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Vanessa Campos Santoro

Sexualidade feminina:
um enigma a ser decifrado
Vanessa Campos Santoro

Resumo
A partir da indagação de Freud “O que quer uma mulher?”, Lacan contribui para decifrar a
posição de feminino na sexuação e a coloca como um enigma a ser decifrado. Usa a escrita ma-
temática nas tábuas da sexuação para tratar o masculino e o feminino, concebidos como lugares
e posições nos seres falantes. Nas mulheres há a divisão entre dois gozos: o gozo fálico e o gozo do
Outro. A mulher nunca está inteiramente de um lado ou de outro. Como cada sujeito feminino
lida com essa participação? A sexuação está aberta a uma escolha, e não à inscrição de formas
estabelecidas pela tradição.

Palavras-chave
Feminino, Masculino, Modalidades de gozo, Gozo fálico, Gozo do Outro, Apelo ao amor, Amor
“mais digno”, Escolha forçada.

Partindo da indagação de Freud “O que Lacan coloca a posição do feminino


quer uma mulher?” Lacan contribui para como um enigma a ser decifrado e tenta
decifrar a posição do feminino na sexua- responder a Freud “o que querem as mu-
ção. Estudando o caso Aimée, depois lheres” dizendo que elas desejam atingir
as faxineiras irmãs Papin, Medeia e seu os homens naquilo que eles têm de mais
amor louco, e Madeleine, que queima preciosos, ao mesmo tempo que querem
as cartas de André Gide, filmes como O fazer deles o objeto de seu amor louco.
império dos sentidos e seu trabalho sobre Lacan ([1972-1973] 1985) trata Ho-
as místicas, Lacan ([1972-1973] 1985), mem e Mulher como escrita, que é a tábua
com seu aforismo “A Mulher não existe”, da sexuação.
sustenta que se tornar mulher é a escolha A tábua da sexuação é uma cons-
forçada de uma particularidade. Isso tem trução lógica matemática, que traz os
a ver com o modo como o gozo afeta o ensinamentos de Freud e do próprio
corpo feminino, sem que haja um órgão Lacan sobre a sexualidade. Ela é dividida
específico responsável por isso. em duas partes: a superior é composta de
A história da psicanálise é marcada quatro fórmulas, unidas duas a duas, que
por divergências de interpretação do se dividem entre o lado masculino e o lado
“mais ainda” irredutível do lado femini- feminino da sexuação.
no. Lacan rompe com essa tradição. Ele A parte inferior acompanha a mesma
situa a relação entre a posição feminina e divisão entre masculino e feminino e é
o sem limites do lado do não-todo, como onde Lacan escreve cinco termos: $ (su-
uma loucura feminina e faz a passagem jeito dividido), ф (símbolo fálico), objeto
do masoquismo à loucura na relação das a, o significante de uma mulher (La) e o
mulheres com o supereu. significante da falta do Outro S (Ⱥ). Os
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dois primeiros do lado masculino, e os três Do lado homem:


últimos do lado feminino. Эx фx }A lógica fálica obriga os
Os motivos que levaram Lacan a Homens a existir dentro de uma univer-
transmitir um ensinamento psicanalí- salidade,
tico através da linguagem matemática Vx фx } não há nenhum Homem fora
se encontram no Seminário XX. Só a da lei, exceto o pai primevo.
formalização matemática é capaz de
objetividade. Do lado mulher:
Partindo da lógica clássica de Aristó- эX фx } Lacan afirma a não existência
teles e se valendo da lógica dos predicados de pelo menos um que tenha escapado à
de Frege e de Pierce, Lacan faz modifica- Vx фx } castração. Ou seja, não existe
ções que levam em conta a compreensão exceção à regra. Mulher não tem norma,
do sujeito feminino. Lacan parte desse tem regras. Exceção feminina. Não existe
quadro para pensar o que é ser Homem regra universal para todas as mulheres.
e o que é ser Mulher. Os quantificadores Impossível falar de todas as mulheres. “A
podem ser universal positivo, universal mulher não existe”: não existe conjunto
negativo e existenciais. universal de Mulheres.
Universal afirmativa: Vx ф x (todo
ser falante está inscrito na ordem do falo).
Universal negativa: Vx фx (ao menos
um homem não está inscrito na ordem
fálica; há uma parte que escapa, que fica
de fora).
Quantificador existencial
Particular afirmativo: эx ф x (existe
ao menos um x tal que a função fálica
não se aplica. Modalidades de gozo
Particular negativa: эx фx (não existe
ao menos um x tal que a função ф não se Lacan ([1972-1973] 1985) trabalha
aplica). a sexualidade pelo viés da entrada do ser
Lacan introduz como novidade a não falante na linguagem, o que implica uma
existência эx (não existe x) ф эx (onde divisão em dois tipos de gozo: o gozo fálico
a função fálica não incide). As fórmulas e o gozo do Outro (gozo feminino).
da sexuação têm a ver com o processo de
identificação. 1. Gozo fálico
E Lacan escreve as quatro fórmulas Finito, limitado pelo significante:
indicando a função x como a função fá-
lica, já que é uma função que acomete a A escolha de objeto que é tão estra-
todos os seres falantes tanto homens como nhamente condicionada, [...] deriva da
mulheres ao se defrontar com a castração. fixação infantil de seus sentimentos de
“Quem quer que seja ser falante se ins- ternura pela mãe e representam uma
creve de um lado ou de outro” (Lacan, das consequências dessa fixação (Freud,
[1972-1973] 1985, p. 107) [1910] 1996, p. 174).
A divisão biológica dos seres entre
Homem e Mulher não predetermina a Assim os homens separam a corrente
identidade sexual de cada um. Homem terna da corrente sexual e “[...] quando
e Mulher são concebidos como lugares, amam, não desejam e quando desejam, não
posições nos seres falantes: podem amar” (Freud, [1912] 1996, p. 188).
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O homem não se relaciona com a dê borda ao amor louco com as cartas de


