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MIGRAÇÕES E MOVIMENTOS PENDULARES EM CIDADES PEQUENAS:


UMA ANÁLISE DA ATRAÇÃO POPULACIONAL PARA O MUNICÍPIO DE
JANDAIA DO SUL (PR)
MIGRATION AND MOVEMENTS PENDULAR IN SMALL CITIES: AN ANALYSIS OF
POPULATION ATTRACTION FOR JANDAIA DO SUL(PR)
Tiago Soares de Oliveira1
Karla Rosário Brumes2

RESUMO
Este trabalho visa analisar os intensos deslocamentos pendulares em direção ao
município de Jandaia do Sul (PR) atraídos principalmente pela existência de
(agro)indústrias de alta tecnologia e serviços existentes. A pesquisa se utilizou de
análises quantitativas e qualitativas que possibilitaram não apenas identificar
ascaracterísticas, mas também constatar os efeitos sociais dos fluxos. Neste
sentido,buscou-se demonstrar osaspectos socioeconômicos que apontam a dinâmica
econômica do município como um fator de atração populacional, além de resgatar
aportes teóricos que contemplam tal enfoque temático. Para obtenção de dados
específicos foram aplicados questionários e entrevistas, além de coleta de dados
secundários em instituições como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de
(IBGE). Todavia, com a finalização do presente estudo foi constatado que Jandaia do
Sul exerce definitivamente uma forte atração populacional, oriundas principalmente, de
municípios vizinhos, atraídos pelo expressivo dinamismo econômico presente neste
município.
Palavras-chaves:mobilidadespendulares; cidade(s) pequena(s); Jandaia do Sul.

ABSTRACT
This work aims to analyze the intense commuting into the city of Jandaia do Sul (PR)
mainly attracted by the existence of (agro) high-tech industries and existing services.
Through quantitative and qualitative analyzes that enabled not only identify issues, but
also realize the social effects of flows. In this sense, we sought to demonstrate
socioeconomic aspects that link the economic dynamics of the city as a factor of
population attraction, as well as rescue theoretical contributions that consider such
thematic focus. To obtain specific data questionnaires and interviews were applied in
addition to secondary data collection on institutions such as the Brazilian Institute of
Geography and Statistics of (IBGE). However, with the completion of this study it was
found that South Jandaia definitely exerts a strong attraction population, coming mainly
from neighboring municipalities, attracted by the significant economic dynamism
present in this municipality.
Key-words: Mobility Commuting; Small cities; Jandaia do Sul.

INTRODUÇÃO

O fenômeno migratório não é um fato novo, pelo contrário, ele ocorre desde os
primórdios da humanidade, onde os nômades se deslocavam conforme suas

1
Discente do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UNICENTRO.
2
Docente do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UNICENTRO.

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necessidades básicas de sobrevivência, e ainda, por causas de guerras, invasões, fome,


condições climáticas, entre outras causas que são responsáveis pela migração da
população. Hoje, esse fenômeno nunca foi tão discutido e comentado pela mídia e pelas
organizações demais órgãos, ocasionado principalmente pela crise migratória pelo
mundo, fato que sempre ocorreu de forma variada e intensa ao longo da história
“acompanhando, assim as mudanças nos processos produtivos e as visões de mundo”
(BRUMES, 2010, p. 24).
De modo geral, migrante é toda pessoa que se desloca de seu lugar de origem
em direção a outro, seja para outro país, lugar ou região em busca de melhores
condições de vida ou por diversos motivos como o desemprego, desorganização de
economias tradicionais, desigualdade econômica, perseguições, discriminação,
xenofobia, violação de direitos humanos, violência, guerra, confrontos geopolíticos, etc.
Há também, além de migrações externas e de cunho internacional, as migrações internas
que se dão dentro de um determinado país ou região.
Neste sentido, o presente artigo visa contribuir para a temática das migrações
pendulares no Brasil, mais especificamente, as migrações intrínsecas entre as cidades
pequenas, onde algumas dessas cidades acabam exercendo funções distintas, como
cidades dormitórios, cidades industriais, etc. Neste sentido, tomamos como objeto de
estudo, o município de Jandaia do Sul, localizado no Norte Central Paranaense que
apesar de ser considerada uma cidade de pequeno porte exerce uma expressiva
influência diante as cidades adjacentes.
Através de análises quantitativas e qualitativas que possibilitaram não apenas
identificar os aspectos, mas também constatar os efeitos sociais dos fluxos, buscou-se
demonstrar aspectos socioeconômicos que apontam a dinâmica econômica do município
como um fator de atração populacional, dessa forma, os estudos acerca das
características sociais e econômicas que levam o indivíduo a migrar apresentam grande
contribuição por identificar esses efeitos sociais dos fluxos, além de resgatarmos aportes
teóricos que contemplam tal enfoque temático. Para obtenção de dados específicos
foram aplicados questionários e entrevistas, além de coleta de dados secundários em
instituições como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2010 (IBGE).
Para tanto, buscou-se em um primeiro momento elucidar um breve ensaio
teórico sobre migrações e mobilidade social, onde resgatou-se importantes contribuições
teóricas de autores de grande relevância para a temática, entre eles Ravenstein (1980);

