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LIÇÃO 10.
TEXTO ÁUREO.
pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o
dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos. 1
Timóteo 6:10
VERDADE PRÁTICA.
INTRODUÇÃO.
Nesta Aula trataremos da Mordomia das Finanças. Cada ser
humano prestará contas de tudo o que recebeu nesta vida para
administrar (Rm.14:12), inclusive na esfera financeira (Mt.25:19).
Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus. Romanos 14:12
"Depois de muito tempo o senhor daqueles servos voltou e acertou contas com eles.
Mateus 25:19
Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem; Salmos 24:1
Olha o motivo!!!!
pois foi ele quem fundou-a sobre os mares e firmou-a sobre as águas. Salmos 24:2
Devemos estar plenamente conscientes de que não somos donos de coisa alguma
sobre esta terra, e deveríamos nos comportar desta maneira, ou seja, plenamente consciente
de que somos apenas mordomos, despenseiros daquilo que Deus nos deu (1Co.4:1,2; Tt.1:7;
1Pd.4:10).
Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios
de Deus. Além disso requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel. 1 Coríntios
4:1,2
Por ser encarregado da obra de Deus, é necessário que o bispo seja irrepreensível: não
orgulhoso, não briguento, não apegado ao vinho, não violento, nem ávido por lucro
desonesto. Tito 1:7
Cada um exerça o dom que recebeu para servir aos outros, administrando fielmente a
graça de Deus em suas múltiplas formas. 1 Pedro 4:10
Em Mateus 19:21,22, temos o relato feito por Jesus sobre um jovem rico que não quis
seguir a Jesus porque pensava que era dono das terras que ocupava. Perdeu a
bênção e a salvação por não reconhecer que era apenas um mordomo. As terras que
ele pensava que eram dele já passaram por muitas outras mãos, e continuam lá na
Palestina, ocupadas por outros que também pensam ser donos delas.
O seu dinheiro não pode ser levado para a dimensão espiritual. Não tem carro de
mudança transportando valores num enterro, nem gavetas em caixões, nem bolsos em
mortalhas. Entre o nascimento e o falecimento, podemos juntar muito ou pouco, mas
na hora final teremos de deixar tudo.
Quando o primeiro bilionário do mundo, John Rockfeller, morreu, alguém perguntou ao seu
contador: "Quanto o dr. John Rockfeller deixou?" Ele respondeu: "Ele deixou tudo,
não levou um centavo".
De madrugada Samuel foi ao encontro de Saul, mas lhe disseram: "Saul foi para o
Carmelo, onde ergueu um monumento em sua própria honra e depois foi para Gilgal". 1
Samuel 15:12
Alguém poderá questionar: “Existe algo melhor, mais virtuoso, do que as riquezas materiais?”.
Existe, sim! O bom nome. Foi o sábio Salomão quem disse: “Mais vale o bom nome do que as
muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a prata e o ouro“ (Pv.22:1). Note que
Salomão não apenas declara que o bom nome é melhor do que riquezas, mas que é melhor do
que “muitas riquezas”.
É melhor ter o nome limpo na praça do que ter o bolso cheio de dinheiro sujo.
É melhor andar de cabeça erguida, com dignidade, do que viver em berço de ouro,
porém maculado pela desonra
EXTRA
Pela Bíblia sabemos que um crente fiel pode ser pobre. Para a Bíblia pobreza não significa
castigo. Deus fez o pobre e o rico (Pv.22:2).
Foi uma promessa pessoal feita a Salomão. Não consta que esta riqueza foi dada
para todos os israelitas fiéis.
Esforcem-se para ter uma vida tranqüila, cuidar dos seus próprios negócios e trabalhar
com as próprias mãos, como nós os instruímos; 1 Tessalonicenses 4:11
Pois ouvimos que alguns de vocês estão ociosos; não trabalham, mas andam se
intrometendo na vida alheia. 2 Tessalonicenses 3:11
O fiel será ricamente abençoado, mas quem tenta enriquecer-se depressa não ficará
sem castigo. Provérbios 28:20
POR QUE?
Acaba se deixando dominar pela avareza, pelo desejo de acumulação de riquezas, que é
uma insensatez total, como deixou bem claro Jesus na parábola do rico insensato (Lc.12:13-
21) - “porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui”(Lc.12:15).
