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Projeto
Pedagógico 2015/ 2016
CRESCER
EXPLORANDO
OS
SENTIDOS
INTRODUÇÃO
Na primeira infância a criança está em constante mudança aos níveis físico, cognitivo,
social e linguístico, sendo por isso considerada uma fase decisiva no seu crescimento
e desenvolvimento. Todas as experiências influenciam fortemente a criança, a sua
relação com ela própria, com os outros e com o mundo. Deste modo, compete aos
agentes educativos proporcionar um ambiente seguro, afetuoso, acolhedor e
desafiante, a fim de que sejam adquiridas novas competências e aprendizagens.
Todas as ações e propostas pedagógicas devem ser refletidas, justificadas e
registadas neste e noutros documentos orientadores da instituição.
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ÍNDICE
9. AVALIAÇÃO ............................................................................................................20
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1. FUNDAMENTAÇÃO DO PROJETO EDUCATIVO
O presente projeto Pedagógico, teve em conta a faixa etária das crianças, o nível de
desenvolvimento e necessidades. Atendendo à faixa etária do grupo, procuramos
estabelecer um conjunto de objetivos e um plano anual de atividades que contemplam
o tempo de concentração, a necessidade de estabelecer uma relação de afetos, de
movimento, de experimentação e a realização de atividades simples e lúdicas. O
Projeto “Crescer explorando os sentidos”, surgiu do facto de as crianças se
encontrarem numa fase de descobertas, sendo estas fundamentais para a sua
experimentação, indispensáveis ao seu desenvolvimento enquanto pessoa. A criança
nos seus primeiros anos de vida utiliza a exploração sensitiva como forma de
linguagem que permite compreender, expressar-se, desenvolver os seus interesses,
as suas aptidões e as suas possibilidades de bom relacionamento com os outros,
sendo, portanto, os sentidos que lhe transmitem a percepção da realidade. Deste
modo, o crescer explorando os sentidos são fatores determinantes na construção da
sua identidade, conhecimento de si, do outro e do meio em que está inserida. O
Educador tem que compreender a criança como um todo, em todas as suas
dimensões: emotivo-expressiva, socio-relacional e sensório-psicomotor.
- Criar momentos para que se crie uma relação de amizade e afetividade com a
criança, a fim de as mesmas se sentirem seguras, amadas e num ambiente estável e
harmonioso que contribua para um bom desenvolvimento das mesmas;
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- Proporcionar à criança um contacto com o meio que a rodeia, para que se inicie o
processo de socialização;
- Promover a nossa creche como um espaço que fique “registado” como positivo e
construtivo na formação de cada criança.
Até aos seis meses, observam com grande interesse as caras das pessoas. Evoluem
também no processo de diferenciação entre o seu mundo interno e externo. Em
relação à área motora e de coordenação ocorrem avanços significativos: os membros
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adquirem maior flexibilidade, permitindo níveis superiores de mobilidade (por ex. os
braços já se deslocam à procura dos objetos segurando-os e levando-os à boca para
os explorar, utilizando ambas as mãos). O bebé sente prazer em emitir e ouvir os seus
próprios sons. É neste período que o bebé inicia o seu processo de exploração do
ambiente.
Dos 7 aos 9 meses o bebé começa a entender as pessoas e os objetos como algo fora
dos limites do seu próprio corpo – a consciência da existência de uma realidade
externa torna-se cada vez mais clara. A mãe assume uma nova importância: a de
“porto seguro” para aliviar a angústia e insegurança provocadas por este mundo
externo cada vez mais identificado. A conquista do sentar sem apoio e a possibilidade
de se movimentar sem ajuda são marcos importantes deste período – a possibilidade
de gatinhar ou arrastar-se amplia de forma significativa o universo do bebé, embora
alguns evoluam diretamente para a fase de ficar em pé.
Dos 10 aos 12 meses é uma fase extremamente ativa. O bebé começa a explorar o
ambiente por conta própria, deparando-se com os limites impostos por obstáculos
físicos ou pelo adulto. Com a capacidade de maiores habilidades motoras, o bebé faz
várias experiências e começa a formar conceitos, nomeadamente sobre distância e
altura. As mãos tornam-se eficazes neste período – o bebé segura objetos de vários
tamanhos e formas sem dificuldade. A habilidade de formar uma pinça com os dedos
polegar e indicador é um marco significativo do desenvolvimento. A comunicação
social está bem ativa, começando a reunir as primeiras sílabas e geralmente entende
a maioria das mensagens que lhe são ditas. É também comum a chamada “palavra –
frase”.
