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Resumo Aula 01
Certidão de Óbito – Certidão de Nascimento – Certidão de Casamento
Resumo Aula 02
Resumo Aula 03
Resumo Aula 04
Resumo Aula 05
Resumo Aula 06
Resumo Aula 07
Resumo Aula 08
Resumo Aula 09
Resumo Aula 10
Leitura Complementar:
Constituição Federal.
Código Civil Brasileiro - Lei 10.406/2002.
Lei de Registro Público - Lei 6.015/1973.
Código de Processo Civil - Lei 5.869/1973.
Inventário, partilha, separação consensual e divórcio consensual por via administrativa - Lei
11.441-2007
Referências Bibliográficas:
CENEVIVA, Walter. Lei dos Registros Públicos Comentada. 20ª. Ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
DALVI, Luciano. Direito Civil Esquematizado. Curso completo. Campo Grande/MS: Editora
Contemplar, 2011.
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro – Direito das Sucessões. 25ª. Ed. Volume 6.
São Paulo: Saraiva, 2011.
NEGRÃO, Theotonio; GOUVÊA, Roberto F. Código Civil e Legislação Civil em Vigor. 30ª. Ed. São
Paulo: Saraiva, 2011
Resumo - Aula 01
QUADRO RESUMO
Fundamento Religioso Fundamento Biológico Fundamento Jurídico
Direito Tributário: Sendo segmento do Direito Financeiro que define como serão
cobrados os tributos dos cidadãos para gerar receita para o estado, é responsável
através das Delegacias da Receita Federal de recolherem os impostos respectivos
e devidos dentro de um processo de inventário.
Exemplos:
O que vem a ser ITCDM?
Quando incide o ITCDM?
Recolhe-se ITDCM de todos os bens?
Qual alíquota a ser cobrada dentro de um inventário?
Essência: Para que ocorra a aplicabilidade é necessário que exista uma pessoa
física nascida com vida, e logo ocorra a sua morte, o seu falecimento, o seu óbito,
declarado legalmente por documento próprio devendo ser registrado em Cartório
jurisdicionado.
Concepções de Vida:
Filosoficamente Vida é o resultado de um evento sobrenatural, isto
é, além dos poderes descritivos da química e da física.
Reza o artigo 2 do C.C., que a personalidade civil da pessoa
começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os
direitos do nascituro."
Hermeneuticamente o atributo jurídico da pessoa passa a existir a
partir do momento em que o feto sai do ventre da mãe, quer por parto natural,
induzido ou artificial, e tenha vida. É a vida que dá a personalidade jurídica da
pessoa.
Quando do nascimento, o médico é responsável por atestar que
ocorreu o nascimento com vida, e a partir de então esta declaração é
encaminhada ao Registro de Pessoas Naturais da comarca do nascimento para
realização do registro do nascimento, feito em livro próprio, lançado as folhas do
registro civil, constando a filiação, vistos de regra geral encaminhada ao
Registrador Civil ou substitutos pelo genitor.
De fato, devemos considerar que o nascituro tem uma vida intra-
uterina, e antes do nascimento não é considerada pessoa.
O natimorto, criança nascida sem vida, não é pessoa. A
denominação pessoa existe apenas com o nascimento com vida, se nascido vivo
são resguardados os direito de nascituro, concluí-se que nascituro tem expectativa
de direitos.
Não se deve envolver questões religiosas, sociológicas ou
filosóficas sobre a existência de vida uterina, no campo jurídico, pois o importante
é que ocorra o nascimento de vida, e o surgimento da pessoa.
A análise a ser realizada por um profissional do direito cinge-se ao
direito material brasileiro.
Entendendo que na lei civil, o marco inicial da personalidade
humana, é fixado pelo começo da vida, é necessário então o nascimento com vida
para que seja possível ser considerado como pessoa o nascituro, e para que
tenha personalidade civil.
De fato e de direito devemos atentar que, o feto, o embrião, o
nascituro, como somente possuí expectativa de direito, só poderá ser herdeiro se
nascer com vida.
Com os dizeres anteriores, questionamento relevante é que: Com o
falecimento do autor da herança, o nascituro herda de imediato? Só pelo fato de
estar concebido, recebendo a propriedade e a posse da herança?
O nascimento com vida é essencial, pois se não ocorrer, mesmo
respeitando os direitos do nascituro, se este não nascer com vida, e ocorrendo a
morte do autor da herança, o seu quinhão volta ao “mont mor” da herança.