Riquezas e glórias vêm de Deus, contudo, o dinheiro não é um tesouro para ser usado de
forma egoísta, apenas para o nosso deleite. Deus nos dá o dinheiro para O
glorificarmos com ele, e fazemos isso, quando cuidamos da nossa família, dos
domésticos da fé e de outras pessoas necessitadas, inclusive nossos inimigos (Mt.5:44).
A Bíblia revela que a avareza tem sido um obstáculo para muitos alcançarem a
salvação, como nos casos do mancebo de qualidade (Mt.19:22; Lc.18:23), de Judas
Iscariotes (Lc.22:3-6; João 12:4-6), de Ananias e Safira (At.5:1-5,8-10), de Simão, o
mago (At.8:18-23) e de muitos outros, como afirmou Paulo em sua carta a Timóteo
(1Tm.6:9,10).
Deus assim nos exorta: “se as vossas riquezas aumentam,
não ponhais nelas o vosso coração” (Sl.62:10).
1- Na igreja do Senhor.
Concordo com o Rev. Hernandes Dias Lopes ao dizer que “o problema não é possuir
dinheiro, mas ser possuído por ele. O problema não é ter dinheiro, mas o dinheiro nos
ter. O problema não é carregar dinheiro no bolso, mas carregá-lo no coração”. Como o
cristão deve administrar o seu dinheiro?
No Exercício da Mordomia das Finanças, o Mordomo Fiel sabe muito bem administrar o seu
dinheiro; ele planeja antes de gastar. Veja o que Jesus nos ensina sobre isso no texto de
Lucas 14:28-30:
“Pois qual de vós, querendo edificar uma torre não se assenta primeiro a fazer as contas dos
gastos, para ver se tem com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto
os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele,
dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar”.
O pai de família, no exercício da Mordomia Cristã das Finanças, como discípulo de Cristo,
precisa “assentar primeiro” (Lc.14:28), certamente de comum acordo com sua esposa e
filhos que contribuem no orçamento familiar, antes de assumir novos encargos financeiros. É
neste sentido o ensino de Jesus: “Para que não aconteça que depois de haver posto os
alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo:
este homem começou a edificar e não pode acabar”.
Esse homem trocou todos os móveis da casa, sem saber se podia pagar as prestações; esse
homem trocou o carro usado por um carro novo, sem saber se podia pagar a diferença; esse
homem usou o seu limite do cheque especial, sem saber se ia poder pagar o Banco; esse
homem emitiu cheques pré-datados sem saber se podia fazer os respectivos depósitos; esse
homem usou o cartão de crédito de forma impensada sem saber se ia poder cobrir seus
débitos, etc, etc.
-No exercício da Mordomia Cristã das Finanças, o Mordomo Fiel sabe, pela Bíblia, que não
pode mandar para Deus pagar as despesas feitas de forma impensada e irresponsável.
-No exercício da Mordomia Cristã das Finanças, o Mordomo Fiel sabe, pela Bíblia, que não
pode confundir fé com imprudência. Assumir despesas sem previsão de receita pode
ser imprudência, mas, não fé.
-No exercício da Mordomia Cristã das Finanças, o Mordomo Fiel sabe que gastar mais do que
ganha, ou gastar por conta do que pensa que vai ganhar, contraria o ensino de Jesus. Ele falou
da necessidade de planejamento quando discorreu sobre “assentar primeiro a fazer as contas
dos gastos”.
Manter um padrão de vida ilusório, pretender aparentar ser o que não é, ostentar um “status”
fictício, pode dificultar o controle do orçamento e gerar irreparáveis dificuldades financeiras.
O consumismo é como uma doença que invadi nossas entranhas. O comércio esfomeado e
guloso apela de forma eloquente aos nossos sentidos todos os dias. Na busca de uma felicidade
ilusória, muitos se rendem aos encantos dessa propaganda sedutora. A cada dia as pessoas
compram o que não precisam, com o dinheiro que não possuem, para impressionar pessoas
que não conhecem.
Graças a uma eficaz publicidade e a pregação da busca de bens materiais a qualquer custo, as
pessoas ingressam numa corrida pelo consumo sem medir as consequências. O resultado é o
endividamento sem medida, a inserção nos diversos órgãos de restrição ao crédito (SPC,
SERASA, etc.), o que faz com que as pessoas sejam aviltadas em sua dignidade e, não poucas
vezes, levadas a situações angustiantes.
