes; in- Como o diabetes é uma doença crônica e progressiva, pode
trodução de programas para obter esse controle; desenvolvi- ser necessário que o aconselhamento inclua uma discussão de
mento de monitorização domiciliar da glicose para facilitar que o adiamento da gravidez até uma idade mais avançada pode
esses programas; tendências graduais de prolongamento da agravar o prognóstico.
gravidez; e avanços na assistência neonatal. Os riscos para o feto são significativos. O diabetes está as-
Embora haja consenso geral sobre o impacto adverso do di- sociado a aumento da incidência de anomalias congênitas, que
abetes clinicamente evidente na gravidez, o significado e o tra- pode ser até três vezes maior que nos lactentes de mães não-
tamento apropriado de menores graus de hiperglicemia ainda diabéticas. Embora não haja informações de estudos randomi-
são amplamente discutidos. O diabetes é um distúrbio de múl- zados, estudos de coortes sugerem que o controle rigoroso do
tiplas vias metabólicas, e não do metabolismo da glicose isola- diabetes imediatamente antes da concepção pode reduzir esse
do, embora os efeitos sobre o metabolismo dos carboidratos risco significativamente.
sejam mais aparentes. Os critérios geralmente aceitos para um A macrossomia ainda é mais comum nos lactentes de mães
diagnóstico de diabetes na presença de sintomas (poliúria, diabéticas que naqueles de mães não-diabéticas, mesmo com
polidipsia, cetoacidose) são glicemia em plasma venoso superi- o melhor controle do diabetes disponível atualmente. O dia-
or a 11 mmol/l (200 mg/dl) em qualquer momento ou glicemia betes não costuma estar associado a restrição ao crescimento
em jejum superior a 8 mmol/l (140 mg/dl). intra-uterino, exceto se for complicado por doença microvas-
Os valores normais da glicose plasmática são definidos como cular. As mulheres com complicações vasculares do diabetes
menores que 8 mmol/l em uma amostra aleatória e menores necessitarão de aconselhamento cuidadoso.