mulher, e sim com a causa de seu desejo. amor.
E isso é a fórmula da fantasia $ <> a. O A mulher permanece sem a resposta
parceiro sexual do Homem é a causa de fálica de seu gozo, portanto não pode
seu desejo. O Homem vê na parceira uma nada dizer sobre ele, mas sabe que o ex-
parte dele mesmo, numa visão narcisista. perimenta. O homem passa, então, a falar
O Homem não tem chance de gozar do do feminino, falar pela mulher. Dit-femme,
corpo de uma mulher, já que ele é castrado. difamação. A busca de Lacan é abordar
Se há um gozo para além do falo, isto o gozo feminino sem ser uma difamação.
é, não submetido ao significante, é o gozo Simone de Beauvoir (1967) trata de
feminino, pois uma Mulher não está toda dar palavra às mulheres para que elas
submetida ao falo. possam descrever a inexistência de sua
posição. Em O segundo sexo sustenta que
2. O gozo do Outro elas são privadas de ação, de ser o agente
Lacan ([1971-1972] 2012) fala do ‘Hou- da ação que concerne a seu destino. E,
tro’ sexo, tanto para o Homem como para assim, fazem os homens falar por elas. As
a Mulher, que vai além da diferença anatô- condições sociológicas de sua história tor-
mica. ‘Houtro’ sexo é sempre um enigma. naram as mulheres silenciosas, o que por
Precisa passar por um esvaziamento do sua vez, provoca o discurso do Outro sobre
campo fálico para chegar ao não-todo. elas. Para Lacan esse pacto de silêncio é
Lacan ([1971-1972] 2012) fala da um ponto no qual o gozo não pode ser dito,
parceira desvanecida no Seminário 19: portanto está articulado às condições de
...ou pior. Desvanecer é se desprender do estrutura.
gozo fálico. O gozo da mulher se duplica. Há uma impossibilidade de represen-
Ela está no gozo fálico, pois o significante tação do gozo para além do falo. É o S (Ⱥ)
do falo do lado Homem dá bordas ao ser signo do gozo que não tem nome.
de uma mulher. O falo dá um limite ao Beauvoir (1967) fala “Ninguém nas-
esvaziamento do gozo do Outro (ou gozo ce mulher: torna-se mulher”. Tornar-se
feminino). mulher é a escolha forçada de uma par-
ticularidade que tem a ver como o gozo
Todas as mulheres são loucas, como se afeta o corpo feminino, sem que um órgão
diz. É justamente por isso que elas não específico venha responder a isso. Tudo o
são todas, isto é, não-loucas-de-todo, que se pode dizer sobre as mulheres deixa
antes conciliadoras: a tal ponto que não escapar a posição de causa ocupada por
há limites às concessões que cada uma uma mulher, no que concerne ao desejo
faz para um homem de seu corpo, de sua de quem a ama, seja Homem, seja Mulher.
alma, de seus bens (Lacan, [1974] 1993, Uma mulher não pode se apoiar so-
p. 70). bre um modelo universal. Ela permanece
sozinha na relação com seu gozo, esteja
O gozo do Outro, gozo feminino, o acompanhada ou não por um parceiro e
não todo pode levar à devastação (rava- dessa forma possa escolher ocupar a posi-
ge), à destruição e à identificação com o ção de causa.
objeto que cai. O falo é sempre a barreira Freud (1933 [1932] 1976) notou o
que protege do jacaré-mãe e da loucura. sentimento de inferioridade feminino e
A mulher se presta a ser objeto causa o relaciona com a castração (inveja do
de desejo para o homem na posição de a. pênis). Lacan ([1972-1973] 1985) fala
Ela vai mais longe nas coisas do amor. Ela do sentimento de exclusão relacionado
precisa que o homem cifre seu gozo, lhe ao sentimento de insuficiência. Soler
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(2005) faz uma diferença ao sentimento Há nas mulheres uma duplicação da