Lamentavelmente, muitos cristãos têm se deixado levar por esta "febre consumista", e já não
são poucos os crentes que têm seus "nomes sujos" na praça e que são tratados como
"caloteiros", envergonhando o Evangelho e dando motivo para que o nome do Senhor seja
blasfemado. Tudo como consequência de uma má administração do seu dinheiro.
Na perspectiva cristã, o dinheiro, como valor material, não deve ser visto como senhor, mas
apenas como um servo. Desta feita, não deixe o dinheiro dominar você, domine-o. Não
deixe o dinheiro ser seu patrão, faça dele um servo.
Vejamos algumas atitudes que o cristão deve ter em relação ao seu dinheiro
a) Cumprir as suas obrigações. O cristão fiel é santo e diferente do mundo. Os ímpios, diz a
Bíblia Sagrada, se caracterizam por serem infiéis nos contratos (Rm.1:31). Por isso, deve o
cristão ser muito cauteloso ao contrair obrigações, fugindo do consumismo que tem dominado
as consciências dos homens sem Deus. Devemos ter todo o cuidado na montagem do
orçamento doméstico, para assumir apenas obrigações que possam ser fielmente cumpridas.
2- Na sociedade civil.
3- 4.1. Evite dívidas fora do seu alcance. Uma pessoa sábia é controlada em seus
negócios e não cede à pressão nem à sedução do consumismo. Muitas vezes,
dívidas descontroladas têm causado doenças psicossomáticas, desavenças no lar, perda
de autoridade na família, mau testemunho perante os ímpios. Não se aventure em
dívidas que crescem como cogumelo, pois sabe que o que contrai dívidas fora do seu
alcance torna-se escravo dela, muitas vezes, perdendo até mesmo a dignidade no afã
de saná-las.
4- 4.2. Evite empréstimo para adquirir coisas supérfluas. “O rico domina sobre os
pobres, e o que toma emprestado é servo do que empresta” (Pv.22:7). A dependência
financeira gera escravidão. A dívida é uma espécie de coleira que mantém
prisioneiro o endividado. É por isso que os ricos mandam nos pobres, pois detêm o
poder econômico. Quem toma emprestado fica refém de quem empresta. No tempo
de Neemias, governador de Jerusalém, os ricos que emprestaram dinheiro aos
pobres já haviam tomado suas terras, vinhas, casas e até mesmo escravizado seus
filhos para quitar uma dívida impagável. O profeta Miqueias denuncia essa mesma
forma de opressão, dizendo que em seu tempo muitos ricos estavam comendo a
carne dos pobres. Portanto, jamais faça empréstimos para adquirir coisas supérfluas.
É preferível manter-se dentro de um padrão mais modesto de vida, somente
com as coisas necessárias, do que tornar-se um endividado por causa dos artigos
que são dispensáveis. Pense nisso!
5- 4.3. Tenha controle no orçamento. É muito importante fazer um controle no
orçamento familiar, observando o quanto a pessoa ganha, gasta e, se possível, reservar
para imprevistos. No exercício da Mordomia das Finanças, o cristão prudente sabendo
com quanto poderá contar, saberá quanto pode gastar. Neste caso o que pode
descontrolar as Finanças é o não poder fazer suas as palavras de Paulo - “...porque já
aprendi a contentar-me com o que tenho”(Fp.4:11). O crente em Jesus deve conter-se
dentro dos limites de sua renda, seja ela grande ou pequena, para não ser vítima de
um mal maior. Manter um padrão de vida ilusório, pretender aparentar ser o que não é,
ostentar um “status” fictício pode dificultar o controle do orçamento e gerar irreparáveis
dificuldades financeiras.
6- 4.4. Não seja fiador de ninguém. Outro cuidado importante é não ficar por
fiador. No Livro de Provérbios está escrito que o homem não deve ser fiador de pessoa
alguma:
7- “Decerto sofrerá severamente aquele que fica por fiador do estranho, mas o que
aborrece a fiança estará seguro” (Pv.11:15).