Untitled-22 92 25.08.2004, 09:26


CONTROLE DO DIABETES 93

A nefropatia sem hipertensão significativa e um nível sérico mulheres. A atenção especializada na gravidez e para a gravi-
normal de creatinina não está associada a má evolução fetal. dez deve começar o mais cedo possível. A organização local
O prognóstico se agrava na presença de hipertensão ou com- deve permitir o encaminhamento muito rápido de mulheres
prometimento da função renal. A doença renal assintomática diabéticas com gestações suspeitas. Quando há dúvida sobre
em mulheres não-grávidas pode ameaçar o resultado da gra- a idade gestacional, esta deve ser estimada com precisão por
videz em algumas mulheres. Embora a maioria das mulheres ultra-sonografia no início da gravidez.
com doença renal não apresente deterioração da função renal A hipoglicemia pode causar problemas nesse estágio, e pode
durante a gravidez, algumas mulheres sofrem deterioração ser difícil controlar o diabetes devido à pouca motivação, ná-
significativa que não melhora após o parto. useas e vômitos ou modificações no meio hormonal. É neces-
Também há preocupação com o efeito da gravidez em sário educação especial para resistir ao tratamento excessivo
mulheres com retinopatia proliferativa. A gravidez parece estar das reações hipoglicêmicas iminentes. Deve-se evitar glicose
associada à deterioração do distúrbio. Entretanto, estudos de ou açúcar; o leite ou um lanche leve, que possam ser repetidos
coortes comparando mulheres grávidas e não-grávidas com se necessário, são mais apropriados. Todas as mulheres diabé-
retinopatia diabética mostram que a acuidade visual pode ser ticas devem ter um suprimento de glucagon para situações de
mantida com tratamento intensivo com laser durante toda a emergência.
gravidez, e o prognóstico não é pior que na mulher não-grá- Além da avaliação pré-natal de rotina, a atenção obstétrica
vida. nesse momento deve incluir avaliação da função renal em
O risco de parto pré-termo espontâneo não é aumentado. mulheres diabéticas com hipertensão ou proteinúria e
O aparente excesso de partos pré-termo está relacionado ao retinoscopia, particularmente em mulheres diabéticas há mais
parto realizado devido a complicações, principalmente distúr- de 10 anos. Isso deve ser repetido uma vez a cada trimestre.
bios hipertensivos, ou a políticas que defendem o parto pré- As urinoculturas devem ser repetidas regularmente nas pes-
termo eletivo. Os partos pré-termo podem ser minimizados soas com nefropatia. Em vista do aumento do risco de malfor-
por uma reavaliação dessas políticas. mação, é recomendada ultra-sonografia detalhada. É aconse-
As mulheres diabéticas que pretendem engravidar serão lhável realizar ecocardiografia fetal devido à elevada freqüên-
tranqüilizadas ao saber que não há bons indícios de quaisquer cia de anomalias cardíacas.
efeitos adversos de longo prazo do seu diabetes sobre o desen- Uma mulher diabética sem nefropatia ou retinopatia, e sem
volvimento ou a inteligência dos filhos, e que o risco de seus outras complicações da gravidez, geralmente tem um segun-
filhos desenvolverem diabetes juvenil é da ordem de 2% ou do trimestre sem complicações. Os processos educacionais e
menos. de reajuste devem ser os mais completos possíveis, e, exceto
As mulheres diabéticas jovens devem ter fácil acesso a ser- se houver risco de comprometimento do crescimento fetal ou
viços de planejamento familiar em todos os pontos de contato de pré-eclâmpsia no início da gravidez, há pouca necessidade
com o sistema de saúde, tanto antes das gestações quanto en- de supervisão obstétrica intensiva nesse período.
tre elas. As mulheres com hipertensão associada podem necessitar
de acompanhamento rigoroso e, se for preciso, devem ser tra-
3 Atenção geral durante a gravidez tadas com medicamentos hipotensores. A avaliação seriada da
função renal pode ser particularmente útil para acompanhar
As gestantes diabéticas devem ser atendidas por obstetras e essas gestações.
médicos com especial interesse nesse campo. O ideal seria o
atendimento em sessões clínicas conjuntas, mas outros arran-
jos locais podem prestar assistência integrada de qualidade. 4 Controle do diabetes
Esses arranjos facilitam a distribuição eficiente de outros pro- Na mulher diabética não-grávida, o controle intensivo utili-
fissionais de saúde, como nutricionistas e parteiras ou enfer- zando administração contínua de insulina, ou esquemas com
meiras especialistas. três ou mais injeções diárias, melhora o controle da glicemia.
As primeiras semanas de gravidez são um período de rea- Estudos randomizados demonstraram que esses esquemas re-
juste, e muitas mulheres necessitam de reeducação sobre o duzem significativamente o risco de progressão para nefropatia
diabetes e seu controle. O rodízio dos locais de injeção de in- e o risco de retinopatia a longo prazo. A curto prazo, a retino-
sulina, a interação entre dieta e exercício e as necessidades ali- patia pode ser agravada, e há uma tendência a maior freqüên-
mentares da gravidez podem ser desconhecidos para muitas cia de episódios hipoglicêmicos graves. A incidência de ceto-