de exclusão histérica. O ser excluído é divisão da falta de ser, uma partição suple-
paradigmático do sujeito histérico: ele não mentar. Ou seja, além da divisão própria
tem o seu lugar no Outro, ou o lugar que do sujeito entre dois significantes, nas
ele tem não é seu, embora ele (Homem mulheres há a divisão entre dois gozos:
ou Mulher) procure esse lugar no Outro, o gozo fálico, que ela também divide, e o
não encontra. gozo Outro. A mulher nunca está inteira-
O que é excluído nas mulheres é o seu mente de um lado ou de outro. Como cada
gozo. O seu ser de gozo. Daí a afirmação de sujeito feminino lida com essa partição?
Lacan: a letra é o sinal da mulher. A escrita Como se acomoda a ela?
feminina pode ser uma maneira de expressão O que é consciente ao falicismo apa-
do gozo do Outro. Mas ai já é outro texto! rece sob a forma do ter fálico, sob a forma
Continente negro: espaço no qual dos filhos, sucesso, trabalho, sob a forma
o significante não traz luz (Freud, 1933 que se consegue no jogo da sedução amo-
[1932] 1976). Vale lembrar que tudo de rosa. Para cada uma podemos ver o que ela
uma mulher não é excluído. investiu do lado fálico, e o que ela deixou à
Como sujeito uma mulher está exata- margem. Quais os efeitos subjetivos dessa
mente no mesmo ponto que o homem, in- parte excluída? É o interesse que cada
clusive exposta à castração. Como mãe seu mulher tem pelas outras mulheres. Como
estatuto é articulado no discurso, na sua a outra se arranja com isso?
conexão com esse objeto particular que é A parte excluída gera o apelo de dizer.
a criança. A única coisa excluída é o que Especialmente ao dizer do amor. Conhe-
Lacan escreveu S (Ⱥ), é o gozo não fálico. cemos a aspiração feminina ao amor. Não
O homem não é excluído do discurso quer dizer que ela seja mais amorosa, é
porque no nível de seu ser de gozo, ele mais da ordem do APELO AO AMOR.
se define pelo gozo fálico, que é aquele Uma espécie de necessidade subjetiva
homogêneo ao significante e é aquele que que ultrapassa o que é próprio a todos os
sustenta a relação com a realidade. Por- sujeitos. Esse apelo ao amor tem sua lógica
tanto, o gozo fálico e o S1 do significante porque só o dizer do amor é susceptível de
mestre são equivalentes. conectar o Outro absoluto com aquele que
Lacan ([1972-1973] 1985) diz que o encarna o UM FÁLICO. Seja ele Homem
gozo fálico é o gozo do poder. Quanto à lo- ou Deus. O que se espera do apelo ao amor
calização dos gozos, o gozo fálico é incluído é reduzir a exclusão, inserindo a mulher
no discurso, homogêneo ao discurso e fora no laço social, no discurso do amor. A
do corpo, deixa o corpo vazio de gozo. O exigência de um dizer que carrega o amor
gozo da mulher é fora do discurso e interno equivale a um pedido, uma demanda de
ao corpo. Traz o gozo de volta para dentro nomeação: o que é pedido é um nome
do corpo. do amor que nomeia o que o amado(a) é
Então, a exclusão do ser gozado da para o Outro. E esse nome pode recobrir o
mulher é irremediável e não deriva de uma ser inominado do gozo Outro. O dizer do
desordem na sociedade. Qual é o poder amor faz falta e ajuda as mulheres a subli-
dessa parte excluída? Estar exposta ao gozo mar esse gozo Outro, independentemente
Outro, que é o destino das mulheres, tem da insatisfação histérica.
efeitos subjetivos. O gozo fálico é maneja- Em Mais, ainda Lacan ([1972-1973]
do com o fantasma masculino, ou seja, há 1985) fala de um amor que chamou de
um domínio sobre o gozo fálico através da “mais digno”. No digno há das Ding: a Coisa
leitura significante do fantasma. Isso não incluída no círculo do amor. É a ideia de um
é o caso para o gozo Outro. amor mais digno, que pode incluir toda a
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carga do gozo. Assim, o amor louco e o amor