Concepções de Óbito:
Nos dizeres da medicina legal, morte é o momento que cessa a
vida de uma pessoa, confirmada pela pronta apresentação do Atestado de Óbito,
assinada por quem de direito.
Óbito é o desaparecimento definitivo de todo sinal de vida, em
quaisquer momentos após o nascimento de uma pessoa, sem possibilidade de
renascimento, definido assim pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Temos pela OMS dois tipos de óbito: por causa natural (doença) e
por causa externa (homicídio, suicídio, acidente ou morte suspeita). O óbito pode
ocorrer em casa, com ou sem assistência médica, ou em ambiente hospitalar
acompanhado de um médico ou de seus assistentes.
De fato, morte é a cessão total ou permanente das funções vitais.
Nos dizeres de Genival Veloso de França, especialista em
Medicina Legal, temos:
" A morte é uma realidade complexa, ligada ao mistério do
homem e que determina o fim de sua unidade biológica.
Conceitua-se, dentro dos padrões tradicionais, como a
cessação dos fenômenos vitais, pela parada das funções
cerebral, respiratória e circulatória. No entanto estas funções
não cessam todas de uma vez, resultando daí uma certa
dificuldade para se determinar com precisão o exato momento
da morte."
"Não há um sinal patognomônico [60] até surgirem os
fenômenos transformativos [61] no cadáver, por que, na
realidade, a morte não é um momento ou um instante, mas um
processo gradativo que não se sabe quando se inicia nem
quando termina.(...)"
Fato é que, ocorrendo a morte, faz necessário a abertura da
sucessão do falecido, sendo que fundamentada no direito de propriedade e na
proteção familiar, serão transmitidos desde logo os bens do autor da herança,
seus direitos e créditos aos herdeiros legítimos ou testamentários.
Daí surge a essencialidade do Direito das Sucessões para o
ordenamento jurídico brasileiro, para disciplinar o acontecimento morte, até a
liquidação da herança, e tão logo o encerramento de todos os direitos e deveres
do “de cujus”.
Direito real de
Vida Companheiro habitação Partilha
Cônjuge
Morte Co-herdeiro sobrevivente Sobrepartilha
Pessoa Física
Capacidade civil
Herança
Vocação hereditária
Questões:
01- João Primo e Valéria Dias, brasileiros, casados sob o regime da comunhão
parcial de bens, estão separados de fato por 5 (cinco) anos. Valéria descobre por
familiares de João que o mesmo esta desaparecido já a 2(dois) meses. Em estado
já desesperador Valéria e os familiares vão até a delegacia e por meio do
Delegado de Polícia é lavrado regular boletim de ocorrência. Fato é que João e
Valéria adquiriram na constância do casamento três bens imóveis. Não mais tendo
esperanças do retorno de João, Valéria procura assessoria jurídica para solução
do seu problema. Procurado como profissional do direito, como resolveria o
problema. Fundamente.
OBS.: A legislação vigente determina que não podem ser nomeados herdeiros
testamentários e nem legatários: aquele que escreveu o testamento, nem o
cônjuge, companheiro, ascendente e irmão; o concubino; as testemunhas do
testamento; o tabelião.
Sucessão
Sucessão Testamentária
Sucessão Provisória
Herança
Herdeiros
O Herdeiro sucede a título universal, já o legatário a título singular.
Título Universal Título Singular
OBS.: o poder público é considerado herdeiro irregular, posto não possuir vocação
hereditária.
Questões:
01- João Silva Borges, brasileiro, solteiro, nasceu no ano de 1960 e faleceu em
2003. Dedicou sua vida ao trabalho, não contraindo matrimônio e não adquirindo
filhos. Atuando como advogado adquiriu dois bens imóveis e um bem móvel.
Contudo, após seu falecimento foi constatado preliminarmente que não haviam
descendentes. Apenas ficou uma amiga enfermeira que morava com o Sr. João e
mantinha seus cuidados. Diante a situação acima descrita, como advogado
constituído para a realização da abertura da sucessão do falecido, responda de
forma fundamentada os questionamentos abaixo listados:
d) Em seqüência aos atos ocorridos nas letras “b” e “c” anteriores, ou seja,
existindo testamento com legado, e surgindo uma herdeira necessária, como
proceder a sucessão do falecido João?