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Becker (2006); Brumes (2010); Vasconcelos (2012), entre outros, sendo grandes
contribuintes para a cristalização desta análise.
Em um segundo momento elaboramos um breve ensaio teórico sobre os
movimentos pendulares, ou seja, a migração de ida e volta do trabalho para casa e vice
versa, entre municípios distintos em busca de melhores condições de trabalho, renda e
serviços, após foram levantadas análises referentes a mobilidade pendular entre as
cidade pequenas adjacentes a Jandaia do Sul e o poder de atração da mesma em diversos
setores, entre eles o setor industrial e educacional, cujos, são o enfoque desta presente
análise. No entanto, focamos mais nos deslocamentos realizados nos município de Bom
Sucesso e Marumbi por apresentarem o maior percentual de mobilidade pendular em
direção ao município de estudo.
Contudo, o estudo das migrações é imprescindível para a compreensão do
processo de expansão do capital, a fim de entender as desigualdades que se dão não
apenas entre as regiões de um determinado país, mas entre municípios de uma mesma
Unidade da Federação e até mesmo entre municípios de uma mesma mesorregião.

BREVE ENSAIO TEÓRICO SOBRE MIGRAÇÕES E MOBILIDADE SOCIAL

Conforme Becker (2006, p. 323) o termo migração pode ser definido “como
mobilidade espacial da população”. Sendo assim, um mecanismo de deslocamento
populacional que remetem reflexos que alteram as relações socioespaciais de um
determinado espaço geográfico.

A migração é em si um fenômeno geográfico que possui implicações


territoriais e existenciais. É um fenômeno que envolve tanto materialidade, a
produção social e por estas perspectivas deve ser entendida. É na experiência
da migração que buscamos compreender o que é ser migrante. Assim, migrar
é sair do seu lugar, envolvendo processos de desterritorialização e
reterritorialização, que não são necessariamente sucessivos nem ordenados
(BRUMES, 2010, p. 24).

Para Ravenstein (1980) e Vasconcelos (2012), um dos diversos motivos que


conduzem um indivíduo a se tornar um migrante na maioria das situações, remete-se a
procura de melhores condições de trabalhos e melhor remuneração, fator que na maior
parte dos casos encontra-se indisponível ou ausente no local de origem do migrante.
A partir da década de 50 e 60 é notório um intenso fluxo de populações
advindas do meio rural em direção aos centros urbanos, época marcada pela crescente
industrialização nas cidades e intensa concentração fundiária, em seguida
deslocamentos entre unidades federativas, especialmente para a região sul e sudeste.

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Fomentou-se um aumento expressivo de fluxos migratórios temporários, fluxos inter e


intramunicipais e pendulares (BECKER, 2006; VASCONCELOS, 2012). No entanto,
diante as estruturais mudanças no cenário brasileiro, estas acabam por esboçar as
particularidades dos movimentos migratórios, onde:

O atual cenário econômico, fortemente dominado pelas forças da


liberalização, pode imprimir uma nova dinâmica à relação entre concentração
de atividades econômicas, população e eficácia relativa dos esforços
produtivos [...]. Este fato torna a reflexão em torno de perspectivas
migratórias futuras um exercício bastante especulativo. Dado que a
redistribuição espacial é filha da reordenação das atividades econômicas
sobre o espaço, precisamos tentar entender como esse novo modelo
globalizado afetará a redistribuição espacial da economia e da população
(MARTINI, 1994, p. 56).