Untitled-22 93 25.08.2004, 09:26


94 DIABETES NA GRAVIDEZ

acidose diabética não parece ser significativamente maior com 5 Atenção obstétrica
a administração intermitente de insulina subcutânea, em vez
Como em qualquer programa de assistência pré-natal, gran-
de administração contínua.
de atenção é concentrada na detecção precoce de hipertensão
Esses achados podem ser relevantes para a gravidez quan-
gestacional e na identificação de problemas do crescimento
do regimes intensivos são usados freqüentemente. O objeti-
fetal.
vo do controle do diabetes é estabelecer a normoglicemia,
tanto em jejum quanto antes e após as refeições. Os níveis A incidência de hipertensão gestacional é maior em gravi-
sanguíneos de glicose podem ser monitorizados efetivamente dezes de mulheres diabéticas e pode ocorrer mais cedo. Estão
e controlados pela mulher em casa, desde que ela possa ob- sob maior risco aquelas com hipertensão preexistente, com
ter aconselhamento e apoio com facilidade, predominante- nefropatia e com doença microvascular. Atualmente não há
mente por telefone. O uso da monitorização da glicose do- bons previsores de hipertensão gestacional, e o tratamento
miciliar, em vez de hospitalar, pode reduzir significativa- preventivo não foi testado nessa população.
mente o tempo que a mulher passa no hospital, sem afetar Os problemas com o crescimento fetal dividem-se em dois
os resultados da gravidez. grupos — atraso do crescimento e macrossomia. As mulhe-
A dose e o tipo de insulina necessárias podem exigir ajuste res com hipertensão, nefropatia ou doença microvascular
cuidadoso e freqüente. Pode ser necessário administrar a in- correm maior risco de apresentar complicações de atraso do
sulina mais freqüentemente do que antes da gravidez, muitas crescimento fetal. As mulheres com controle moderado ou
vezes exigindo três e, algumas vezes, quatro injeções por dia. inadequado do diabetes estão sob maior risco de macrossomia
As bombas para infusão subcutânea contínua de insulina têm fetal. As gestações em mulheres diabéticas devem ter o cres-
alto custo, e seu uso é complexo. Os estudos não mostraram cimento acompanhado por ultra-sonografia no final do se-
benefícios da infusão contínua em relação à administração gundo e terceiro trimestres. O tamanho absoluto não é um
convencional de insulina em termos de controle metabólico, bom previsor de resultado, e deve-se dar atenção à velocida-
uso de cesariana ou resultado adverso da gravidez. Pode haver de de crescimento. Como na população não-diabética, não
agravamento temporário da retinopatia com esses esquemas. foi estabelecido o valor preciso do rastreamento de proble-
Apesar da importância do assunto, até hoje os benefícios e as mas do crescimento.
desvantagens do controle rigoroso do diabetes na gravidez A macrossomia pode ser avaliada por ultra-sonografia, mas
foram avaliados em apenas um estudo randomizado. Este es- a maioria das fórmulas utilizadas para calcular o peso fetal tem
tudo comparou os efeitos do controle muito rigoroso (que visa mau desempenho no feto maior, e essas estimativas devem ser
manter níveis sanguíneos de glicose abaixo de 5,6 mmol/l), interpretadas com cuidado.
controle rigoroso (níveis sanguíneos de glicose entre 5,6 e 6,7 Devido ao aumento da mortalidade perinatal, a maioria das
mmol/l) e controle moderado (níveis sanguíneos de glicose gestações é submetida a avaliação fetal pré-parto seriada. Fo-
entre 6,7 e 8,9 mmol/l). ram descritos vários esquemas, mas até hoje não há estudos
Os melhores resultados foram obtidos com o controle ri- randomizados que abordem qual a técnica mais efetiva. A
goroso, e não com o controle muito rigoroso nem com o con- maioria dos estudos é do tipo interventivo prospectivo, e as
trole moderado. O controle muito rigoroso foi associado a alegações de melhora do resultado com qualquer regime de
episódios de hipoglicemia e não conferiu benefícios em ou- supervisão fetal pré-parto devem ser interpretadas dentro des-
tros aspectos da gravidez em comparação com o controle ri- ses limites.
goroso. Por outro lado, uma política apenas de controle mo-
derado, na qual foi permitido aumento dos níveis sanguíneos 6 Atenção no trabalho de parto e no parto
de glicose até 8,9 mmol/l, está associada a uma maior inci-
dência de macrossomia, infecção do trato urinário e cesariana, Durante muito tempo o parto pré-termo eletivo foi uma das
e uma tendência a aumento da hipertensão, trabalho de parto estratégias clássicas de tratamento aplicadas na gravidez dia-
pré-termo, síndrome de angústia respiratória e mortalidade bética, baseado em uma observação de estudo influente de que
perinatal. a taxa de natimortos aumentou acima da taxa de mortalidade
Esses fatos tendem a confirmar a conclusão de estudos de neonatal após 36 semanas de gestação. Entretanto, outros es-
observação de que a manutenção da glicose sanguínea dentro tudos de coortes mostraram que essa conclusão era falha e que
de uma faixa bem controlada, entre 5,6 e 6,7 mmol/l, é me- a antecipação do parto não resulta em diminuição da morta-
lhor que um regime muito rigoroso ou tolerante demais. lidade perinatal. Não há razão válida para se interromper uma