Nesta sala pode compor-se um grupo até 14 crianças entre 1 e 2 anos. É designada
como sala de transição já que a criança se encontra numa fase de desenvolvimento de
muita energia e entusiasmo, pré-disposta a explorar, a imitar, a imaginar, a criar, a
falar e a andar, adquirindo as bases para partir á descoberta do mundo que a rodeia. É
papel do adulto manter uma postura afetuosa e comunicativa com a criança,
encorajando-a diariamente a superar os seus limites, num clima acolhedor e seguro.
Deve estar exposta a um ambiente de constante estimulação linguística, devendo o
adulto falar, fazer perguntas, cantar, explicar as situações do dia-a-dia, de modo que
estas assimilem o máximo de informação e conceitos. Nesta fase a criança começa a
saber dizer o seu nome, o de alguns elementos da família, algumas partes do corpo
assim como objetos, brinquedos ou alimentos do seu agrado. Posteriormente
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começam a surgir pequenas frases. Ao nível motor, passa do gatinhar para o andar
sem se apoiar em nada, percorrendo autonomamente todo o espaço, fazendo as suas
escolhas, baixando-se para pegar objetos do chão, sem cair. Será então através da
brincadeira que a criança de 1 ano aprende nas áreas de socialização, linguagem,
cognição, autonomia e motricidade. É ao brincar que desenvolve o discurso oral, a
memória, a movimentação, o equilíbrio, a curiosidade, a imaginação, a autonomia e a
auto-estima. Começa a querer fazer as coisas sozinha, a experimentar e a colocar-se
em situações de risco.
Num contexto de aprendizagem ativa para bebés e crianças mais novas, os horários
(a sequência diária de acontecimentos, como sejam o tempo de escolha livre, refeição,
tempo de exterior) e as rotinas (interações com o adulto durante o almoço, a sesta e
os cuidados corporais) estão ancorados, para cada criança, em torno da principal
figura que presta cuidados. Ter esta figura como uma “base” garante segurança para a
criança durante o período que está fora de casa. Os horários e as rotinas são
suficientemente repetitivos, embora flexíveis, para permitirem que as crianças
explorem treinem e ganhem confiança para a aquisição das suas competências em
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desenvolvimento, embora permitam que as crianças passem suavemente, ao seu
ritmo, de uma experiência interessante para outra. Os educadores planificam de forma
flexível e centrada na criança e no tempo de grupo. Em conjunto, os intervenientes da
ação educativa concebem horários e rotinas centradas nas necessidades e interesses
das crianças, proporcionando-lhes um sentimento de controlo e pertença.
Berçário
8h – 10h Acolhimento
10h – 11h30 Brincadeira livre/ orientadas
11h30 – 13h Hora de almoço / Higiene
13h – 15h Sesta
15h – 16h Hora do lanche / Higiene
16h – 19h Brincadeira livre / Saída
Nota: Cada criança tem o seu ritmo próprio, logo estes horários são flexíveis tendo em conta as
necessidades do grupo e de cada criança.
Sala 1/ 2 anos
HORÁRIO ROTINA
8h00 - 9h30 Acolhimento
9h30 - 10h00 Pequeno-almoço
10h00 – 10h45 Atividades dirigidas
10h45 - 11h00 Momento de higiene
11h00 - 11h45 Almoço
11h45 – 12h00 Momento de higiene
12h00 – 14h30 Momento de repouso
14h30 – 15h00 Momento de higiene
15h00 – 15h30 Lanche
16h00 - 19h00 Atividades livres/dirigidas e saída
Sala 2/ 3anos
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Rotina Sala Verde (2-3 anos)
8h – 9h30 Acolhimento
9h30 – 10h Pequeno almoço
10h – 11h Atividades orientadas
11h – 11h30 Atividades livres/ Higiene
11h30 – 12h15 Almoço
12h15 – 12h30 Higiene
12h30 – 15h Sesta
15h – 15h30 Higiene
15h30 – 16h Lanche
16h – 19h Atividades orientadas ou livres/ Saída
Através da visão, desde que nascem, as crianças podem ver as pessoas que as
rodeiam, observar contornos, cores e formas. Desta forma pretende-se desenvolver
atividades de coordenação visual-motora que impliquem pegar, manipular e
transportar objetos, identificar alimentos, diferenciar e separar por cores, montar jogos
de encaixe e puzzles, ver livros e revistas, etc.