Conforme Vasconcelos (2012, p. 30) “são inúmeros os tipos de deslocamentos


populacionais e migrações, podendo variar nas formas, durações e escalas, e realizados
nas mais diversas épocas e lugares, tornando-se, assim, importantes para a construção
histórica de qualquer espaço”. Sendo assim, é possível dividir as análises sobre
mobilidade espacial em duas abordagens: a neoclássica e a neomarxista (Vasconcelos,
2012).
A abordagem neoclássica tinha uma percepção dualista e descritiva, “em que a
análise estatística de fluxos e aglomerados era favorecida em detrimento da visão
histórico-geográfico de uma formação social” (VASCONCELOS, 2012, p.30). Ainda de
acordo com as autoras, essa abordagemlevava em consideração que a decisão de migrar
se dava somente por fatores e decisões pessoais de cada indivíduo, dispensando
qualquer fator socioeconômico.

Até o século passado boa parte dos estudos abordava o tema da migração de
forma generalizada, muitas vezes limitando-se aos dados estatísticos.
Também, durante muito tempo, a geografia e as demais ciências sociais
analisaram as migrações a partir das motivações e liberdades individuais dos
migrantes, ou então a partir do processo da generalização da mobilidade da
força-de-trabalho como causa sócio-estrutural (VASCONCELOS, 2012, p.
33).

Neste sentido, no desenrolar dos anos de 1970, o fenômeno migratório passou a


enfocar como um dos fatores que impulsionam um indivíduo a migrar, é a mobilidade
pressionada pelas necessidades capitalistas, assim, essa abordagem ficou conhecida por
neormarxista, que segundo Becker (2006) a expansão das análises sobre mobilidade
espacial dos indivíduos deu-se através de contestações de cunho histórico-estrutural
(VASCONCELOS, 2012).

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É fato que no período atual ao qual estamos inseridos o motor que rege as
relações sociais é a (re)produção capitalista, processo este, responsável pelo
desencadeamento da maioria dos fluxos populacionais que se dão a partir das mudanças
econômicas de cada parcela do tempo e no espaço (VASCONCELOS, 2012). Assim:

[...] a migração não é um fenômeno natural e espontâneo, mas sim provocado


por estruturas injustas, sejam elas econômicas, políticas, sociais e ideológicas
(BRUMES, 2010, p. 25).

Para Moya (1998, p. 96):

a cadeia migratória parece prestar-se admiravelmente bem para uma reflexão


que considera os migrantes como massas inertes arrastadas pelas flutuações
do capitalismo - ou ao menos parcialmente afirmava os modelos pull/push –
sendo como sujeitos ativos capazes de formular estratégias de sobrevivência
e adaptação em contextos de mudanças macroestruturalistas.

Levando este pensamento para uma análise universal, Brumes(2010, p. 25),


afirma que a migração “é fruto de um sistema econômico de espoliação, que visa
aumentar ao máximo os lucros das empresas privadas e condena à itinerância constante
da grande parte da população mais pobre”. Ainda segundo a autora não resta dúvidas
sobre o capital como um “meão” da sociedade, onde o pobre é o elemento essencial para
que este sistema “exploratório” se intensifique e se (re)produza.
No que diz respeito ao migrante sujeito e sua materialidade Charlot (2000, p.
33-51) alude que, este “é um ser humano aberto a um mundo que possui uma
historicidade; é portador de desejos, e é movido por eles, além de estar em relação com
outros seres humanos”. A autora ainda adverte que a origem da essência do sujeito
humano se encontra no mundo das relações sociais, de forma excêntrica, no sentido de
que o sujeito migrante não se desloca por uma imposição veraz, pois este feito requer
intencionalidades inerentes ao próprio sujeito em questão (BRUMES, 2010).
Quanto a mobilidade para Andanetal(1994, p.247) “a mobilidade corresponde
ao conjunto de deslocamentos que o indivíduo efetua para executar os atos de sua vida
cotidiana (trabalho, compras, lazer)”.

OS MOVIMENTOS PENDULARES

As causas para ocorrência das migrações são inúmeras e as motivações


conforme Singer (1980) podem ser definidas por motivos financeiros e econômicos,
causado principalmente pela busca frenética de melhores condições e qualidade de vida

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e por trabalho com melhor remuneração. Fatores estes, responsáveis pelas taxas de
evasões populacionais de alguns centros, enquanto outros com uma dinâmica
econômica maior se tornam um polo de atração.

