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Seminário Online

DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES
ELÉTRICOS

Leonel Rodrigues
Gerente de Aplicação de Produto

Nexans Product Application Dept. – Sep 2014 1


Dimensionamento de Condutores Elétricos

 Dimensionamento técnico – baixa tensão


• Seção mínima
• Capacidade de corrente
• Queda de tensão
• Sobrecarga
• Curto-circuito
 Dimensionamento econômico de condutores elétricos
 Dimensionamento ambiental de condutores elétricos
 Dimensionamento técnico – média tensão
 SDN
 Simulação de dimensionamento

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Dimensionamento técnico – baixa tensão

NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão (U ≤ 1000 V)

Dimensionamento técnico de circuitos


 Seção mínima: Tabela 47
 Capacidade de corrente: 6.2.5
 Queda de tensão: 6.2.7
 Sobrecarga: 5.3.4
 Curto-circuito: 5.3.5

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Seção mínima

Restrições – O uso de condutores de Al só é admitido nas condições abaixo:


 Estabelecimento industrial ≥16 mm²
 Estabelecimento comercial ≥ 50 mm²
 Locais BD4 não é permitido, em nenhuma circunstancia, o emprego de condutores de Al.

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Seção mínima

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Capacidade de corrente

1
Δt Wd T1 T2 3 T4
2
I
R.T1 R 1 λ . T2 3 T4

∆t = diferença de temperatura entre condutor e o ambiente (°C)


I = corrente no condutor (A)
R = resistência elétrica do condutor (Ω/cm)
Wd = perdas no dielétrico (W/cm)
= perdas nas proteções metálicas
perdas no condutor
T1 = resistência térmica entre o condutor e a blindagem metálica da isolação (°C.cm/W)
T2-3 = resistência térmica do enchimento, capa interna e cobertura (°C.cm/W)
T1 = resistência térmica entre a superfície do cabo e o meio ambiente (°C.cm/W)

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Capacidade de corrente

Objetivo: Garantir condutores e isolações submetidos aos efeitos térmicos


produzidos pela circulação de corentes.

Utilização das tabelas:


 Tabela 33: Tipos de linhas elétricas (Métodos de referência A1, A2, B1, B2,
C, D, E, F e G).
 Tabela 35: Temperaturas características dos condutores.
 Tabelas 36, 37, 38 e 39: Capacidade de condução de corrente para os
métodos de referência e diversos tipos de linhas indicados na tabela 33.

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Capacidade de corrente

Exemplo: Condutor de cobre, isolamento PVC, método B1, dois condutores


carregados, 41A

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Capacidade de corrente

 Fator de correção (temperatura): Os


valores de capacidade de condução de
corrente fornecidos pelas tabelas 36 a
39 são referidos a uma temperatura
ambiente de 30°C para todas as
maneiras de instalar, exceto as linhas
enterradas, cujas capacidades são
referidas a uma temperatura (no solo) de
20°C.

 Para temperaturas diferentes devemos


aplicar os seguintes fatores de correção
encontrados na tabela 40.

 Corrente 41 A, PVC, temperatura


ambiente de 40°C:
41 x 0,87 = 35 A

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Capacidade de corrente

 Fator de correção (Resistividade térmica do solo): Nas tabelas 36 e 37, as


capacidades de condução de corrente indicadas para linhas subterrâneas são
válidas para uma resistividade térmica do solo de 2,5 K.m/W. Quando a resistividade
térmica do solo for superior a 2,5 K.m/W, caso de solos muito secos, os valores
indicados nas tabelas devem ser adequadamente reduzidos.

 Para valores de resistividade térmica do solo diferentes, devemos aplicar os


seguintes fatores de correção encontrados na tabela 41:

 O valor de 2,5 K.m/W é o recomendado pela IEC quando o tipo de solo e a localização geográfica não são
especificados.

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Capacidade de corrente

 Fator de correção (Agrupamento de circuitos): Os valores de capacidade de


condução de corrente fornecidos pelas tabelas 36 a 39 são válidos para o número
de condutores carregados que se encontra indicado em cada uma de suas colunas.
Para linhas elétricas contendo um total de condutores superior, a capacidade de
condução de corrente dos condutores de cada circuito deve ser corrigida, com a
aplicação dos fatores de correção dados nas tabelas 42 a 45.