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no nariz ou boca, abracem, comam com as mãos, pintem com os pés, brinquem com
terra ou com água, entre muitas outras experiências.
5.3 Estratégias
As diversas aprendizagens a serem adquiridas nesta faixa etária requerem uma ação
pedagógica estratégica e que envolva, num trabalho de parceria, pais, educadoras e
crianças, entre as quais:
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5.4 Plano Anual de Atividades
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BERÇÁRIO
Dias comemorativos/
Meses
Atividades
Temas
Magusto
Dia do Pijama (20) Festa do pijama, música e jogos
Festa de Carnaval
Dia dos amigos (14) Histórias com fantoches
Decorações da Primavera
Março
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Ouvir vários tipos de música e responder com
Dia da Dança (29)
movimentos corporais
Histórias alusivas às mães
Dia da Mãe (1)
Realização da prenda para a Mãe
Maio
Atividades lúdicas
Dia da Criança (1)
Festa do dia da criança
Junho
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SALA 1/ 2 ANOS
Meses
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Histórias alusivas aos pais
Dia do Pai (19)
Realização da prenda para o Pai
Dia da Agricultura (20) Visita á horta pedagógica
Decorações da Primavera
Março
Digitinta
Dia da Árvore (21) – Primavera
Canções e poemas sobre a
Primavera
Ouvir e cantar a música: “Coelhinho
Páscoa (27)
da Páscoa”
Utilizar brinquedos que imitem sons
Dia do Teatro (27)
exemplo (chocalho, sino, etc)
Dia do Livro (23) Exploração de livros
Abril
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SALA 2/ 3 ANOS
Meses
grupo
Ouvir e cantar a canção: “Quando
chega o Outono”
Outono Decorações de Outono – apanhar
folhas e pintura com carimbos
Construção do painel de Outono
Construção de instrumentos
Dia da Música (1) – Instrumentos musicais – participação das famílias
musicais na recolha de material de
desperdício
Imitar sons de animais
Histórias e fábulas sobre animais
Outubro
Contos de Natal
Elaboração do presente de Natal
Exploração da canção: “Chegou o
Inverno Inverno”
Construção do painel de Inverno
Construção de uma coroa de rei –
Dia de Reis (6) colagens
Ceia de reis – lanche convívio
Janeiro
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Canções de Carnaval
Decorações de Carnaval – pintura
Carnaval (9)
com as mãos
Fevereiro
Festa de Carnaval
Histórias sobre a partilha e a
Dia dos amigos (14)
amizade
Canções sobre os meios de
Os Transportes
transporte
Histórias alusivas aos pais
Dia do Pai (19)
Realização da prenda para o Pai
Dia da Agricultura (20) Atividade de plantação em vasos
Jogos dramáticos
Dramatização
Preparação de uma peça de teatro
Visita á Biblioteca
Dia do Livro (23)
Exploração de livros
Abril
principais elementos
Digitinta
Jogos de encaixe
As Cores
Jogos de organização por cores
(bolas)
Atividades lúdicas
Dia da Criança (1)
Festa do dia da criança
Preparação da Marcha da Crescer a
Junho
Cores
Dia de Sto. António (13) Decorações de Santos Populares
Arraial com as famílias Crescer a
Cores
Realização da prenda para os avós
Jogos de encaixe
Julho
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6. Ações de Formação para Educadores e Ajudante de Ação Educativa
A ações de formações são trimestrais tem como objetivo ser momentos de partilha de
teorias e práticas pedagógicas e de mútua aprendizagem entre toda a equipa.
9. AVALIAÇÃO
Para além deste, são usados outros tipo de instrumentos, tais como:
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Qualquer informação considerada importante acerca do processo de desenvolvimento
da criança é imediatamente comunicada aos encarregados de educação. Também
estes podem convocar, mediante os horários disponíveis, reunião com a Equipa
Educativa, sempre que tiverem essa necessidade.
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