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RESENHA CRÍTICA
WOOD JR, Thomaz. Nem tudo é verdade: a “flexibilidade moral” é um traço característico
dos executivos. Mais alta a posição na pirâmide, menor a utilidade de noções rígidas sobre o
que é certo ou errado, Carta Capital, 2007.
1 CREDENCIAIS DO AUTOR:
2 SÍNTESE DA OBRA
1
RAS: REVISTA DE ADMINISTRAÇÃO DE SAÚDE. Vol. 4, Nº 15 – Abr-Jun, 2002. Disponível em:
<http://www.cqh.org.br/portal/pag/area.php?p_narea=102>. Acesso em: 05 mar. 2020.
2
marketing, de engenharia, apontando quais seriam as manobras utilizadas por cada um deles
para alcançar ascensão profissional.
3 PRINCIPAIS TESES
a) A ética conveniente.
b) A fragilidade dos valores humanos em uma sociedade ainda sem identidade de
nação, portanto, sem objetivo para projeto de país.
c) Mediocridade e a ignorância como mecanismo de domesticação social.
4 REFLEXÕES CRÍTICAS
Em que pesem as razões do autor sobre a postura ética e a forma como certos
especialistas conduzem o trabalho, mas é equivocada atribuir toda a culpa pela falta de
honestidade e de maneira generalizada aos grupos profissionais ora mencionados em seu
texto.
Embora, o senso comum faça uma interpretação pejorativa do texto original atribuído
na obra, de O Princípe, de Nicolau Maquiável, “O fim justifica os meios” 2, no sentido de que
não importam os meios empregados para se alcançar o resultado com êxito, em verdade, o que
se afirmou é que o governante deve agir segundo a ética e dentro do conceito de razão do
Estado para se conquistar e se manter no poder.
Por conta dessa má interpretação, popularmente, credita-se a Maquiavel a
justificativa do emprego de ações desonestas ou violentas para obtenção de poder, emprego
ou outro objetivo diverso.
Assim, se concordarmos com essa tese errônea hodiernamente empregada, pode ser
que também possamos atribuir a certos grupos profissionais, a responsabilidade pela
degeneração da confiança entre as pessoas, porque na maior parte do tempo estamos ocupados
trabalhando para poder viver, por isso dá entender que tudo aflora do campo laboral.
Mas não é bem assim que ocorre. Pois bem, a opção de agir corretamente ou não é do
indivíduo em si, jamais pode ser inerente a um traço pertencente a uma profissão ou grupo de
profissões.
De fato, há profissionais no mercado, cuja conduta é marcada pela conveniência, que
longe dos olhos vigilantes e da lei cometem crimes e se escondem atrás da aparência e dos
artifícios de uma boa propaganda, mas, nem por isso, devemos pensar que toda a humanidade
está condenada ao inferno.
2
Niccolò de Bernardo Di Machiavelli, 1469-1527.
3
Há três coisas que garantem votos numa eleição: favores, esperança, e ligação
pessoal. Você precisa se esforçar para dar esses incentivos às pessoas certas.
Você pode conquistar eleitores indecisos para a sua a causa fazendo-lhes favores,
ainda que pequenos. Isso vale ainda mais para todos aqueles que você já ajudou
muito. Você precisa fazê-los entender que, se eles não o apoiarem agora, perderão
toda credibilidade pública. Vá encontrá-los pessoalmente e faça-os saber que, se eles
o apoiarem nesta eleição, você lhes deverá um favor.3
saltimbancos progridem. Onde todos lucram, ninguém pensa; ninguém sonha onde
todos tragam. O que antes era signo de infâmia ou cobardia, torna-se título de
astúcia; o que outrora matava, agora, vivifica, como se houvesse uma aclimação ao
ridículo; as sombras envilecidas se levantam, e parecem homens; a improbilidade se
pavoneia, e se ostenta, ao invés de ter vergonha e pudor. O que, nas pátrias, se
cobria de opróbrio, se cobre, nos países, de honrarias.
As jornadas eleitorais se convertem em grosseiras negociatas de mercenários, ou em
pugilatos de aventureiros. A sua justificação está a cargo de inocentes eleitores, que
vão à paróquia, como a uma festa.
BIBLIOGRAFIA
CICERO, Quintus Tullius, Como ganhar uma eleição: tradução de José Ignácio
Coelho Mendes Neto. São Paulo: EDIPRO, 2013. P. 65-66.
CORTELLA, Mario Sergio, Pensar bem nos faz bem!: 2. Família, carreira,
convivência e ética. 4. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.