No entanto, atualmente, os deslocamentos populacionais vêm ganhando


novas características, principalmente no que diz respeito à exclusão de
grandes contingentes da população mundial do mercado de trabalho
(principalmente o formal), assim como a sua integração precária no sistema
produtor de mercadorias, o que vêm provocando novas formas de
movimentos territoriais, que não necessariamente impliquem em mudança de
moradia (VASCONCELOS, 2012, p. 33).

Neste sentido, o autor ainda faz menção aos movimentos populacionais de


curta e longa distância, onde o primeiro remete aos deslocamentos entre estados e países
requerendo na maior parte dos casos de uma moradia sazonal ou fixa, e o segundo no
que concerne entre cidades e regiões adjacentes que dispensam a necessidade de uma
nova moradia em outra localidade.
Com as constantes reconfigurações dos movimentos populacionais
Vasconcelos (2012) afirma que a migração permanente ou temporária já não é a única
opção para os migrantes que necessitam se deslocar pra obtenção de trabalho, abrindo
espaço para uma nova forma de migração: a pendular 3 – que para a maioria dos
indivíduos que exercem este tipo de mobilidade espacial adjacentes a municípios com
forte atração de mão-de-obra em polos industriais, seja próximos a pequenos, médios ou
grandes centros urbanos. Neste sentido:

A mobilidade do trabalho constitui-se, em condição necessária, senão


suficiente da gênese do capital e indício de seu crescimento; expressa na (re)
produção da força de trabalho, em sua utilização no processo produtivo, em
sua circulação espacial e ocupacional, e em sua liberação que compreenderia
tanto a transformação do campesinato em trabalhadores assalariados rurais
e/ou urbanos quanto à constituição de camadas intermediárias. Configura-se,
portanto, como fruto das estratégias de diversos agentes sociais, entre eles o
Estado e as empresas, para moldar mercados de trabalho regionais
(GAUDEMAR, 1976, p. 87).

Para Barcelos e Jardim (2008, p. 2), “na organização do território, a


distribuição de funções entre cidades engendra movimentos populacionais importantes,
sobretudo com o entorno”. Neste caso, o autor faz menção aos movimentos pendulares,
“que envolvem deslocamento do local de residência para outro lugar, onde são
realizadas as atividades de trabalho e/ou estudo”. No entanto, a ocorrência desses

3
No Brasil conforme Oliveira (2006), a mobilidade pendular da população não é considerada como
migração.

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deslocamentos se dá na maioria dos casos no interior das aglomerações urbanas


“envolvendo a existência de polaridades, no sentido de que certas localidades
concentram atividades econômicas e equipamentos e, por consequência, oportunidades,
principalmente de trabalho” (BARCELLOS E JARDIM, 2008, p.2)
As desigualdades regionais destacadas por Singer (1980); Gomes (2006); e,
Vasconcelos (2012), são uma das principais teorias que as indicam como sendo o
“motor das migrações internas”, ao quais as mesmas acompanham regiões ou
municípios mais desenvolvidos e mais industrializados. Seguindo esta lógica, a
sapiência inerente aos movimentos migratórios que se sucedem em regiões distintas é
indubitável para se compreender a existência de troca de pessoas, informações e
materiais nestes espaços, (BRUMES, 2010). Entretanto:

apesar de o desenvolvimento econômico ter gerado amplas e novas


oportunidades ocupacionais, em especial nas atividades urbanas e que
possibilitaram uma expressiva mobilidade social ascendente, há duas
questões básicas que condicionam aquela reprodução. A primeira questão diz
respeito ao volume e velocidade significativa de êxodo rural e suas
consequências sobre a estruturação do mercado de trabalho urbano [...]. A
segunda questão diz respeito, propriamente, ao tipo de geração de emprego e
renda urbana [...] (BALTAR etal1997, p. 89).

