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pt.wikipedia.org/wiki/Vício_de_linguagem
Vícios de linguagem são desvios das normas gramaticais, [1] ou seja, segundo
Napoleão Mendes de Almeida, são palavras ou construções que deturpam, desvirtuam
ou dificultam a manifestação do pensamento. Costumam ocorrer por desconhecimento
das normas cultas ou por descuido por parte do emissor.
- Exemplos:
Análise: nos dois casos, não se sabe qual dos dois é autor, ou paciente.
Barbarismo
É o uso incorreto de palavras quanto à grafia, pronúncia ou flexão. [1] Assim, divide-se
em:
Prosódico
1/9
Exemplo: Solicitou a rúbrica do aluno no contrato. (correto seria rubrica)
Grafia
Morfológico
Mórfico
Exemplo: Esse tipo de cálculo deve ser com um objeto monolinear. (correto seria
unilinear)
Semântico
Estrangeirismo
Gerundismo
É o uso errado e desnecessário da locução verbal no gerúndio.[3]
Vulgarismo
É o uso linguístico popular em contraposição às normas cultas da linguagem. [4] O
vulgarismo pode ser fonético, morfológico e sintático.
Fonético
Solecismo
Inadequação na estrutura sintática da frase com relação à gramática normativa. Ou seja,
é um desvio em relação à sintaxe.[1] Há três tipos de solecismo: de concordância, de
regência e de colocação.
De regência
- Exemplos:
''Ele é deputado da Bahia, mas não de Goiás.'' → O correto é: Ele é deputado pela
Bahia, mas não por Goiás.
De concordância
- Exemplos:
De colocação
- Exemplos:
Sínquise
Vício de linguagem que consiste em um hipérbato excessivo; é a inversão violenta na
ordem dos termos da oração, tornando o sentido da oração embaralhado e de difícil
compreensão. [5]
- Exemplo:
Queísmo
Consiste na repetição excessiva e indiscriminada da partícula "que" em uma oração. [6]
- Exemplo:
"Quando chegaram, pediram-me que devolvesse o livro que me fora emprestado por
ocasião dos exames que se realizaram no fim do ano que passou."
Neologismo
Consiste na criação desnecessária de novas palavras quando já existem termos análogos
no idioma.[4] Costumam-se classificar os neologismos em:
4/9
Extrínsecos
Estrangeirismos morfológicos
Exemplos:
Estrangeirismos sintáticos
- Exemplos:
5/9
"Percentagem" por porcentagem, ''Automação'' por automatização (anglicismo)
Intrínsecos ou vernáculos
São aqueles formados com os recursos da própria língua. Podem ser de origem culta ou
popular.
Origem culta
Origem popular
Exemplos:
'manjar' (conhecer, entender ou saber de algo ou alguém), 'à pampa' ou 'às pampas' (em
grande quantidade ou intensidade), legal (bem, bom, certo), 'zica' (má sorte,
provavelmente por redução de 'ziquizira'), biruta (indivíduo instável ou amalucado,
sentido literal: instrumento que indica a direção do vento) etc.
Plebeísmo
É qualquer vocábulo, locução ou expressão típicos da fala popular ou dos registros
distensos da fala culta que, embora tidos como grosseiros, não chegam a ser
tabuísmos.[4]
Exemplos:
"Ficou o dia inteiro aporrinhando a mãe, até que ela desistiu." (atormentando)
Cacofonia ou cacófato
Caracterizado pelo encontro ou repetição de fonemas ou sílabas que produzem um som
desagradável.[2] Constituem cacofonias:
Colisão
Parequema
- Exemplo: “vaca cara”, “cone negro”, “teto torto”, “pouco caso”, “uma mala”, “grife
feminina”, “31 de dezembro”, ''Ano Novo'', ''regra gramatical''
Eco
- Exemplo:
Arcaísmo
É o uso de palavras e expressões antigas que estão em desuso e já ultrapassadas.
"Faria-te um favor neste momento se fosse possível" (no futuro do presente e futuro do
pretérito, jamais ocorre a ênclise)
Oxímoro
Consiste numa antítese extremamente desnecessária em uma sentença. É o absoluto
oposto do pleonasmo.
- Exemplo:
"Ele vai ser o protagonista terminal da peça" (ser protagonista implica obrigatoriamente
em ser principal).
Preciosismo
É o uso de uma linguagem exacerbada, para referir ideias normais, tornando o texto as
vezes cansativo.[4] Ou seja, é o uso excessivo de palavras para exprimir ideias simples.
Ao texto prolixo falta objetividade, o qual quase sempre compromete a clareza e cansa o
leitor. É chamado de "falar difícil".
- Exemplos:
- "Meninos, entrem já para dentro " o verbo "entrar" já exprime ideia de ir para
dentro).
Obscuridade
Trata-se da construção de frases de tal modo que o sentido se torne obscuro,
embaraçado, ininteligível. Em um texto, as principais causas da obscuridade são: o
abuso do arcaísmo e o neologismo, o provincianismo, o estrangeirismo, a elipse, a
sínquise, parêntese extenso, o acúmulo de orações intercaladas (ou incidentes) as
circunlocuções, a extensão exagerada da frase, as palavras rebuscadas, as construções
intrincadas e a má pontuação.
9/9