Resumo - Aula 04
OBS.: Caso seja realizado um testamento e este favorecer um legatário este pode
ser substituído por outro legatário em outro testamento revogando este.
QUADRO RESUMO
OBS.: Poderá o testador estabelecer sobre o que foi disposto condições que
enquanto não forem cumpridas o testamento não será cumprido.
OBS.: Poderá ainda o testador imprimir ônus e gravames sobre os bens testados
que serão herdados, como cláusulas restritivas à propriedade, incomunicabilidade,
inalienabilidade e impenhorabilidade.
Abertura da sucessão
Liquidação de herança
OBS.: Poderá o herdeiro ceder seu direito de herança, dando preferência aos
herdeiros necessários, respeitando a indivisibilidade e singularidade do bem
deixado.
Certidão de Óbito
dos falecidos
Abertura
Partilha
Sucessão
ITDCM
CPF dos espólios
Declaração de
RG e CPF
Inexistência
Herdeiros
Testamento
Necessários
Certidões
Liquidação da negativas
Herança
Certidões
Procuração dos bens deixados
‘’Ad Judicia’’ Provando a
Inventariante propriedade
01- João casado no regime de separação de bens com Maria, faleceu no ano de
2000, no domicílio da família situado na cidade de São Paulo/SP. Na constância
do casamento foram adquiridos cinco bens imóveis. No entanto, Maria, após o
falecimento de João, mudou-se para Alexânia/GO, e não providenciou a abertura
da sucessão de João. Fato é que Maria faleceu em janeiro de 2012 no hospital de
Urgência de Anápolis/GO. O casal teve sete filhos. Na época do falecimento de
João os filhos eram todos menores, hoje apenas quatro são menores. Diante a
situação, como advogado constituído pela filha mais velha do casal falecido,
Natália, como resolveria as situações abaixo listadas.
c) Pelas conclusões tiradas das letras “a” e “b”, deverá ser aberto a sucessão
provisória, legítima ou testamentária? Aberta a sucessão quais documentos serão
apresentados ao juízo competente?
OBS.: O artigo 983 Código de Processo Civil determina 30 dias após a morte para
a abertura da sucessão, todavia não é muito seguido, porque a única sanção é
fiscal, podendo haver multa após 60 dias e tão logo dobrar após 180 dias.
OBS.: Cada herdeiro receberá um formal de partilha que deverá ser encaminhado
ao cartório competente para o cumprimento do registro.
OBS.: O inventário sem bens (negativo), com bens e herdeiros (Partilha), e com
bens com um único herdeiro (adjudicação).
Sucessão em geral
Entende-se que o direito pode ser estendido após realizado a partilha, posto
ser mantido a proteção da família e o desenvolvimento dos filhos.
BENS IMÓVEIS: Aqueles que não podem ser removidos de um lugar para o
outro sem destruição e os assim considerados para os efeitos legais (artigos
79 e 80 do Código Civil).
BENS DIVISÍVEIS: São aqueles que se podem fracionar sem alteração na sua
substância, diminuição considerável de valor ou prejuízo do uso a que se
destinam (artigo 87 do Código Civil).
OBS.: São bens não sujeitos a inventário: o bem de família estabelecido por
Escritura Pública (Artigo 20, Decreto 2300/40); bens particulares.
Vocação hereditária
Transmissão da herança
QUESTÕES:
01- Ricardo Prates casado sob o regime de comunhão parcial de bens é viúvo de
Maria de Fátima, que faleceu em 2005. Na constância do casamento adquiriu com
a esposa 5 bens imóveis. Ricardo mora em um dos bens, sendo que os demais
estão alugados rendendo a quantia total de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Foram
concebidos 6 filhos. Até a presente data, todos são menores de 18 anos e estão
na guarda do genitor. A viúva era servidora pública estadual e recebia um salário
mensal de R$ 3.000,00 (três mil reais). Diante a situação de fato, constituído como
advogado, como resolver o fato do falecimento da Sra. Maria de Fátima?
Fundamente sua resposta.
OBS.: A pessoa jurídica pode tão somente ser testamentária ou legatária, dentre
uma sucessão de herança.
OBS.: A pessoa jurídica possui apenas capacidade passiva, salvo exceção de ser
a única a receber a herança.
Vocação Hereditária
OBS.: Havendo testamento válido podem ser chamados a suceder, os filhos ainda
não concebidos e as pessoas jurídicas.
