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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO

CURSO DE PSICOLOGIA

ADOLF HITLER: HERÓI OU LOUCO?


UMA HISTÓRIA PRESENTE EM “O GRANDE
DITADOR”.

Fernanda D’Ambrosio Rennó


Tiago Lira Abad
DESENVOLVIMENTO DO
TRABALHO

• Este trabalho é uma exposição teórica baseada na teoria


dos arquétipos de Carl Gustav Jung e tem como objetivo
realizar uma análise sobre Adolf Hitler, estabelecendo
uma relação entre ele e os Arquétipos do Herói, do Louco
e do Imperador, tendo como instrumento de apoio para
esta análise o filme de Charles Chaplin, “O Grande
Ditador”, além da pesquisa de materiais referentes ao
ditador, à Segunda Guerra Mundial e ao contexto
histórico e social da época.
ADOLF HITLER
• Nasceu em 1889 na Áustria e morreu em 1945 em
Berlim, após suicídio;
• Alemanha: viveu com seu pai, um funcionário público,
sua mãe, uma mulher muito ocupada com os afazeres
domésticos e dois meio-irmãos;
• Morte dos pais: muda-se para Viena (viveu por cinco
anos) abre os olhos para dois perigos: o marxismo e
judaísmo;
• 1913: muda-se para Munique, entra para o partido
nacional socialista dos trabalhadores alemães;

• 1920: torna-se encarregado da seção de propaganda, é


preso, escreve seu livro Mein Kampft, a bíblia nazista;
• 1933: Torna-se chanceler do governo;
• 1934: Comandante supremo das forças armadas /
aceleração do rearmamento alemão.
NAZISMO: AS 5 IDÉIAS PRINCIPAIS
• 1920: Surgimento do Nazismo, ascensão de Hitler;
• Baseado em 5 idéias principais:
1. A eugenia: teoria proveniente de Darwin “A origem das espécies”,
pela 1ª vez retira o homem da criação divina;
2. Ódio ancestral contra os judeus, condenados pela Igreja pelo
assassinato de Jesus;
Suástica: Símbolo do 3. Amor à pátria: restauração deste sentimento ao povo alemão,
Nazismo. Utilizado na aproveitando a crise pós I Guerra Mundial;
sua forma negativa 4. Frieza dos tempos modernos: predominância do mundo racional,
(feminina), teve sua que geraram atitudes racionais, planejadas, cientificamente
posição normal alterada fundamentadas, especializadas, burocráticas e eficientes;
adquirindo também formas 5. Ideal de beleza: criação da raça perfeita (ariana) e arquitetura de
masculinas na sua inversão. cidades perfeitas.
Especialistas consideram • Extermínio de judeus: campos de concentração,
um desejo e evocar seu perseguições e identificação de um mal na sociedade;
poder cósmico voltado
à magia negra. • Hitler: plantação de uma semente que perdurasse
durante os tempos numa perspectiva futura.
II GUERRA MUNDIAL
• Tratado de Versalhes: Alemanha - abrir mão das
colônias, desmilitarizada, abolição do Estado-Maior,
indenizações a serem pagas pelos estragos causados na
I Guerra;
• População: humilhada e depressiva, crise econômica e
pobreza;

• 1939: Início da guerra, Hitler invade a Polônia, quebra


do tratado de não-agressão com a URSS;
• 1940: Invasão à Holanda, Bélgica, Dinamarca e
Noruega, quebra do acordo com Roosevelt / Consegue
render a França em junho do mesmo ano; Pacto
Tripartite (Roberto) – Itália, Alemanha e Japão.
• Expansão das idéias nazistas e repressão e cassação de
judeus e considerados não-arianos;

• 1941: holocausto, dominação da Hungria e ameaça


britânica, defesa dos postos de petróleo na Romênia.
II GUERRA MUNDIAL - FINAL
• 1941: destruição da cidade de Londres; assinatura da
Carta do Atlântico, união entre Grã-Bretanha e EUA;
• Bombardeio de Pearl Harbor envolve dá início à
participação americana na guerra;
• URSS adere ao acordo e junta-se aos dois países;
• 1941: Operação Barbarossa, invadem a URSS, mas o
frio (50 graus negativos), as chuvas de outubro e a
fome fazem o exército alemão perecer;
• 1943: Exército alemão se rende ao exército russo;
• 1944: Operação Overlord, americanos e britânicos
invadem a Alemanha, fim do domínio nazista;
• 08 de maio de 1945: vitória sobre os alemães na II
Guerra Mundial, fim do 3º Reich;

• Setembro de 1945: fim da guerra.