Untitled-22 94 25.08.2004, 09:26


CONCLUSÕES 95

gravidez sem outras complicações em uma mulher diabética dosagem, particularmente em diabéticas jovens, não-obesas,
antes da data esperada do parto. não-hipertensas e não-tabagistas. O desenvolvimento de
Até recentemente, a avaliação da maturidade pulmonar cefaléia ou hipertensão é uma indicação de mudança para
era considerada um pré-requisito para o parto planejado métodos alternativos.
da mulher diabética. Há indícios crescentes sugestivos de Até recentemente os dispositivos contraceptivos intra-
que em mulheres com diabetes bem controlado a razão uterinos foram uma alternativa razoável, mas a preocupação
lecitina/esfingomielina reflete o mesmo grau de produção com sua efetividade está tornando-os menos aceitáveis; os
de surfactante pulmonar e, portanto, o mesmo risco de métodos de barreira são uma segunda opção aceitável.
doença da membrana hialina que em não-diabéticas. Os Para todas as mulheres, o risco de futura gravidez deve ser
lactentes de mães com diabetes mal controlado podem ter cuidadosamente ponderado contra o risco do método propos-
um distúrbio no desenvolvimento da maturidade pulmo- to de contracepção. As mulheres com nefropatia ou retinopatia
nar. O problema torna-se menos importante quando o devem ser cuidadosamente aconselhadas a limitar o tamanho
parto é adiado até uma idade gestacional mais avançada, e da família.
à medida que a cesariana eletiva é usada com menor fre- Se a mulher solicitar esterilização, se for possível é melhor
qüência. não a realizar no momento da cesariana, em vista do aumento
Embora a cesariana em mulheres diabéticas, como em to- do risco de malformação cardíaca ainda não-diagnosticada no
das as mulheres, só deva ser realizada por indicações obstétri- recém-nascido. O procedimento pode ser facilmente realiza-
cas, as taxas de cesariana tendem a ser muito maiores nas do por laparoscopia alguns meses depois.
mulheres diabéticas que na população em geral. Parece haver
pequena justificativa para isso, exceto que o peso médio ao 8 Conclusões
nascimento para a idade gestacional é maior em gestações di-
abéticas. As mulheres diabéticas que engravidam demonstram um pro-
Como os níveis sanguíneos de glicose podem ser controla- fundo comprometimento em obter um resultado normal. Isso
dos com segurança durante todo o trabalho de parto median- envolve grande perturbação de um estilo de vida já comple-
te infusão de glicose e acréscimo de insulina, o único risco xo. Seu tratamento deve contemplar isso e deve ser individu-
aumentado no parto vaginal de mulheres diabéticas é o de alizado, de forma que a perturbação seja minimizada e a assis-
traumatismo do lactente, particularmente distocia do ombro tência seja prestada sob medida para atender às circunstânci-
e lesão do plexo braquial secundários à macrossomia. Em es- as de cada mulher.
tudos comparativos, esses riscos pareceram inesperadamente Há boas indicações sugestivas de que a gravidez em mu-
maiores em lactentes de mães diabéticas do que em lactentes lheres diabéticas deve ser tratada com menos intervenções
de tamanho semelhante de mães não-diabéticas. A conduta no obstétricas do que se usa atualmente. A atenção especializada
segundo estágio do trabalho de parto em uma gravidez dia- e a colaboração entre várias especialidades conseguirão os
bética com suspeita de macrossomia deve refletir esse conhe- melhores resultados, mas o bom resultado perinatal não é li-
cimento, e deve haver equipe experiente apropriada à dispo- mitado a centros de cuidados terciários. Muitas mulheres di-
sição. abéticas podem ser tratadas como grávidas normais, com o
único acréscimo importante de controle cuidadoso dos níveis
sanguíneos de glicose. É necessário controle rigoroso, e não
7 Atenção após o parto controle muito rigoroso ou moderado.
Após o parto e a retirada da placenta, as necessidades de in- A permissão para que a gravidez continue ao menos até a
sulina devem ser reavaliadas de acordo com os níveis sanguí- data esperada do parto, associada a uma redução da necessida-
neos de glicose. Todas as mulheres necessitarão de quanti- de de avaliar a maturidade pulmonar e ao uso mais criterioso
dade significativamente menor de insulina que durante a gra- da cesariana, pode possibilitar que gestantes diabéticas se sin-
videz. tam mais parecidas com aquelas não-diabéticas.
A amamentação deve ser incentivada, embora haja consci- Muito já foi feito para melhorar a assistência e o resulta-
ência do maior consumo calórico que é necessário algumas do das gestações em mulheres diabéticas sem recorrer a es-
vezes para mantê-la. tudos clínicos randomizados. Entretanto, a ausência de es-
O planejamento familiar é uma consideração importante. tudos controlados resultou em obscurecimento das contri-
Não há contra-indicação ao uso de contraceptivos orais de baixa buições dos vários componentes da atenção, e em dúvidas

Untitled-22 95 25.08.2004, 09:26


96 DIABETES NA GRAVIDEZ

sobre a utilidade de alguns. Ainda são necessários estudos Biblioteca Cochrane


bem planejados para analisar o valor dos tratamentos atuais
e de sugestões para seu aperfeiçoamento. Além disso, ainda
são necessários melhores dados de pesquisa sobre a popula-
ção diabética, pois os dados referentes apenas às mulheres
atendidas em centros especializados podem induzir a erro
grave. Os dados de estudos populacionais podem ressaltar
deficiências no sistema de assistência e levar a aperfeiçoa- Revisões pré-Cochrane
mentos.

Fontes
Effective care in pregnancy and childbirth

Untitled-22 96 25.08.2004, 09:26

Você também pode gostar