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Capacidade de corrente

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Capacidade de corrente

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Capacidade de corrente

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Queda de tensão

Limites de Queda de Tensão


A- Calculados a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT, no caso
7%
de transformador de propriedade da(s) unidade(s) consumidora(s);
B- Calculados a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT da
7%
empresa distribuidora de eletricidade, quando o ponto de entrega for aí localizado;
C- Calculados a partir do ponto de entrega, nos demais casos de ponto de entrega
5%
com fornecimento em tensão secundária de distribuição;
D- calculados a partir dos terminais de saída do gerador, no caso de grupo gerador
7%
próprio.
Notas:
1. Estes limites de queda de tensão são válidos quando a tensão nominal dos equipamentos de
utilização previstos for coincidente com a tensão nominal da instalação;
2. Ponto de entrega (definição): ponto de conexão do sistema elétrico da empresa distribuidora de
eletricidade com a instalação elétrica da(s) unidade(s) consumidora(s) e que delimita as
responsabilidades da distribuidora, definidas pela autoridade reguladora;
3. Nos casos das alíneas A, B e D, quando as linhas principais da instalação tiverem um comprimento
superior a 100m, as quedas de tensão podem ser aumentadas de 0,005% por metro de linha superior a
100 m, sem que, no entanto, essa suplementação seja superior a 0,5%;
4. Para circuitos de motores, ver também capítulo específico de motores elétricos (6.5.1) da NBR 5410;
5. Em nenhum caso a queda de tensão nos circuitos terminais pode ser superior a 4%.

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Queda de tensão

U(%)xU
Up.u. U Up.u. xLxI
LxIx100

∆U = queda de tensão (V)


∆U p.u. = queda de tensão unitária (V/A.km)
∆U (%) = limite de queda de tensão em A, B, C ou D – tabela slide anterior
U = tensão nominal fase-fase (V)
L = comprimento do circuito (km)
I = corrente a ser transportada por condutor (A)

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Sobrecarga

I = corrente a ser transportada por condutor (A)


Para que a proteção dos condutores contra sobrecargas fique assegurada, as
características de atuação do dispositivo destinado a provê-la devem ser tais que:
a) IB ≤ In ≤ Iz; e
b) I2 ≤ 1,45 Iz
Onde:
IB é a corrente de projeto do circuito;
In é a corrente nominal do dispositivo de proteção (ou corrente de ajuste, para dispositivos
ajustáveis), nas condições previstas para sua instalação;
Iz é a capacidade de condução de corrente dos condutores, nas condições previstas para
sua
instalação;
I2 é a corrente convencional de atuação, para disjuntores, ou corrente convencional de
fusão, para fusíveis.

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Sobrecarga

Aplicável quando for possível assumir que a temperatura limite de sobrecarga dos
condutores não venha a ser mantida por um tempo superior a 100 h durante 12 meses
consecutivos, ou por 500 h ao longo da vida útil do condutor.

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Curto-circuito

Condutor Fórmula
2
I T2 234
Cobre t 115679.log
S T1 234
2
I T2 234
Alumínio t 48686.log
S T1 234

I = Corrente de curto-circuito (A)


S = Seção transversal (mm²)
t = tempo de duração do curto-circuito (s)
T1 = Máxima temperatura admissível no condutor em operação normal (°C)
T2 = Máxima temperatura admissível para o condutor no curto-circuito (°C)

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Dimensionamento econômico de
condutores elétricos

 Aspecto Econômico: Quanto menor a seção nominal de um condutor elétrico,


menor é o seu custo inicial de aquisição e instalação e maior é o seu custo
operacional (perda joule) durante a sua vida útil.

Custo Total
Custo Inicial
Custo de Operação

ST SE mm²

 Para a determinação da seção econômica de um condutor para um dado


circuito, seja ele em baixa ou média tensão, deve-se utilizar a norma ABNT
NBR 15920.

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Dimensionamento ambiental de
condutores elétricos

 Quando em operação, devido à sua resistência ôhmica, os condutores elétricos


aquecem (efeito joule) e dissipam uma parte da energia transportada, de modo
que essa perda resulta na geração de uma energia adicional que contribuirá
para o acréscimo da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera,
notadamente o dióxido de carbono (CO2).

 Como resultado, é possível então reduzir as perdas nos cabos elétricos e as


suas emissões de CO2 através do aumento da seção nominal dos condutores
elétricos.

 Aumentar a seção dos condutores elétricos contribui para a redução da


emissão de CO2 na atmosfera.

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Dimensionamento técnico – média tensão

NBR 14039 – Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV

Dimensionamento técnico de circuitos


 Capacidade de corrente: 6.2.5
 Queda de tensão: 6.2.7
 Sobrecarga: Tabela 27
 Curto-circuito: 6.2.6

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SDN

WEB: www.sdnexans.com.br

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