CARL GUSTAV JUNG
• Nasceu na suíça 1875 e faleceu em 1961, estudioso em
filosofia e literatura – médico na Clínica Psiquiátrica
de Burghozli;
• Com Bleuler desenvolveu o teste de associação de
palavras para diagnóstico psiquiátrico;
• Interesse por Sigmund Freud, que o tinha como filho;
• Após Metamorfoses e Símbolos da Libido em 1913 –
separação;
• Desenvolve a Psicologia dos Complexos, e
posteriormente chama-se Psicologia Analítica (o
homem na sua realidade concreta);
• O homem adquire sentido em relação ao seu próprio
self, realidade individual e específica;

• Self: centro regulador da psique, o arquétipo central da


ordem, da totalidade do homem.
CARL GUSTAV JUNG
• Ego: material consciente do indivíduo, movimenta-se
na busca de ampliação de seus conteúdos, aumentando
a capacidade consciente;
• Eu: o centro de toda psique, não somos capazes de
criar, está sempre conosco desde antes do nascimento;
• Arquétipos: Imagens totalmente instintivas que
manifestam-se através de simbologia, de origem
desconhecida que repetem-se através dos tempos.
• São ao mesmo tempo imagem e emoção, atuando em
formas próprias de pensamento, provocando impulsos
próprios e podendo dominar o inconsciente,
submetendo à sua própria ação;
• Perigo princiapal: sucumbir à influência fascinante dos
arquétipos, escapam ao controle da consciência,
alcançando total independência, gerando fenômenos de
possessão.
O HERÓI, O IMPERADOR...
• Herói: vence o mal, livrando sua nação da fome, da
destruição e da morte; Arquétipo que quando presente
faz a sociedade estabelecer uma identidade coletiva;
• Desejos e apetites: pode tornar-se um ser cruel,
insensível, mas também adquire características de
transformador e libertador da sociedade;
• O herói deve estar em contato com suas capacidades
destrutivas (Sombra) para não ser subjugado pela
mesma;

• Imperador: dono da criação, da construção, inspiração


e proteção ao Império; Papel patriarcal, assume uma
estrutura consciente, influi no ser como a força do ego,
com características de um ser desapiedado e cruel,
símbolo ensandecido do governo, perspectiva de futuro
ao povo pelo governo da divindade;
• Quando ferido, a nação sofre = a confiança do pai.
... O LOUCO
• Louco: estreito contato com o lado instintivo, esta
conexão com o lado instintivo tem o poder de salvar
sua própria vida e também toda a humanidade;
• Capacidade de ignorar estímulos visuais e voltar-se
somente para o seu mundo interior, não há certo ou
errado.
• Quem dita seus caminhos é sua capacidade
• intuitiva, é guiado por uma atitude
experimental em relação à vida.

• Surgem sonhos impossíveis, que podem
pregar peças à nossa mente pois o louco
é parte de nós mesmos amplificadas
• da consciência do ego.


O GRANDE DITADOR
• União dos Arquétipos do Herói, Imperador e Louco;
• Hynkel: totalmente ligado à seu lado instintivo,
discursos em língua própria e população identificada
com os arquétipos surgidos;
• Aplica suas ideologias não por desejo popular, mas por
desejo próprio – ligação entre o Herói, Imperador e o
Louco – população o abraça, este limpa as mãos;
• Herrich e Garbitsch – “bobos da corte”;
• Globo – Dança, gestitula, lança o globo para o alto, faz
coreografias – O Louco caminha por todas as nações,
incomodando, dançando, sapateando sobre todos os
povos, sobre todas as regras, sobre os pensamentos e
sobre as culturas;
• Imperador, assume papel patriarcal, é dono da criação,
construção, inspiração e da proteção ao império;
Possui o direito divino de governar a sociedade.
CONCLUSÃO
• Sociedade: enfraquecido o simbolismo cristão de Deus,
de um Salvador – Imperador, relação simbiótica com a
nação / missão divina a ser cumprida;
• Hitler: dominado por tendências instintivas
(arquetípicas) – dominar o mundo e implementar a
raça ariana;
• “Religião Nazista” – sociedade atingida por uma força
“religiosa” que conduziria à salvação através da
carência do surgimento de mitos ou divindades;
• O Homem vive sua própria sombra, desorientado;
• A sociedade infantilizada, necessita de um mito para
ser conduzida;
• Hitler suicidou-se, aumentando assim o poder de
numinosidade perante seu nome;
• Através do Louco torna-se Herói e Imperador.

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