Bomtempo (2012) no que tange a falta de políticas públicas que visem a


dinamizar estas regiões aloca que:

No período atual, as políticas públicas com foco à dinamização regional e o


desenvolvimento de redes de informações e transportes contribuem para que
haja uma dispersão das atividades econômicas pelo território, bem como uma
maior mobilidade de trabalhadores a fim de se inserir no mercado de
trabalho, sobretudo formal. Muitas vezes o deslocamento ocorre para lugares
que até a década de 1990 não eram focos de atração de mão de obra, já que
cidades de diferentes portes foram inseridas nessa nova lógica produtiva,
gerando assim novas dinâmicas e fluxos (BOMTEMPO, 2012, p.6)

Para Moura et.al. (2005) se para ser denominado como migração é necessário
que haja mudança de moradia, os movimentos pendulares ao contrário se denomina pela
mobilidade diária entre o município onde reside o sujeito, com o município de trabalho
ou função específica. Porém, para esta discussão consideramos a utilização dos termos
ora aparecendo como “migração pendular” ora como “movimento pendular”, devido a
grande diversidade desse termo no meio científico.
Segundo Moura (2005) na Geografia o termo “migração pendular” não é um
tema novo. Em 1980 Beaujeu-Garnier entre outros autores clássicos já se utilizavam
desse termo no que condizia a Geografia da População. Dupuy (1995) aponta como uma
das causas do aumento desses movimentos se deu a partir das melhorias nas condições

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de transporte, que favoreceram os deslocamentos seja eles de curta ou longa distância.


“A mobilidade tem relação direta com os transportes e estes com a dimensão e
segmentação da cidade. Revigora-se, então, a necessidade de inserção dos
‘deslocamentos diários’ ou, como definem alguns autores, das ‘migrações pendulares’”
(MOURA; CASTELLO BRANCO; FIRKOWSKI, 2005, p.123).

AS MIGRAÇÕES PENDULARES ENTRE CIDADES PEQUENAS: O PODER


DE ATRAÇÃO PARA JANDAIA DO SUL

Conforme Corrêa (1997, p. 302) ao elencar sobre as interações espaciais,


afirma que:

As migrações em suas diversas formas (definitivas, sazonais, pendulares


etc.), as exportações e importações entre países, a circulação de mercadorias
entre fábricas e lojas, o deslocamento de consumidores aos centros de
compras, a visita a parentes e amigos, a ida ao culto religioso, praia ou
cinema, o fluxo de informações destinadas ao consumo de massa ou entre
unidades de uma mesma empresa são, entre tantos outros, exemplos correntes
de interações espaciais em que, de uma forma ou de outra, estamos todos
envolvidos.

Entretanto, considerando o fato de que as interações espaciais são amplas,


apresentaremos a seguir alguns apontamentos diante as interações concernentes no
âmbito econômico (indústrias, serviços, etc.), e também educacional (universidades e
redes de ensino básico) presentes no município de Jandaia e do Sul.
Nesse contexto, de acordo com Vasconcelos (2012, p. 45):

O “aumento" no número de postos de trabalho por uma dada indústria, ou


mesmo um polo industrial, localizado em uma determinada cidade, pode
levar muitas vezes a atração de população, de outras localidades, que busca
emprego, muitas vezes escassos em seus lugares de origem. Esta população
se dirige em busca desses postos ofertados por essas indústrias que
necessitam de mão-de-obra abundante e barata em sua maioria [...].

Atualmente quando nos referimos ao conceito de mobilidade pendular, fica


claro que este fato já não ocorre somente nos grandes e médios centros urbanos, pois,

O crescimento da agroindústria, a urbanização das novas fronteiras, os


grandes projetos voltados para os recursos naturais criaram, no País,
alternativas distintas frente à situação das grandes metrópoles. O melhor
desempenho da agricultura também contribuiu para um maior poder de
retenção, ou até de atração, de pequenos núcleos urbanos do Interior
(BARCELLOS 1995, p.305).

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No caso de Jandaia do Sul, figura 1, encontram-se duas indústrias 4 que se


destacam como maiores empresas empregadoras no município, além de outras
existentes. Uma delas ressalta-se a Usina Cooperval5, uma indústria de etanol, açúcar e
derivados, que é responsável por abarcar um grande contingente de pessoas que
necessitam de um trabalho formal, com alta expressividade para a economia do
município e da região.
A maioria dos funcionários da empresa em entrevista cedida pela mesma são
originários de outros municípios adjacentes a Jandaia do Sul e também da região do
Vale do Ivaí6. Além destes municípios onde a maioria dos funcionários se deslocam ao
município para trabalhar e no final do expediente retornam ao município onde residem.
Neste caso há ainda cidades que acabam se tornando como “cidades-dormitórios”, como
o caso de Marumbi7 e Bom Sucesso8, duas cidades de pequeno porte e com baixa oferta
de serviços, uma vez que a economia destas cidades é baseada na agropecuária do
município, que dispensa devido a mecanização e uso de equipamentos de alta tecnologia
mão de obra em maior quantidade.