OBS.: Testado e disposto à nascituro, e caso este não for concebido dentre dois
anos, o que lhe caberia volta ao todo unitário.
- O cônjuge somente terá direito a herança, caso não estiver separado judicialmente,
ou separado de fato por dois anos.
- Na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto, sem
distinção de linhas.
01- Emerson Alves, nascido no ano de 1983, casou-se sob o regime da comunhão
parcial de bens com Ana Maria no ano de 2006. Reside na cidade de Jaraguá-GO.
Sabe-se que Emerson antes de casar, era possuidor de 2 bens imóveis. Depois
que casou-se, em conjunto com Ana Maria, adquiriu 1 bem imóvel. Entretanto, no
ano de 2010, faleceu em um acidente náutico na cidade de Abadiânia-GO.
Todavia, foi confirmado, que mesmo o acidente acontecendo no Lago Corumbá
IV, onde Emerson perdeu as duas pernas, a sua morte foi confirmada na cidade
de Anápolis, Goiás, pelo Dr. Luiz CRM. Diante a situação acima, responda de
forma fundamentada as problemáticas abaixo:
b) Sabendo que Emerson tem sua mãe falecida, e que ainda possui o pai,
existindo a cônjuge Ana Maria, quem possui capacidade ativa para mover a
abertura da sua sucessão?
d) Sabe-se que Emerson tinha uma concubina, que dependia financeiramente dele
deste o ano de 2009, quais direitos de herança terá a concubina?
02- Felipe Alves é casado sob o regime da separação de bens com Cristina Silva,
desde o ano de 2000. Na constância do casamento Felipe adquiriu duas
SCANIA(s), uma ano 2001, outra 2002, cada uma no valor de R$ 100.000,00 (cem
mil reais). O casal possui 5 filhos todos menores. Sabe-se que antes de contrair o
casamento com Cristina, Felipe já possuía dois filhos, hoje maiores. Contudo,
Felipe faleceu em janeiro de 2012. Procurado por Cristina, como proceder o
inventário de Felipe? Fundamente sua resposta.
03- Tem conhecimento que no ano de 2000, Fabrício, brasileiro, maior, capaz,
com 52 anos de idade, casado sob o regime da comunhão parcial de bens com
Susy, insatisfeito com a opção sexual do seu filho Tico, desejoso de declará-lo
indigno a receber sua herança, procurou um advogado e este o encaminhou a um
cartório, onde foi lavrado ato público de indignação, onde consta que o filho por
declaração do pai, não poderá receber a herança que possuí valor global de 1
milhão de reais. Contudo, em 2005, Fabrício faleceu, deixando sua esposa Susy,
e o filho Tico com 16 anos de idade. Procurado para assessorar a família, como
proceder o inventário de Fabrício. Fundamente sua resposta?
04- Victor e Maria Clara casaram-se no ano de 1969, sob o regime da comunhão
universal de bens. Conceberam 4 filhos, e adquiriram 3 bens imóveis e 2 bens
móveis. Sabe-se que um dos filhos do casal, de nome Felipe caluniou e difamou
seu pai em público, levando-o a ridículo no ano de 1990. Contudo na época nada
foi aberto contra o filho por conta do pai que o perdoou. Entretanto, Victor faleceu
no ano de 2000. Fato é que, a filha Joana, procurou um advogado para a abertura
da sucessão do seu pai, e o disse sobre a calúnia e difamação, confirmada por
Boletim de Ocorrência, acometida contra seu pai. Como advogado constituído
como proceder o inventário de Victor? Fundamente sua resposta.
Resumo - Aula 07
Aceitação da Herança
OBS.: A herança também não pode ser colocada a condição ou a termo, salvo
quando em ato de última vontade (testamento).
OBS.: Caso aja herdeiro sem vocação hereditária que tenha aceito a herança,
esta será revogada, por ilegitimidade de parte.
Renúncia da herança
Situações hipotéticas
01- Felipe Martins e Andréia Silva, casaram no ano de 1966. Faleceram em 2002.
Na constância do casamento conceberam 3 filhos (João, Éder, Maria), e
adquiriram 3 bens imóveis. Sabe-se que João faleceu em 2003, era solteiro, e
concebeu três filhos. Fato é que foi aberta a sucessão apenas agora, no ano de
2012. Entretanto, Éder em 2008 renunciou a herança por meio de ato expresso.
Maria em 2009 cedeu seus direitos hereditários ao interessado Leandro. Como
advogado constituído como proceder a abertura da sucessão dos falecidos Felipe
e Andréia? Fundamente sua resposta.
b) Fred, solteiro, com 5 filhos após aberta a sucessão renunciou a herança. Como
proceder a sucessão legítima de André e Sandra?
