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FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS

RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL II


EXPERIMENTOS ENVOLVENDO AS TRÊS LEIS DE NEWTON

MANAUS-AM
OUT/2018
FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS

ALYSSON BRUNO M. ASSUNÇÃO


SUMMERSON HIGWAY AZEVEDO DA SILVA

RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL II


EXPERIMENTOS ENVOLVENDO AS TRÊS LEIS DE NEWTON

POLARI BATISTA CORRÊA

Trabalho de Física Experimental II,


curso de Engenharia de Produção, 3º
período, turma ENGA151M01 –
noturno.

MANAUS-AM
OUT/2018
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................17
2 METODOLOGIA.........................................................................................................18
3 METODOLOGIA.........................................................................................................21
3.1 DETERMINAÇÃO DE PERÍODO DO PÊNDULO SIMPLES..................................21
3.2 DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE ELÁSTICA...................................................23
4 QUESTÕES ÉTICAS E PRIVACIDADE....................................................................24
5 DESAFIOS ATUAIS....................................................................................................24
6 CONCLUSÃO..............................................................................................................24
REFERÊNCIAS........................................................................................................................25
1 INTRODUÇÃO

Esse relatório refere-se a dois tipos de pêndulos realizados no Laboratório de Física


Experimental da Fametro, no dia 12 de setembro de 2018: o primeiro é um pêndulo simples,
que consiste em um fio inextensível com uma massa pontual (dimensão diminuta) fixada ao
seu final; e o segundo é uma demonstração de um comportamento estático de uma mola para
deformações pequenas, utilizando diferentes valores de massa.
O primeiro experimento teve como objetivo mostrar como a importância do pêndulo
simples que nos mostra que mesmo que você aumente a massa presa ao fio período e a
frequência se mantém proporcionais mesmo possuindo massas diferentes. Neste experimento,
se deseja avaliar: 1) a relação entre o comprimento (amplitude) e o período do pêndulo
simples; 2) a relação entre o comprimento do fio, e o período do pêndulo simples; e 3) a
relação entre a distância entre o eixo de rotação e o centro de massa e o período do pêndulo
físico.
Já o experimento massa-mola visou demonstrar que o comportamento estático de
uma mola, para pequenas deformações, é corretamente descrito pela Lei de Hooke, e que o
período de oscilação de um sistema massa-mola é independente da amplitude, para pequenas
oscilações, assim como a função de constante da mola que, mesmo com a alteração das
massas testadas, deve permanecer a mesma.
Pêndulo é um sistema composto por uma massa acoplada a um pivô que permite sua
movimentação livremente. A massa fica sujeita à força restauradora causada pela gravidade.
Existem inúmeros pêndulos estudados por físicos, já que estes o descrevem como um objeto
de fácil previsão de movimentos e que possibilitou inúmeros avanços tecnológicos, alguns
deles são os pêndulos físicos, de torção, cônicos, de Foucault, duplos, espirais, de Carter e
invertidos.
O modelo mais simples, e que tem maior utilização é o Pêndulo Simples. O pêndulo
simples é um corpo ideal que consiste de uma massa (m) puntiforme suspensa por um fio leve
e inextensível de comprimento L. Quando afastado de sua posição de equilíbrio (X = 0) e
largado, o pêndulo oscilará em um plano vertical sob a ação da gravidade. O movimento é
periódico e oscilatório. O tempo necessário para uma oscilação completa é chamado período
(T). O objetivo do experimento é demonstrar as leis da física aplicadas na prática e no nosso
cotidiano. Utiliza-se de equipamentos laboratoriais para demonstrar cada processo descrito.
Seja um sistema em situação de equilíbrio estável. Quando esse sistema é levemente
afastado dessa situação e liberado, passa a executar um movimento periódico ou oscilatório,
em torno da posição de equilíbrio, chamado de Movimento Harmônico Simples (MHS), se
não existirem forças dissipativas. O oscilador massa-mola é constituído de um corpo de massa
m ligado a uma mola de constante elástica k, presa a uma parede. O corpo executa MHS sobre
uma superfície horizontal sem atrito. Quando a mola é tensionada e liberada, o corpo passa a
executar um movimento unidimensional, dirigido pela força restauradora exercida pela mola.
O objetivo do experimento de massa-mola é medir grandezas físicas diretas e, a
partir de gráficos, determinar outras grandezas. Analisar o comportamento estático e dinâmico
de um sistema massa-mola suspenso.

