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A SITUAÇÃO ITALIANA
- o manifesto da arquitetura futurista não teve adesão: na Itália se ignorava muitas das
coisas propostas pelo manifesto, como a indústria, problemas das habitações dos
operários, etc.
- a história da arquitetura moderna italiana é a história de suas difíceis relações com o
regime fascista: a iniciativa da construção civil estava, em grande parte, nas mãos dos
poderes públicos.
- ao mesmo tempo em que não renega a tendência moderna, na essência porém apoia o
tradicionalismo dos praticantes ínspidos e oportunistas: isso cria um modernismo que
não está isento de soluções modernas de certo interesse formal, mas totalmente alheias
ao espírito e aos problemas da arquitetura moderna europeia.
- esse movimento moderno sofre uma tendência a desagregar o movimento moderno e a
reduzir o problema a uma questão de escolhas formais (arcos e colunas, ou concreto
armado)
- para os arquitetos “oficiais”, a intervenção moderna sobre a cidade antiga geralmente
consiste na “demolição” e no chamado saneamento dos centros históricos, no
afastamento das classes pobres do centro das cidades, para relegá-las à desolação dos
bairros populares e as choupanas infectadas da periferia.
- o “vulto monumental” ou “imperial” era pouco mais do que um pretexto: desalojar os
pobres dos centros urbano significava, na verdade, colocar mais terrenos nobres à
disposição dos especuladores.
- desenvolver um urbanismo moderno significava sacrificar a exploração especuladora
dos particulares à função pública urbana, reformar a estrutura classista da comunidade,
isto é, enfrentar todos esses problemas sociais que o regime, guardião dos interesses da
burguesia conservadora, considerava perigosos para a ordem do Estado.
- o problema italiano não era de adequação, mas de amadurecimento.
- no final da guerra, o futurismo estava em crise, entretanto seu ciclo não havia se
encerrado
- o sucesso do construtivismo russo mantem acessas as esperanças saudosistas da
vanguarda
- os neofuturistas foram os únicos a compreender que o desenvolvimento de uma arte
moderna italiana deveria partir necessariamente do Futurismo e sua crise. Apontando
suas causas na ênfase neo-romântica e no historicismo.
- era preciso não tentar relançar o futurismo “heroico”, e sim radicalizá-lo, extinguir
seus furores polêmicos e românticos, a pretensão de ser a “via italiana” da arte moderna
- há um pressentimento da crise iminente do objeto artístico tradicional, o quadro
- o movimento não contava com um programa definido, em vez de se operem
polemicamente ao italianismo genérico da corrente dominante, o Novecento, afastam-se
dele e o ignoram.
- sentem que existe um problema italiano, o qual não consiste, porém, na renovação das
“antigas tradições” nem na importação clandestina de uma cultura europeia para a Itália,
e sim na solução de contradições internas que isolam a cultura artística italiana da
cultura artística europeia
- intentam em reabsorver o Futurismo e a Metafísica de maneira crítica e não eclética,
alçando uma funcionalidade poética, uma comunicação lírica de conceitos espaciais
PINTURA E ESCULTURA
- a função de uma máquina é o trabalho que ela produz, o funcionamento é movimento
coodernado de seus mecanismos.
- a arte deixa de ser uma representação do mundo, e se torna uma ação que se realiza
- a exigência de desenvolver a funcionalidade da arte se inclui na tendência geral da
sociedade, já totalmente envolvida no ciclo econômico de produção e consumo, em
realizar máxima funcionalidade
- os artistas querem participar da demolição das velhas hierarquias estáticas de classes e
no advento de uma sociedade funcional sem classes: caminham para uma ordem
democrática da sociedade, na história da luta das forças progressistas contra as forças
conservadoras.
- a arte moderna americana se baseia nos conceitos de Wright:
1) a concepção do espaço como criação humana, dimensão da existência, que a própria
existência determina a sua atuação
2) a concepção da arte como gesto, com a qual se afirma simultaneamente a existência
indissociável do sujeito com a realidade
3) a adoção na imagem artística de materiais ou elementos extraídos diretamente da
realidade
4) a tensão entre operação artística e operação tecnológica
5) o poder, que o artista atribui, de impor às coisas um significado diferente daquele que
lhe é habitualmente conferido e de transformar a obra de arte num ato que intensifica e
aumenta o valor da existência
- o trabalhador perdeu qualquer autonomia de iniciativa e decisão com o advento da
indústria e a crise do artesanato, assim, o trabalho livre na indústria não é livre, portanto
não é criativo, não dependendo de uma experiência da realidade e não a renova.
- o artista é o centro da própria problemática do mundo moderno, onde tende, como o
último herdeiro do espírito criativo do trabalho artesanal, a demonstrar qual pode ser, na
unidade funcional do corpo social, o valor do indivíduo e da sua atividade.
- a arte como opositora do trabalho alienante das fábricas
- transformação do sistema ou estrutura da arte, passando de representativa a funcional:
não mais reconhece um valor em si na obra de arte, mas apenas um valor de
demonstração de um procedimento operativo exemplar, ou, mais precisamente, de um
tipo de procedimento que implica e renova a experiência da realidade
1) a arte, como modelo de operação criativa, contribui para modificar as condições
objetivas pelas quais a operação industrial é alienante
2) a arte compensa a alienação favorecendo uma recuperação de energias criativas fora
da função industrial