OBS.: Quando há cessão de herança, esta não é acrescida a algum herdeiro, este
onerosamente compra o respectivo quinhão hereditário, devendo haver o
recolhimento do ITBI (tributo municipal).
OBS.: A cônjuge não cederá a meação, poderá sim vender a meação que lhe é
por direito.
OBS.: Não deve conter vícios no testamento para que seja válido a substituição.
OBS.: A deserdação ocorrerá por ato de última vontade; porém deve da mesma
forma que quando da ocorrência da indignidade, mover o interessado ação
ordinária declaratória contra o possível deserdado, tudo no Estado/Juiz.
Abertura do Testamento
Situações hipotéticas
01- Marta, brasileira, viúva, nascida em 1934, nunca se casou. No ano de 1964,
concebeu uma filha, por nome Jéssica, logo no ano de 1969, concebeu outra filha,
por nome Ana Maria. Entretanto filhas unilaterais, de pais diferentes. Jéssica filha
de João Marcos, e Ana Maria filha de Pedro Paulo. Sabe-se que no ano de 1989,
Jéssica fora morar na França, e desde então não mais procurou pela mãe, vistos
até o ano de 2009, quando Marta faleceu, tendo como causa mortes um câncer
raríssimo. Tomou-se conta que a enfermidade acometeu Marta inicialmente no
ano de 1985, sendo que a mesma necessitou de cuidados de suas filhas.
Contudo, apenas a filha Ana Maria cuidou da mãe desde o descobrimento da
doença até a sua morte, sendo que a filha Jéssica negou-se a cuidar da própria
mãe, e para evitar de manter seus cuidados decidiu abandonar a família sem justa
causa e ir morar no exterior.
Marta ao longo da vida, como analista do TRE-GO, adquiriu 3 bens imóveis, 2
bens móveis, e ações da Petrobrás, acumulando um patrimônio não inferior a R$
800.000,00 (oitocentos mil) reais. No ano de 1989, Marta fez um testamento
público, onde dispôs que deserdava a filha Jéssica pelo abandono em sua
doença. Com o falecimento de Marta, a filha Jéssica retornou ao Brasil, para
herdar o que a mãe deixou. Sendo contratado por Ana Maria, como proceder a
abertura da sucessão? Como defender seus direitos diante Jéssica? Como serão
partilhados os bens deixados por Marta? Responda de forma fundamentada.
02- Pedro e Renata, casados sob o regime da comunhão de bens, antes da CF de
1988, faleceram no ano de 2005, em um acidente automobilístico. Conceberam
juntos 6 filhos (Sara, Trícia, José, Henrique, Cleber, Carla), sendo que, quando do
falecimento todos estavam vivos, sendo todos casados sob o regime da
comunhão universal de bens. O casal falecido adquiriram na constância do
casamento 8 bens móveis, acumulando um patrimônio de R$ 900.000,00
(novecentos mil) reais. Sabe-se que quando da investigação do acidente,
descobriu-se que a filha Sara em conjunto a seu esposo, estavam diretamente
envolvidos com o sinistro, ponto que foi constatado que os mesmos tinham
esvaziado os pneus do carro, sabendo que o casal iria usá-lo, sendo comprovado
que a causa do acidente foi ocasionada pelo dano nos pneus. Cleber descobre
depois de muitas conversas com a irmã mais velha Trícia, que seus pais
realizaram testamento cerrado, e este está de posse do filho Henrique. Sabe-se
que neste testamento o casal deserda a filha Carla, por injúria grave contra os
mesmos. O filho
José diante a situação de caos que se encontra sua família, contrata você como
advogado para a realização do inventário dos pais. Como advogado constituído
como proceder a sucessão? Como será apresentada a partilha? Como será
resguardado os direitos dos filhos Trícia, José, Henrique, Cleber? Responda de
forma fundamentada.
Resumo - Aula 09
Levantamento de bens
Sucessão de Descendente
Sucessão de Ascendentes
Sucessão de Colaterais
OBS.: Herdeiro colateral não concorre com cônjuge sobrevivente, pois caso
havendo cônjuge e não havendo descendentes e ascendentes, este recebe a
integralidade da herança.