4
A COOPERVAL-Cooperativa Agroindustrial de Etanol e Açúcar do Vale do Ivaí-Ltda. E a Indústria
Missiato de Bebidas - JAMEL.
5
Cooperativa fundada em 5 de julho de 1980, localizada em Jandaia do Sul/PR. Usina com capacidade de
moagem de 1.500.000 toneladas por ano (COOPERVAL, 2016).
6
A região do Vale do Ivaí é composta por 29 municípios, sendo eles: Apucarana, Arapuã, Ariranha do
Ivaí, Barbosa Ferraz, Borrazópolis, Bom Sucesso, Califórnia, Cambira, Corumbataí do Sul,Cruzmaltina,
Faxinal, Grandes Rios, Godoy Moreira, Ivaiporã, Jandaia do Sul, Jardim Alegre, Kaloré, Lidianopólis,
Lunardeli, Marumbi, Marilândia do Sul, Mauá da Serra, Novo Itacolomi, Rio Branco do Ivaí, Rosário do
Ivaí, Rio Bom, São João do Ivaí e São Pedro do Ivaí.
7
Criado através da Lei Estadual n° 4245 de 25 de julho de 1960, e instalado oficialmente em 14 de
novembro de 1961, desmembrado de Jandaia do Sul. População atual de 4.603 habitantes (IBGE, 2010).
8
Elevado a categoria de Município com a denominação de Bom Sucesso, Lei Estadual n° 253, em 26 de
Novembro de 1954. Município instalado em 15 de Novembro de 1955 (Lei nº 253), desmembrado de
Jandaia do Sul. População atual de 6.561 habitantes (IBGE, 2010).

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Fonte: IBGE (2015); SEDU – PARANACIDADE (2016).


Adaptado por: OLIVEIRA, 2016.

Por outro lado, esta empresa iniciou a partir do ano de 2013 a buscar
imigrantes em outras regiões do país, como no caso da região Nordeste, principalmente
estado da Bahia, para atuarem na parte agrícola da empresa como cortadores de cana.
Por outro lado estes imigrantes são contratados temporariamente, geralmente só para o
período de safra que dura aproximadamente de oito a dez meses, dependendo das
condições climáticas da região, retornando ao seu lugar de origem somente ao término
da safra no mês de dezembro.
Durante este período estes imigrantes são deslocados para cidades vizinhas a
Jandaia do Sul, onde a empresa fica responsável pela locação dos imóveis coletivos para
residência e alojamento dos migrantes e pela alimentação dos mesmos.
Em entrevista com alguns desses imigrantes, os mesmos alegaram que a
maioria são de idade entre a faixa dos 18 a 35 anos, sendo a maioria deles casados e
com filhos. Como a empresa não permite a vinda para moradia da família desses
imigrantes, ao receberem sua remuneração, os mesmos enviam parte de seu dinheiro a
suas famílias.
Em outra entrevista realizada com a cooperativa, a mesma informou que
fornece atualmente aproximadamente mais de 2300 empregos diretos, divididos entre a
o setor agrícola e industrial. Sendo a maior parte desses empregos ocupados por pessoas
de fora do município cede entre eles a maior parte oriunda do Município de Marumbi.

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A Indústria Missiato de Bebidas - a JAMEL9, também detém expressividade


importante no setor econômico, sendo também grande fornecedora de empregos e
serviços. Com colaboradores oriundos também de cidades vizinhas.
Dentre essas duas também, existem outras empresas e indústrias no município
que abarcam grande parcela da população da região, como o Café Jandaia, o Grupo
Valdar Móveis (Centro de distribuição), entre outras empresas de grande relevância.
Em entrevistas com as empresas de transportes Garcia e Princesa do Ivaí nas
cidades de Marumbi e Bom Sucesso foi possível constatar também a venda de
passagens diárias a população que se deslocam diariamente a Jandaia do Sul. Em
conversa com estas pessoas que utilizam este transporte, as mesmas relataram na
maioria delas que se deslocam para trabalhar no município em áreas diversas,
apontando também a falta de emprego, geração de renda e a ausência de determinados
serviços em sua cidade de origem, como no caso de Marumbi que possui uma única
agência bancária, a Cooperativa de Crédito Sicredi. Fato que faz com que a população
desse município que depende ou necessita realizar transações em outras agências
precisam estar se deslocando em direção a Jandaia do Sul.
Todavia, Carvano e Jannuzi (2006) alertam que a instabilidade entre a
disponibilidade de mão de obra e a procura por trabalho se dá na maioria dos casos pelo
expressivo aumento do número de pessoas sem trabalho formal e daquelas inseridas no
setor informal da economia.Neste intuito, o poder de polarização de cada cidade está
intrinsicamente relacionado com a posição que cada uma ocupa na hierarquia urbana.
Porém, este nível de polaridade envolve disponibilidade de oferta de serviços diversos
como os de saúde,postos de atendimento da seguridade social,ensino,serviços bancários
específicos, entre outros (SOARES, 1995).
Em outras palavras, no caso de Jandaia do Sul, o município acaba se tornando
polo de atração de um expressivo contingente de pessoas que ali se destinam com o
propósito de complementar serviços e atividades como comércio, saúde, educação,
serviços especializados, que não possuem em suas cidades de origem.