digno estão ligados. O amor louco no senti- Referências
do do amor psicótico é uma coisa, o louco
amor é outra, e o amor mais digno é a arti- BEAUVOIR, S. O segundo sexo. 2. ed. São Paulo:
Difusão Europeia do Livro, 1967, p. 9-10.
culação dessa loucura que está sempre por
um fio nas questões do amor. O amor mais FREUD, S. Conferência XXXIII: Feminilidade
digno entra pela porta do gozo feminino. (1933 [1932]). In: ______. Novas conferências
Esta é a subversão da psicanálise: abre introdutórias sobre psicanálise e outros trabalhos
para o campo fora da armadura fálica, ou (1932-1936). Direção-geral da tradução de Jayme
Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1996. p. 113-134.
seja, leva em conta a lógica do não-todo
(Edição standard brasileira das obras psicológicas
(fálico). Quando se refere ao falo simbó- completas de Sigmund Freud, 22).
lico.
A sexuação está aberta a uma escolha, FREUD, S. O problema econômico do masoquismo
e não a inscrições de formas estabelecidas (1924). In: ______. O ego e o id e outros trabalhos
(1923-1925). Direção-geral da tradução de Jayme
pela tradição. A eleição subjetiva das
Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1996. p. 177-188.
mulheres se dá entre a posição feminina (Edição standard brasileira das obras psicológicas
e a maternidade, ou seja, há uma gama completas de Sigmund Freud, 19).
de configurações no mundo das relações
entre os sexos. A psicanálise deve acom- FREUD, S. Sobre a tendência universal à deprecia-
ção na esfera do amor (contribuições à psicologia
panhar esses deslocamentos. Poderíamos
do amor II) (1912). In: ______. Cinco lições de
continuar pensando as posições sexuadas psicanálise, Leonardo da Vinci e outros trabalhos
articuladas às fórmulas da sexuação de (1910 [1909]). Direção-geral da tradução de Jayme
Lacan, ou isso exige algo novo? ϕ Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1996. p. 185-195.
(Edição standard brasileira das obras psicológicas
completas de Sigmund Freud, 11).
Female Sexuality: FREUD, S. Um tipo especial de escolha de objeto
a puzzle to be deciphered feita pelos homens (contribuições à psicologia do
amor I) (1910). In: ______. Cinco lições de psica-
Abstract nálise, Leonardo da Vinci e outros trabalhos (1910
[1909]). Direção-geral da tradução de Jayme
Starting from Freud’s question “what do
Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1996. p. 171-180.
women want ?” Lacan contributed to solve (Edição standard brasileira das obras psicológicas
the position of the feminine in sexuation and completas de Sigmund Freud, 11).
he places it as a riddle to be solved. He uses
mathematic writing on boards of sexuation to LACAN, J. Diretrizes para um congresso sobre a
sexualidade feminina (1958). In: ______. Escritos.
deal with masculine and feminine conceived
Tradução de Vera Ribeiro. Revisão técnica de
as places and positions in the spoking beings. Antonio Quinet e Angelina Harari. Preparação
In women there is a division between two en- de texto de André Telles. Rio de Janeiro: Zahar,
joyments: the phallic enjoyment and the Other 1998. p. 734-745. (Campo Freudiano no Brasil).
enjoyment. Women are never entirely in one
LACAN, J. Há-um. In: ______. O seminário, livro
side or the other. How does each feminine
19: ... ou pior (1971-1972). Texto estabelecido por
subject deals with this scission ? Sexuation is Jacques-Alain Miller. Tradução de Vera Ribeiro.
opened to a choice and its inscriptions are not Versão final de Marcus André Vieira. Rio de Ja-
established by tradition. neiro: Zahar, 2012. (Campo Freudiano no Brasil).
Cap. X, p. 132-142, aula de 19 abr. 1972.
Keywords
LACAN, J. O aturdito (1972). In: ______. Outros
Feminine, Masculine, Phallic enjoyment and escritos. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro:
the Other enjoyment, Appeal to love more Zahar, 2003. p. 448-497. (Campo Freudiano no
“dignified”, Forced choice. Brasil).

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LACAN, J. O seminário, livro 20: mais, ainda (1972-


1973). Texto estabelecido por Jacques-Alain Miller.
Tradução de M. D. Magno. 2. ed. rev. Rio de Ja-
neiro: Zahar, 1985. (Campo Freudiano no Brasil).

LACAN, J. Televisão. Tradução de Antônio Quinet.


Rio de Janeiro: Zahar, 1993.

Laurent, É. A psicanálise e a escolha das mulheres.


Belo Horizonte: Scriptum, 2012.

SOLER, C. O que Lacan dizia das mulheres. Tradu-


ção de Vera Ribeiro; consultoria de Marco Antônio
Coutinho Jorge. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.

Recebido em: 05/09/2016


Aprovado em: 23/11/2016

Endereço para correspondência

E-mail: <vansantoro@uol.com.br>

Sobre a autora

Vanessa Campos Santoro


Psicóloga.
Psicanalista.
Sócia do Círculo Psicanalítico
de Minas Gerais.

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