2 METODOLOGIA

Este experimento foi realizado no laboratório utilizando materiais como:


 Plataforma com fio ideal e corpos em suas extremidades – lançador
horizontal da marca Cidepe, modelo EQ023.01 – demonstrando processo
MHS;
 Dinamômetro tubular de fixação magnética, 0 a 10 N. EQ007.10NM para de
forças, com resolução: 0,2 N.
 Objetos padronizados com diferentes valores de massa ideais para esse tipo
de exercício;
 Pesos de 22g e 50g;
 Molas e um suporte para peso;
 Trena de 2 m (incerteza: 0,5 mm);
 Régua de 50 cm (incerteza: 0,5 mm);
 Aplicativos standard de celular Samsung J5 para cronometragem do tempo;
 Calculadora marca Casio FX-82MS.
Além disso, utilizou-se de recursos para o desenvolvimento do trabalho, incluindo as
equações a seguir, para a demonstração do experimento proposto.
A equação que descreve o período de um Pêndulo Simples é:

L
T =2 π
√ g
(equação 1)

Equação para determinar o período de um pêndulo simples


Fonte: HALLIDAY, RESNICK e WALKER, 2009.
Qualquer movimento que se repete em intervalos de tempo iguais constitui um
movimento periódico. Como veremos, o movimento periódico de uma partícula pode sempre
ser expresso em função de senos e cossenos, motivo pelo qual ele é também denominado
movimento harmônico.
Se a partícula em movimento periódico se move para diante e para trás na mesma
trajetória, seu movimento é chamado oscilatório ou vibratório. Quando o peso do pêndulo se
move para a direita (Figura 1b) a aceleração para a esquerda aumenta até o peso parar e
começar a se mover para a esquerda. Quando o peso está à esquerda da posição de equilíbrio,
a aceleração para a direita tende a fazê-lo voltar para a direita – isso configura um MHS.

Figura 1 -
Fonte: HALLIDAY, RESNICK e WALKER, 2009.

Contudo, Halliday, Resnick e Walker (2009) ressaltam que apenas “o movimento de


um pêndulo simples no qual o ângulo máximo de deslocamento é pequeno pode ser
aproximado por um MHS. “Podemos expressar essa restrição de outra forma: A amplitude
angular do movimento deve ser pequena” (HALLIDAY, RESNICK e WALKER, 2009, p.
233).
A equação que demonstra a posição de um objeto em MHS, como uma função senoidal
do tempo t, pode ser escrita como um seno ou cosseno do tempo t. O valor de Xm determina o
valor máximo das oscilações e é chamado de amplitude. O parâmetro ω é a frequência angular do
movimento, que é igual à frequência f multiplicada pelo valor de 2 e o período T, basta observar
que, de acordo com a definição de 2π, ou ainda 2π dividido pelo período – o que implica que a
posição x(t) da partícula deve ser a mesma que a posição inicial depois de decorrido um período
T.
X ( t )=Xm cos(ωt +¿ ϕ)¿ (equação 2)

Figura 1 -
Fonte: HALLIDAY, RESNICK e WALKER, 2009.

O argumento da parte cosseno da função X(t) é chamado de fase do MHS. É a variação


da fase com o tempo que faz o valor do cosseno. Além de ω e t, é adicionado o parâmetro ϕ,
chamado de ângulo ou constante de fase, que serve para descrever corretamente o movimento,
qualquer que seja a posição da partícula no instante t = 0.
Além do período e da frequência, características de um MHS assim como a equação
que descreve a posição x(t), é necessário ainda relacionar casos em que o MHS envolve
oscilações com o uso de molas.

Figura 2 -
Fonte: HALLIDAY, RESNICK e WALKER, 2009.

