RESUMO: O Espírito Santo é o principal produtor e o maior processador e exportador de rochas
ornamentais do Brasil. A exploração de rochas ornamentais é o terceiro maior gerador de receita para o estado e responde por 7% do PIB capixaba, segundo dados do governo do estado em 2016. A indústria de rochas ornamentais gera dezenas de toneladas de resíduos sólidos por ano. O custo de disposição dos resíduos, de forma ecologicamente correta, são elevados e, isso tem motivado a busca de alternativas tecnológicas viáveis para a disposição de resíduos industriais. Assim sendo, as atividades de mineração de rochas geram os chamados passivos ambientais, que representam os danos causados ao meio ambiente, os quais as empresas ou indústrias devem compensar por meio de invertimentos que visam reduzir o impacto ambiental causado à natureza. Visto isso, a nossa pesquisa analisa a recuperação de uma área de passivo ambiental, causado pela mineração de rochas, através da estabilidade e inclinação dos taludes do aterro, executado com os próprios resíduos gerados pelo beneficiamento de rochas ornamentais, sendo estes resíduos sólidos classe II - não perigosos. O aterro é localizado na rodovia BR 101 norte, KM 259, Nova Carapina – Serra/ES e a recuperação geomorfolófica da área é realizada pela empresa Manancial Projetos e Consultoria Ambiental. Para inicio do estudo foram coletadas amostras do material do aterro, a extração de amostras foi feita com trado tipo TAI (Trado para coletas de Amostras Indeformadas do solo) e a posterior obtenção dos parâmentros do solo (coesão, ângulo de atrito e peso específico) se deu por meio de ensaios de adensamento e cisalhamento direto, realizados no Laboratório de Mecânica dos Solos (LAMES) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Com os resultados obtidos foi possível a análise da cunha de ruptura e definição do coeficiente de segurança através do software GeoStudio. Dessa forma, foi concebível atingir o objetivo da pesquisa: otimizar a capacidade de deposição dos resíduos e apresentar o grau de segurança previsto na ABNT NBR 11682: 2009.
PALAVRAS-CHAVE: Passivo Ambiental, Aterro, Residuos Sólidos Classe II, Esbabilidade,