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As dinâmicas internacionais pós-Segunda Guerra Mundial atraíram gradativamente os

Estados Unidos para uma relação política mais profunda com o Iraque. O início da Guerra
Fria provocou temores em Washington com relação ao expansionismo da União
Soviética para o Oriente Médio e gerou uma determinação entre os líderes americanos de
impedir a propagação do Comunismo no Iraque.
Financeiramente drenada pela Segunda Guerra Mundial, a Grã-Bretanha se mostrou
incapaz de manter a sua posição de domínio imperial no país. As tensões intra-regionais,
sobretudo o conflito da Palestina, que surgiu como a primeira guerra árabe-israelense em
1948, também desestabilizou a região. O surgimento do nacionalismo árabe anti-ocidente,
uma reação ao legado do imperialismo britânico e o apoio dos Estados Unidos a Israel,
entre outros fatores, minou a popularidade local da monarquia pró-ocidental em Bagdá.
No final dos anos 1940 e 1950, as autoridades americanas procuraram estabilizar o
Iraque. Eles ajudaram a negociar uma retirada das forças militares iraquianas do território
palestino, como parte de um plano mais amplo para terminar a primeira guerra árabe-
israelense. Eles incentivaram a Indústria Petrolífera Iraquiana a aumentar a produção
de petróleo e compartilhar uma parcela maior de suas receitas com o governo iraquiano.
Também forneceram ajuda econômica e militar ao governo do Iraque.
Em 1955 os Estados Unidos designaram o Iraque como membro fundador do Pacto de
Bagdá, uma parceria de defesa anti-soviética que unia o
Iraque, Irão, Paquistão, Turquia e Grã-Bretanha, com o apoio informal dos Estados
Unidos.[2]
Nas últimas décadas, as relações entre ambos os países sofreram graves turbulências
devido, por exemplo, à invasão do Kuwait em 1990 pelo Iraque, o que levou os Estados
Unidos e uma coalizão internacional a lançarem uma ofensiva militar e uma invasão ao
território iraquiano, que culminou no conflito conhecido como Guerra do Golfo.[3]
Em 2003, os Estados Unidos voltaram a invadir o Iraque, em uma guerra sangrenta que
teve mais de 100.000 civis iraquianos e quase 4.500 soldados americanos mortos. Este
conflito teve o seu início devido à desconfiança norte-americana de que o Iraque, na época
governado por Saddam Hussein, estivesse desenvolvendo armas de destruição em
massa, e que o ditador teria ligações com a organização terrorista islâmica Al-Qaeda. Em
18 de dezembro de 2011, o presidente Barack Obama, que se opôs profundamente à
guerra no Iraque, retirou os últimos soldados americanos, deixando o país atolado em uma
grave crise política.[4]
A insurgência iraquiana aumentou após a retirada das tropas dos Estados Unidos,
resultando em conflitos violentos com o governo central, além de violência sectária entre
os grupos religiosos do Iraque. Isso se transformou em uma guerra civil com a conquista
de Falluja e Mosul e das principais áreas no norte do Iraque pelo Estado Islâmico do
Iraque e do Levante (ISIL, também conhecido como ISIS). Isso resultou em ataques
aéreos pelo Irã, Síria e outros países - incluindo os Estados Unidos.

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