Como se trata de oscilador harmônico linear simples (sem influência de atrito), o


objeto de massa m executa um MHS quando é puxado ou empurrado a partir da posição x = 0
e depois liberado. A valor da força aplicada, conforme a Segunda Lei de Newton, varia em
função dos parâmetros K (medido em Newtons por metro: N/m), que é a constante elástica da
moda, e o deslocamento X realizado na mola: F = -KX.
Nesse caso, teremos então que:

F=m g=−KX (equação 3)

Na hipótese de a mola estar suspensa, e não apoiada sobre uma superfície sem atrito,
a força peso que produzirá deformação na mola dependerá da massa m do objeto e da
aceleração da gravidade (g = -9,82m/s²) que incide sobre o objeto. Nesse caso, a elasticidade
está inteiramente na mola.
3 METODOLOGIA

3.1 DETERMINAÇÃO DE PERÍODO DO PÊNDULO SIMPLES

No experimento de pêndulo simples, para avaliar as relações almejadas, montou-se


um sistema de cronometragem que consiste em um experimentador manipulando a plataforma
com fio ideal e corpos de duas massas diferentes – cujas intensidades não foram dadas pois
um dos objetivos do experimento era mostrar que as mesmas não influenciariam no período T
do pêndulo – que lançava os corpos a um ângulo aproximado de 20º, e de outro
experimentador munido com aplicativos standard de celular Samsung J5 para cronometragem
do tempo. Os experimentadores fizeram um treinamento prévio com o aplicativo de modo a
diminuir a incerteza – uma vez que a cronometragem das 10 oscilações, medidas para cada
comprimento de fio ideal – seria feitas justamente quanto a velocidade do corpo no pêndulo é
máxima.
Os dados do período dos corpos estão organizados nas tabelas abaixo:

Tabela 1 – Período do pêndulo simples para massa maior: medida experimental


Comprimento Tempo de 10 Período Frequência
do pêndulo (cm) oscilações (s) médio (s) (Hz)
1 10 cm – 0,1m 06,80 0,680 1,470
2 20 cm – 0,2m 08,92 0,892 1,121
3 30 cm – 0,3m 11,06 1,106 0,904
4 40 cm – 0,4m 12,54 1,254 0,797
5 50 cm – 0,5m 13,98 1,398 0,715
Média experimental 1,062
Massa maior

Para calcularmos o período de um pêndulo, usamos a eq.1. Logo, pode-se verificar


que o período não é em função da massa e sim do comprimento (dado em metros) e da
gravidade (9,82m/s²). Outra observação feita pelo experimento é que além da amplitude ser
inversamente proporcional a amplitude, a amplitude é diretamente proporcional ao período,
pois quando o período aumenta a amplitude aumenta também. O período e a frequência se
mantém proporcionais mesmo possuindo massas diferentes.

Tabela 2 – Período do pêndulo simples para massa menor: medida experimental


Comprimento Tempo de 10 Período Frequência
do pêndulo (cm) oscilações (s) médio (s) (Hz)
1 10 cm – 0,1m 07,23 0,723 1,383
2 20 cm – 0,2m 08,99 0,899 1,112
3 30 cm – 0,3m 13,96 1,396 0,912
4 40 cm – 0,4m 12,60 1,260 0,793
5 50 cm – 0,5m 14,03 1,403 0,712
Média experimental 1,076
Massa maior

A diferença entre os períodos aferidos para cada comprimento de fio ideal foi
relativamente pequena, sendo que apenas para a medição do seguimento de fio ideal na
medição 1 (L = 0,1m) é que houve desvio superior a 1% entre as duas medições – com
objetos de maior e menor massa. Nos demais – 2, 3, 4 e 5 – os valores tiveram diferença de
cerca de 1%, o que é aceitável dada a dependência da aferição de experimentadores munidos
com equipamentos não especializados para esse tipo de cronometragem (aplicativo de
celular). Da mesma forma, os valores de frequência calculados apresentaram diferença muito
pequena.
Esses resultados permitem concluir que, sendo L o comprimento do fio, e g a
aceleração da gravidade, desde que o ângulo θ seja pequeno (no máximo 20º), podemos dizer
que o período não depende da amplitude e nem da massa do corpo preso à extremidade do fio.
A alteração da massa presa na ponta do fio não tem impacto no período do pêndulo, uma vez
que a diferença entre a média das médias dos períodos é inferior a 1%.
Percebe-se que os corpos, mesmo possuindo massas diferentes em um pêndulo, o
período e a frequência apresentarão valores fixos. E que a amplitude, é inversamente
proporcional a frequência, pode-se analisar esse fato através das tabelas 1 e 2.
O próximo passo é comparar os dados obtidos experimentalmente com peso de maior
e menor massa e o período teórico calculado a partir da equação (1), e que considera o
comprimento L (m) e a aceleração da gravidade (9,82m/s²) para determinação de seu valor.
Tabela 3 – Período calculado a partir de modelo teórico
Comprimento Tempo de 10 Período Frequência
do pêndulo (cm) oscilações (s) médio (s) (Hz)
1 10 cm – 0,1m 2 π √ 0,1/9,82 0,634 1,570
2 20 cm – 0,2m 2 π √ 0,2/9,82 0,896 1,110
3 30 cm – 0,3m 2 π √ 0,3/9,82 1,098 0,910
4 40 cm – 0,4m 2 π √ 0,4 /9,82 1,268 0,788
5 50 cm – 0,5m 2 π √ 0,5/9,82 1,417 0,705
Média período teórico 1,062

