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br/print/11325
Por isso, o VOLP uniformizou escrevê-los com hífen, na firme obediência ao texto
legal: zigue-zague, zum-zum, lenga-lenga, zás-trás, etc. Para acompanhar a lição dos
dicionários, que não hifenavam as formas derivadas flexionadas de tais substantivos
compostos (como cricrilar, ziguezaguear, ziguezagueamento, ziguezagueante), a
equipe técnica do VOLP optou por não recomendar o hífen nessas formas, e assim
também procedemos nos livros de nossa autoria sobre o novo Acordo. Exame
posterior nos levou a reexaminar a questão, porque alguns leitores estranharam – e
para tanto nos consultaram – a possível incoerência de escrever, por exemplo, ‘zigue-
zague’ ou ‘lenga-lenga’ hifenados, mas aceitar, não hifenados, derivados deles, do tipo
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Alguns casos de hífen http://www.academia.org.br/print/11325
A dúvida de outro leitor não recai propriamente sobre o hífen, mas sim sobre a divisão
silábica de uma forma implementada com o prefixo aglutinado ao elemento primitivo. E
cita o caso de “superimportante”: “su-per-im-por-tan-te” ou “su-pe-rim-por-tan-te”? A
divisão silábica se faz modernamente, já nas últimas reformas ortográficas, na de
1990 inclusive, na Base XX, pela soletração (bi-sa-vô, de-sa-pa-re-cer, hi-pe-ra-cús-ti-
co, etc.), e não pelos elementos constitutivos dos vocábulos pela etimologia (bis-a-vô,
des-a-pa-re-cer, hi-per-a-cús-ti-co, etc.). Portanto, a divisão silábica será “su-pe-rim-
por-tan-te”. Este foi um dos benefícios trazidos pelas modernas reformas, uma vez
que ao usuário comum a forma etimológica quase sempre não lhe é evidente. Como
descobrir a formação original de elementos gregos e latinos obscurecidos na grafia de
“êxodo”, “desagrado”, e tantos outros. Este dado serve de alerta àqueles que, inimigos
de mudanças de hábitos, sempre estão prontos a dizer mal das reformas ortográficas.
Links
[1] http://www.academia.org.br/academicos/evanildo-bechara
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