9
A Indústria Missiato de Bebidas Ltda. É uma empresa da cidade de Jandaia do Sul, que apresenta
destaque para a economia do município e para o ramo de engarrafamento de aguardente e outras bebidas
destiladas na região. Este segmento produtivo apresentou a maior expressividade quanto ao Valor
Adicionado Fiscal no ano de 2009 na RMM. A história da empresa reflete todo o empreendedorismo da
atual presidência que iniciou suas atividades comerciais no ramo de bebidas em Santa Rita do Passa
Quatro, estado de São Paulo, com um bar (ponto de venda) e um engarrafamento manual de cachaça no
ano de 1959. Pensando no futuro, o Sr. ÉzioMissiato chegou à conclusão que a transferência da empresa
para a Região Norte do Paraná traria expansão para os negócios, já que naquele período a Região vinha se
consolidando em função do processo de colonização implantado pela CMNP (VERCEZI, 2012, p. 307).

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Na área da educação, a expressividade vem de duas instituições, uma de cunho


público-privado (FAFIJAN-Faculdade de Jandaia do Sul) e outra pública (UFPR-
Universidade Federal do Paraná). Juntas atraem um grande contingente de estudantes
oriundos de diversos municípios da região do Vale do Ivaí e também de outros estados
do país (no caso da UFPR), como de São Paulo, segundo informações obtidas na
própria instituição.
Além destas, vale ressaltar também a presença de sistemas de ensino da
educação básica de cunho privado, que de certa forma também atrai diversos estudantes
de outros municípios adjacentes, que diariamente se deslocam para concluírem seus
estudos, entre eles destaca-se a presença do Colégio PassionistaSão José. No caso da
Fafijan muitos estudantes trabalham durante o dia e a noite se deslocam em direção a
instituição, ao contrário da UFPR que atua em período integral.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Comesta presenteanálise e apresentação de resultados foi possível verificar que


Jandaia do Sul apesar de ser um a cidade de porte pequeno, com um a população de
20.269 (IBGE, 2010), fica evidente seu poder de atração populacional, na qual se
deslocam diariamente em direção ao município.
Neste sentido, em Jandaia do Sul este intenso movimento populacional
pendular evidencia a busca na percepção dos imigrantes que se deslocam
diariamenteembuscadeindispensáveismelhores condições de trabalho, renda, educação e
serviços, o grau de polarização deste município.
Entretanto, quando fazemos menção a dinâmica dessas cidade(s) pequena(s)
deve se levar em consideração as estruturas fundiárias que de grosso modo regem a
economia regional desta região. Analogamente, a territorialidade atribuída pelas
agroindústrias nesta região implica em intensas reconfigurações diárias no contexto
econômico das mesmas.
Porém, essas novas configurações territoriais criam e recriam novas
espacialidades e identidades regionais, que se configuram em expressões traduzidas em
novas modalidades de pendularidades migratórias. Todavia, as mudanças na economia e
na sociedade implicam na busca de novos parâmetros analíticos e escalares sobre a
migração pendular, especialmente nestas cidades pequenas.
Daí a importância da compreensão no que diz respeito aos processos
migratórios a análise das instâncias políticas, econômicas e sociais, evidenciando o

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espaço como lócus da reprodução coletiva.Pois, no campo da Geografia é indubitável o


desenvolvimento de estudos que enfatizem as peculiaridades diante os heterogêneos
espaços urbanos, no balbucio de se compreender as diversas interações espaciais.

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