Inventariante
II - administrar o espólio, velando-lhe os bens com a mesma diligência como se seus fossem;
III - prestar as primeiras e últimas declarações pessoalmente ou por procurador com poderes
especiais;
IV - exibir em cartório, a qualquer tempo, para exame das partes, os documentos relativos ao
espólio;
Vll - prestar contas de sua gestão ao deixar o cargo ou sempre que o juiz Ihe determinar;
III - se, por culpa sua, se deteriorarem, forem dilapidados ou sofrerem dano bens do espólio;
IV - se não defender o espólio nas ações em que for citado, deixar de cobrar dívidas ativas ou
não promover as medidas necessárias para evitar o perecimento de direitos;
Inventário
Procedimentalização do Inventário
1. Pedido de abertura de inventário – Documentos necessários: Certidão de
Óbito; RG e CPF dos herdeiros; Certidão de Casamento dos herdeiros;
Certidão de propriedade dos bens deixados pelo falecido e procuração “Ad
Judicia”.
OBS.: Na petição inicial deverá conter: Assinatura do advogado constituído;
valor da causa, condizente com o valor dos bens deixados pelo espólio; pedido
de designação do inventariante; pedido de citação do Ministério Público e da
Fazenda Pública.
3. Logo ocorrerá o despacho inicial do poder judiciário e repassados serão os
autos caso não seja necessário a emenda da inicial, para o representante do
Ministério Público, que apresentará parecer ministerial. No despacho o juiz
nomeara a inventariante, concedera o pedido de assistência ou requererá o
recolhimento das custas processuais, e convocará a inventariante para assinar
o termo de compromisso.
OBS.: Obrigatoriamente o Juiz de Direito intimara o Ministério Público e a
Fazenda Pública, e caso for necessário expedirá citações a herdeiros e
interessados.
4. O Estado/Juiz – Juiz de Direito intimará a inventariante para a
apresentação das primeiras declarações. Estas deverão conter: A qualificação
dos sucessores; a qualificação do espólio; descrição do imóvel; da
administração dos bens deixados pelo espólio; certidões negativas dos CPF(s)
envolvidos; das dívidas vencidas e vincendas; da assinatura da inventariante e
do advogado.
OBS.: Esta será homologado ou não pelo Juiz de Direito e logo será
repassada para o Ministério Público para vistas ministeriais. Caso não o Juíza
ordenará que as emende.
5. Logo, ocorrendo o despacho saneador e resolvida todas as diligências do
processo o Juiz de Direito intimará a inventariante para realizar o recolhimento
do ITCDM.
6. Assim, o Juiz intimará o advogado e a inventariante para apresentarem as
últimas declarações, estas acompanhadas das certidões negativas federais,
estaduais e municipais do espólio, dos herdeiros e dos bens deixados pelo
autor da herança, da descrição do imóvel; da administração dos bens deixados
pelo espólio; das dívidas vencidas e vincendas; da assinatura da inventariante
e do advogado.
Partilha
OBS.: O Juiz quando receber a partilha a homologará, caso que poderá requerer
que seja emendada, logo repassará para ocorrer o parecer ministerial.
Sobrepartilha
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA
Particularidades
Do processo administrativo
- Certidão de Óbito;
- Certidão expedida pela Receita Federal do CPF do espólio;
- Documentos pessoais das partes envolvidas (RG, CPF);
- Certidões comprobatórias do vínculo de parentesco dos herdeiros (Ex.:, certidões
de nascimento, casamento, óbito etc.);
- Certidões Federais, Estaduais e Municipais, correspondente ao CPF do espólio e
das partes envolvidas;
- Certidão negativa conjunta da Secretaria da Receita Federal e Procuradoria
Geral da Fazenda Nacional;
- Certidão de propriedade expedida pelo Registro de Imóveis, dos bens imóveis,
atualizada e não anterior à data do óbito;
- Certidão ou documento oficial comprobatório do valor venal dos bens imóveis,
relativo ao exercício do ano do óbito ou ao ano imediatamente seguinte deste ;
- Procuração “Ad Judicia”;
- Petição Inicial;
- ITCDM devidamente recolhido junto ao SEFAZ competente;
- ITBI devidamente recolhido, caso exista Cessão de Direitos Hereditários;
- Escritura de pacto antenupcial e seu registro, quando for o caso;
- Documentos comprobatórios do domínio e valor dos bens móveis, se houver;
- Certidão de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), se houver imóvel rural a ser
partilhado.