Pode-se observar que são pequenas as diferenças entre o período experimental 1


aferido – calculado com a massa maior – e o período calculado usando a solução numérica da
Equação do Pêndulo Simples. De fato, verificou-se que a média das aferições do período
experimental utilizando a massa maior foi precisamente igual ao período teórico calculado,
exatamente 1,062s.
A média experimental dos períodos do pêndulo simples aferidos com a massa menor,
1,073s, apresenta desvio de 1,03% – o que pode ser considerado dentro da margem de erro
para a atividade proposta, e pode ser atribuída a desvio de medição pela utilização de
equipamentos que não possuem alto nível de precisão, como é o caso da utilização de
cronômetros de celulares. Um fator que pode contribuído para essa diferença é a falta de
instrumento mais apurado para medir o ângulo θ = 20º, então é possível que tenha havido
alguma distorção por parte dos experimentadores. Para maior precisão, poderia ser utilizado
um sistema de cronometragem automático digital, com auxílio de placa fotossensível anexada
ao equipamento para medição dos períodos.

3.2 DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE ELÁSTICA

Determinar, experimentalmente, a constante elástica em um sistema massa-mola e


em arranjos em série e em paralelo. Deduzir, utilizando conceitos de conservação de energia e
do trabalho realizado por uma força com dependência espacial (Lei de Hooke), porém,
conservativa, as equações que permitem encontrar a constante elástica em um sistema massa-
mola. A força que distende a mola é devida ao peso P de um corpo com massa m, pendurado
na extremidade inferior da mola. Na situação de equilíbrio mostrada na figura 1b, temos duas
forças de módulos iguais e sentidos contrários F e P agindo sobre o corpo. Uma delas é devida
ao peso P = mg, onde g é a aceleração da gravidade (9,82m/s²). A outra se deve à força
restauradora da mola, de igual intensidade e sentido contrário.
Para a obtenção dos valores das seguintes tabelas foram feitos os seguintes
procedimentos: a) medido o valor do comprimento das molas; b) colocado cinco diferentes
pesos e medido por régua a deformação; c) obtidos por medição os valores da deformação da
mola em cada caso; d) cálculo do valor da constante de k e das forças que agem sobre o
sistema; e e) cálculo teórico da constante K.

Tabela 4 - Valores obtidos no experimento com cálculo do valor médio de K


m (kg) x (mm) Peso (N) K (N/m)
1 0,072 37 0,707 19,11
2 0,050 25 0,491 19,64
3 0,100 50 0,982 19,64
4 0,022 12 0,216 18
5 0,144 71 1,414 19,91
Média de K 19,26
4 CONCLUSÃO

Concluiu-se com o experimento do pêndulo simples este experimento que as leis da


física que regem as situações de pêndulo simples. Os desvios foram considerados pequenos,
mostrando um erro menor que 1% para ângulos menores que 20º. Foi verificado que o
período de um pêndulo simples é proporcional à raiz quadrada do comprimento do fio.
Experimentalmente, os valores se aproximaram bastante do valor previsto pelo modelo
matemático utilizado, com uma diferença menor que 2% para as duas medidas de valores de
massa utilizados.
REFERÊNCIAS

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, J. Fundamentos de física, volume 2:


gravitação, ondas e termodinâmica. Rio de Janeiro: LTC, Ed. 8, 2009.
APÊNDICES

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