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Desde que a Vila de São Paulo – mais tarde Cidade de São Paulo – viveu
o seu primeiro crescimento, este se deu de forma espraiada, sempre com
um centro mais equipado que sua periferia. Essa característica é
importante para entender a forma da periferia em São Paulo (2).
30 Portuguese and
30 mestizos 240 NR
1816 – 5.382
1822 – 6.920
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1890 – 64.934
1893 – 130.755
1935 – 1.060.120.
A cidade de São Paulo se caracteriza por duas grandes áreas: a Área Área Metropolitana de São Paulo (1962-1987). Fonte: VILLAÇA,
Central e a Periferia. A forma urbana que essas duas áreas assume é Flavio, 2001
visivelmente diferente, e não por uma questão de época, onde as
expressões arquitetônicas se alteram, mas sobretudo pelas formas que
adquirem as diferenças sociais, característica essa presente em todas as
grandes cidades brasileiras, como mostra Flavio Villaça (4).
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habitacionais mínimas, localizadas em áreas centrais, de uso coletivo.
Mesmo que incentivada a imigração pelo Estado, do ponto de vista de
Planejamento Estratégico, não havia um projeto físico que os abrigasse
do ponto de vista urbano. A cidade se expandia espontaneamente sem
que o Estado organizasse essa expansão. As diferenças sociais se
faziam cada vez mais presentes no cotidiano urbano.
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imobiliária, já que ao estender a infra-estrutura básica e arruamento aos
loteamentos distantes, propiciava-se o aumento do valor da terra nesses
vazios entre a malha consolidada e a periferia. Bonduki dá a seguinte
interpretação para esse momento, classificando da seguinte forma a Lei
do Inquilinato: "instrumento de defesa das classes populares; instrumento
de política econômica, pacto de classes e redução salarial; instrumento
para desestabilizar o investimento imobiliário; resultou em despejos e
falta de moradia“ (6).
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A partir da década de 1960:
A Lei 7805/72 cria também a Z8 100, zona rural que poderia receber os
conjuntos habitacionais, financiados pelo BNH, a então habitação de
interesse social, construída pelo Estado. Essas áreas, por serem rurais,
primeiro não contavam com infra-estrutura urbana e depois tinham um
baixo valor de mercado. As Companhias Públicas de Habitação então
instalaram seus enormes conjuntos nessas regiões, construindo desde
1970 cerca de 210 mil unidades habitacionais, expandindo a malha, e
aumentando a demanda por infra-estrutura nas periferias.
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teve uma mudança de escala exatamente naquela época, naquele
momento. Passou por uma mudança de escala multiplicada por mil. O
Brasil era pequeno em termos de números, a economia era pequena, era
administrada por cabeças pequenas. Perante o mundo, o Brasil era muito
pequeno. ...... Então o projeto de Guarulhos era visto como impraticável
ou absurdo. Doze mil habitações era algo assim que ninguém nunca tinha
visto nem imaginado, nem visto um projeto. Era um projeto muito
romântico, com muita fantasia. ...... O trabalho não foi aprovado. Mas,
depois de uma experiência curiosa, deram a aprovação para um projeto
de 400 habitações” (12).
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marcado por intenso impulso de modernização dos setores precisos onde
se instala a atividade produtiva no território metropolitano" (15).
Notas
1
Texto originalmente publicado em Inglês nos Anais do ISUF – XIV International Seminar on Urban
Form. Ouro Preto, ago. 2007. ISBN 978-85-98261-03-4. Revisão do texto em português de Maria
Angela Viola.
2
REIS FILHO, Nestor Goulart. São Paulo: vila, cidade, metrópole. São Paulo, Bankboston/PMSP,
2004.
3
Idem, ibidem.
4
VILLAÇA, Flavio. Espaço intra-urbano no Brasil. São Paulo, Studio Nobel / Lincoln Institute, 2001.
5
PORTO, Rubens. "O problema das casas operárias e os Institutos e Caixas de Pensões”. Rio de
Janeiro, s/e, 1938. Apud BONDUKI, Nabil. Origens da habitação social no Brasil. São Paulo,
Estação Liberdade, 1998.
6
BONDUKI, Nabil. Origens da habitação social no Brasil. São Paulo, Estação Liberdade, 1998.
Paraisópolis; Pantanal; Rua Verbo Divino; Analia Franco,
respectivamente: quatro exemplos das transformações em curso
7 na paisagem urbana da cidade de São Paulo. Fonte: MEYER, R.
Cf. SILVA, Ricardo Toledo. “A conectividade das redes de infra-estrutura e o espaço urbano de M. P. Org.
São Paulo”. In: Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro. (Org.). O futuro das metrópoles: desigualdades e
governabilidade. 1 ed. Rio de Janeiro, Revan, 2000, p. 407-432.
8
BONDUKI, Nabil. Op. cit.
9
Idem, ibidem.
10
Cf. SOMEKH. Nádia. “São Paulo anos 30: verticalização e legislação urbanística”. Espaço &
Debates, Revista de Estudos Regionais e Urbanos, n. 40. São Paulo, ano XVII, NERU, 1997.
Apud ANELLI, Renato; GUERRA, Abílio; KON, Nelson. Rino Levi – arquitetura e cidade. São
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Paulo, Romano Guerra editora, 2001, p. 46.
11
IMBRONITO, Maria Isabel. Três edifícios para a Formaespaço: Modulares, Gemini e Protótipo.
Dissertação de mestrado. São Paulo, FAU-USP, 2003.
12
Trecho da entrevista do arquiteto Fabio Penteado a Maria Isabel Imbronito. Ver IMBRONITO,
Maria Isabel. Op. cit.
13
VILARIÑO, Maria do Carmo. Habitação verticalizada na cidade de São Paulo dos anos 30 aos
anos 80. Investigação acerca da contribuição dos Arquitetos Modernos ao Tema. Estudo de Caso.
Dissertação de mestrado. São Paulo, FAU-USP, 2000.
14
MEYER, Regina Maria Prosperi; GROSTEIN, Marta Dora; BIDERMAN, Ciro (Org.). São Paulo
Metrópole. São Paulo, Edusp / Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004.
15
Idem, ibidem.
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