OBS.: O ato notorial de inventário e partilha pode ser realizado a qualquer tempo,
não importando o prazo estabelecido pelo CPC de 30 dias, prorrogável por mais
30 dias (Artigo 31 da Resolução 35/2007).
OBS.: O inventário e partilha, via administrativa, pode ser realizado em qualquer
comarca, apenas devendo se realizar em Cartório de Notas sobre a fé pública do
Tabelião devidamente designado pelo Tribunal de Justiça competente estadual.
OBS.: O Tabelião deve zelar pela segurança jurídica dos atos realizados em sua
serventia, assim como o Juiz o faz, devendo manter a mais correta aplicação da
lei.
Procedimentalização
OBS.: Somente poderá realizar o ato extrajudicial caso aja o consenso de todas
as partes envolvidas.
Nota:
Art. 1. Os arts. 982 e 983 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo
Civil, passam a vigorar com a seguinte redação:
Art. 982. Havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-á ao inventário judicial; se
todos forem capazes e concordes, poderá fazer-se o inventário e a partilha por escritura
pública, a qual constituirá título hábil para o registro imobiliário.
Parágrafo único. O tabelião somente lavrará a escritura pública se todas as partes
interessadas estiverem assistidas por advogado comum ou advogados de cada uma delas,
cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial.
Art. 983. O processo de inventário e partilha deve ser aberto dentro de 60 (sessenta) dias a
contar da abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 (doze) meses subseqüentes, podendo o
juiz prorrogar tais prazos, de ofício ou a requerimento de parte.
Parágrafo único. (Revogado).
Art. 2. O art. 1.031 da Lei no 5.869, de 1973 – Código de Processo Civil, passa a vigorar com
a seguinte redação:
Art. 1.031. A partilha amigável, celebrada entre partes capazes, nos termos do art. 2.015 da
Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, será homologada de plano pelo juiz,
mediante a prova da quitação dos tributos relativos aos bens do espólio e às suas rendas, com
observância dos arts. 1.032 a 1.035 desta Lei.
Art. 3. A Lei no 5.869, de 1973 – Código de Processo Civil, passa a vigorar acrescida do
seguinte art. 1.124-A:
Art. 1.124-A. A separação consensual e o divórcio consensual, não havendo filhos menores
ou incapazes do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos, poderão ser
realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições relativas à descrição e à
partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo
cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o
casamento.
§ 1 A escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para o registro civil
e o registro de imóveis.
§ 2 O tabelião somente lavrará a escritura se os contratantes estiverem assistidos por
advogado comum ou advogados de cada um deles, cuja qualificação e assinatura constarão
do ato notarial.
§ 3 A escritura e demais atos notariais serão gratuitos àqueles que se declararem pobres sob
as penas da lei.
Art. 4 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5o Revoga-se o parágrafo único do art. 983 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 –
Código de Processo Civil.
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA
01- Frederico, viúvo, faleceu em data de 1999. Deixou 4 filhos todos menores,
tendo João 12 anos, Maria 13 anos, Felipe 14 anos, Ana 15 anos. O falecido
possuía uma empresa que girava sob denominação “Giro Rodas Ltda” e cinco
bens, sendo 2 imóveis e 3 móveis. Por meio dos avós paternos do falecido foi
aberta a sucessão no ano de 2000. O processo de inventário tramita até o
presente dia, por problemas empresarias da empresa de propriedade do falecido.
Procurado pela filha Ana, hoje já com 28 anos, para a defesa de seus interesses e
de seus irmãos, como resolver a morosidade processual do inventário? Responda
de forma fundamentada.
03- Maria Felisbina e Pedro Silva casaram sob o regime de separação de bens em
janeiro de 2012. Diante a situação responda de forma fundamentada:
a- O casal desejoso de divorciar com apenas 5 dias de casamento, lhe constituí
como advogado. Como regularizar a situação?
b- O casal, na data de hoje, lhe constituiu para realização do divórcio, como
proceder?
c- Já apresentado a petição inicial ao tabelião, acompanhada dos documentos
necessários, estando lavrada, manifestam não mais serem desejosos o casal de
realizar o ato, constituído, como resolver o problema em questão?
d- Ocorrendo a separação via extrajudicial, constituído como advogado para a
realização do divórcio, como proceder?