8- O fiador é aquele que dá garantias de que o devedor irá cumprir sua palavra e pagar
suas dívidas; caso contrário, ele mesmo arcará com esse ônus. O fiador empenha sua
palavra, sua honra e seus bens, garantindo ao credor que o devedor saldará seus
compromissos a tempo e a hora. O fiador fica, assim, obrigado, mediante a lei, a pagar
em lugar do devedor caso este não cumpra seu compromisso. Todavia, Provérbios nos
aconselha a não assumirmos responsabilidades pelas dívidas de outrem. Se alguém que
realmente estiver precisando vier lhe pedir para ser fiador, avalie, antes de assumir, se
você terá condições de pagar, caso o devedor principal deixe de fazê-lo. Esta é a única
situação legitima de fiança. Se você também não puder pagar, então não se torne
fiador.
9- Muitos tomam esta decisão baseados no temor das pessoas – “ele vai ficar chateado
comigo!”; “se um dia eu precisar, não poderei contar com ele!”, etc. Este é um laço
que, se você cair nele, corre o sério risco de ficar sem meios de prover a si e a sua
família e até mesmo ficar no olho da rua.
10- “Aquele que fica por fiador do estranho tira a sua roupa e penhora-a por um estranho”
(Pv.20:16).
11- “Não estejas entre os que dão as mãos e entre os que ficam por fiadores de dívidas.
Se não tens com que pagar, por que tirariam a tua cama de debaixo de ti?”
(Pv.22:26,27).
12- Portanto, tenha muito cuidado em tomar essa decisão. Ficar por fiador de um
companheiro já não é coisa boa, conforme Provérbios 6:1; e ficar por fiador de um
estranho, é pior ainda. Leia Provérbios 11:15; 17:18; 22:26; 27:13.
13- Isso não significa, porém, que devemos recusar-nos a ajudar alguém que esteja
realmente sofrendo, sem meios para atender às necessidades básicas da vida
(Ex.22:14; Lv.25:35; Mt.5:42). Quanto aos pobres, não devemos emprestar e sim dar-
lhes (cf.Mt.14:21; Mc.10:21
14- 4.5. Fuja dos agiotas. A agiotagem é uma prática criminosa. É uma forma injusta e
iníqua de se aproveitar da miséria do pobre, emprestando-lhe dinheiro na hora do
aperto, com altas taxas de juros, para depois mantê-lo como refém. Muitos ricos
inescrupulosos e avarentos, movidos por uma ganância insaciável, aproveitam o sufoco
do pobre para emprestar-lhe dinheiro em condições desfavoráveis, com muita usura,
apenas para lhe tomar, com violência, seus poucos bens. Tenha cuidado com esses
ratos de esgoto.
15- Na Antiga Aliança, Deus reprovou a usura entre o seu povo:
16- “Se emprestares dinheiro ao meu povo, ao pobre que está contigo, não te haverás com
ele como um usurário; não lhe imporás usura” (Êx.22:25).
17- “Não tomarás dele usura nem ganho; mas do teu Deus terás temor, para que teu
irmão viva contigo” (Lv.25:36).
18- Quem cai na mão dessas pessoas, que cobram “usura” ou juros extorsivos, não tem
quietude. Deus quer que todos os seus filhos tenham uma vida sossegada e
abençoada.
19- 4.6. Pague os seus impostos. Em Romanos 13:7, lemos: “Portanto, dai a cada um o
que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a
quem honra, honra”. A sonegação de impostos acarreta prejuízo para toda a nação. O
cristão não deve ser sonegador dos impostos que a ele compete pagar, pois isso não
glorifica a Deus. Ainda que muitos aleguem que os governos não aplicam bem o
dinheiro arrecadado, desviando-o para outras finalidades, o cristão precisa comportar-
se como cidadão dos céus no trato com o dinheiro. É mandamento bíblico que
paguemos os impostos (Mt.22:17-21).
20- “Dize-nos, pois, que te parece: é lícito pagar o tributo a César ou não? Jesus, porém,
conhecendo a sua malícia, disse: Por que me experimentais, hipócritas? Mostrai-me a
moeda do tributo. E eles lhe apresentaram um dinheiro. E ele disse-lhes: De quem é
esta efígie e esta inscrição? Disseram-lhe eles: De César. Então, ele lhes disse: Dai,
pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus”.
CONCLUSÃO.